sábado, 31 de março de 2012

Franceses de direita praticam menos sexo


Por Paulo F.

Do Diário de Notícias de Lisboa

França: Eleitores de direita praticam menos sexo

Os franceses de direita praticam menos sexo do que os de esquerda, que são ainda dados a novas experiências sexuais, revela uma sondagem divulgada hoje pela revista "Hot Video".

"Os eleitores de candidatos de direita e centro tendem a ter uma vida sexual menos intensa do que os restantes franceses", conclui a sondagem realizada pela empresa Ifop.


acordo com esta pesquisa, os eleitores que votaram no atual presidente francês, Nicolas Sarkozy, têm, em média, 6,7 relações sexuais por mês, os que votaram no centrista François Bayrou 5,9 e os que apoiaram os candidatos de esquerda 7,6.

O número eleva-se no caso dos eleitores que apoiam opções políticas mais extremistas, para 7,7 relações sexuais mensais mantidas pelos que apoiaram os candidatos da extrema-esquerda e para oito no caso dos partidários da extrema-direita.

O estudo garante, porém, que "o sentimento de insatisfação sexual é mais relevante entre os franceses que votam em candidatos com um discurso contestatário, como o neo-comunista Jean-Luc Mélenchon ou o ultranacionalista Marine Le Pen".

Os simpatizantes de esquerda revelam mais tendência para novas experiências sexuais do que os de direitos, conclui a pesquisa.

As celebridades engajadas


Por Paulo F.

Da Radio Nederland Wereldomroep

George Clooney testemunhando no senado norte-americano que o governo sudanês está atacando civis desarmados. Angelina Jolie na tribuna do Tribunal Penal Internacional (TPI) ao ser pronunciado seu primeiro veredicto – contra o ex-líder de milícias congolês Thomas Lubanga. E claro, P Diddy, Rihanna e Oprah Winfrey tuitando o líder rebelde ugandense Joseph Kony para a estratosfera das redes sociais com o vídeo ‘Kony2012’.

O promotor do TPI, Luiz Moreno Ocampo, e a atriz norte-americana Angelina Jolie


r /> ....Qual a relação de celebridades com crimes de guerra? Elas merecem as críticas que recebem ou será que genuinamente ajudam a chamar atenção para conflitos pouco conhecidos?

“Sim, é uma regra geral”, diz Charlie Kaye, produtor executivo de rádio para a rede norte-americana CBS. Segundo ele, o foco de George Clooney no Sudão do Sul é o melhor exemplo da força das estrelas. “Forçou as emissoras a falar de temas que normalmente não receberiam nenhum tempo na mídia.”

Fotogênico
É exatamente o tipo de publicidade que as estrelas atraem que faz com que ONGs disputem seu apoio. “Clooney diz que, quando viaja, as câmeras o acompanham, que ele não pode escapar das câmeras. Mas muitas das pessoas que mais precisam de atenção, não importa o que façam, não conseguem nenhuma atenção da mídia”, diz Jonathan Hutson, diretor de comunicação do Enough Project, apoiado por Clooney. (O projeto tem como objetivo acabar com o genocídio e crimes contra a humanidade.)

“Então, a ideia dele é simplesmente ir a lugares onde as pessoas estão sofrendo violações dos direitos humanos e arrastar câmeras e microfones junto”, diz Hutson.

Assento VIP
Quando Angelina Jolie apareceu na tribuna do TPI para ouvir o primeiro veredicto contra o ex-líder de milícias congolês Thomas Lubanga, sua presença foi criticada por alguns observadores por tirar a atenção das vítimas dos crimes de Lubanga. Mas o porta-voz do TPI, Fadi El Abdallah, defendeu a presença da atriz. “Se ajuda a dar mais atenção às vítimas e crimes, não há razão para ser contra.”

O promotor do TPI, Luis Moreno Ocampo, é um defensor do apoio de celebridades para seu tribunal. Além de várias aparições públicas com Jolie, Moreno Ocampo aparece no vídeo ‘Kony2012’ – uma ação que ele apoia e que, Segundo ele, “mobilizou o mundo”.

Twitter
Joseph Kony é procurado pelo TPI por crimes contra a humanidade por usar crianças-soldado em sua guerrilha em Uganda, o Exército de Resistência do Senhor. Até hoje, o vídeo ‘Kony2012’, realizado pela ONG Invisible Children, foi clicado 85 milhões de vezes no YouTube, apesar das críticas que tem recebido sobre a não precisão da informação e modo de financiamento. Mas, preciso ou não, o impacto do vídeo – em grande parte iniciado pelos tweets de celebridades – é incontestável. Depois da repercussão no YouTube e no Twitter, diz Charlie Kaye, da CBS, as emissoras não tinham outra opção a não ser cobrir a história. “O Twitter está ajudando a pautar a mídia hoje em dia”, afirma Kaye. “Há um equilíbrio delicado entre o que as pessoas precisam saber e o que elas querem saber, e as celebridades entram nas notícias que elas querem saber.”

Diamantes e tribunais
Um exemplo é o caso da modelo Naomi Campbell. Relutante em aparecer no tribunal, ela foi intimada a testemunhar no julgamento do ex-presidente da Libéria, Charles Taylor, por supostamente ter recebido dele diamantes de sangue. Embora ela alegue que não sabia o que eram as “pedras de aparência suja”, sua aparição no tribunal (para contradizer o testemunho do próprio Taylor, que diz nunca ter possuído diamantes brutos, apenas jóias) trouxe consigo hordas de jornalistas e caminhões para transmissão ao vivo via satélite. Deu ao julgamento uma atenção sem precedentes, ainda que por apenas alguns dias no verão de 2010. E os jornalistas convenientemente permaneceram para as testemunhas seguintes – a atriz Mia Farrow e a ex-agente de Campbell, Carole White, que contradisseram o testemunho de Campbell.

Bom o suficiente 
Lisa Ann Richey, autora do livro “Brand Aid: compre bem para salvar o mundo”, diz que o envolvimento de estrelas em causas ou casos jurídicos pode, sim, ter um impacto amplo. “Talvez pessoas que não sabiam nada sobre a África ou sobre a história do Sudão possam, pelo fato de serem atraídas por George Clooney, começar a olhar com mais atenção e se informar sobre estas causas.”

Mesmo que os motivos das celebridades às vezes sejam suspeitos, no fim, talvez não faça diferença. Pessoas fazem coisas certas por motivos errados o tempo todo. E talvez às vezes isso seja bom o suficiente

Argentina é denunciada na OMC por medidas protecionistas


Por Paulo F.

Da Ansa

EUA E UE DENUNCIAM ARGENTINA NA OMC POR MEDIDAS PROTECIONISTAS

GENEBRA, 30 MAR (ANSA) - Os Estados Unidos e a União Europeia estão entre os 12 sócios da Organização Mundial de Comércio (OMC) que denunciaram a Argentina por aplicar diversas medidas protecionistas.

Os países que protestam contra o Estado argentino detalharam a natureza e os efeitos das medidas restritivas ao comércio exterior que o governo de Cristina Kirchner está aplicando em uma declaração conjunta apresentada durante a reunião do Conselho para o Comércio de Bens da OMC, em Genebra.


mbém se somaram à reivindicação Austrália, Coreia do Sul, Israel, Japão, Noruega, Nova Zelândia, Panamá, Tailândia, Taiwan e Turquia.

Estes países se manifestaram contra o uso extensivo das licenças de importação não-automáticas, a necessidade de registrar previamente os produtos a serem comprados pela Argentina e a necessidade de aprovação prévia, ações praticadas desde 2008, denunciaram.

As restrições têm sido impostas para proteger a indústria nacional e evitar a fuga de capitais. Elas se aplicam principalmente a computadores portáteis, eletrodomésticos, químicos, automóveis, maquinarias, têxteis, papelaria, entre outros. (ANSA)

O sonho na MPB


Por Assis Ribeiro

Sonho.

Globo deve explicação à sociedade matogrossense


Por Mauro segundo 2

Nassif, talvez essa aqui te interesse: Globo grava reportagem sobre corrpução na assembléia de mato grosso, que não vai ao ar no Fantástico...que na edição local, segundo o manifesto de uma ong contra a corrupção, é recheada de propaganda...da assembléia de mato grosso:

A Rede Globo de Televisão e o repórter Eduardo Faustini devem uma explicação à sociedade matogrossense. Ong Moral quer saber por que o Fantástico escondeu reportagem sobre Geraldo Riva.


r /> O Movimento Organizado pela Moralidade Pública e Cidadania, mais conhecido como Ong Moral, divulgou nesta quinta-feira o seguinte comunicado:

http://paginadoenock.com.br/a-rede-globo-de-televisao-e-o-reporter-eduar...

CARTA ABERTA À REDE GLOBO DE TELEVISÃO

O Movimento Organizado pela Moralidade Pública e Cidadania – Moral, vem manifestar seu apoio à campanha da Rede Globo com denúncias sobre corrupção apresentadas no programa Fantástico.

A importância desse tipo de denúncia vem compensar a falta de atividade legislativa no país, onde em todos os níveis não existe fiscalização dos atos do executivo. Assim, as propinas azeitam as milionárias campanhas políticas e as trocas de favores por cargos são tão comuns que o povo vive desesperançado.

No estado de Mato Grosso a grande mídia faz um silêncio pavoroso quando o assunto são as denúncias de quem ordena despesas para campanhas publicitárias que são um escândalo. Só a Assembléia legislativa em 2010 usou de 18 milhões do erário para comprar o silêncio da maioria dos veículos.

Por isso vimos pedir que a Rede Globo esclareça ao povo de Mato Grosso e do Brasil, porque em dezembro de 2010 deixou de levar ao ar uma reportagem feita pelo "repórter sem rosto" Eduardo Faustini sobre os processos que envolvem o presidente da Assembléia Legislativa, deputado José Riva, acusado pelo Ministério Público de desviar, em valores atualizados, cerca de meio bilhão de reais dos cofres públicos.

O repórter da Globo, acompanhado de um militante da Ong Moral, com veículo locado pela entidade, foi a Campo Verde onde entrevistou os contadores que montaram as empresas fantasmas. No cemitério em Várzea Grande filmou o túmulo do homem que depois de morto assinou cheques recebidos da Assembléia. O repórter conversou com promotores que promoveram as ações e reuniu-se também com um grupo de dirigentes do Moral, quando as informações foram complementadas.

Porém, na noite do domingo quando todos sentaram à frente da televisão para assistir a reportagem do Fantástico, o que se viu foram quatro inserções de propaganda da Assembléia Legislativa e nada sobre as acusações ao deputado. A reportagem nunca foi ao ar.

O repórter Faustini passou a não atender as ligações em seus telefones, não dando nenhuma explicação para o silêncio da Rede Globo ante as graves denúncias. Enquanto os boatos nos meios jornalísticos e políticos davam conta que a negociação do silêncio envolveu a soma de 10 milhões de reais.

Não acreditando nos boatos, a direção da Ong Moral enviou uma carta ao Diretor de Jornalismo da emissora no Rio de Janeiro, Carlos Henrique Schroder, sem obter resposta. A falta de esclarecimento é um desrespeito inclusive aos profissionais sérios do jornalismo desta emissora que atuam em todo o país.

Como é sabido, o deputado José Riva responde a mais de cem processos, entre ações civis públicas e ações penais, que patinam nos meandros do nosso Poder Judiciário. Para se manter no comando do legislativo local por 17 anos, gasta em média 1,5 milhão de reais por mês com propaganda, emprega fantasmas e loteia favores para acomodar a maioria do seus pares calados e acovardados.

A Rede Globo de Televisão e o repórter Eduardo Faustini devem uma explicação à sociedade matogrossense. O melhor seria a apresentação a reportagem guardada, cujo assunto continua atual. Se aqui em nosso estado uma reportagem sobre corrupção, carregada de provas robustas foi engavetada, quantas mais pelo Brasil terão o mesmo destino?

Cuiabá, 30 de março de 2012.

Bin Laden teve 4 filhos após o 11 de Setembro


Por Paulo F.

Do Publico.pt

Mulher do líder da Al-Qaeda prestou declarações às autoridades paquistanesas

Bin Laden teve 4 filhos e viveu em 5 casas após o 11 de Setembro

Por Isabel Gorjão Santos, com agências

O líder da Al-Qaeda era um dos homens mais procurados do mundo, mas enquanto vivia clandestinamente teve mais quatro filhos e viveu em cinco casas nos anos que se seguiram aos atentados de 11 de Setembro de 2001, contou à polícia a mais jovem das suas mulheres.

Osama Bin Laden foi morto numa operação das forças especiais norte-americanas em Maio do ano passado, no Paquistão. Com ele estavam várias crianças e mulheres, entre elas a iemenita Amal Abdul Fateh, que contou às autoridades paquistanesas alguns pormenores sobre a vida do líder da Al-Qaeda nos anos que se seguiram aos atentados que derrubaram as Torres Gémeas de Nova Iorque.


al tem 30 anos, é a mais jovem das mulheres de Bin Laden e ficou retida pelas autoridades paquistanesas logo após a operação norte-americana em que foi tomada de assalto a casa onde o líder da Al-Qaeda vivia com a família na localidade de Abbottabad. O seu depoimento, ou parte dele, relata a fuga de Bin Laden do Afeganistão após a intervenção militar norte-americana em 2001, e conta também o nascimento de quatro filhos, dois deles em hospitais públicos.

No relatório da polícia a que a AFP teve acesso, com a data de 19 de Janeiro, Amal conta que entrou legalmente no Paquistão em Julho de 2000 e depois deslocou-se a Kandahar, no Sul do Afeganistão. Terá sido aí que casou com Bin Laden, a cidade era então um bastião dos taliban.

A família acabou por separar-se após os atentados de 11 de Setembro, quando Bin Laden se tornou no homem mais procurado do mundo. Amal diz ter-se refugiado em Carachi, no Paquistão, com Safia, a primeira filha do casal. Contou na altura com a ajuda do filho mais velho de Bin Laden, Saad, voltou a encontrar-se mais tarde com o líder da Al-Qaeda em Peshawar, também no Paquistão. Segundo o relatório da polícia citado pela AFP, não voltariam a separar-se até ao dia em que foram capturados.

Mantiveram-se naquela região entre 2002 e 2005, primeiro em Swat, depois em Haripur, a hora e meia de Islamabad, até que se instalaram em Abbottabad. Nesse tempo, já após o 11 de Setembro, Amal de Bin Laden tiveram quatro filhos. Dois nasceram em Haripur, uma rapariga em 2003 e um rapaz em 2004, ambos no hospital local onde Amal ficou apenas “duas ou três horas”. Já em Abbottabad nasceram outra rapariga, Zainab, em 2006, e um rapaz, Hussein, em 2008.

As autoridades paquistanesas já anunciaram que vão acusar Amal e outras duas mulheres de Bin Laden encontradas na casa de Abbottabad – bem como as filhas adultas de Bin Laden, Maryam, de 21 anos, e Sumaya, de 20 – de entrada ilegal no país. Nenhuma delas apareceu em público após a captura de Bin Laden, e só Amal aceitou colaborar com a polícia e prestar declarações.

A operação norte-americana aumentou a tensão entre os EUA e o Paquistão. As autoridades de Islamabad não foram informadas da operação e nos EUA questionou-se como foi possível o líder da Al-Qaeda viver tanto tempo em território paquistanês sem ter sido detectado pelos serviços de informação e sem qualquer espécie de conivência por parte das autoridades.

O depoimento de Amal foi também divulgado pelo jornal paquistanês Dawn e pelo The New York Times. Em Washington não houve comentários sobre o teor das declarações, mas responsáveis norte-americanos consideraram que condizem com as movimentações que se conhecem do líder da Al-Qaeda.

Agripino é acusado de receber R$ 1 mi de George Olímpio


Por luizeduardoNatal

Sinal fechado: Agripino é acusado de receber R$ 1 mi de George Olímpio

Do Diário de Natal Online


De Paulo Nascimento, especial para o Diário de Natal

A divulgação, ontem, por parte das redes sociais, do termo de interrogatório do empresário Gilmar de Carvalho Lopes, proprietário da Montana Construções, até então mantidas em sigilo, do processo da Operação Sinal Fechado, trouxe novidades para o caso, que foi deflagrado pelo Ministério Público no fim de novembro do ano passado.

P>.....De acordo com o documento, datado de 24 de novembro de 2011, e assinado por Gilmar e pelos promotores de Defesa do Patrimônio Público Eudo Rodrigues Leite e Rodrigo Martins da Câmara, o senador José Agripino Maia, presidente nacional do DEM, teria recebido em seu apartamento do Morro Branco, o advogado George Olímpio, acusado de comandar o esquema de corrupção no programa de inspeção veicular do Detran. Nesse encontro, ainda segundo o termo de interrogatório, estavam presentes Carlos Augusto Rosado, marido da governadora Rosalba Ciarlini, que teria testemunhado o recebimento, por parte do senador,de R$ 1 milhão destinado à campanha eleitoral de 2010.

O nome de José Agripino não constou originalmente da denúncia, porque o Ministério Público não tem competência para investigar o senador. Por isso, o depoimento de Gilmar foi encaminhado à Procuradoria Geral da República, em Brasília. Desde então, as investigações estão a cargo do procurador geral Roberto Gurgel.

Redes sociais


A veracidade do documento, que foi amplamente divulgado durante a manhã de ontem nas redes sociais, foi confirmada pelo Ministério Público Estadual. A assessoria de comunicação do órgão, no entanto, afirmou que não sabe de onde partiu o vazamento do documento. O que não deveria ter acontecido, devido ao segredo de justiça em que corre o processo que teve a denúncia recebia pelo Tribunal de Justiça do RN ainda em dezembro de 2011. A marca de um carimbo do TJRN encontra-se no alto das duas folhas do interrogatório de "Gilmar da Montana", apontando, inclusive, as folhas 22 e 23 do processo a que o documento pertence. Está registradona denúncia oferecida à justiça pelo promotores de defesa do patrimônio público, disponível para consulta no site do TJ, que no seu interrogatório, Gilmar da Montana, assim como está no documento divulgado na internet, teria relatado sobre a distribuição do percentual dos lucros futuros do Consórcio Inspar para os ex-governadores Iberê Ferreira e Wilma de Faria.

Nos registros do processo 0135747-04.2011.8.20.0001 o interrogatório do empresário finaliza neste ponto, pois os tópicos seguintes, de acordo com o termo de interrogatório, tratam da relação entre George Olímpio, José Agripino e Carlos Augusto. Primeiro, Gilmar conta que George teria confessado que, de forma parcelada, entregou R$ 1 milhão em dinheiro "vivo" ao senador democrata e ao marido de Rosalba Ciarlini (DEM) para a campanha eleitoral daquele ano. O acerto teria sido feito no apartamento do senador, no bairro de Morro Branco, Zona Leste de Natal.

No tópico seguinte do documento, Gilmar da Montana conta que em uma conversa com George, ele teria dito para não se preocupar com o cancelamento do contrato de inspeção veicular vencido pelo consórcio comandado pelo advogado, ocorrido no início do governo Rosalba. A razão para a despreocupação de George Olímpio seria o fato de ter "ajudado", como está registrado no interrogatório, tanto "um lado como o outro", citando a suposta doação das cotas do Consórcio Inspar para Wilma e Iberê e o R$ 1 milhão que teria sido entregue para Agripino. Na sequência, segundo Gilmar, as informações eram de que Carlos Augusto Rosado não teria recebido George em reunião para tratar do contrato, nem após o seu intermédio junto ao desembargador Expedito Ferreira para que um encontro pudesse ser marcado entre o marido de Rosalba e o "cabeça" da Inspar. O fato de todas estas informações do interrogatório de Gilmar da Montana terem sido suprimidas da denúncia apresentada pelo MPRN em dezembro do ano passado é justificada pelo envolvimento do nome de José Agripino. Na condição de senador da República, ele não pode serinvestigado pelo Ministério Público Estadual. Por esta razão, segundo a assessoria de comunicação do MP, a informação foi enviada à Procuradoria Geral da República, em Brasília. Desde então, as investigações estão a cargo do procurador geral Roberto Gurgel.

Informações sobre supostos contatos e encontro entre George Olímpio e o senador também estão contidas na denúncia do MPRN e divulgadas em novembro. Segundo algumas das interceptações telefônicas transcritas no documento, o advogado entrou em contato tanto com Gilmar da Montana como com João Faustino, tratado no caso como um lobista a serviço do consórcio.

Mélenchon e a revolução cidadã

Por Adamastor

Do Opera Mundi

Mélenchon: "estamos em uma revolução cidadã, que vai além das eleições"

Lamia Oualalou/Opera Mundi
Por muito tempo, o candidato da esquerda francesa Jean-Luc Mélenchon foi ridicularizado em programas de televisão, onde era chamado de “o fantasma de Georges Marchais”, ex-secretário geral do PCF (Partido Comunista Francês). Porém, assim como Marchais, o candidato da Frente de Esquerda fala alto e é apontado como o melhor orador na campanha pela Presidência da França.
Mélenchon não tem medo de assumir um discurso radicalmente esquerdista e de reivindicar valores “vermelhos”. Apesar de adorar gravatas de todos os tipos, ele decidiu usar essa cor para a campanha. É também o tom das bandeirolas que os apoiadores agitam nos comícios da Frente de Esquerda – os outros candidatos optaram por cartazes azul, branco, vermelho, as cores da bandeira nacional.
No entanto, segundo as pesquisas de intenção de voto, é Mélenchon quem melhor encarna a irmandade, um dos três valores da República francesa. Quando começa um discurso com "meus amigos, meus camaradas", a voz soa verdadeira. Os eleitores sentem, e até sabem que ele se incomoda com a desigualdade quando denuncia o “capitalismo selvagem, sanguinário de tanta miséria”. Os defeitos, por sua vez, não faltam: o programa econômico não convence, faltam números. Mas, em uma campanha marcada por tecnocratas, ele ganhou um estatuto à parte. O candidato da Frente de Esquerda batalha pelo primeiro lugar, apesar de saber que é uma tarefa difícil. Aliás, após meses de ataque ao socialista François Hollande, ele mudou de estratégia, sabendo que seus eleitores vão escolher a esquerda no segundo turno. Agora, as críticas mais contundentes são concentradas sobre o presidente Nicolas Sarkozy, e especialmente sobre Marine Le Pen, a candidata da Frente Nacional, o partido de extrema-direita.


r /> .......Marine continua atraindo mais operários do que a Frente de Esquerda, mas é Mélenchon que é qualificado nas pesquisas como “o maior defensor da classe trabalhadora”. Em entrevista exclusiva ao Opera Mundi, a primeira concedida a um veículo estrangeiro, Mélenchon sintetiza o objetivo da eleição: “Está na hora de acabar com o poder de Sarkozy e dos vermes fascistas”.

Leia a primeira parte da entrevista:Candidato da nova esquerda francesa declara-se inspirado pela América do Sul.

Como explicar 13% das intenções de voto no primeiro turno?
Não é uma surpresa. É o resultado de um trabalho minucioso. Não se engane, eu sou um ex-socialista, não um membro de um grupo pequeno acostumado a recolher 1% dos votos. Sempre participo das eleições para ganhar. Já perdi eleições, é claro, mas nunca começo com a mentalidade de alguém derrotado de antemão.

Estamos colhendo o resultado de um longo trabalho, apesar do que meus adversários dizem. Segundo eles, nossa campanha não passa de um “Mélenshow”, apontando meus talentos de orador. Mas não é bem assim. Não é porque eu falo bem que tantas pessoas pensam em votar na Frente de Esquerda. Na verdade, tudo começou em 2005, quando fizemos a campanha pelo “Não” no referendo sobre a Constituição da União Européia. Ganhamos, contra o projeto de Europa liberal, mas logo depois, a esquerda perdeu sua força. Então, construímos uma aliança entre o Partido de Esquerda, que eu criei em 2009, e o Partido Comunista Francês. Não foi fácil. Tivemos de superar a divisão e a resignação. Mas conseguimos. E agora podemos projetar nossa força.

Ainda nesse tema, como o senhor convenceu os militantes comunistas a apoiá-lo?
Foi muito difícil, demorou algum tempo, mas eles foram admiráveis. Renunciar a uma candidatura própria era para muitos uma tragédia. Esta é a primeira vez, desde 1974, quando François Mitterrand foi candidato comum do PCF e do PS. Nem todos estavam de acordo, eles discutiram e votaram. Mas quando a decisão foi tomada, o compromisso foi total.

A máquina comunista é útil na campanha?
É importante, claro, e os militantes têm uma energia tremenda. Mas o PCF sofreu muito nos últimos anos, ficou isolado, e isso causou fenômenos de desagregação. Agora, o movimento comunista está renascendo, mas isso leva tempo. É importante entender que o PCF não um aparelho monolítico, como muito pensam. Hoje, o PCF é mais diversificado do que o PS (Partido Socialista). Por isso, convencer os militantes comunistas não é simples. Além disso, tenho métodos pouco convencionais: a forma como ajo nas reuniões; meu pensamento, muito inspirado pelos situacionistas. É outra cultura. A primeira vez que me encontrei com os militantes, lhes disse: "Eu tenho uma ordem: não esperem nenhuma ordem”. Eles ficaram confusos no começo, mas acabaram rindo, e toparam. Afinal, nossa esquerda é educada, as pessoas não precisam ter ordens para se mover. É só ver como cresceu o apoio nas redes sociais, sem nosso controle. Na internet, a campanha é a mais dinâmica.

O senhor acha que a campanha se beneficiou da crise europeia?
Não há duvidas, é o contexto. Precisávamos de uma boa cristalização. No começo, todos tinham medo de acabar como a Grécia, mas os políticos europeus foram tão torpes, exageraram tanto, que as pessoas não têm mais medo. Agora, querem se rebelar.

Lamia Oualalou/Opera Mundi

"Retomemos a Bastilha! Marcha pela 6ª República" avisa cartaz da Frente de Esquerda em muro de Paris

O assassinato de sete pessoas na região de Toulouse por Mohammed Merah, um jovem francês de origem argelina, emocionou a todos. O senhor acha que o episódio pode influenciar a campanha?
Claro. Mas não acho que a extrema-direita pode explorar essa tragédia. A resistência dos franceses é notável, eles não compram o discurso de Marine Le Pen. Todos entendem que este não é um problema do Islã e sim a ação de um maluco. Talvez Sarkozy vá marcar pontos na direita, recuperando uma parte da confiança. Provavelmente haverá uma reorganização em cada campo, mas não entre os campos. Aqueles que votam na esquerda não vão para a direita. A Frente Nacional não vai capitalizar sobre as mortes, porque Marine Le Pen já está bastante enfraquecida. É por isso que ela nos odeia, porque a Frente de Esquerda acabou com os sonhos dela. Hoje, nas pesquisas, estamos iguais. Vamos impor à Frente Nacional a maior humilhação de sua história.

Se o senhor for eleito presidente em 6 de maio [segundo turno], o que fará para resolver a crise europeia?
A União Européia está gravemente doente por causa de sua organização liberal, e quanto mais coisas dão errado, mais eles exageram. Os liberais lançaram soluções para acabar com a crise, que claramente não funcionaram. A última ideia é emprestar um trilhão de euros para os bancos, três vezes o que a Grécia precisaria para pagar sua dívida. Para nós, a saída é o BCE (Banco Central Europeu) emprestar aos Estados à mesma taxa usada com os bancos, 1%. Hoje, o BCE empresta dinheiro aos bancos, que emprestam para a Grécia com taxas de 17%. Desse jeito, o país não tem nenhuma chance de escapar da falência.

Mas como convencer a Alemanha a segui-lo?
Primeiro, eu faria contrapropostas, o que Sarkozy não fez. Diz-se que a Alemanha se recusa a tomar outro caminho, sem fazer qualquer proposta real. Nossas ideias são sólidas e as dos liberais não deram certo. A recessão esta instalada em toda a Europa, é fato.

O projeto da Frente de Esquerda é tirar o país do Tratado de Lisboa. Pode ser que os outros não gostem, mas se o povo vota assim, eles vão ter que conversar, já que não dá para imaginar a Europa sem a França. Nós nos recusamos a trabalhar na base da contração dos gastos públicos. Temos uma demografia crescente, é preciso construir escolas, estradas, hospitais, criar empregos. É uma situação muito diferente da Alemanha, onde a população está envelhecendo.

Lamia Oulalou/Opera Mundi

Mélenchon sobre a crise: "a União Européia está gravemente doente por causa de sua organização liberal"

Como o senhor explica que seus antigos camaradas, os socialistas, não tenha aderido à “racionalidade”?
É típico do fim de épocas históricas. As elites não captam as mudanças profundas, elas não podem imaginar um mundo novo. Ao estudar a história, vemos claramente que Luis XVI poderia ter salvado seu poder, assim como Nicolas II. Mas eles não conseguiram enxergar a realidade. É a mesma coisa em qualquer revolução. Os atuais líderes socialistas capitularam, eles se alinharam com o modelo social democrata europeu. Este modelo entrou em colapso diante dos nossos olhos, na Grécia, com uma ironia, porque o primeiro-ministro era socialista e presidente da Internacional Socialista. Os socialistas franceses ainda estão nos cenários antigos da política de oferta. Ou seja, produzir qualquer coisa de qualquer maneira, vendê-lo por meio de publicidade, exportar quando for possível abaixando os custos de produção. O sistema descarrega todos os custos sobre a sociedade: os sociais, os ambientais e os de inovação.

Se o senhor não ganhar, qual será a estratégia?
Devemos, evidentemente, bater na direita. Mas a eleição é apenas uma etapa. Estamos em uma revolução cidadã, que vai muito além dos dois turnos. Queremos construir uma força que ultrapasse e substitua a social democracia. Após as eleições, vamos continuar em ambas as câmaras (Parlamento e Senado), pois pretendemos eleger muitos representantes nas eleições locais, em junho.

O senhor não teme que os comunistas abandonem a frente para entrar em um eventual governo de Hollande?
Se eu tivesse medo, não faria mais nada. Além disso, não faria sentido para eles. Costurar uma aliança agora com os socialistas seria um desastre para os comunistas. Eles já viveram isso.


Esqueçam Policarpo: o chefe é Roberto Civita

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Veja se antecipou aos críticos e divulgou um dos grampos da Policia Federal em que o bicheiro Carlinhos Cachoeira e o araponga Jairo falam sobre Policarpo. Pinça uma frase – “o Policarpo nunca vai ser nosso” – para mostrar a suposta isenção do diretor da Veja em relação ao grupo.
É uma obviedade que em nada refresca a situação da Veja. Policarpo realmente não era de Carlinhos Cachoeira. Ele respondia ao comando de Roberto Civita. E, nessa condição, estabeleceu o elo de uma associação criminosa entre Cachoeira e a Veja.
Não haverá como fugir da imputação de associação criminosa. E nem se tente crucificar Policarpo ou o araponga Jairo ou esse tal de Dadá. O pacto se dá entre chefias – no caso, Roberto Civita, pela Abril, Cachoeira, por seu grupo.
Como diz Cachoeira, “quando eu falo pra você é porque tem que trabalhar em grupo. Tudo o que for, se ele pedir alguma informação, você tem que passar pra mim as informações, uai”.
O dialogo abaixo mostra apenas arrufos entre subordinados – Jairo e Policarpo.
Os seguintes elementos comprovam a associação criminosa:
  1. Havia um modus operandi claro. Cachoeira elegeu Demóstenes. Veja o alçou à condição de grande líder politico. E Demóstenes se valeu dessa condição – proporcionada pela revista – para atuar em favor dos dois grupos.
  2. Para Cachoeira fazia trabalho de lobby, conforme amplamente demonstrado pelas gravações até agora divulgadas.
  3. Para a Veja fazia o trabalho de avalizar as denúncias levantadas por Cachoeira.
Havia um ganho objetivo para todos os lados:
  1. Cachoeira conseguia afastar adversários, blindar-se contra denúncias e intimidar o setor público, graças ao poder de que dispunha de escandalizar qualquer fato através da Veja.
  2. A revista ganhava tiragem, impunha temor e montava jogadas políticas. O ritmo frenético de denúncias – falsas, semi-falsas ou verdadeiras – conferiu-lhe a liderança do modelo de cartelização da mídia nos últimos anos. Esse poder traz ganhos diretos e indiretos. Intimida todos, anunciantes, intimida órgãos do governo com os quais trabalha.
  3. O maior exemplo do uso criminoso desse poder está na Satiagraha, nos ataques e dossiês produzidos pela revista para atacar Ministro do STJ que votou contra Daniel Dantas e jornalistas que ousaram denunciar suas manobras.
Em “O caso de Veja, no capítulo “O repórter e o araponga” narro detalhadamente –  com base em documentos oficiais – como a cumplicidade entre as duas organizações permitiu a Cachoeira expulsar um esquema rival dos Correios e se apossar da estrutura de corrupção, até ser desmantelado pela Polícia Federal. E mostra como a Veja o poupou, quando a PF explodiu com o esquema.
Civita nem poderá alegar desconhecimento desse ganho de Cachoeira porque a série me rende cinco ações judiciais por parte da Abril - sinal de que leu a série detalhamente.
Os próprios diálogos divulgados agora pela Veja mostram como se dava o acordo:
Cachoeira: Esse cara aí não vai fazer favor pra você nunca isoladamente, sabe? A gente tem que trabalhar com ele em grupo. Porque os grande furos do Policarpo fomos nós que demos, rapaz. Todos eles fomos nós que demos. Então é o seguinte: se não tiver um líder e a gente trabalhar em conjunto... Ele pediu uma coisa? Você pega uma fita dessa aí e ao invés de entregar pra ele fala: "Tá aqui, ó, ele tá pedindo, como é que a gente faz?". Entendeu?
Desde 2008 – quando escrevi o capítulo – sabia-se dessa trama criminosa entre a revista e o bicheiro. Ao defender Policarpo, a revista, no fundo, está transformando-o em boi de piranha: o avalista do acordo não é ele, é Roberto Civita.
Em Londres, a justiça processou o jornal de Rupert Murdoch por associação indevida com fontes policiais para a obtenção de matérias sensacionalistas. Aqui, Civita se associou ao crime organizado.
Se a Justiça e o Ministério Público não tiverem coragem de ir a fundo nessa investigação, sugiro que tranquem o Brasil e entreguem a chave a Civita e a Cachoeira.
Da Veja
Cachoeira, em gravação: 'O Policarpo nunca vai ser nosso'
Conversa telefônica mostra Cachoeira reclamando a ex-agente da Abin Jairo Martins porque ele havia passado informações ao jornalista, um dos redatores-chefes de VEJA e diretor da sucursal da revista em Brasília
Poleto desmascarado em 2005: ele mentiu sobre Policarpo e quase saiu preso do Senado
Convocado em 2005 por uma comissão do Senado a explicar sua participação no transporte de mais de 1 milhão de dólares ilegais usados na campanha petista de 2002, o economista Vladimir Poleto disse que fora violentamente constrangido pelo jornalista Policarpo Junior, que teria obtido a declaração gravando-o sem seu consentimento. O sistema de som do plenário, então, reproduziu a íntegra da entrevista. A conversa entre Policarpo e Poleto foi transmitida pela TV Senado para todo o Brasil. Diante da gravidade das denúncias feitas pelo economista, Policarpo pediu autorização para gravar a entrevista, registrando a hora, o local e o contexto em que ela estava ocorrendo. Poleto respondeu em voz clara: "Pode gravar". Os senadores em plenário caí­ram na gargalhada. Desmascarado, Poleto tentou desajeitadamente se explicar, mas foi interrompido pelo então senador Tasso Jereissati: "É melhor se calar, senhor Poleto, pois o correto seria o senhor sair preso daqui por ter mentido sob juramento".
Assim, com total transparência de propósitos, trabalha o jornalista Policarpo Junior, um dos redadores-chefes de VEJA e diretor da sucursal da revista em Brasília. Seu nome é citado algumas vezes nas gravações legais de conversas telefônicas entre Carlinhos Cachoeira e o ex-agente da Abin Jairo Martins, apontado pela Polícia Federal como um dos vários agentes públicos pagos pelo contraventor para fechar casas de jogos que não integravam sua "franquia" da jogatina. VEJA teve acesso ao diálogo, captado em 8 de julho do ano passado. Cachoeira - que foi fonte de informações de Policarpo e de muitos outros jornalistas - reclama com o policial porque soube que ele havia passado informações ao diretor da sucursal de VEJA em Brasília. A íntegra em texto e áudio da conversa interceptada se encontram a seguir:
Cachoeira: Fala, Jairo.
Jairo: Fala, doutor, tranquilo? Deixa eu te falar: o Dadá ontem me ligou, pô, me falando uma história aí que você ficou puto comigo, me xingou e o casseta, disse que eu tô trabalhando contra você e tal... Eu falei: pô, cara, de novo o homem lá fala um negócio desse, cara? Eu falei: porra, cara, se eu fiz um favor pro cara lá é justamente pra ficar próximo dele, pra saber o que ele anda me falando. Por quê? Eu pessoalmente uso da minha atividade, eu não preciso dele... Nem... E ele pra mim não influencia em nada, entendeu? Mas se ele me pediu um favor e eu fiz é pra ficar próximo dele e ouvir o que ele anda me falando, entendeu? Como me falou ontem à noite umas coisas. Como me falou anteriormente que eu contei pro Dadá, entendeu? Eu falei: porra, não tô entendendo o homem, não.
Cachoeira: Não, Jairo, foi isso não. Deixa eu falar pra você. Se Dadá estiver aí pode pôr até no viva-voz. Olha, é o seguinte: a gente tem que trabalhar em grupo e tem que ter um líder, sabe? O Policarpo, você conhece muito bem ele. Ele não faz favor pra ninguém e muito menos pra você. Não se iluda, não. E fui eu que te apresentei ele, apresentei pro Dadá também. Então é o seguinte: por exemplo, agora eu dei todas as informações que ele precisava nesse caso aí. Por que? É uma troca. Com ele tem q ser uma troca. Não pode dar as coisas pra ele, igual você sai correndo pra fazer um favor pra ele, pega e dá de graça, enquanto isso ele mete o pau no Dadá pra mim, e deve meter o pau no Dadá pra você também. Então você não deve aceitar ele falar mal do Dadá porque você não trabalha pra ele. E eu também não trabalho pro Policarpo. Eu já ajudei ele demais da conta. Entendeu? Demais da conta! Então, quando eu falo pra você é porque tem que trabalhar em grupo. Tudo o que for, se ele pedir alguma informação, você tem que passar pra mim as informações, uai.
Jairo: Não, beleza. Eu te peço até desculpa disso ai. Mas eu não tô sabendo que você tá. Ultimamente eu não tô sabendo quando você vem aqui, às vezes a gente não se fala. Muito difícil a gente se falar, e eu não ter ido aí, às vezes quem vai é o Dadá. Então de repente eu não tô sabendo que você tá trocando alguma informação com ele. E também não admito ele falar mal do Dadá pra mim. Não admito, corto logo, falo: "O cara é meu amigo, é meu parceiro". Entendeu? Esses dias ele veio falar uma historia que tava rolando aqui na cidade, de um negócio aí, entendeu, de um dinheiro, de uma gravação. Eu chamei o Dadá, falei: Dadá, liga pra ele, fala porque tem uma história assim, assim, eu já falei pra ele. Isso não existe, não é ele, não sou eu, isso não é a empresa, entendeu? Aí o Dadá ligou pra ele, tal, tal tal. Mas, então, cara, eu te peço desculpas. E não é trabalhar nunca contra você. Pelo contrário, pô. Eu não sou louco, né, Carlinhos!? Eu não posso ser burro.
Cachoeira: Jairo, põe um trem na sua cabeça. Esse cara aí não vai fazer favor pra você nunca isoladamente, sabe? A gente tem que trabalhar com ele em grupo. Porque os grande furos do Policarpo fomos nós que demos, rapaz. Todos eles fomos nós que demos. Então é o seguinte: se não tiver um líder e a gente trabalhar em conjunto... Ele pediu uma coisa? Você pega uma fita dessa aí e ao invés de entregar pra ele fala: "Tá aqui, ó, ele tá pedindo, como é que a gente faz?". Entendeu? Até pra fortalecer o Dadá. Por que Dadá... Ele tá puto. E ele vai pegar o Dadá na revista ainda, você pode ter certeza. Ele vai pegar o Dadá na revista. Ele não gosta do Dadá. Falou ontem pro Cláudio. Porra, tá arrumando tudo pra ele... Eu fiquei puto porque ontem ele xingou o Dadá tudo pro Cláudio, entendeu? E você dando fita pra ele, entendeu? Então, o seguinte: você não fala mais do Dadá, porque a gente trabalha em conjunto. Entendeu? Então chega. [Diz a ele:] Então qualquer coisa agora você conversa com o Carlinhos. Fala assim, porra.
Jairo: Não, beleza, porra. Agora eu tô orientado dessa maneira. Eu não to sabendo q vocês tão tratando de outro assunto com ele, entendeu? Até ele me falou realmente que falou com o Cláudio uma época aí. Ele me falou: “Ah, falei com o Cláudio, o cara parece que é gente boa”. Eu falei: "Não, o cara é gente boa, tal, tal, tal, é um cara sério. Mas outras coisas eu não tô sabendo. Não tá chegando até a mim. Por exemplo, não tão falando comigo. Aí eu te digo o seguinte: eu te peço desculpa porque realmente eu errei, porque ele quando me pediu esse favor eu poderia realmente ter falado contigo, mas tem tanto tempo que a gente não senta e não conversa que pra mim você não tava nem falando com ele. Eu não tô sabendo dessa articulação.
Cachoeira: Olha, Jairo. É porque, assim mesmo, você tem que chegar perto de mim qualquer pedido dele. Cara, ele não vai fazer nada isolado. E outra coisa: com ele, daqui pra frente tem que ser na base da troca. Porque dessa forma tá te fortalecendo, fortalecendo o Dadá, fortalecendo eu, o Cláudio. Entendeu? Porque com ele, você sabe, ele não vai fazer nada procê. Ainda mais meter o pau no Dadá? Ah, vai pra puta que pariu, uai.
Jairo: Pô, eu não tava sabendo, cara. Eu não tava sabendo. Mesmo. Eu peço desculpa pra você, pro Cláudio. Não admito. Sempre quando ele vem falar do dadá eu não admito.. nunca admiti dele falar de Dadá ou de você. Nunca admiti. Não admito. Quando ele veio falar do Claudio eu só rasguei de elogio. Então aí realmente eu te peço desculpa, realmente eu errei. Eui deveria ter dfalado contigo realmente. Mas passei assim batido, sabe? Quando ele me chegou me abordou, me pediu, porra você travbalha aqui na ´parea você me conhece. conheço, tal. Não eu falei com eles, tal. Então tem como você ver isso pra mim? Eu falei: tem. Aí eu peguei esse negócio tão rápido. Ainda comentei com Dadá: pô o cara me peiu um negócio assim, assim, eu vou ajudar esse filho da puta porque tem q ficar perto dele, pra saber algumas coisas que ele anda me falando ai sobre o que interessa à gente. Mas passei assim batido, entendeu?
Cachoeira: Pois é. Mas ele não vai soltar nunca nada pra você, o Jairo. Eu conheço o Policarpo, você conhece também. O Policarpo é o seguinte, ele pensa que todo mundo é malandro. E o seguinte, ele pensa que você e o Dadá trabalham pra ele, rapaz. Você sabe disso. Eu já cansei de falar isso pro Policarpo: ‘Policarpo, põe um negócio na sua cabeça, o Jairo e o Dadá não trabalham pra você. A gente trabalha no grupo. Então se tiver algum problema, você tem que falar comigo´. Já discuti com ele, você sabe disso, já presenciou eu falando com ele. Ele pensa que o Dadá, devido àqueles problemas que o Dadá teve, tinha de passar por ele sempre. Vai tomar no rabo. Nunca fez nada pra gente, rapaz. Que que esse cara já fez?
Jairo: É, não, isso é verdade aí. Aí eu te peço desculpa cara, mas nunca foi negócio de trabalhar contra vocês, trabalhar contra o grupo, estar passando a perna em vocês e admitir que ele fale mal do Dadá. Isso aí nunca, nunca. Falo na frente dele. Nunca. Sempre falei, ´O, lá é meu parceiro, tal´ Os caras, sempre... Em lugar nenhum eu menti que sou amigo do Dadá, em lugar nenhum eu menti que sou teu amigo, entendeu? Não é falando não, mas porra hoje eu tenho até restrição na minha ficha devido a reportagem de Globo lá, que consta na minha ficha que eu disse que sou seu amigo. E quem me pergunta, eu falo. Então às vezes a gente erra aí, mas não é errando querendo sacanear não, é errando às vezes sendo burro realmente como você falou. Sendo burro.
Cachoeira: Não. Tá tudo tranquilo. Agora, vamos trabalhar em conjunto porque só entre nós, esse estouro aí que aconteceu foi a gente. Foi a gente. Quer dizer: mais um. O Jairo, conta quantos foram. Limpando esse Brasil, rapaz, fazendo um bem do caralho pro Brasil, essa corrupção aí. Quantos já foram, rapaz. E tudo via Policarpo. Agora, o cara vai pensar que o Dadá trabalha para ele? Porque o Dadá não fez o que ele queria ele tem o direito de ficar chateado com o Dadá, rapaz? Um dia ele chegou perto de mim e falou assim: ‘Não, o Jairo eu gosto, mas aquele rapaz eu não gosto dele não. Aquilo é um malandro’. Vai tomar no cu. Ninguém trabalha para ele não, rapaz.
Jairo: E nós não estamos aqui para ele gostar da gente ou desgostar. A gente tem uns objetivos que às vezes infelizmente tem que passar por ele. Mas não tem nada de ele gostar ou deixar de gostar. Mas realmente eu nunca admiti que ele falasse mal do Dadá na minha frente não, nunca aceitei. E eu não tava sabendo dessa situação toda que você me colocou agora, entendeu, de ele ter metido o pau no Dadá pro Claudio. Aí é sacanagem dele, entendeu? Aí mais uma vez eu peço desculpa aí, Carlinhos. Desculpa mesmo. Jamais eu tive a intenção de sacanear nada, de sacanear ninguém. Pelo contrário, entendeu?
Cláudio: Não, porque se fosse com você, ô Jairo, eu tomaria as mesmas dores. Agora, não é bom você falar isso com o Policarpo não, sabe. É só afastar dele, sabe? Você tem que afastar dele e a barriga dele doer, sabe? É isso que nós temos de fazer. Tem que ter a troca, ô Jairo. Nunca cobramos a troca.
Jairo: Isso é verdade. De antemão ele está atrás de uma outra situação aí que veio me perguntar. Ou eu afasto dele ou se eu conseguir, aí eu te passo aí, tá? Mas, de antemão eu vou me afastar.
Cachoeira: E fala pra ele, Jairo, na hora que ele falar com você: ´O Policarpo, não vou ajudar mais não, sabe por que? Eu fiquei chateado aí, o Dadá está chateado com você porque você anda falando mal dele. O problema é que eu não trabalho para você, cara, eu não fico indo atrás das coisas para trabalhar pra você. Eu ganho algum centavo seu, Policarpo? Não ganho. Então o seguinte, na hora que eu pedi alguma coisa pra você, você nunca pode fazer. Você nunca faz, você corre. Então você tem que pôr isso na sua cabeça. Quantas matérias nós já te demos, o grupo já te deu? Quantas? E você nunca fez nada em troca, cara.
Jairo: Não. Beleza, beleza. A partir de agora eu vou me afastar dele. Apesar de ele ter um negócio aí de um retorno aí já antes dessa situação que você tá me colocando. Mas se eu colocar a mão nesse negócio, aí eu vou te entregar aí e tu decide o que faz aí.  
Cachoeira: Certamente, rapaz. Nós temos de ter jornalista na mão, ô Jairo. Nós temos que ter jornalista. O Policarpo nunca vai ser nosso. A gente vai estar sempre trabalhando para ele e ele nunca traz um negócio. Entendeu? Por exemplo, eu quero que ele faça uma reportagem de um cara que está matando a pau aqui, eu quero que eles façam uma reportagem da educação, sabe, um puta de um projeto de educação aqui. Pra você ver: ontem ele falou para mim que vai fazer a reportagem, mas acabando esse trem ai, ele pega e esquece de novo. Quer dizer, não tem o troco sabe.
Jairo: É, não tem não, não tem não. Ele não tem mesmo não. Ele é f...
Cachoeira: Não, não (Glória a Deus - ?) Então tá, um abraço, Jairo.
Jairo: Falou, meu irmão, Desculpa aí, tá?


Dalla vita ho imparato che per ogni tramonto, c'è un giorno che sorge...
per ogni sogno che finisce, c'è uno che nasce...
per ogni porta che si chiude una si apre...
per ogni amore che finisce, un altro inizia...
per ogni fine c'è un nuovo inizio...
... per ogni partenza c'è un arrivo...
per ogni sconfitta c'è una rivincita...
niente è mai finito finché c'è la vita. ♥ (Paulo Coelho)

sexta-feira, 30 de março de 2012

Signore concedimi la serenità di accettare le cose che non posso cambiare...Il coraggio di cambiare quello che posso.
La saggezza di conoscere la differenza.
Concedimi la pazienza per i cambiamenti che richiedono tempo.
La capacità di apprezzare tutto quello che ho.
La tolleranza per quelli che hanno lotte diverse dalla mia.
E la forza di rialzarmi e provarci di nuovo UN GIORNO ALLA VOLTA!!! ♥
Signore...affido a Te le mie preghiere!! ♥

Tonio Treschi, Cry to Heaven


Por Fuhgeddaboudit™
A Tribute to Tonio Treschi 2,  from the novel Cry to Heaven, by Anne Rice. Music by Frescobaldi, A. Bononcini, Marcorelli, Handel -  Radu Marian, male soprano. M.C. Kiehr, E. g>, sopranos - Tonio in Venice portrait by Lui, included with artist's permission.

A resposta da Biblioteca Nacional

A Sociedade de Amigos da Biblioteca Nacional – SABIN comunica que, diferentemente do que vem sendo publicado na imprensa, não há qualquer relação entre a demissão do jornalista Celso de Castro Barbosa e o afastamento do editor Luciano Figueiredo.
O jornalista Celso de Castro Barbosa foi demitido pelo então editor Luciano Figueiredo após divergências entre os dois, relacionadas à resenha sobre "A privataria tucana", publicada no site da Revista de História da Biblioteca Nacional (RHBN).
A demissão de Luciano Figueiredo deveu-se exclusivamente a razões administrativas internas.
A SABIN não interfere no conteúdo editorial da Revista de História da Biblioteca Nacional, cuja elaboração é atribuição do Conselho Editorial.
Não houve qualquer interferência externa relacionada às demissões.
A redação da RHBN funciona normalmente.
O fluxo de produção da revista continua o mesmo desde sua criação.
Está indo para as bancas a edição de nº 79 e já se encontram em fase adiantada de preparação as edições de nºs 80 e 81.
Jean-Louis Lacerda Soares
Presidente da SABIN
Ou eu encontro um caminho ou eu o faço! Philip Sidney.

Elza Soares


Por Oswaldo Alves
Elza Soares cantando com Thais Gulin: muito legal as duas juntas. Aliás, não é novidade este "flerte" da Elza com tudo que é novo: cantou com Cazuza, com Cássia Eller, com Emicida, etc, etc, e agora, com a Thais Gulin! 

As esculturas de sal de Motoi Yamamoto

Por mcn
Esculturas de sal do artista japonês Motoi Yamamoto.
Do Blog Bem Legaus - http://goo.gl/sMMRe
Sal refinado
Com todo o respeito aos japoneses, mas só com a paciência, disciplina e concentração típicos do povo de olhinhos puxados para conseguir criar obras espetaculares como estas! Estou falando das inacreditáveis instalações e esculturas de Motoi Yamamoto feitas de, pasme, sal! Elemento bastante representativo nos rituais funerários japoneses, ele é a matéria-prima do artista que passou a usá-lo como forma de aliviar a dor pela perda de sua irmã mais nova e assim homenageá-la. Motoi começou suas maravilhosas obras em 2001 e usando apenas uma garrafa plástica que serve para polvilhar o sal pelo chão, e as mãos, obtém os resultados que você confere abaixo. Além das instalações meticulosamente criadas e que podem exigir por exemplo, duas semanas de trabalho com 14 horas diárias, ele também faz escadas de sal (Utsusemi). A ideia é fazer um comparativo do quão somos frágeis perante os terremotos. Para demonstrar isto, após terminar cada escadaria ele simula um pequeno tremor para que os visitantes de suas exposições possam ver esta destruição. “Salgadamente legaus”!
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Unesco abrirá centro de estudo em São Paulo

Da ONU Brasil

UNESCO estabelece, em São Paulo, Centro para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação 

(UNESCO/Landry Rukingamubiri)
iretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, e a embaixadora e representante permanente do Brasil na UNESCO, Maria Laura da Rocha, assinaram um acordo nesta quarta-feira (28/03) para o estabelecimento de um centro de estudos regionais para o desenvolvimento da sociedade da informação, sob os cuidados da UNESCO. O Centro, estabelecido em São Paulo, apoiará a América Latina e os países de língua portuguesa da África com estudos sobre o andamento da construção de sociedades de conhecimento inclusivo.
“Esta é uma parceria oportuna e relevante no âmbito do mandato da UNESCO para a construção de sociedades do conhecimento pluralistas e inclusivas”, afirmou Bokova. “Este centro irá fornecer uma plataforma para acompanhar os progressos na realização das metas do Fórum Mundial sobre Sociedade da Informação”. A chefe da UNESCO também destacou a importância do Centro entre os países do hemisfério sul, na chamada cooperação Sul-Sul e sua contribuição para o desenvolvimento sustentável. “Este novo Centro logo se tornará um centro de referência em capacitação, pesquisa e formação de redes de especialistas em países em desenvolvimento”, afirmou a embaixadora.

'Ignoreland', do R.E.M.


Por alfeu

A greve nas hidrelétricas em construção

De O Globo

Hidrelétricas paradas: 43 mil trabalhadores de braços cruzados

Greve nas usinas do PAC leva a atraso na entrega das obras

Danilo Fariello
Geralda Doca
economia@oglobo.com.br
BRASÍLIA e RIO — Quatro importantes obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na área de energia estão paralisadas, com 43 mil trabalhadores de braços cruzados, colocando em risco os cronogramas de execução dos empreendimentos. Nas hidrelétricas do Rio Madeira, em Porto Velho (RO), o clima era de tensão nesta quinta-feira, com a presença de policiais militares armados com balas de borracha. A greve, que já dura 22 dias em Jirau e oito em Santo Antônio, estendeu-se para o canteiro de Belo Monte, onde três mil funcionários, de um total de sete mil, pararam por melhores condições de trabalho. Em São Félix do Xingu (PA), onde ficam as obras de Belo Monte, um operador de motosserra morreu durante o trabalho na quarta-feira à tarde, o que estimulou a adesão à greve, na avaliação do governo federal. Outra hidrelétrica do PAC, no Rio Teles Pires, fronteira entre Pará e Mato Grosso, teve sua licença de instalação suspensa pela Justiça nesta semana, e o cronograma interrompido.
reves são motivadas, principalmente, por pedidos de aumento salarial e de melhores condições de trabalho. Os valores dos quatro empreendimentos chegam a quase R$ 60 bilhões.
— Fomos pegos de surpresa com os PMs nos canteiros de obra. Participamos de uma comissão tripartite na quarta-feira e ninguém falou nada — disse Enélcio Pereira, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil de Rondônia (Sticcero), sobre Jirau e Santo Antônio.
— A presença da PM no canteiro é preocupante, só acirra os ânimos. A saída é a negociação, mas as empresas se recusam a negociar com trabalhadores parados, e eles não querem voltar sem proposta — disse Claudio da Silva Gomes, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Construção Civil e da Madeira (Conticom).
Segundo os sindicalistas, havia cerca de 150 PMs nos canteiros em cada usina ontem. Eles estavam prontos para um confronto, com balas de borracha e gás lacrimogêneo. Entre os policiais, há contingente da Força Nacional de Segurança Pública. No ano passado, uma agitação tomou conta do canteiro de Jirau, com atos de vandalismo.
Governo criará comissão tripartite
Em Porto Velho, nesta quitna-feira pela manhã, 97% dos trabalhadores da obra de Santo Antônio decidiram, pacificamente, retomar as atividades, segundo nota do consórcio construtor. De acordo com os sindicalistas, os empregadores haviam decidido abonar os dias parados. No entanto, um tumulto causado pelos demais funcionários teve de ser contido pela polícia, disse o consórcio. Na hora do almoço, um trabalhador atirou uma pedra em um policial. “Houve confronto e mesmo contando com o apoio da Força Policial, o consórcio foi obrigado a evacuar a obra para preservar a integridade física dos demais trabalhadores e de suas instalações”, disse o consórcio em nota.
Em Jirau, a situação foi também conturbada, mas sem violência. A Camargo Corrêa, responsável pela obra, afirmou que, pela manhã, uma minoria de grevistas impediu os profissionais de retomar os trabalhos — segundo a Conticom, foram duas mil pessoas. Em nota, a Camargo Corrêa afirma que “não ocorreram atos de violência contra trabalhadores nem houve registro de danos materiais às instalações e equipamentos”. O sindicato conseguiu dispersar o movimento, mas a obra permaneceu parada, disse a Conticom.
Jirau e Santo Antônio já consideram reavaliar seus prazos de entrega das obras. O consórcio Energia Sustentável do Brasil, responsável por Jirau, previa o início das operações para o segundo semestre deste ano. Em nota, o Santo Antônio Energia reconheceu que está “avaliando eventuais impactos” da greve. A hidrelétrica deveria entrar em operação no fim de abril. Nesta quinta-feira, estava marcada uma audiência de conciliação entre as partes no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), mas a reunião, que trataria de Jirau e Santo Antônio, foi adiada para amanhã.
Segundo o movimento Xingu Vivo, a morte do trabalhador em Belo Monte não tem relação direta com a greve, mas o clima ficou pesado e os trabalhadores usaram o ocorrido para cruzar os braços e protestar contra cláusulas “não atendidas” do acordo coletivo de 2011. Também estariam revoltados com o desconto no contracheque de auxílio concedido aos operários instalados na cidade. A empresa estaria levando esses empregados aos canteiros e, por isso, retirando o adicional. Outra reivindicação é a redução do prazo de seis para três meses para que possam visitar as famílias.
Diante de greves e tumultos, o governo corre para pôr em prática o compromisso assumido pelas empreiteiras Andrade Gutierrez, Odebrecht e Camargo Corrêa de melhorar as condições de trabalho, respectivamente, em Belo Monte, Santo Antônio e Jirau. O compromisso foi assinado com a presidente Dilma em 1 de março entre 12 empresas e centrais sindicais.
Na segunda-feira, será publicada uma portaria assinada pelo ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência, instalando a Comissão Permanente Tripartite, com 30 pessoas, entre representantes do governo, dos trabalhadores e das empresas. A primeira reunião será na terça-feira.
As paralisações, porém, não chegam a preocupar o mercado, que conta com sobra de energia para atender ao crescimento do consumo até 2016. Além disso, projetos desse porte já contam com uma “gordura” em seus cronogramas. A diretora de Gestão de Risco e Regulação da Trade Energy, Regina Pimentel, destaca que o cenário indica sobra de quatro mil megawatts (MW) médios até 2014.
— Não há preocupações com esses eventuais atrasos.

Homenagem ao aniversário de Eric Clapton

Por Lourdes
Eric Clapton - Tears in Heaven
Layla
Eric Clapton - Crossroads (From The Cradle Version)
Sweet home Chicago (Robert Johnson)
"Sweet Home Chicago" (Eric Clapton, Robert Cray, Buddy Guy, Hubert Sumlin & Jimmie Vaughan)
BB King & Eric Clapton - The King, The God and the Stars...
Eric Clapton - Cocaine
Eric Clapton Old Love
Eric Clapton Have You Ever Loved a Woman
Somewhere Over The Rainbow
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A humanidade e a cruz

Por Vaas
Da Obvious Mag
A ARTE DA CRUZ
O cristianismo adotou a cruz como seu símbolo máximo e, desse modo, percorreu a história, influenciando as culturas por meio de sua imagem icônica e de sua mensagem redentora. A cruz, por meio da religião, se tornou num dos mais recorrentes, poderosos e importantes temas da história da arte.
Por temer retaliações, quando os primeiros cristãos surgiram, ainda na era pagã, desenvolveram uma comunicação própria, por meio de figuras e referências visuais que professavam a sua crença e lhes permitiam identificar-se entre eles. O principal destes símbolos era a cruz – um símbolo que aliás precedeu o cristianismo e também foi usada em outras religiões.
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cristo, crucificacao, cruz, historia, pintura,<br /><br />
 religiao, simbolo
© Cruz Celta na erã pagã e cristã (Wikicommons, J. Romilly Allen).
Por temer retaliações, quando os primeiros cristãos surgiram, ainda na era pagã, desenvolveram uma comunicação própria, por meio de figuras e referências visuais que professavam a sua crença e lhes permitiam identificar-se entre eles. O principal destes símbolos era a cruz – um símbolo que aliás precedeu o cristianismo e também foi usada em outras religiões.
cristo, crucificacao, cruz, historia, pintura, religiao, simbolo
© Cruz Celta na erã pagã e cristã (Wikicommons, J. Romilly Allen).
Relíquias arqueológicas provam que a cruz é ilustrada pelo homem há muito tempo. Nas culturas celtas de países como o País de Gales, Escócia e Irlanda, são encontradas as cruzes de pedra celtas, datadas do século IX. Essas cruzes, com o tempo, tomaram adereços e detalhes complexos e nunca retratavam nenhuma figura humana. Alguns historiadores acreditam que isso se deve ao fato de que as sociedades celtas relutavam em esculpir imagens para adoração. As cruzes ainda podem ainda ser vistas em alguns locais desses países.Antes do cristianismo, a cruz já significava sofrimento e dor, pois antigamente os criminosos eram condenados à crucificação. Com a religião cristã a salientar o episódio bíblico, o tema ganhou força e foi aí que muitos artistas começaram a inspirar sua arte. Neste sentido, uma das maiores e mais perturbadoras obras é a pintura da Crucificação (1512-1516), de Matthias Grünewald, que se encontra no antigo mosteiro da cidade francesa de Colmar. A retratação do fato bíblico, feita por Grünewald em pleno Renascimento, parece uma obra da Idade Média, com influência gótica. É uma retratação brutal de um Cristo terrível, que reflete luto, agonia e aflição. O imenso quadro foi um marco na história da arte. cristo, crucificacao, cruz, historia, pintura, religiao, simbolo
© "Crucificação" de Matthias Grünewald (Wikicommons).
Ao longo do tempo, a figura da cruz se desenvolveu com a mesma tendência entre diversos artistas. A ilustração de Cimabue, datada do século 13, foi o primeiro passo para a arte moderna. O Cristo de Cimabue, que se encontra em Arezzo, Itália, enfatizava a simplicidade, envolto em dor e devoção. Já um dos trabalhos que foram plataforma do Renascimento é a obra de Giotto, na Capella degli Scrovegni, em Pádua. A Capela é inteira adornada de afrescos que enfatizam a emoção humana ao pé da cruz. São vários painéis que retratam a paixão de Cristo com uma admirável força dramática. cristo, crucificacao, cruz, historia, pintura, religiao, simbolo
© "Cristo" de Cimabue (Wikicommons).cristo, crucificacao, cruz, historia, pintura, religiao, simbolo
© "A Lamentação" de Giotto di Bondone (Wikicommons).cristo, crucificacao, cruz, historia, pintura, religiao, simbolo
© "A Crucificação" de Giotto di Bondone (Wikicommons).
A cidade de Florença acolheu as principais obras que retratavam a temática da cruz. E foi lá que o pintor Masaccio, com sua versão da Santíssima Trindade, de 1427, para a igreja de Santa Maria Novella, em Florença, introduziu a perspectiva. Essa obra é uma das pinturas mais influentes da história da arte, influenciando nomes como Michelangelo e Leonardo Da Vinci. Considerado o primeiro grande pintor do Renascimento, Masaccio foi muito influenciado por Giotto e, do mesmo modo, seus afrescos aludiam à emoção humana de Cristo na cruz. Masaccio, por sua vez, inspirou o monge dominicano Fra Angelico. Para estudiosos da arte, sua obra “A anunciação”,1437-1446, é uma luta evidente na qual tenta se distanciar do estilo gótico e medieval para dar lugar às ideias inovadoras do Renascimento. Mas seu principal trabalho com a temática da cruz foi em sua releitura da crucificação, 1441, na qual podemos verificar que as tradicionais figuras humanas foram substituídas por membros da ordem dominicana. cristo, crucificacao, cruz, historia, pintura, religiao, simbolo
© "A Adoração da Santíssima Trindade" de Masaccio (Wikicommons).cristo, crucificacao, cruz, historia, pintura, religiao, simbolo
© "A Anunciação" de Fra Angelico (Wikicommons).cristo, crucificacao, cruz, historia, pintura, religiao, simbolo
© "A Crucificação" de Fra Angelico (Wikicommons).
Uma das maiores contribuições para o Renascimento foi a técnica da pintura a óleo, a qual proporcionou uma maior ênfase no interior, dando uma melhor precisão de detalhes. Rogier van der Weyden, em Bruxelas, foi pioneiro em seus “Sete Sacramentos”, 1445. A crucificação ocupa o painel central e a obra idealiza a igreja como o centro da vida. Seu outro quadro, “A Descida da Cruz”, 1435 – 1438, é a maior pintura de Rogier – considerada realista e de extrema força emocional, como evidenciam as cores e detalhes. A obra é considerada um ponto alto do Renascimento. cristo, crucificacao, cruz, historia, pintura, religiao, simbolo
© "Sete Sacramentos" de Rogier Van Der Weyden (Wikicommons).cristo, crucificacao, cruz, historia, pintura, religiao, simbolo
© "A Descida da Cruz" de Rogier Van Der Weyden (Wikicommons).
O ilustrador Albrecht Dürer também criou várias versões da crucificação e deu novo tratamento ao tema no que se refere à luz e às cores da temática, como pode ser verificado em seus quadros “A Adoração da Santíssima Trindade”, 1511, e “Mantegna”, 1456-60. Essa nova estética veio de Veneza. Neste contexto está um dos artistas mais poderosos da arte sacra de república italiana: Tintoretto. Ele pintou enormes frescos na escola de São Roque – hoje um santuário artístico e ponto turístico. Sua versão da paixão de Cristo é colossal e lança um novo olhar sobre o episódio bíblico, caracterizado pela intensidade barroca. Foi considerado o responsável por uma nova era da pintura sacra. cristo, crucificacao, cruz, historia, pintura, religiao, simbolo
© "Adoração da Santíssima Trindade" de Dürer (Wikicommons).cristo, crucificacao, cruz, historia, pintura, religiao, simbolo
© "Crucificação - Mantegna" de Dürer (Wikicommons).
Em El Greco (1541-1614), a arte da cruz lembra o peso da espiritualidade severa de outrora, como na arte medieval. No entanto, o pintor rompe com a tradicional forma de perspectiva renascentista. Rembrandt (1606-1669) chega com força no movimento artístico e, como protestante, discretamente prenuncia o início de novos olhares sobre a temática. O pintor abusa do contraste entre luzes e sombras como uma metáfora acerca da luta entre a morte e a vida na cruz. cristo, crucificacao,<br /><br />
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© "Crucificação" de El Greco (Wikicommons).
Com o passar dos anos, o Cristo representado nas cruzes tornou-se diferente – e de forma radical, com a ausência do Cristo na cruz. A Reforma Protestante, no século XVI, veio retratar uma cruz vazia – já que não adoravam um Cristo pregado a ela e sim um Cristo ressurreto, que venceu a morte na cruz. Este fato providenciou uma retaliação pela Contra-Reforma, que tem no espanhol Diego Velázquez (1599-1660) um dos grandes mestres. Ele ajudou a reativar a noção do Cristo pregado na cruz, de forma incisiva. Sua versão da crucificação de 1632 é solitária e intensa e, ainda hoje, é uma das mais conhecidas imagens de devoção do universo católico. cristo, crucificacao, cruz, historia, pintura, religiao, simbolo
© "Crucificação" de Diego Velázquez (Wikicommons).
Com o modernismo, a arte sacra ganhava olhares mais sutis do que a profundidade da contrição que algumas pinturas evocavam. Um dos principais expoentes da nova concepção da cruz na arte foi o modernista Marc Chagall (1887-1985). Ele fundiu os relatos bíblicos com os episódios antissemitas que viveu, em plena Segunda Guerra Mundial. A crucificação de Chagall não enfatizava a devoção e a contrição espiritual, mas a luta de um povo transgredido, como em “Crucificação Branca”, 1938. A cruz, em Chagall, era seu luto a favor dos judeus. cristo, crucificacao, cruz, historia, pintura, religiao, simbolo
© "Crucificação Branca" de Marc Chagall (Wikicommons).
Desde sempre, o cristianismo tomou frente dos costumes, dos comportamentos e da arte da sociedade ocidental. E a crucificação inspirou as várias interpretações da cruz de Cristo que influenciaram toda a estética cultural - muito para além da história da arte ocidental. A cruz se tornou - e é ainda hoje - um dos mais poderosos símbolos culturais de todos os tempos.