Considerações sobre a formação de preço das armas

Comentário do post "Crise não atinge comércio de armamento"
É muito dificil estabelecer o que é "preço" neste tipo de mercado, pois é carregado de injunções geopoliticas, necessidades de afirmação, competição por mercados, alem de muitos "balões de ensaio", choradeiras, e interesses internos - justificam-se gastos elevados com as desculpas costumeiras de "spin-offs" para a area civil, busca tecnologica de ponta, manutenção de empregos estratégicos, etc..
Referente a preços, apenas alguns exemplos:
1. Contrato australiano de 2008 referente a aquisição de 24 F/A18 E/F, custo total do contrato: US$ 6 Bilhões, agora em 2012 a Australia deseja transformar 1/4 dos vetores já entregues na versão EF18G, a um custo de + US$ 35 milhões por aeronave. Em contrapartida a USNavy, assinou em jan/2012 com a Boeing, uma extensão de seu contrato de aquisição continuada de F18E/F, para mais 15 unidades - valor do contrato: US$ 687 milhões.
p>2. Contrato da India com a Boeing, referente a aquisição de 12 P-8I Poseidon, a serem entregues entre 2013/2017 - US$ 3 Bilhões - o orçamento da India para sua aviação naval é estimado pelo MinDef indiano em US$ 17,3 Bilhões até 2017.
3. Os russos - Novamente entrando pesado no mercado de exportações militares, o CEO da Rosoboronexport (estatal russa que centraliza e é a unica autorizada a exportar material militar), Sr. Anatoly Isaikin, publicamente declarou no ultimo MAKS em 2011, que a Russia tinha a época em sua carteira de encomendas fechadas o valor de US$ 37 Bilhões.
4. Somente nesta semana, a Venezuela, está recebendo aproximadamente US$ 2 Bilhões de equipamentos russos ( sistema de defesa costeira BAL-E/KH35; sistemas Smerch (tipo Astros II); sistemas de defesa aérea Pechora)
5.  De acordo com declarações dos burocratas sipristas, e informações do mercado, alguns "players" que atuam neste mercado, não divulgam suas cifras (muitas vezes por interesse do comprador), é o caso de Israel, Belarus, Ucrania, Romenia, Bulgária (os 4 ultimos se especializaram em retrofitar e atualizar armamento russo, vendendo as atualizações sobre a rubrica de "equipamentos de informática") - o Japão, que de acordo com sua constituição não pode exportar armas, participa fortemente do mercado de informática dual-use (civil e militar), e nem está nas estatisticas