Do site Cobre & Alinha:Acidentes envolvem a Marinha do Brasil com problemas antárticos
MOMENTO POLÍTICO NACIONAL EXIGE RESPOSTA PARA O OCORRIDO NA ANTÁRTICA
A combustão é uma reação química altamente indesejável e destruidora, pois traz como conseqüência os efeitos noscíveis ao homem e ao meio ambiente onde ocorrem os incêndios.
O incêndio nada mais é do que uma combustão fora de controle pela qual o fogo se propaga e alimenta continuamente os três elementos indispensáveis entre si sem os quais a combustão não ocorre: combustível, comburente e temperatura de ignição.
O combustível é o material (sólido, líquido ou gasoso); o comburente é o oxigênio e a temperatura de ignição é o calor provocado por uma fonte externa que provoca no combustível seu ponto de ignição (temperatura de ignição).
Base Naval do Brasil na Antártica
Todo este processo de combustão pode ser anulado com a simples contenção da cadeia que alimenta esta reação química caso um destes elementos seja suprimido do triângulo do fogo.
Ao retirarmos o combustível o fogo deixará de alimentar-se dom material, da mesma forma acontece com os outros dois elementos, assim, é nessa ação de controle sobre a combustão que se baseiam as técnicas de combate ao fogo pelas quais os Grupos de Combate a Incêndios se desenvolvem e alcançam eficácia na medida em que são treinados a partir desses conhecimentos dos métodos envolvidos no processo.
Equipes qualificadas são formadas no mais alto nível na Marinha do Brasil através dos nossos principais centros de instrução: Centro de Adestramento Almirante Marques de Leão e seus periféricos, a saber: Escolas de Aprendizes Marinheiros e demais Organizações Militares onde são instalados equipamentos de combate à incêndio e pessoal qualificado pelos órgão certificador deste ramo de atividade.
Ora, tais procedimentos são padronizados e aperfeiçoados com a evolução de técnicas e de recursos indispensável à formação de uma mentalidade de segurança das OMs em terra e nos navios.
Através de doutrina estabelecida pelo Estado Maior da Armada (EMA), o pessoal na MB pratica e dissemina estas informações que são parte do Programa de Adestramento de cada Organização Militar. É uma questão filosófica organizacional em que os agentes envolvidos conscientizam-se e crêem em seu caráter perene.
Não são comuns casos como esses ocorridos a pouco mais de três dias como tem sido divulgado na mídia e até mesmo através de nota oficial da Marinha em que os agentes causadores da combustão (combustível, temperatura de ignição e comburente) se comungam desenvolvendo incêndios que aparentemente estavam fora de controle em sua proporção e desdobramentos.
As “baixas materiais” decorrentes do incêndio na Base Naval Comandante Ferraz foram consideráveis, todavia nada comparável em dor às perdas humanas, principalmente para as famílias, parentes e amigos dos militares envolvidos.
Indústrias nacionais de Defesa: a importância de uma mentalidade de defesa está sustentada pelos investimentos no setor
Mas, é preciso muita calma nessa hora, porque a própria instituição deve divulgar laudos reveladores originários dos Inquéritos Policiais Militares e são a partir destes resultados que podem ser retiradas as lições para que o futuro da nação não venha a ser comprometido em sua credibilidade neste momento importante diante da conjuntura político e administrativo das Forças Armadas em seu papel primordial na defesa da soberania brasileira.
A nação precisa saber o porquê de acontecimentos tão chocantes que colocam em pauta a eficiente e eficaz ação dos centros formadores e do competente e imprescindível apoio destas equipes de Controle de Avarias dos nossos navios e Bases Navais Militares.
Ministro da Ciência e Tecnologia do Brasil
Mesmo porque num futuro próximo a Marinha chamará para si a responsabilidade de administrar custos fabulosos e que envolverão ações operativas de grande vulto com material altamente danoso e nocivo não apenas à um ou dois elementos mas a própria atmosfera e que neste caso de competência coletiva da humanidade de uma maneira geral: o combustível nuclear.
Pensamos ser necessário neste momento um total apoio à Marinha do Brasil nos moldes daquele que já foi dado pelo Ministro da Ciência e da Tecnologia, Marco Antônio Raup, que se mostrou solidário e disposto a dar continuidade na parceria com a Marinha na área da pesquisa desenvolvida no continente gelado.
A Base Comandante Ferraz é parte primordial do PROANTAR (Programa Antártico Brasileiro) e fator preponderante para o nosso desenvolvimento como nação, pois foi a partir dela que a cerca de trinta anos o Brasil teve voa ativa na ONU entre os chamados países antárticos. É portanto fonte inestimável de credibilidade, valor e soberania às nossas pretensões futuras de se fazer mais presente na medida em que galgamos um status compatível como nosso desenvolvimento.
Cabe a Marinha do Brasil se posicionar com toda a seriedade possível acerca desses lamentáveis e inesquecíveis acidentes que tem na sua origem fatores de risco que colocam em cheque toda a credibilidade com o que já tem sido feito a mais de três décadas à nível não somente de desenvolvimento e pesquisa como também de adestramento e apresto dos seus meios navegáveis.
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