quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Mesmo que o nível da produção musical de Jorge Ben Jor nas últimas três décadas tenha deixado a desejar em comparação com as duas anteriores – quando atendia apenas por Jorge Ben -, ele continua sendo um dos grandes gênios de nossa música. E que, ao completar 70 anos ontem, precisa ser reverenciado como tal.
Para isso revisito texto publicado há dez anos em minha finada coluna Massa Sonora, hospedada pelo site da MTV, batizado “Que mestre Jorge saiba o que está fazendo”. Na ocasião, o nosso aniversariante se preparava para desempoeirar o violão e gravar um acústico da emissora após 25 anos de altos e baixos – mais baixos do que altos – empunhando guitarra elétrica.
O tal especial Unplugged até que rendeu momentos bonitos, e ele inclusive topou voltar ao formato para o 70º aniversário, e acaba de gravar uma edição do “Luau MTV” em Paraty. Esperamos que não soe morno como o disco de 2002, que não denotava
Jorge Ben é um artista único na música brasileira. Compulsivamente reverenciado e imitado, serviu de inspiração para figurões do quilate de Caetano Veloso e Gilberto Gil. O primeiro regravou vários de seus sucessos, como “Charles, Anjo 45”, “Jorge de Capadócia” e “Olha o Menino”, e o último chegou a dar a seguinte declaração: “depois que vi Jorge tocar, quis parar. Ele já tinha feito tudo o que eu havia imaginado”As palavras daquele texto sobre a importância do músico de Madureira, porém, continuam valendo. Reproduzo trechos abaixo, seguidos por divertido vídeo extraído de edição do Fantástico de 1974, apresentada por um então jovem Fulvio Stefanini, com interpretações as clássicas “Cadê Teresa” e “Bebete Vãobora” (ambas do disco Jorge Ben, de 1969):
a, nem de longe, uma vontade especial de Jorge em retomar os seus anos de ouro, 1963-1975, durante os quais lançou álbuns espetaculares como Samba Esquema Novo (1963), Ben (1972) e A Tábua de Esmeralda (1974).

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