21/03/201206h00
"Violação de perícia é crime", dizem especialistas sobre acidente envolvendo filho de Eike Batista
Hanrrikson de Andrade
Do UOL, no Rio
Do UOL, no Rio
- Luciana Whitaker/Folhapress

Thor vai prestar depoimento nesta quarta-feira
A suposta retirada antes do trabalho pericial no veículo conduzido por Thor Batista, filho do empresário Eike Batista, após o acidente que vitimou o ciclista Wanderson Pereira da Silva, 30, na noite de sábado (17), configura crime previsto pelo Código de Trânsito Brasileiro, segundo especialistas ouvidos pelo UOL. A Polícia Civil do Rio de Janeiro nega que o carro não tenha sido periciado.
Se comprovada, a violação da cena do homicídio --a polícia ainda investiga se há ou não dolo por parte do condutor-- atrapalharia o desenvolvimento do inquérito, na opinião do especialista em perícia criminal de acidentes de trânsito Rodrigo Kleinübing. "Em casos como esse, ninguém pode mexer no local. O procedimento correto é acionar a polícia, que, por sua vez, envia a perícia criminal para isolar o local. O perito tem capacidade de identificar vestígios fundamentais para entender o que houve. Claro que nem todo atropelamento é causado pelo condutor, mas a preservação do local não pode ser comprometida, isso constitui uma violação, e é crime", afirma.
De acordo com a Polícia Civil, peritos da Polícia Rodoviária Federal se dirigiram ao local do acidente e realizaram todos os procedimentos necessários. Em seguida, o carro de Thor foi levado para o pátio da PRF e liberado após o advogado do empresário, Flávio Godinho, assinar um termo de responsabilidade se comprometendo a não adulterar as condições do veículo.
Porém, ainda não foram divulgados os resultados desse trabalho, que podem indicar a velocidade em que o carro estava no momento do acidente. O advogado da família da vítima, Cléber Rumbelsperberger, contesta a versão oficial, já que a análise não foi feita por profissionais do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE). Segundo ele, como há um inquérito policial em curso, o veículo do filho de Eike Batista jamais poderia ser liberado, e deveria estar à disposição da Polícia Civil e da Justiça --assim como a bicicleta da vítima.
Se comprovada, a violação da cena do homicídio --a polícia ainda investiga se há ou não dolo por parte do condutor-- atrapalharia o desenvolvimento do inquérito, na opinião do especialista em perícia criminal de acidentes de trânsito Rodrigo Kleinübing. "Em casos como esse, ninguém pode mexer no local. O procedimento correto é acionar a polícia, que, por sua vez, envia a perícia criminal para isolar o local. O perito tem capacidade de identificar vestígios fundamentais para entender o que houve. Claro que nem todo atropelamento é causado pelo condutor, mas a preservação do local não pode ser comprometida, isso constitui uma violação, e é crime", afirma.
De acordo com a Polícia Civil, peritos da Polícia Rodoviária Federal se dirigiram ao local do acidente e realizaram todos os procedimentos necessários. Em seguida, o carro de Thor foi levado para o pátio da PRF e liberado após o advogado do empresário, Flávio Godinho, assinar um termo de responsabilidade se comprometendo a não adulterar as condições do veículo.
Porém, ainda não foram divulgados os resultados desse trabalho, que podem indicar a velocidade em que o carro estava no momento do acidente. O advogado da família da vítima, Cléber Rumbelsperberger, contesta a versão oficial, já que a análise não foi feita por profissionais do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE). Segundo ele, como há um inquérito policial em curso, o veículo do filho de Eike Batista jamais poderia ser liberado, e deveria estar à disposição da Polícia Civil e da Justiça --assim como a bicicleta da vítima.
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