segunda-feira, 30 de abril de 2012


Cresce o número de candidatos LGBT na eleição 2012

Autor: 
Do UOLEleições de João Pessoa e Itu (SP) terão candidatos a prefeito gays; associação estima 133 concorrentes para as câmaras

Do UOL, em Itu
Edmilson Martins (PPL), candidato a prefeito em Itu (SP)
  • Edmilson Martins (PPL), candidato a prefeito em Itu (SP)

O público LGBTT (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transsexuais) terá representantes inéditos na disputa eleitoral de 2012. Na capital da Paraíba, João Pessoa, e em Itu, no interior de São Paulo, já foram lançadas pré-candidaturas de homossexuais ao principal cargo executivo municipal.

Em ambos os casos, os candidatos a prefeito prometem, caso eleitos, brigar pelos direitos dessas minorias.

Ponto considerado positivo pelo presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transsexuais), Tony Ramos, que disse acreditar que é importante ter uma plataforma de governo bem alicerçada.

Para as câmaras, o número de candidatos LGBT é bem maior. Pelo menos 133 pessoas com esse tipo de orientação sexual vão disputar vagas legislativas em todo o país.

O pré-candidato de Itu, Edmilson Martins (PPL – Partido Pátria Livre), considera importante defender a igualdade social em todas as áreas. Ele afirmou que já montou projetos para a criação de departamentos que promovam a inclusão social.

“Sou contra qualquer forma de preconceito, por isso quero trabalhar pela profissionalização e introdução ao mercado de trabalho do público LGBTT”, afirmou.

Ele disse ainda que pretende entrar para a história do país, como o primeiro prefeito gay.

“Quero romper as barreiras e mostrar que a minha opção sexual não interfere na minha posição política e candidatura.”

Edmilson disse que sua candidatura é apoiada pelo deputado federal Jean Wyllys (PSOL), que também é gay.

“Ele ainda vai estudar no partido a forma de formalizar esse apoio”, afirmou Martins.

PSOL

O PSOL é o partido de Renan Palmeira, 25, que será candidato na capital paraibana. Jean Wyllys (PSOL) prometeu se engajar na campanha.

Para o presidente da ABGLT, além dos candidatos é importante garantir políticos aliados para brigar pelas causas homossexuais em todo o país.

Já se mostraram favoráveis nomes como Fernando Gabeira (PV), Gilberto Kassab (PSD) e Antônio Imbassahy (PSDB). Tony diz ainda que é importante conhecer os candidatos.

“Não basta ser gay, é preciso ter uma proposta de governo interessante e envolvimento com a política

Indústria naval está na agenda positiva de Dilma

Autor: 
Por Francisco Nixon Frota
A presidente Dilma Rousseff participará na sexta-feira do lançamento da pedra fundamental do Estaleiro Enseada do Paraguaçu (EEP) e batismo da plataforma P-59 da Petrobras, na Bahia. O evento será mais uma demonstração de que a presidente está decidida a impulsionar a indústria naval nacional e tentar acelerar a exploração do petróleo da camada pré-sal, além de manter uma agenda positiva que afaste do Palácio do Planalto as discussões sobre a CPI do Cachoeira.
Localizado em Maragojipe, a cerca de 45 quilômetros de Salvador, o Estaleiro Enseada do Paraguaçu é um projeto de 2010 da Odebrecht, OAS e UTC que receberá investimentos de R$ 2 bilhões. O estaleiro começou a ser construído no ano passado, e deve iniciar suas operações em 2014. A expectativa é que sejam gerados 3 mil empregos diretos durante a construção do EEP e 5 mil em sua operação, quando se prevê o processamento de até 36 mil toneladas de aço por ano.
>Na quinta-feira, o Valor revelou que o EEP assinou carta de intenção com a Sete Brasil, holding financeira dedicada a gerir portfólios de ativos voltados para o setor de petróleo e gás, para construir seis navios-sonda utilizados em perfuração de poços de petróleo, uma encomenda de US$ 4,8 bilhões. O estaleiro também acertou contrato de licenciamento com a holandesa Gusto, que vai fornecer o projeto das sondas, e está em negociações, embora não comente o assunto, com a japonesa Kawasaki para tê-la como sócia estratégica no empreendimento. A carta de intenção é um instrumento que permite à Sete BR e aos seus fornecedores antecipar etapas para reduzir eventuais atrasos até a assinatura de um contrato firme
Desde a campanha eleitoral de 2010, Dilma Rousseff vem sinalizando que uma de suas prioridades é conservar os esforços iniciados nos governos Luiz Inácio Lula da Silva para reestruturar a indústria naval brasileira. A presidente costuma dizer que o Brasil já foi o segundo país em importância internacional no setor. No entanto, lamenta, na década de 1980 e 1990 as crises econômicas que o país enfrentou reduziram a posição brasileira nessa área. Agora, Dilma quer fortalecer a cadeia produtiva da indústria naval e evitar que investimentos e a geração de empregos sejam transferidos para o exterior, uma vez que a Petrobras assegura uma demanda aos fabricantes da área e precisa aumentar sua capacidade de produção para acelerar a exploração do petróleo encontrado na camada pré-sal.
"No que depender de mim, vocês podem ter certeza de uma coisa: eu assumo e reitero, mais uma vez, o meu compromisso com a indústria naval brasileira. Eu assumo o compromisso de sempre querer melhorar o conteúdo nacional", discursou a presidente Dilma em junho de 2011, durante cerimônia de batismo da plataforma P-56, em Angra dos Reis, Rio de Janeiro. "Nós, agora, temos de querer estabelecer no Brasil uma indústria de "navipeças". Assim como tem a indústria de autopeças para os automóveis, nós queremos que aqui dentro do Brasil se produza cada peça dessa plataforma."
Além de Dilma, devem participar da cerimônia ministros, o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), e a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster. (Valor Econômico)
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1 comentário
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josé adailton
O outro lado que deve ser mostrado (ou seria notícia falsa):

Estaleiro Atlântico Sul registra prejuízo de R$ 1,47 bilhão em 2011
Empresa, considerada marco da indústria naval por Lula, atribui resultado a 'superdimensionamento'
Estaleiro de Pernambuco ainda não conseguiu entregar seu 1º navio e um dos principais sócios deixou o negócio
FÁBIO GUIBU
DE RECIFE
Considerado pelo ex-presidente Lula um marco na retomada da indústria naval brasileira, o estaleiro Atlântico Sul S.A. teve prejuízo de R$ 1,47 bilhão em 2011 -o equivalente a 70% do total investido na sua construção.
A empresa, instalada no complexo industrial e portuário de Suape, em Pernambuco, ainda não conseguiu entregar seu primeiro navio, o João Cândido, que chegou a ser lanç
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O pós-facebook

Autor: 
Da Folha.comO pós-Facebook  
Com quase um bilhão de usuários, o Facebook parece inquebrável. Seus números são tão grandes que chegam a se confundir com os da própria Internet. Entrelaçado a praticamente tudo que é social no mundo eletrônico, ele se tornou uma plataforma de interação ampla, usada para fins tão variados quanto publicar fotos, trocar ideias, ler textos ou jogar games cada vez mais complexos. Empresas de todos os tipos usam o cadastro do Facebook como crachá de identificação e todo dia surgem novos produtos e serviços desenvolvidos exclusivamente para ele. Um dos pilares do ambiente digital, é difícil imaginar o futuro sem ele. Não é à toa que a expectativa pela oferta pública de suas ações em Wall Street venha causando tanto furor.
Mas o mundo digital evolui muito rápido, e quem pretende ficar na frente não pode se acomodar se não quiser ser ultrapassado. Até há pouco tempo ninguém imaginava que a Microsoft seria ameaçada em sua hegemonia. Sorrateiramente, o Google foi invadindo o espaço com produtos e serviços integrados, apoiados na nuvem, pois tinha compreendido que o modelo de venda de software estava com os dias contados.
Hoje é importante pensar no que virá depois das mídias sociais. Modelo de comunicação praticamente inexistente há dez anos, hoje essas plataformas de publicação e compartilhamento se tornaram tão populares e influentes a ponto de reconfigurar a visão que se tinha da Internet. Se no final do século passado "estar online" significava ter acesso a bibliotecas do mundo inteiro hoje a experiência é muito mais próxima, informal e restrita. Por mais que redes como o Facebook tenham abrangência global, os grupos de contato e interesse formados nela normalmente consistem de pessoas de uma mesma cidade, bairro, ambiente ou escola, trocando ideias a respeito do que foi publicado por alguns formadores de opinião. Seu uso não é tão diferente do compartilhamento de algo acontecido no jogo de futebol, novela, política, notícia ou publicidade nos papos informais cotidianos.
É curioso perceber que boa parte da interação via redes sociais é muito mais passiva do que a antiga ideia de "surfar" na Internet. Se no século passado a rede era uma experiência dinâmica de descoberta, em que novas opiniões e informações eram descobertos a cada link clicado ou digitado, hoje as redes já vem com a programação pronta. Seu usuário não vê mais uma tela em branco de um browser, aguardando comandos, mas uma lista interminável de conteúdo compartilhado, que raramente traz algo de surpreendente ou desagradável.
No Facebook a web 2.0 foi transformada em um canal personalizado de televisão. A interação, quando há, normalmente é pobre, feita através de ações simples de aprovação e compartilhamento, fácil de se realizar via controle remoto. É bem provável que os novos aparelhos de TV que acessem a Internet sejam utilizados para se assistir a esse grande "canal", com programação ininterrupta, às vezes previsível e repetitiva, entregando para seus telespectadores exatamente aquilo que gostariam de assistir. A evolução digital parece alternar momentos de evolução e retrocesso.
Em um ambiente que se transforma a cada instante, as redes sociais precisam se transformar se pretendem continuar relevantes, como o fez a MTV. Na década de 1980, sua popularidade era incontestável. Junto com a CNN e a ESPN, a MTV revolucionou o formato televisivo ao levar a linguagem do rádio para o vídeo. Seus apresentadores cheios de personalidade entregavam conteúdo ininterrupto, independente das grades de horário, chacoalhando um formato bastante comportado e acomodado. Nos anos oitenta, a experiência de assisti-la era o que havia de mais próximo do que seria mais tarde a Internet, com novas ideias, linguagens e conteúdos o tempo todo. Mas a glória durou pouco.
A Internet (e serviços como o MySpace, iTunes e YouTube) tornaram a ideia de uma TV que lançava artistas uma coisa velha e engessada. O problema não estava na MTV, mas na TV como um todo. Para se manter sintonizada, a emissora precisou mudar de linguagem e de programação, e apanhou um bocado até se transformar em uma emissora que estrutura e populariza novas formas de humor e entretenimento, fazendo uma bela curadoria de conteúdo de tudo que é produzido nas mídias sociais.
O Facebook precisa ficar igualmente esperto se não quiser correr o risco de envelhecer rapidamente. Por mais que ele seja a maior rede do mundo, sua experiência é fria, passiva, simplória. Usuários de videogames, MMORPGs e de outras redes mais intensas até estão nele, mas não conseguem entender como um ambiente tão sem graça cause fascínio. Suas queixas são parecidas com aquelas feitas pelos usuários de Internet sobre a TV na virada do século.
Dentre essas redes, o Club Penguin chama a atenção. Seus usuários são crianças e pré-adolescentes, que não conseguem imaginar uma relação completa sem a ajuda de telas ou botões. A interação ali começa com a definição da própria personalidade e apresentação para o mundo. Como todos ali são pingüins genéricos, as personalidades não são definidas por nomes de família, local de residência ou trabalho. Em uma verdadeira meritocracia, todos começam iguais e só ganham importância conforme sua participação e interação social.
Decorando seus iglus, participando de conversas privadas, vestindo cuidadosamente suas aves-avatares conforme a ocasião e cuidando de seus Puffles para que não fujam, muitos desses habitantes do Século 21 aprendem o que há de interessante (e de deprimente) no mundo adulto à medida que participam de festas, economizam suas moedas e produzem notícias para o jornalzinho local.
Se o Facebook não compreender (e incorporar) essas mudanças, pode perder importância tão rapidamente quanto a ganhou, já que é fácil imaginar essas que hoje são crianças migrando para uma nova rede, mais ativa, estimulante e debatedora, muito mais real, duradoura e interessante do que a passividade do asséptico mundo azul em que só é permitido "curtir" e "compartilhar".
Luli Radfahrer

México: Jornalista é morta dentro de casa

Por zanuja castelo branco

Jornalista que investigava narcotráfico é encontrada morta no México

Do Operamundi

Considerado o país mais perigoso para jornalistas, o México teve 10 profissionais assassinados em 2011

A violência no México fez mais uma vítima. A jornalista mexicana Regina Martínez, correspondente da revista Proceso no estado de Veracruz, foi encontrada morta neste sábado (28/04) em sua casa. Martínez tinha mais de 30 anos de experiência e estava acostumada a lidar com temas ligados ao narcotráfico e à corrupção.

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Fontes policiais disseram que a jornalista foi encontrada no banheiro de sua casa, na cidade de Xalapa, capital de Veracruz, com sinais de estrangulamento. Ela também teria sido torturada pelos criminosos.

O corpo da jornalista foi encontrado por volta das 18h locais (20h de Brasília) graças a uma ligação anônima aos serviços de emergência. Após a notícia, o governador de Veracruz, Gabriel Duarte, lamentou o assassinato da jornalista e ordenou uma investigação exaustiva para a captura dos responsáveis pelo homicídio.

Risco

O México é considerado o país mais perigoso para jornalistas, de acordo com o Instituto Internacional de Imprensa (IPI). As constantes ameaças feitas pelo crime organizado, muitas vezes impregnado em órgãos do governo, fazem com que o trabalho desses profissionais seja um risco de morte constante.

Em 2011 foram 10 jornalistas mortos, ultrapassando a cifra carregada pelo Iraque, com nove. O primeiro jornalista assassinado em 2012 foi mexicano e o país já conta com quatro homicídios desses profissionais, contando com a repórter da revista Proceso 

Os 105 anos da Ordem dos Músicos do Rio

Por Ramalho
O Sindicato dos Músicos Profissionais do Rio de Janeiro está a completar 105 anos. Cento e cinco anos! Pouquíssimas instituições no país são tão longevas, mormente se representativas de trabalhadores. Independentemente, então, de quaisquer outras considerações, é motivo de júbilo mais este aniversário do provável decano dos sindicatos brasileiros pelos pioneirismo e permanência.
Como parte das comemorações oficiais, haverá o lançamento da Campanha de Valorização do Músico, no dia 04 de maio próximo, às 20:00 horas, no Espaço Cultural Gabinete, na rua do Senado, no Centro do Rio de Janeiro.
Comemoro a efeméride trazendo música "Sedutor", um choro, que faz parte do disco histórico comemorativo dos 50 anos do Sindicato, disco produzido pelo próprio Sindicato em 1957.
Vídeos: 
Veja o vídeo

Caetano Veloso - Agora Só Falta Você

Por V


Pesquisa revela baixa credibilidade do legislativo

Por Marco Antonio L.
A CPI do Cachoeira e a credibilidade do Legislativo

Por Leonardo Avritzer, Da Carta Maior

A instalação pelo Congresso Nacional da CPI para investigar os negócios do contraventor Carlinhos Cachoeira com o sistema político e também outros atores privados é bem-vinda e pode significar um papel ativo do Legislativo no processo de combate à corrupção no Brasil. No entanto, dado o histórico das CPIs é interessante tomar alguns cuidados para que, ao final, ela não signifique mais um episódio de desgaste do Legislativo. Nas duas pesquisas sobre corrupção feitas pelo Centro de Referência do Interesse Público da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o CRIP, apareceram dois dados preocupantes em relação ao papel do Congresso Nacional no combate ao problema.

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Quando perguntamos aos entrevistados se conheciam as iniciativas de combate à corrupção do Congresso, 61% responderam positivamente. Elas eram mais conhecidas, por exemplo, que as ações do Judiciário e de órgãos de controle como a Controladoria Geral da União (CGU). Mas quando perguntamos sobre a efetividade das ações do Legislativo no combate à corrupção, elas ocupavam o último lugar, atrás da Polícia Federal, Judiciário e da CGU. A percepção da opinião pública sobre as investigações de corrupção do Congresso Nacional é que as CPIs não são efetivas.

Quando nos perguntamos qual é o motivo desta disparidade entre conhecimento das CPIs e a baixa credibilidade da opinião pública quanto à sua efetividade, a resposta que parece expressar melhor esta atitude seria a da parcialidade das CPIs, constituídas pelo Congresso Nacional com base na representação dos partidos na Câmara e no Senado. Até aí nada de errado, na medida em que o princípio da soberania e do voto da maioria constitui o Legislativo e não se poderia esperar que não houvesse maiorias e minorias nas CPIs. No entanto, o problema das CPIs é que, em vez de investigar escândalos relevantes e apresentar relatórios bem fundamentados à opinião pública para propiciar a punição de malfeitos, elas rapidamente se transformam em espaços de disputas de poder entre governo e oposição. O governo quer investigar a oposição e a oposição quer investigar o governo. Além disso, há um insuportável processo de vazamento de informações que, frequentemente, atrapalha as investigações ainda em curso. No final, o Congresso tem a sua credibilidade manchada por estes comportamentos.

Este é o risco da CPI do Cachoeira. O que a opinião pública espera, é que ela utilize os instrumentos da legislação, a convocação, a quebra de sigilo bancário e até mesmo o uso de dados coletados pela Policia Federal, para explicar duas coisas: a influência do crime organizado no Congresso Nacional e a triangulação entre escutas telefônicas, imprensa e tráfico de influência em Brasília. Estes são os dois objetos que se espera sejam apurados em todas a sua extensão pela CPI. É verdade que a grande imprensa já apontou um outro foco para a comissão, a relação específica entre alguns políticos do governo e da oposição e o contraventor Carlinhos Cachoeira. Limitar a CPI a este foco certamente terá consequências bastante deletérias para a reputação do Congresso Nacional.

A primeira delas é despertar um movimento de defesa e ataque entre governo e a oposição no momento em que forem examinadas as situações de políticos como Demóstenes Torres (ex-DEM, agora sem partido), de um lado, e Agnelo Queiroz (PT) de outro. Essa é a falsa polarização que a grande imprensa gostaria que ocorresse. De um lado, essa polarização dará visibilidade à CPI, mas às custas da perda ainda maior de credibilidade do Congresso. De outro lado, há em parte da grande imprensa a tentativa de retirar as relações entre a revista Veja e Carlinhos Cachoeira do foco da CPI. Acho extremamente importante evitarmos a polarização entre governo e oposição para não perdermos o foco da CPI. A verdadeira questão desta comissão de inquérito é como o crime organizado se articula, em especial, quais são os seus tentáculos no Congresso Nacional. Sabemos muito pouco sobre a relação entre o crime organizado e sistema político no Brasil, ainda que seja bastante comentada a informação de que o crime organizado é um dos grandes financiadores de campanhas pelo sistema político. É preciso investigar a veracidade destas informações e tornar o Legislativo menos vulnerável às incursões do crime organizado.

Em segundo lugar, interessa à opinião pública e à democracia no Brasil saber quais eram (ou são) as relações entre a revista semanal Veja e o esquema de escutas ilegais em Brasília. Interessa à opinião pública saber se esse era um lobby, se o lobby era apenas político ou também econômico. Interessa saber se escutas que foram publicadas pelo semanário paulista e que derrubaram administradores públicos que cobravam da construtora Delta revisões em obras mal feitas foram ou não remuneradas pela mesma construtora. E, se foram remuneradas, quem foi pago. A resposta a esta questão irá determinar a maneira como se entenderá a relação entre imprensa, transparência e democracia no Brasil. Se o Legislativo for capaz de responder a essas perguntas com coerência e transparência, ele tem toda a condição de recuperar parte da sua credibilidade e da credibilidade das CPIs.


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9 comentários
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veras
Que credibilidade pode ter legislativo com um "legislador" como o Demóstenes.
Além de envolvido com o crime organizado, o cara não tem senso do ridículo.
Do Amigos do Presidente Lulasábado, 28 de abril de 2012'Chanceler' Cachoeira mediou para Berlusconi receber Demóstenes na Itália Demóstenes Torres deveria  pedir desculpas "em nome do povo brasileiro", no encontro, pela não extradição de Cesare Battisti.



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Ivan Moraes
O que Demostenes Torres esta fazendo no senado ainda?
SAI DAI AGORA E JA, CANALHA.  E LEVE SEU GILMARZINHO TAMBEM.
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Voto distrital de merda, vai sumindo do Brasil, e leve seus "religiosos" e espioes mediaticos porque o Brasil nao eh casa da sua sogra.
 
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zanuja castelo branco
Nassif se isso for verdade verdadeira o PSDB IMPLODE.
Do Brasil247
“Vítimas” de arapongas eram os espiões do DF“Vítimas” de arapongas eram os espiões do DFFoto: Edição/247INQUÉRITO REVELA ÍNTIMO RELACIONAMENTO ENTRE O DEPUTADO FERNANDO FRANCISCHINI (PSDB/PR) E O SARGENTO DADÁ; PARLAMENTAR TUCANO, QUE PEDIU A PRISÃO DE AGNELO QUEIROZ, EM RAZÃO DO ESCÂNDALO DA ARAPONGAGEM, PRETENDIA ATÉ TRAZER SEU TÍTULO DE ELEITOR PARA O DF, ONDE CONCORRERIA AO BURITI
30 de Abril de 2012 às 13:04
247 – Não faltará assunto para a CPI da Arapongagem, instalada no Distrito Federal, para investigar um suposto Watergate que teria sido montado no Palácio do Buriti, por aliados do governador Agnelo Queiroz, para investigar políticos, empresários e jornalistas.
Na noite deste domingo,
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wannabe
Se o Legislativo está desgastado, não é culpa de ninguém a não ser dele mesmo. Temos um Congresso extremamente improdutivo, corrupto e chantageador dos outros poderes, em especial do Executivo. Depois ficam brabinhos quando o Judiciário inova no sistema. Está errado? Claro que está, mas olhe pelo lado do cidadão, que não consegue exercer seus direitos por causa de um bando em Brasília que fica discutindo futilidades.
Acho que podemos pensar seriamente em um projeto de democracia direta a longo prazo. O único motivo pelo qual foi feito um Poder Legislativo foi a inviabilidade de os cidadãos votarem diretamente, uma vez que estes moram longe do centro político. Contudo, pensemos em um horizonte de 50 anos. Como será a tecnologia até lá? Não daria para usarmos isso em prol de uma
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O fantasioso não é uma alternativa ao racional, pois baseia-se no delírio de uns e na ingenuidade de muitos.
 
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Alan Souza
Essa pesquisa me surpreendeu ao mostrar que o Legislativo ainda tem baixa credibilidade. Há uns dez anos que pra mim ele tem credibilidade zero!
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Demóstenes Torres na cadeia: uma campanha pelo bem do Brasil!
 
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Jose Saguy Tenorio
Elas querem ENdireitar a nação.... kkkk
http://tvuol.uol.com.br/assistir.htm?video=socialites-de-sp-se-dizem-tra...
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Ivan Arruda
Eu gostaria de ver estudos sobre o conluio entre poderes e a imprensa. Que vem paralisando ou inibindo a atuação de nossas instituições. De onde partem as orientações para transgredir ou sabotar? Punição, só de adversários. Os políticos eleitos tem que obedecer as ordens desse conluio onde, os Cachoeiras - cada estado tem o seu - não são os números um. O dilema é como sair dessa teia tecida por juízes, promotores, advogados, contadores, engenheiros, policiais, jornalistas, empreiteiros, apresentadores e outros tantos, tendo contraventores como coordenador. É preciso ver se o político que recebe votação popular é agente ou vítima desse sistema coorompido de eleições? Se as universidades pararem de recomendar a revista veja e denunciar os entes públicos que a assinam, já estarão prestando
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Claudio Almeida
 O legislativo pode ter baixa credibilidade, mas a Imprensa.....  Lamentávelmente, hoje no Brasil, ninguém faz mais cagadas, jogo sujo, mentiras, manipulações e ações criminosas do que a Imprensa. E tem mais, qualquer um do PIG, principalmente a Globo, sem dinheiro público, pede falência em 3 meses. São campeões de apropriação de dinheiro público, e ainda tem o monopólio de acusações. Entre o Legislativo e a Grande Imprensa, fico com o primeiro. Pelo voto, posso cassar o meu candidato da eleição passada. Já o Ali Kamel....... Fazer o quê ?
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mariazinha
Vivemos, durante muitos anos sob o jugo alienígena. Para eles, qto. pior, melhor. Qto. mais corruto; mais fácil de cooptar. Investiram muito dinheiro em candidatos entreguistas, traidores, de mau  caráter. Basta notar que é da nossa querida SP, onde concentram-se, que essa danação irradia. Precisamos ficar calmos e com a inteligência aguçada para agirmos pois com um passo em falso,  poremos tudo a perder do que já conseguimos com LULA: desmascarar o pig e seus demônios. Vamos conseguir limpar nosso BRASIL, as eleições estão aí! Não é possível que esses políticos brasileiros não aproveitarão a única chance que possuem de reabilitar-se perante seus eleitores.
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