Em janeiro, indústria cresce mais de 1% no país
Enviado por luisnassif, dom, 24/02/2013 - 12:27
Por Assis Ribeiro
Do Valor Econômico
Economia reaqueceu em janeiro
Arícia Martins e Tainara Machado
Indicadores de atividade industrial e consumo em janeiro mostram que a economia começou 2013 em ritmo acelerado. Para analistas, dados como o avanço do tráfego de veículos pesados nas rodovias, a alta na expedição de papelão ondulado e o salto na produção de automóveis apontam que a indústria cresceu mais de 1% em relação a dezembro, na série com ajuste sazonal, após a perda de fôlego observada no último trimestre do ano passado. Para alguns economistas, a alta pode chegar a 2%.
No entanto, especialistas afirmam que é cedo para extrapolar esse comportamento para todo o primeiro trimestre, já que o aumento da atividade nas fábricas seguiu concentrado no setor automobilístico e o IPI totalmente reduzido para carros, em vigor até dezembro, pode ter dado um último alento às vendas e à produção do mês passado. Há, ainda, a percepção de que esse repique da indústria pode ser reflexo de recomposição de estoques e, portanto, não deve durar.
A produção de veículos subiu 11,2% de dezembro a janeiro, segundo cálculos dessazonalizados pela Tendências Consultoria com base nos números da Anfavea, entidade que reúne as montadoras. O fluxo de veículos pesados nos pedágios cresceu 5% e a expedição de papel ondulado, 3,8% na mesma comparação.
Com base nesses indicadores, a Tendências projeta expansão de 1,6% na produção, mas não vê esse desempenho como sustentável, diz a economista Alessandra Ribeiro. Luis Otávio de Souza Leal, economista-chefe do Banco ABC Brasil, afirma que apesar da expectativa de variação superior a 1,5% na produção industrial entre dezembro e janeiro, o sentimento dos empresários não mostra situação tão favorável, o que pode indicar crescimento menos intenso nos próximos meses.
O economista-chefe da BB DTVM, Marcelo Arnosti, é mais otimista. Ele afirma que pode haver avanço entre 2% e 2,5% da indústria em janeiro. Os estoques mais ajustados, a sustentação do ritmo forte da demanda das famílias e alguma recuperação da produção de bens de capital, na esteira do início de uma reação do investimento, poderão garantir um fechamento melhor para a indústria no primeiro trimestre do ano.
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