domingo, 22 de abril de 2012


VERNON FURTADO:

A sabedoria de um anjo
A princípio não entendi, em um certo dia, o que o Renato Russo quiz dizer ao melodiar o tema saudade. Falava sobre a tristeza em um adeus de quem vai ou quem fica, colocando-a como um sentimento em função de distância e/ou perda de algo querido. Mas em um momento seguinte, ao ler um relato de um brilhante médico sobre uma paciente sua que morrera precocemente, vítima de câncer, compreendi o termo saudade de forma bem diferente. Uma linda menina, que ao dele se despedir, falou-lhe sobre o muito que levaria e do tanto que iria deixar. E se referindo a saudade, pediu-lhe que não a sentisse, pois ao partir deixaria algo muito forte e eterno. Ou seja, o seu grande amor por todos. . . Pelas palavras do anjo que se foi, consegui entender a parte do artista. Um grande compositor e poeta, que não chegara a entender que saudade não deve ser sentida sob forma de dor ou partida. Mas sim como uma grata lembrança presente. "A lembrança do amor que fica".
Vernon 2011 (repetindo 2010, apagado por descuido)

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