.O acordo "não contratar" das gigantes do Vale do Silício
Enviado por luisnassif, seg, 30/01/2012 - 14:37
De O Globo
Google e Apple são investigadas por pacto curiosoEmpresas do Vale do Silício fizeram acordo para não roubarem profissionais umas da outras
O Globo, AP
CALIFÓRNIA - Google e Apple, duas grandes empresas no setor de tecnologia, são conhecidas por atraírem mentes brilhantes para seus escritórios. Nesta semana, um juiz federal de San José ordenou que as duas e outras cinco companhias respondam a acusações de que violam leis antitruste ao se unirem em uma "conspiração" para não roubarem funcionários uma das outras nos arredores do Vale do Silício.
O inquérito aponta que pelo menos sete empresas - Apple, Google, Adobe, Intel, Intuit, Lucasfilm e Pixar - têm o que chamam de listas secretas de "não contratar", com nomes dos funcionários de suas concorrentes e até parceiras. A polêmica se deu porque funcionários dessas empresas estariam pedido indenizações por serem listados nesse documento.
nheiros de software e outros profissionais alegam que seus telefones pararam de tocar devido a um suposto conluio no qual a Apple é apontada como líder. A acusação diz que e-mails de Steve Jobs orquestraram alguns dos "acordos de cavalheiros" enquanto ele foi diretor-executivo da Apple.
"Creio que temos uma política de não contratar da Apple", escreveu em 2007 o então diretor-executivo da Google, Eric Schmidt, em um e-mail.
A mensagem foi originalmente entregue ao Departamento de Justiça, que investigou denúncias semelhantes em 2010. O mesmo e-mail incluía uma carta de Jobs na qual se queixava de que departamento de recursos humanos da Google estava recrutando um engenheiro da Apple.
“Eu ficaria muito satisfeito se o seu departamento de recrutamento parasse de fazer isso”, escreveu Jobs.
Joe Saveri, advogado que cuida da causa, disse a CBS que a suposta conspiração manteve os salários relativamente baixos e asfixiou a concorrência entre as duas companhias por mão de obra qualificada.
- Eles definitivamente colocaram os interesses da empresa à frente do de seus empregados - disse.
Advogados das empresas acusadas disseram que os fatos apresentados pelos autores não mostram nenhuma evidência de conspiração, mas que algumas empresas tinham acordos bilaterais.
Em um e-mail dirigido a Jobs, o então diretor-executivo da Palm disse que não concordava com os métodos do grupo e que “o acordo de que empresa não iria contratar seus funcionários, independente dos desejos dos indivíduos, não só era errado, como provavelmente era ilegal".
A investigação em 2010 inclui as mesmas empresas, exceto a Lucasfilm. As companhias resolveram este caso na Justiça sem admitir irregularidades, mas concordaram em não chegar a acordos futuros que impeçam os esforços de alguns funcionários mudarem de emprego.
De acordo com os advogados, caso o processo ganhe status de ação coletiva, os danos morais quando somados podem chegar à casa das centenas de milhões de dólares.
Enviado por luisnassif, seg, 30/01/2012 - 14:37
De O Globo
Google e Apple são investigadas por pacto curiosoEmpresas do Vale do Silício fizeram acordo para não roubarem profissionais umas da outras
O Globo, AP
CALIFÓRNIA - Google e Apple, duas grandes empresas no setor de tecnologia, são conhecidas por atraírem mentes brilhantes para seus escritórios. Nesta semana, um juiz federal de San José ordenou que as duas e outras cinco companhias respondam a acusações de que violam leis antitruste ao se unirem em uma "conspiração" para não roubarem funcionários uma das outras nos arredores do Vale do Silício.
O inquérito aponta que pelo menos sete empresas - Apple, Google, Adobe, Intel, Intuit, Lucasfilm e Pixar - têm o que chamam de listas secretas de "não contratar", com nomes dos funcionários de suas concorrentes e até parceiras. A polêmica se deu porque funcionários dessas empresas estariam pedido indenizações por serem listados nesse documento.
nheiros de software e outros profissionais alegam que seus telefones pararam de tocar devido a um suposto conluio no qual a Apple é apontada como líder. A acusação diz que e-mails de Steve Jobs orquestraram alguns dos "acordos de cavalheiros" enquanto ele foi diretor-executivo da Apple.
"Creio que temos uma política de não contratar da Apple", escreveu em 2007 o então diretor-executivo da Google, Eric Schmidt, em um e-mail.
A mensagem foi originalmente entregue ao Departamento de Justiça, que investigou denúncias semelhantes em 2010. O mesmo e-mail incluía uma carta de Jobs na qual se queixava de que departamento de recursos humanos da Google estava recrutando um engenheiro da Apple.
“Eu ficaria muito satisfeito se o seu departamento de recrutamento parasse de fazer isso”, escreveu Jobs.
Joe Saveri, advogado que cuida da causa, disse a CBS que a suposta conspiração manteve os salários relativamente baixos e asfixiou a concorrência entre as duas companhias por mão de obra qualificada.
- Eles definitivamente colocaram os interesses da empresa à frente do de seus empregados - disse.
Advogados das empresas acusadas disseram que os fatos apresentados pelos autores não mostram nenhuma evidência de conspiração, mas que algumas empresas tinham acordos bilaterais.
Em um e-mail dirigido a Jobs, o então diretor-executivo da Palm disse que não concordava com os métodos do grupo e que “o acordo de que empresa não iria contratar seus funcionários, independente dos desejos dos indivíduos, não só era errado, como provavelmente era ilegal".
A investigação em 2010 inclui as mesmas empresas, exceto a Lucasfilm. As companhias resolveram este caso na Justiça sem admitir irregularidades, mas concordaram em não chegar a acordos futuros que impeçam os esforços de alguns funcionários mudarem de emprego.
De acordo com os advogados, caso o processo ganhe status de ação coletiva, os danos morais quando somados podem chegar à casa das centenas de milhões de dólares.
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