terça-feira, 1 de novembro de 2011

Blog do Luis Nassif

Após 15 anos como arquiteto em Florença, Michelangelo retornou a Roma em 1534, onde trabalhou e viveu até o fim da vida. Nesse ano pintou outra obra-prima O Juízo Final sobre a parede acima do altar da Capela Sistina, dedicando-a ao papa de então Paulo III. O mural representa a danação de Cristo aos pecadores e a benção aos virtuosos. Medindo cerca de 13 metros de altura por 12 de largura, esta obra proporciona uma visão dramática e dolorosa do juízo final e rompe assim com a tradição.


A representação de mais de 400 personagens todas nus provocou vivas críticas. Algumas delas seriam “vestidas” em 1566. Ademais, é tida como uma obra-prima dos primórdios do Maneirismo, estilo e movimento artísticos de retomada de expressões da cultura medieval que constituíram manifesta reação contra os valores clássicos prestigiados pelo humanismo renascentista, caracterizado pela concentração na maneira. O estilo levou à procura de efeitos bizarros que já apontam para a arte moderna, como o alongamento das figuras humanas.

Michelangelo trabalhou até seus derradeiros dias em 1564 aos 88 anos. Além dessas grandes obras, produziu numerosas outras esculturas, afrescos, desenhos arquitetônicos, muitos dos quais inacabados e outros tantos perdidos. Foi celebrado em vida como o maior artista de seu tempo e hoje é considerado como um dos grandes artistas de todos os tempos, exaltado nas artes visuais como o é William Shakespeare na literatura e Ludwig van Beethoven na música

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