.O veto à fusão que criaria a maior bolsa de valores do mundo
Enviado por luisnassif, qui, 02/02/2012 - 10:52
Por Paulo F.
Da AFP
O comissário europeu de Concorrência, Joaquín Almunia (AFP, Georges Gobet)
UE veta fusão entre Deutsche Börse e NYSE Euronext
De Céline Loubette (AFP)
BRUXELAS — A Comissão Europeia (CE) vetou nesta quarta-feira a fusão entre a NYSE Euronext e o Deutsche Börse, impedindo a criação da maior bolsa de valores do mundo, por considerar que ela geraria uma concentração excessiva no setor.
p>"A fusão entre Deutsche Börse e NYSE Euronext provocaria uma situação de quase monopólio no mercado internacional de derivativos europeus", explicou o Comissário Europeu de Concorrência, Joaquín Almunia, em um comunicado.
"Estes mercados estão no coração do sistema financeiro e é essencial que continuem sendo competitivos pelo interesse do conjunto da economia europeia", disse Almunia.
O veto, que já era esperado, apesar dos esforços feitos até o último momento pelas duas partes para convencer a Comissão, frustrou suas ambições de constituir a maior bolsa de valores do mundo.
O projeto de fusão previa que 60% da holding pertenceria aos acionistas do Deutsche Börse, com sede em Frankfurt, e os 40% restantes aos da NYSE Euronext, que gere as bolsas de Nova York, Paris, Bruxelas, Amsterdã e Lisboa. A fusão exigiria gastos anuais de 150 milhões de euros e uma economia de 400 milhões de euros anuais a partir de 2012.
Bruxelas estava preocupada com o poder do futuro grupo, que dominaria "mais de 90% das operações mundiais de derivativos europeus - produtos cujo valor deriva de um ativo, como índices de ações, divisas ou matérias-primas". As plataformas do grupo, Eurex (Deutsche Börse) e Liffe (NYSE Euronext), estão atualmente em concorrência direta, disse a Comissão.
O órgão executivo europeu rejeitou os argumentos de ambos os grupos de que o mercado de produtos derivados é de âmbito mundial, e não apenas europeu.
Em comunicados separados, Deutsche Börse e NYSE Euronext manifestaram sua "decepção" com a decisão da CE.
"Este é um dia negro para a Europa e para sua capacidade competitiva futura nos mercados financeiros mundiais", disse Reto Francioni, diretor do Deutsche Börse, que gere a Bolsa de Frankfurt, citado no comunicado de seu grupo.
Segundo os analistas, a NYSE Euronext teria sido a mais beneficiada caso a fusão tivesse sido aprovada.
O Deutsche Börse está atualmente melhor posicionado devido a sua boa implantação em todo tipo de atividade, desde sua plataforma eletrônica e operações Xetra até seu mercado de derivados Eurex, passando por sua filial de compensação luxemburguesa Clearstream, que garante as operações acionárias.
O Deutsche Börse tem apenas 12% de seu volume de negócios oriundos das atividades de compra e venda de ações. Já a NYSE Euronext tem metade de seus negócios vindos dessas atividades.
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Enviado por luisnassif, qui, 02/02/2012 - 10:52
Por Paulo F.
Da AFP
O comissário europeu de Concorrência, Joaquín Almunia (AFP, Georges Gobet)
UE veta fusão entre Deutsche Börse e NYSE Euronext
De Céline Loubette (AFP)
BRUXELAS — A Comissão Europeia (CE) vetou nesta quarta-feira a fusão entre a NYSE Euronext e o Deutsche Börse, impedindo a criação da maior bolsa de valores do mundo, por considerar que ela geraria uma concentração excessiva no setor.
p>"A fusão entre Deutsche Börse e NYSE Euronext provocaria uma situação de quase monopólio no mercado internacional de derivativos europeus", explicou o Comissário Europeu de Concorrência, Joaquín Almunia, em um comunicado.
"Estes mercados estão no coração do sistema financeiro e é essencial que continuem sendo competitivos pelo interesse do conjunto da economia europeia", disse Almunia.
O veto, que já era esperado, apesar dos esforços feitos até o último momento pelas duas partes para convencer a Comissão, frustrou suas ambições de constituir a maior bolsa de valores do mundo.
O projeto de fusão previa que 60% da holding pertenceria aos acionistas do Deutsche Börse, com sede em Frankfurt, e os 40% restantes aos da NYSE Euronext, que gere as bolsas de Nova York, Paris, Bruxelas, Amsterdã e Lisboa. A fusão exigiria gastos anuais de 150 milhões de euros e uma economia de 400 milhões de euros anuais a partir de 2012.
Bruxelas estava preocupada com o poder do futuro grupo, que dominaria "mais de 90% das operações mundiais de derivativos europeus - produtos cujo valor deriva de um ativo, como índices de ações, divisas ou matérias-primas". As plataformas do grupo, Eurex (Deutsche Börse) e Liffe (NYSE Euronext), estão atualmente em concorrência direta, disse a Comissão.
O órgão executivo europeu rejeitou os argumentos de ambos os grupos de que o mercado de produtos derivados é de âmbito mundial, e não apenas europeu.
Em comunicados separados, Deutsche Börse e NYSE Euronext manifestaram sua "decepção" com a decisão da CE.
"Este é um dia negro para a Europa e para sua capacidade competitiva futura nos mercados financeiros mundiais", disse Reto Francioni, diretor do Deutsche Börse, que gere a Bolsa de Frankfurt, citado no comunicado de seu grupo.
Segundo os analistas, a NYSE Euronext teria sido a mais beneficiada caso a fusão tivesse sido aprovada.
O Deutsche Börse está atualmente melhor posicionado devido a sua boa implantação em todo tipo de atividade, desde sua plataforma eletrônica e operações Xetra até seu mercado de derivados Eurex, passando por sua filial de compensação luxemburguesa Clearstream, que garante as operações acionárias.
O Deutsche Börse tem apenas 12% de seu volume de negócios oriundos das atividades de compra e venda de ações. Já a NYSE Euronext tem metade de seus negócios vindos dessas atividades.
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