A diplomacia brasileira no caso do Paraguai
Enviado por luisnassif, seg, 25/06/2012 - 15:33
Por Gilberto .
Ora, a atitude tomada pela diplomacia brasileira , se mostra tremendamente mais eficiente. Mesmo quando encarados sob a ótica da defesa dos interesses nacionais.
Vamos ver o caso da Venezuela, tão emblematico e usado como argumento frequente para criticar a posição brasileira. Abaixo segue um trecho de artigo publicado no Valor, a integra pode ser consultada aqui.
O argumento comercial é citado com frequência no governo e tem defensores também na academia, como a coordenadora do Observatório Político Sul-Americano (Opsa) do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj), Maria Regina Soares de Lima. Em depoimento recente ao Senado, após observar que a maior integração com a Venezuela começou nos governos Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, com interligação elétrica e rodoviária, ela lembrou que o comércio com os venezuelanos cresceu 858% entre 1999 e 2008, quando chegou a US$ 4,6 bilhões.
Cai por terra o argumento da defesa dos interesses nacionais, ao menos aquele que exige atos que demonstrem de forma espetaculosa, a liderança do Brasil na América do Sul. A frequente e insistentemente "declarada paixão da esquerda" por Chaves deveria ser revista após a divulgação recente pelo Wiki da fala de Amorim: "Chávez mais late do que morde"
É natural que todos aqueles
pouco afeitos ao regime democrático misturem num mesmo saco Venezuela, Cuba e
Coréia do Norte. Para comprovar suas teses vale qualquer manipulação. Assistimos
no caso paraguaio, o coroamento da política de discrição da nossa diplomacia. A
diplomacia brasileira tem lutado por um consenso do Direito a ser estabelecido e
implementado nos países da América do Sul. Ainda há uma voz resistente a isto no
interior dos poderes legislativo, judiciário e parte da população brasileira.
Falta aplicar parte deste consenso no nosso próprio país. A multilateralidade é
um ingrediente essencial para que isto aconteça.
A rota do convívio respeitoso,
da busca de solução negociada, do papel assumido de maneira discreta e sem
declarações bombásticas e populistas colocam o país numa situação de real
liderança. Esta é a posição dos que acreditam que o sucesso brasileiro depende
do igual desenvolvimento regional de seus vizinhos. Golpes "24 horas" não se
encaixam na busca deste consenso
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