Os interesses nas relações exteriores

Por I Junior
Comentário no post "Sobre lições de diplomacia"
André Araújo argumenta que a diplomacia deve ser pragmática, visar apenas os interesses do país. Todavia, esse raciocínio não enxerga: a) os princípios da democracia, tidos como universais e transnacionais e b) visualiza os "interessenacionalista" a curtíssimo prazo.
Ora, se não for importante averiguar se houve ou não um golpe no Paraguai, se não importa verificar se o pais cumpre ou não regras democráticas (estabelecidas em tratado), pois importaria apenas Itaipu nossas relações comerciais, tanto faz se no Paraguai, por exemplo, respeita-se direitos humanos?
Tanto faz, seguindo o raciocínio do Andre, se Cuba, Coreia do Norte, Irã maltratam os direitos humanomatou não, violam regras democráticas ou não, contanto que sejam bons parceiros comerciais?
Esse tipo de diplomacia, de relação entre os países está ultrapassado.
Por outro lado, a fragilidade institucional de um pais vizinho interessa sim ao Brasil, principalmente se temos uma Itaipu no meio. O incentivo a golpes de estado, acépticos ou armados, é também interesse nacional.