A passagem de Vênus entre o Sol e a Terra


Por Sanzio
Para os amantes da astronomia, a última oportunidade de assistir o raro fenômeno da passagem de Vênus entre o Sol e a Terra. Infelizmente, não será visível no Brasil, exceto no extremo noroeste do país.
"O trânsito de Vênus é algo extremamente raro", destacou Bob Berman, já que, "uma vez que ocorre um trânsito, lhe segue outro em exatamente oito anos menos dois dias, mas depois devem passar 105 anos e meio para que aconteça outro par de trânsitos separados por oito anos".

O último que se viu foi em 8 de junho de 2004 e o próximo calcula-se que será em dezembro de 2117, o que torna o fenômeno da próxima semana no sétimo transito documentado pelos humanos desde o século 17, segundo o especialista.
O evento, só precedido pelos que ocorreram em 1639, 1761, 1769, 1874, 1882, além do de 2004, gerou grande expectativa e os analistas advertem para que as pessoas não olhem para o Sol sem o equipamento adequado, já que pode causar danos na retina e lesões no olho.
O astronauta americano Don Pettit, tripulante da ISS, se transformará no primeiro ser humano a testemunhar e fotografar o trânsito no espaço, o que compartilhará quase em tempo real.

Os trânsitos de Vênus são algo pouco habitual e por isso houve poucas oportunidades para fotografá-los na Terra e muito menos na órbita terrestre. "Estive planejando isto muito tempo", assinalou Pettit em comunicado da Nasa.

Pettit apontará sua câmera através das janelas laterais da cúpula da estação espacial, um módulo-observatório construído pela Estação Espacial Europeia que oferece uma visão de grande angular da Terra e do cosmos através de suas sete janelas.

O observatório gratuito na internet e no aplicativo para celular "Slooh Space Camera", que permite explorar o espaço sem sair de casa, mostrará imagens dos telescópios solares da Austrália, Japão, Nova Zelândia, Havaí, Noruega, Arizona e Novo México.

UOL
Fenômeno raríssimo, trânsito de Vênus começa às 19h desta terça

Trânsito de Vênus em 2004; no Brasil, fenômeno só será visto no extremo noroeste do país
Nesta terça-feira (5), astrônomos e apreciadores do tema em todo o mundo estarão de olho no trânsito de Vênus, evento extremamente raro em que o planeta passa exatamente entre a Terra e o Sol. O alinhamento começará às 22h04 GMT (19h04 em Brasília)  e terminará às 04h55 GMT (1h55 em Brasília). Infelizmente, na maior parte do território brasileiro o Sol já terá se escondido por trás do horizonte oeste e o fenômeno só poderá ser observado por quem vive no extremo noroeste do país.
Com um grande encontro em Mauna Kea (Havaí), considerado o melhor ponto do planeta para ver o fenômeno, a Nasa retransmitirá o evento ao vivo em seu site e se conectará com analistas de seus centros, assim como de 148 países de todo o mundo que realizarão atividades de acompanhamento.
Cientistas advertem às pessoas que nunca olhem diretamente ao Sol sem óculos especiais de eclipses e tampouco tentem observar o fenômeno por binóculos ou telescópios, sob o risco de sofrerem lesões oculares.
Raridade
Em 1627, o astrônomo alemão Johannes Kepler (1571-1630) se deu conta de que os planetas interiores (Mercúrio e Vênus) poderiam cruzar o disco solar. E previu que isso aconteceria com Vênus quatro anos depois, em 1631. Kepler, infelizmente, morreu em dezembro de 1630 sem poder observar o fenômeno que confirmaria a sua previsão.
Trânsitos de Vênus são bem raros. Depois deste de 1631, ocorreram apenas seis outros. O último deles foi em 2004.