.Mantega promete resistir à apreciação cambial
Enviado por luisnassif, dom, 18/12/2011 - 06:46
Por Erick M
‘Não deixaremos o dólar chegar a R$ 1,60’ Ministro diz que governo não vai mais permitir que câmbio se valorize como antes. Objetivo é dar competitividade à indústria17 de dezembro de 2011
16h 37 Leandro Modé, de O Estado de S. Paulo, e Adriana Fernandes e Ricardo Leopoldo, da Agência Estado
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•Fundo do poço já passou, diz Mantega
•VÍDEO: O cenário da crise europeia, por Mantega
Expansão. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o PIB brasileiro terá um crescimento entre 4% e 5% em 2012
SÃO PAULO - O dólar mais caro é um dos fatores que deixam o ministro da Fazenda, Guido Mantega, otimista com o desempenho da economia em 2012, na medida em que favorece o crescimento da indústria nacional. O ministro descarta a possibilidade de o real voltar a se valorizar fortemente. "Muito dificilmente (o dólar) irá para R$ 1,60, porque nós não vamos deixar. Nós não vamos deixar", afirmou ao Estado. Apesar disso, ele negou que o governo tenha um piso para a taxa de câmbio.
Considerando o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do 3.º trimestre, que mostrou estagnação, e os primeiros dados do 4.º trimestre, que apontam economia ainda fraca, há risco de o Brasil ter uma recessão técnica neste ano (dois trimestres seguidos de PIB negativo)?
Não há nenhum risco, porque outubro foi o momento de maior desaceleração. Aliás, eu não falaria em estagnação, que é uma palavra para a atual situação dos países europeus. O Brasil é um país que continua com dinamismo, crescendo mais de 3%, um nível bastante favorável em um ano de crise internacional. Tenho dados que mostram que, em novembro e dezembro, a economia já voltou a crescer. A economia brasileira tem desempenhado bem. Passamos de uma média histórica de crescimento entre 2% e 2,5% para 4%, 4,5%. O que não significa uma trajetória linear. Há momentos de oscilação mesmo. Algo como 3% de expansão como piso para a economia é excelente.
Mas a meta era de 4,5% a 5%. Algo como 3% não decepciona?
A meta era isso mesmo, só que não contávamos com o agravamento da crise internacional. Sem esse agravamento, teríamos 4%, um número excelente para primeiro ano de governo. Sempre há um ajuste em primeiro ano de governo. Este ano sucedeu um dos melhores que tivemos, que foi 2010. Não pode correr o risco de ter problemas no abastecimento de energia elétrica, de infraestrutura. Mas é muito importante observar que o PIB é apenas um dos indicadores da economia. Tem de olhar para o emprego, que ficou bastante elevado, o padrão de vida da população, o padrão de consumo. A economia brasileira responde muito rapidamente aos estímulos e aos desestímulos, diga-se de passagem. Já estamos em trajetória de crescimento. Novembro já tem indicadores, como o da indústria automobilística, que vendeu 14,9% a mais do que em outubro, que foi o famoso fundo do poço. Diria que a economia respondeu muito bem ao que queríamos em 2011. O ajuste foi muito bem feito e agora voltamos a estimular. Juntamente com outras iniciativas, farão com que em 2012 tenhamos crescimento maior que em 2011.
Tem gente na sua equipe que já prevê um crescimento do PIB de apenas 3,5% em 2012...
Me fala quem é que eu mando embora. Você pode me dizer os nomes? Estou brincando.
O sr. geralmente prevê um número mais alto. A presidente Dilma disse que a meta de crescimento é de 4,5% a 5%, mas existem dúvidas se será possível.
A melhor analista é a presidente. Você não deve ouvir esses seus amigos do Ministério da Fazenda.
O que o sr. fará?
Em primeiro lugar, quero lembrar que, tirando momentos de crise, que são de excepcionalidade, quem mais tem acertado as previsões sou eu. Modestamente, quando eu assumi, em 2006, falei que o crescimento seria de 4%. Todo mundo dizia: imagina! Vai ser 2,5%. Pega o jornal da época e vê.
Mas o sr. tem a caneta.
Exatamente. E eu continuo com a caneta. Ela ficou até maior do que era naquele tempo. A caneta ficou mais grossa em cima da mesa. Ela realiza mais. Eu sei o que nós podemos fazer. Como a economia brasileira é saudável, ela reage bem a estímulos e tem condições de crescer com facilidade. Não está faltando crédito. Existem episódios de crédito, por causa da situação internacional, ligados ao comércio exterior. Nós temos o banco que mais faz ACC, que é o Banco do Brasil. Eu falo todo dia com o Bradesco, com o Itaú, com todo mundo. Tem crédito. Ficou um pouco mais caro? Ficou. Mas tem. Ontem (quinta-feira), o Banco Central fez o tira-teima e ofereceu leilão de dólares. O pessoal queria receber prêmio. Ah!
Foi um teste?
Para ver se o mercado precisa.
No dia anterior da ação do BC, o sr. disse ao ‘Estado’ que o BC poderia fazer. Foi combinado com o BC?
Foi mera coincidência (risos). Você acha que a gente não conversa? Tem uma ideia errada do que é uma equipe econômica. Eu converso todo o dia com o (Alexandre) Tombini (presidente do BC). Principalmente em momentos de crise, temos de conversar para vigiar o que está acontecendo. Na crise, e essa é financeira, o que pode ocorrer é uma escassez de crédito.
Mas o PIB de 2012 vai crescer para 4% ou para 5%?
O PIB vai crescer de 4% a 5%. Você não está me deixando falar dos impulsionadores. Os impulsionadores são, em primeiro lugar, o crédito. Depois, tem o aumento do salário mínimo, que vai injetar R$ 94 bilhões na economia. Você tem também o câmbio mais favorável para a indústria brasileira.
O que é câmbio mais favorável?
Hoje está R$ 1,85.
Vai ficar aí?
Não sei, porque o câmbio é flutuante. Mas nós temos os instrumentos para não deixar valorizar o real.
O real vai valorizar mais?
Todo dia tem flutuação. O que eu estou certo é que o câmbio será mais favorável.
O câmbio é flutuante. Pode ir a R$ 1,60...
Dificilmente irá para R$ 1,60, porque nós não vamos deixar. Nós não vamos deixar.
Como, ministro?
Temos hoje, por exemplo, a intervenção no mercado de derivativos. Esse mercado é onde se forma o preço do dólar. Não é no spot (à vista). E hoje nós pegamos na veia o mercado. Aquele 1% parece pequeno, mas não é. Ele (investidor) faz uma transação de R$ 1 bilhão, mas recolhe margem de 10% e sobre esses 10% se dá o rendimento dele. É 1% sobre R$ 1 bilhão, que é 10% sobre os 10%. Nós podemos levar para 20%. O mercado já sabe: se brincar, vai levar.
O sr. falou que o governo não vai deixar o dólar ir para R$ 1,60. Isso significa que o governo tem um piso para o câmbio?
Não. Não tem piso nenhum. Nem piso nem teto. O que estou dizendo é que não vamos permitir que o câmbio se valorize como vinha se valorizando. A guerra cambial é uma realidade que se intensifica por causa da crise internacional. Todos os países estão desesperados para exportar mais. E usam todas as armas que têm. E arma cambial é a principal. É por isso que nós tomamos várias medidas no campo cambial e continuaremos tomando.
E em relação aos itens que vão garantir crescimento maior no ano que vem?
Só para completar. Salário mínimo, crédito, câmbio, taxa de juros decrescentes, PAC 2, programa Minha Casa, Minha Vida, investimentos.
A inflação continuará crescendo em 2012?
Não. Só pudemos nos dar ao luxo de flexibilizar a política monetária porque a inflação caiu.
Acabou o risco de inflação?
O risco da inflação está muito mais moderado. Nunca vamos descuidar da inflação.
A inflação vai convergir para o centro da meta no ano que vem?
O Banco Central é quem decide qual o período de convergência para a meta. O importante é que esteja caindo.
O euro sobrevive?
É uma pergunta muito difícil de responder. Talvez alguns países saiam do euro. Tem um núcleo que vai sobreviver.
Analistas credenciados, como Luiz Carlos Mendonça de Barros, têm apontado que já ocorre um esgotamento do modelo de crescimento do Brasil.
Com todo o respeito ao Luiz Carlos Mendonça de Barros, que é um hábil economista, mas tem se equivocado muito ultimamente. Quando foi governo, o desempenho não foi lá aquelas coisas. É mais fácil dar palpite e depois modificar a sua posição. O que estamos colhendo é o resultado da mudança do modelo econômico, que trouxe dinamismo à economia. Mas isso não quer dizer que tudo está feito. A economia exige reformas permanentes, especialmente num cenário de crise, no qual a concorrência se agudiza, todo mundo quer reduzir custos, impostos. Fizemos várias reformas, como no mercado imobiliário e no setor de energia elétrica. E estamos fazendo a todo o momento. Estamos criando o Fundo de Previdência Complementar do Servidor Público. Já alcançamos um dinamismo que não tínhamos e é muito superior à maioria dos países. Tanto que o Brasil é a sexta economia do mundo.
Mas em PIB per capita está no perto do 70º lugar...
Sim, mas o da China é quanto? O importante é avançar. Nosso PIB per capita há 7 ou 8 anos, era um terço do PIB de hoje. Estava em US$ 3,5 mil. Atualmente, é de US$ 12 mil. Evidentemente, temos de chegar a US$ 40 mil. Por isso dizemos que é incessante. Mas uma coisa é dizer que esse modelo está falido e paralisado, que é o que falam as más intenções. Acho até que há uma pontinha de inveja de quem não conseguiu fazer e tem de reconhecer.
No ano que vem, o governo vai conseguir um superávit primário cheio, apesar das perspectivas menos favoráveis de arrecadação em 2012?
Claro que vamos cumprir. A receita caiu um mês. No mês que vem, vai subir porque a atividade em novembro está subindo.
http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,nao-deixaremos-o-dolar
Enviado por luisnassif, dom, 18/12/2011 - 06:46
Por Erick M
‘Não deixaremos o dólar chegar a R$ 1,60’ Ministro diz que governo não vai mais permitir que câmbio se valorize como antes. Objetivo é dar competitividade à indústria17 de dezembro de 2011
16h 37 Leandro Modé, de O Estado de S. Paulo, e Adriana Fernandes e Ricardo Leopoldo, da Agência Estado
VEJA TAMBÉM
•Fundo do poço já passou, diz Mantega
•VÍDEO: O cenário da crise europeia, por Mantega
Expansão. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o PIB brasileiro terá um crescimento entre 4% e 5% em 2012
SÃO PAULO - O dólar mais caro é um dos fatores que deixam o ministro da Fazenda, Guido Mantega, otimista com o desempenho da economia em 2012, na medida em que favorece o crescimento da indústria nacional. O ministro descarta a possibilidade de o real voltar a se valorizar fortemente. "Muito dificilmente (o dólar) irá para R$ 1,60, porque nós não vamos deixar. Nós não vamos deixar", afirmou ao Estado. Apesar disso, ele negou que o governo tenha um piso para a taxa de câmbio.
Considerando o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do 3.º trimestre, que mostrou estagnação, e os primeiros dados do 4.º trimestre, que apontam economia ainda fraca, há risco de o Brasil ter uma recessão técnica neste ano (dois trimestres seguidos de PIB negativo)?
Não há nenhum risco, porque outubro foi o momento de maior desaceleração. Aliás, eu não falaria em estagnação, que é uma palavra para a atual situação dos países europeus. O Brasil é um país que continua com dinamismo, crescendo mais de 3%, um nível bastante favorável em um ano de crise internacional. Tenho dados que mostram que, em novembro e dezembro, a economia já voltou a crescer. A economia brasileira tem desempenhado bem. Passamos de uma média histórica de crescimento entre 2% e 2,5% para 4%, 4,5%. O que não significa uma trajetória linear. Há momentos de oscilação mesmo. Algo como 3% de expansão como piso para a economia é excelente.
Mas a meta era de 4,5% a 5%. Algo como 3% não decepciona?
A meta era isso mesmo, só que não contávamos com o agravamento da crise internacional. Sem esse agravamento, teríamos 4%, um número excelente para primeiro ano de governo. Sempre há um ajuste em primeiro ano de governo. Este ano sucedeu um dos melhores que tivemos, que foi 2010. Não pode correr o risco de ter problemas no abastecimento de energia elétrica, de infraestrutura. Mas é muito importante observar que o PIB é apenas um dos indicadores da economia. Tem de olhar para o emprego, que ficou bastante elevado, o padrão de vida da população, o padrão de consumo. A economia brasileira responde muito rapidamente aos estímulos e aos desestímulos, diga-se de passagem. Já estamos em trajetória de crescimento. Novembro já tem indicadores, como o da indústria automobilística, que vendeu 14,9% a mais do que em outubro, que foi o famoso fundo do poço. Diria que a economia respondeu muito bem ao que queríamos em 2011. O ajuste foi muito bem feito e agora voltamos a estimular. Juntamente com outras iniciativas, farão com que em 2012 tenhamos crescimento maior que em 2011.
Tem gente na sua equipe que já prevê um crescimento do PIB de apenas 3,5% em 2012...
Me fala quem é que eu mando embora. Você pode me dizer os nomes? Estou brincando.
O sr. geralmente prevê um número mais alto. A presidente Dilma disse que a meta de crescimento é de 4,5% a 5%, mas existem dúvidas se será possível.
A melhor analista é a presidente. Você não deve ouvir esses seus amigos do Ministério da Fazenda.
O que o sr. fará?
Em primeiro lugar, quero lembrar que, tirando momentos de crise, que são de excepcionalidade, quem mais tem acertado as previsões sou eu. Modestamente, quando eu assumi, em 2006, falei que o crescimento seria de 4%. Todo mundo dizia: imagina! Vai ser 2,5%. Pega o jornal da época e vê.
Mas o sr. tem a caneta.
Exatamente. E eu continuo com a caneta. Ela ficou até maior do que era naquele tempo. A caneta ficou mais grossa em cima da mesa. Ela realiza mais. Eu sei o que nós podemos fazer. Como a economia brasileira é saudável, ela reage bem a estímulos e tem condições de crescer com facilidade. Não está faltando crédito. Existem episódios de crédito, por causa da situação internacional, ligados ao comércio exterior. Nós temos o banco que mais faz ACC, que é o Banco do Brasil. Eu falo todo dia com o Bradesco, com o Itaú, com todo mundo. Tem crédito. Ficou um pouco mais caro? Ficou. Mas tem. Ontem (quinta-feira), o Banco Central fez o tira-teima e ofereceu leilão de dólares. O pessoal queria receber prêmio. Ah!
Foi um teste?
Para ver se o mercado precisa.
No dia anterior da ação do BC, o sr. disse ao ‘Estado’ que o BC poderia fazer. Foi combinado com o BC?
Foi mera coincidência (risos). Você acha que a gente não conversa? Tem uma ideia errada do que é uma equipe econômica. Eu converso todo o dia com o (Alexandre) Tombini (presidente do BC). Principalmente em momentos de crise, temos de conversar para vigiar o que está acontecendo. Na crise, e essa é financeira, o que pode ocorrer é uma escassez de crédito.
Mas o PIB de 2012 vai crescer para 4% ou para 5%?
O PIB vai crescer de 4% a 5%. Você não está me deixando falar dos impulsionadores. Os impulsionadores são, em primeiro lugar, o crédito. Depois, tem o aumento do salário mínimo, que vai injetar R$ 94 bilhões na economia. Você tem também o câmbio mais favorável para a indústria brasileira.
O que é câmbio mais favorável?
Hoje está R$ 1,85.
Vai ficar aí?
Não sei, porque o câmbio é flutuante. Mas nós temos os instrumentos para não deixar valorizar o real.
O real vai valorizar mais?
Todo dia tem flutuação. O que eu estou certo é que o câmbio será mais favorável.
O câmbio é flutuante. Pode ir a R$ 1,60...
Dificilmente irá para R$ 1,60, porque nós não vamos deixar. Nós não vamos deixar.
Como, ministro?
Temos hoje, por exemplo, a intervenção no mercado de derivativos. Esse mercado é onde se forma o preço do dólar. Não é no spot (à vista). E hoje nós pegamos na veia o mercado. Aquele 1% parece pequeno, mas não é. Ele (investidor) faz uma transação de R$ 1 bilhão, mas recolhe margem de 10% e sobre esses 10% se dá o rendimento dele. É 1% sobre R$ 1 bilhão, que é 10% sobre os 10%. Nós podemos levar para 20%. O mercado já sabe: se brincar, vai levar.
O sr. falou que o governo não vai deixar o dólar ir para R$ 1,60. Isso significa que o governo tem um piso para o câmbio?
Não. Não tem piso nenhum. Nem piso nem teto. O que estou dizendo é que não vamos permitir que o câmbio se valorize como vinha se valorizando. A guerra cambial é uma realidade que se intensifica por causa da crise internacional. Todos os países estão desesperados para exportar mais. E usam todas as armas que têm. E arma cambial é a principal. É por isso que nós tomamos várias medidas no campo cambial e continuaremos tomando.
E em relação aos itens que vão garantir crescimento maior no ano que vem?
Só para completar. Salário mínimo, crédito, câmbio, taxa de juros decrescentes, PAC 2, programa Minha Casa, Minha Vida, investimentos.
A inflação continuará crescendo em 2012?
Não. Só pudemos nos dar ao luxo de flexibilizar a política monetária porque a inflação caiu.
Acabou o risco de inflação?
O risco da inflação está muito mais moderado. Nunca vamos descuidar da inflação.
A inflação vai convergir para o centro da meta no ano que vem?
O Banco Central é quem decide qual o período de convergência para a meta. O importante é que esteja caindo.
O euro sobrevive?
É uma pergunta muito difícil de responder. Talvez alguns países saiam do euro. Tem um núcleo que vai sobreviver.
Analistas credenciados, como Luiz Carlos Mendonça de Barros, têm apontado que já ocorre um esgotamento do modelo de crescimento do Brasil.
Com todo o respeito ao Luiz Carlos Mendonça de Barros, que é um hábil economista, mas tem se equivocado muito ultimamente. Quando foi governo, o desempenho não foi lá aquelas coisas. É mais fácil dar palpite e depois modificar a sua posição. O que estamos colhendo é o resultado da mudança do modelo econômico, que trouxe dinamismo à economia. Mas isso não quer dizer que tudo está feito. A economia exige reformas permanentes, especialmente num cenário de crise, no qual a concorrência se agudiza, todo mundo quer reduzir custos, impostos. Fizemos várias reformas, como no mercado imobiliário e no setor de energia elétrica. E estamos fazendo a todo o momento. Estamos criando o Fundo de Previdência Complementar do Servidor Público. Já alcançamos um dinamismo que não tínhamos e é muito superior à maioria dos países. Tanto que o Brasil é a sexta economia do mundo.
Mas em PIB per capita está no perto do 70º lugar...
Sim, mas o da China é quanto? O importante é avançar. Nosso PIB per capita há 7 ou 8 anos, era um terço do PIB de hoje. Estava em US$ 3,5 mil. Atualmente, é de US$ 12 mil. Evidentemente, temos de chegar a US$ 40 mil. Por isso dizemos que é incessante. Mas uma coisa é dizer que esse modelo está falido e paralisado, que é o que falam as más intenções. Acho até que há uma pontinha de inveja de quem não conseguiu fazer e tem de reconhecer.
No ano que vem, o governo vai conseguir um superávit primário cheio, apesar das perspectivas menos favoráveis de arrecadação em 2012?
Claro que vamos cumprir. A receita caiu um mês. No mês que vem, vai subir porque a atividade em novembro está subindo.
http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,nao-deixaremos-o-dolar
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