Greenpeace Brasil lança campanha para zerar desmatamento
Enviado por luisnassif, sex, 30/03/2012 - 09:13
Por Paulo F.
Da Radio Nederland Wereldomroep
Greenpeace lança campanha de desmatamento zero no Brasil
Por Mariângela Guimarães
O Greenpeace levou seu navio Rainbow Warrior de Amsterdã para o Brasil para chamar atenção para o desmatamento da região amazônica. A organização quer coletar 1,4 milhão de assinaturas - o equivalente a 1% dos eleitores brasileiros - para que se crie no Brasil uma lei de desmatamento zero.
A viagem do Rainbow Warrior teve início em Manaus e agora está em Santarém, de onde conversamos por telefone com a coordenadora da campanha Amazônia do Greenpeace Brasil, Tatiana de Carvalho.
p>Mas quão realista é uma proposta de desmatamento zero? “A gente sempre tem que confiar na legislação”, defende Tatiana. “Inclusive, se a gente pensar em todo o esforço que vem sendo feito para mudar o Código Florestal é porque de alguma forma ele tem funcionado. Senão seria mais fácil ignorá-lo. Então a gente acha que é preciso ter um marco legal.”
Hidrelétricas
A expansão de áreas para agricultura e pecuária, além da extração ilegal de madeira, ainda são as grandes causas do desmatamento na Amazônia, além da ameaça representada por projetos de grandes hidrelétricas.
Na semana que vem, o Rainbow Warrior chega à foz do rio Xingu, rio onde está sendo construída a usina de Belo Monte. “Na região é consensual que as comunidades locais e a população local não querem esta usina. É uma batalha de 20 anos e é uma vergonha que o governo a tenha autorizado e a forma atropelada como foi feito o licenciamento ambiental”, diz Tatiana. “É realmente chocante você ver a obra, as barragens e os diques sendo construídos, a floresta secando, áreas sendo alagadas.”
Embora já não seja possível reverter a construção da usina de Belo Monte, a intenção é mostrar os problemas que já estão surgindo para que no futuro, como nas hidrelétricas planejadas para o rio Tapajós, a questão seja discutida com mais cautela.
Vontade política
A campanha do Greenpeace visa a conscientização e mobilização da população como um todo, mas segundo Tatiana de Carvalho, na Amazônia, a ausência de vontade política ainda é o maior problema.
“A gente vê neste atual governo um retrocesso muito grande nas questões ambientais na região amazônica. Unidades de conservação foram reduzidas, estas grandes obras de infraestrutura, que são batalhas de 20 anos do movimento social, foram autorizadas num processo atropelado. Existe uma agenda desenvolvimentista que coloca em segundo plano a questão ambiental. Então, aqui, na Amazônia, a ausência de governança é o principal vetor do desmatamento.”
A viagem do Rainbow Warrior termina no Rio de Janeiro, no início de junho, pouco antes da conferência Rio+20.
Da Radio Nederland Wereldomroep
Greenpeace lança campanha de desmatamento zero no Brasil
Por Mariângela Guimarães
O Greenpeace levou seu navio Rainbow Warrior de Amsterdã para o Brasil para chamar atenção para o desmatamento da região amazônica. A organização quer coletar 1,4 milhão de assinaturas - o equivalente a 1% dos eleitores brasileiros - para que se crie no Brasil uma lei de desmatamento zero.
A viagem do Rainbow Warrior teve início em Manaus e agora está em Santarém, de onde conversamos por telefone com a coordenadora da campanha Amazônia do Greenpeace Brasil, Tatiana de Carvalho.
p>Mas quão realista é uma proposta de desmatamento zero? “A gente sempre tem que confiar na legislação”, defende Tatiana. “Inclusive, se a gente pensar em todo o esforço que vem sendo feito para mudar o Código Florestal é porque de alguma forma ele tem funcionado. Senão seria mais fácil ignorá-lo. Então a gente acha que é preciso ter um marco legal.”
Hidrelétricas
A expansão de áreas para agricultura e pecuária, além da extração ilegal de madeira, ainda são as grandes causas do desmatamento na Amazônia, além da ameaça representada por projetos de grandes hidrelétricas.
Na semana que vem, o Rainbow Warrior chega à foz do rio Xingu, rio onde está sendo construída a usina de Belo Monte. “Na região é consensual que as comunidades locais e a população local não querem esta usina. É uma batalha de 20 anos e é uma vergonha que o governo a tenha autorizado e a forma atropelada como foi feito o licenciamento ambiental”, diz Tatiana. “É realmente chocante você ver a obra, as barragens e os diques sendo construídos, a floresta secando, áreas sendo alagadas.”
Embora já não seja possível reverter a construção da usina de Belo Monte, a intenção é mostrar os problemas que já estão surgindo para que no futuro, como nas hidrelétricas planejadas para o rio Tapajós, a questão seja discutida com mais cautela.
Vontade política
A campanha do Greenpeace visa a conscientização e mobilização da população como um todo, mas segundo Tatiana de Carvalho, na Amazônia, a ausência de vontade política ainda é o maior problema.
“A gente vê neste atual governo um retrocesso muito grande nas questões ambientais na região amazônica. Unidades de conservação foram reduzidas, estas grandes obras de infraestrutura, que são batalhas de 20 anos do movimento social, foram autorizadas num processo atropelado. Existe uma agenda desenvolvimentista que coloca em segundo plano a questão ambiental. Então, aqui, na Amazônia, a ausência de governança é o principal vetor do desmatamento.”
A viagem do Rainbow Warrior termina no Rio de Janeiro, no início de junho, pouco antes da conferência Rio+20.
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