sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Queridos amigos do Brasil,








A Ficha Limpa faz um ano hoje-- mas seu destino ainda está ameaçado. O Supremo Tribunal Federal pode vota-la inconstitucional e os Ministros estão divididos. Entretanto, a Presidente Dilma está para escolher o 11 Minsitro que dará o voto final. Vamos fazer história transformando esse primeiro aniversário numa vitória final para varrer a corrupção para fora do Brasil. Clique abaixo para nos ajudar a entregar as 250.000 assinaturas para salvar a Ficha Limpa e encaminhe essa mensagem para todos:







Hoje a Ficha Limpa faz um ano, entretanto nossa grande vitória contra a corrupção pode ainda perder a grande batalha, a não ser que a Presidente Dilma a salve.



O Supremo Tribunal Federal está para decidir se a Ficha Limpa será legal e efetiva para 2012 ou não, mas o STF está dividido e sob a pressão de poderosos interesses daqueles que querem destruir a lei. A Presidente Dilma deve indicar um novo Ministro que irá salvar ou destruir a Ficha Limpa para sempre. Nós temos brigado e vencido cada luta em relação a Ficha Limpa. Vamos nos juntar mais uma vez e pedir para Dilma que escolha um Ministro comprometido a varrer a corrupção do país.



A Ficha Limpa está na corda bamba. Vamos juntos, mais uma vez, ter a certeza de que são as pessoas, e não políticos corruptos, que determinam o futuro do nosso sistema político. Mais de 154.000 de nós já assinaram a petição pedindo à Dilma para escolher um Ministro anti corrupção para o STF. Vamos urgentemente alcançar 250.000 antes de entregarmos essa petição ao escritório da Dilma - clique para se juntar e encaminhar esse e-mail para todos:



http://www.avaaz.org/po/rescue_ficha_limpa/?vl



No início desse mês nós entregamos aos conselheiros de Dilma uma poderosa petição com 150.000 assinaturas pedindo um Ministro anti corrupção. Logo depois do nosso encontro, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Ministro Gilberto Carvalho, disse: “Eu vou agora mesmo lá embaixo falar com a Presidente sobre essas assinaturas”. E o Ministro Jorge Hage nos assegurou que levaria nossas vozes e esperanças diretamente à Presidente.



O Procurador Geral e outros juristas afirmam que a lei anti corrupção é totalmente constitucional. Entretanto, a legalidade da Ficha Limpa tem sido questionada e o Supremo Tribunal Federal está para tomar uma decisão final nos próximo dias, assim que a Presidente substituir a Ministra Ellen Gracie que se aposentou e era uma apoiadora da Ficha Limpa. Com o STF dividido, essa escolha é crucial. Existem rumores de que há um lobby pesado de políticos “sujos” tentando acabar com a lei por meio de um Ministro anti Ficha Limpa. Vamos sobrecarregar o lobby deles com as nossas vozes pedindo por justiça.



Hoje, estamos celebrando o primeiro aniversário da Ficha Limpa. Vamos fazer tudo que pudermos para transformar esse momento de esperança numa vitória final na nossa luta para derrotar a corrupção e limpar a nossa democracia. Participe agora e diga a Dilma para tomar a decisão certa:



http://www.avaaz.org/po/rescue_ficha_limpa/?vl



Quando todos disseram que isso seria impossível, juntos, nosso poder derrotou os esforços de políticos corruptos que tentaram impedir a aprovação da Ficha Limpa no Congresso. A cada passo desse processo, nosso movimento tem respondido com paixão, criatividade, tática e pressão popular -- vamos superar essa etapa final e construir um sistema justo e limpo que proteja nossos direitos e legitime nossas aspirações por uma forte democracia no Brazil.



Com esperança e determinação,



Luis, Diego, Caroline, Morgan, Alice, Ricken and the rest of the Avaaz team

Anna Bonifacio

As árvores




Nossos pensamentos são como árvores ...

Da semente do bem, nascerá a árvore chamada felicidade.

Do seu fruto, degusta o sabor da paixões e das manias ...

Manias de querer o bem: querido, amigo, abrigo ... A paixão por doar e perceber-se no outro.

Das raízes, encontra-se a natureza da sua alma...

Numa folhagem de esplendor, num terreno fértil de alegria, a todos os dias regar.

Do seu caule, a força do vento, há de desejar derrubar.



Nossos pensamentos são como árvores...

Da semente do mal, nascerá a árvore da infelicidade, do seu fruto, degusta o sabor das paixões e das manias. ...

Manias de querer o mal: fingido, inimigo, antigo ... A paixão perdida na felicidade do outro.

Das raízes, percebe-se a natureza da sua alma.

Numa folhagem de rancor, num terreno abandonado a todos os dias pisar.

Do seu caule, a força do vento, há de derrubar....



Se nossos pensamentos são como árvores,

O que tens feito com a semente do seu pensamento?

Vicente Freitas:


SORTEIO DAS ELIMINATÓRIAS DA COPA. OS CUSTOS NÓS PAGAMOS

O Dia





Valores que foram pagos pela Prefeitura e Estado, para que ocorresse no Rio, o sorteio das eliminatórias da Copa, transmitida pela Rede Globo.









PREFEITURA R$ 15 milhões

ESTADO R$ 14,753 milhões





Desmembramento das despesas





Aluguel da Marina da Glória R$ 3,747 milhões

Estruturas tubulares das tendas R$ 2,201 milhões

Cenografia e palco R$ 2,246 milhões

Cada uma das 70 cadeiras R$ 204,28 reais

Transporte terrestre R$ 112,871 mil

Alimentação do camarim R$ 253,560 mil

Diretor de TV / Imprensa R$ 162 mil

Diretor de arquiteta R$ 49,5 mil

Arquiteta Júnior R$ 45mil

Líder dos voluntários R$ 24 mil

Produtor (2) de acesso ao estacionamento R$ 13 mil





Como podemos verificar, os números não estão batendo, já que foram gastos praticamente R$ 30 milhões de reais. E o restante, aonde foram gastos?

Estas são informações retiradas do Jornal o Dia.





Vale lembrar que esses valores saíram do pagamento dos nosso impostos e taxas sem o nosso consentimento.





Gastam como bem entendem.









Vicente Freitas

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Pequena Luz


"Sei que todos algum dia

acordamos com

a senhora desilusão

sentada na

beira da cama.

Mas a gente

vai à luta

e inventa

um novo

sonho."



(Lya Luft)
Eu amo tudo o que foi


Tudo o que já não é

A dor que já não me dói

A antiga e errônea fé

O ontem que a dor deixou

O que deixou alegria

Só porque foi, e voou

E hoje é já outro dia.



Fernando Pessoa

Anna Bonifacio

Pra que poema?




O poema tem o poder de tocar o espírito, afagando a alma ...

Traz lembranças,

Faz cobrança.

Cria emoção,

Toca o coração.

Cura mágoas,

e vira páginas.

...

O poema tem poder de tocar o espírito, consolando a alma ...

Desperta sentidos,

Memórias de um abrigo,

Saber comum,

Sendo incomum,

Bate no peito,

e impõe respeito.

...

O poema tem o poder de tocar no tempo, o tempo de cada momento ...

Toca o espírito,

Faz sentido.

Afagando a alma,

Bate na palma ...

Consolando a alma,

Alcança a calma.



POR ANNA BONIFÁCIO, 2009

Charge (besteirol)

Pra que poema?




O poema tem o poder de tocar o espírito, afagando a alma ...

Traz lembranças,

Faz cobrança.

Cria emoção,

Toca o coração.

Cura mágoas,

e vira páginas.

...

O poema tem poder de tocar o espírito, consolando a alma ...

Desperta sentidos,

Memórias de um abrigo,

Saber comum,

Sendo incomum,

Bate no peito,

e impõe respeito.

...

O poema tem o poder de tocar no tempo, o tempo de cada momento ...

Toca o espírito,

Faz sentido.

Afagando a alma,

Bate na palma ...

Consolando a alma,

Alcança a calma.



POR ANNA BONIFÁCIO, 2009.

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DEA:

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

caio abreu

"Os encontros mais importantes já foram combinados pelas almas antes mesmo, que os corpos se vejam"

Piadas (Besteirol)

Valor econômico da Mulher:




Tem 2 glandulas mamárias que produzem 2 litros de leite: (R$ 2,00 o litro são R$ 4,00)







Tem 2 presuntos de parma por pernas (R$ 150,00 cada, são R$ 300,00)

Tem peito: (R$ 20,00)

Total: R$ 322,00



Valor econômico do homem:



Tem 1 banana (R$ 0.20)

Tem 2 ovos (R$ 0.15 cada= R$ 0.30)

Tem 2 glandulas mamárias que não produzem nada (R$ 0.00)

Total: R$ 0.50

Alem disso o homem produz perdas, porque seus ovos não se comem e seu passarinho não canta.







PS: E com o tempo a banana se estraga.
Acordei com uma forte


ressaca e do lado da cama havia um copo d'água e duas aspirinas.



Olhei à minha volta

e vi minha roupa passada e pendurada.



O quarto estava em perfeita

ordem.



Havia um bilhete de minha

mulher:



- Querido, deixei seu café

pronto na cozinha. Fui ao supermercado. Beijos.



Desci e encontrei uma mesa

farta, esperando por mim.



Perguntei à minha filha:



- O que aconteceu ontem?



- Bem, Pai, você chegou às

3 da madrugada, completamente bêbado, vomitou no tapete da sala, quebrou

móveis, urinou na cristaleira, fez estragos até chegar no quarto...



- E por quê está tudo

arrumado, café preparado, roupa passada, havia aspirinas para minha

ressaca e um bilhete amoroso da sua mãe?



- Bem, é que mamãe o

arrastou até a cama e... quando ela estava tirando a sua calça, você gritou:





"NÃO FAÇA ISSO, MOÇA, EU SOU CASADO E AMO MINHA ESPOSA!"







Encher a cara - R$

110,00



Móveis destruídos - R$

1.200,00



Café da manhã - R$

40,00



Dizer a frase certa,

no momento certo... NÃO TEM PREÇO!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Pablo Neruda

"El amor no se mira, se siente, y aún más cuando ella está junto a ti"

Clarice Lispector

"Perder-se também é caminho."

Clarice Lispector

"Ser às vezes sangra."

clarice Lispector

...


"Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida."

carlos drummond de Andrade

O amor é grande e cabe nesta janela sobre o mar. O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar."


Carlos Drummond de Andrade

Carlos Drummond de Andrade

Daqui desse momento


Do meu olhar pra fora

O mundo é só miragem

A sombra do futuro

A sobra do passado

...

Mario Quintana

"Sempre me senti isolado nessas reuniões sociais: o excesso de gente impede de ver as pessoas" - Mário Quintana

Mario quintana

E as horas lá se vão, loucas ou tristes...


Mas é tão bom, em meio às horas todas,

Pensar em ti... saber que tu existes!



XIX – A Rua dos Cataventos

Mario quintana

Viração


Voa um par de andorinhas, fazendo verão. E vem uma vontade de rasgar velhas cartas, velhos poemas, velhas contas recebidas. Vontade de mudar de camisa, por fora e por dentro . . . vontade . . .

Para que esse pudor de certas palavras? . . .

Vontade de amar, simplesmente.

Mario Quintana

MARIO POR ELE MESMO




Nasci em Alegrete, em 30 de julho de 1906. Creio que foi a principal coisa que me aconteceu. E agora pedem-me que fale sobre mim mesmo. Bem! Eu sempre achei que toda confissão não transfigurada pela arte é indecente. Minha vida está nos meus poemas, meus poemas são eu mesmo, nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão. ....

[.....]

(Texto escrito para a revista IstoÉ de 14/11/1984)

...

Mario Quintana

As coisas


http://patriziaercole.wordpress.com/2011...

O encanto sobrenatural que há nas coisas da Natureza! No entanto, amiga, se nelas algo te dá encanto ou medo, não me digas que seja feia ou má, é, acaso, singular... E deixa-me dizer...

Mario Quintana

As coisas


http://patriziaercole.wordpress.com/2011...

O encanto sobrenatural que há nas coisas da Natureza! No entanto, amiga, se nelas algo te dá encanto ou medo, não me digas que seja feia ou má, é, acaso, singular... E deixa-me dizer...

Mario Quintana

Recordo ainda


patriziaercole.wordpress.com

Recordo ainda... e nada mais me importa... Aqueles dias de uma luz tão mansa Que me deixavam, sempre, de lembrança, Algum brinquedo novo à minha porta... Mas veio um vento de Desesperança...
Antonio Ribeiro


De Paris

O correspondente em Paris traz os principais temas da Europa

Assine o Feed RSS Escreva: aribeiro.deparis@gmail.com

23/09/2011

às 11:14 \ Oriente Médio

Estado palestino: todos sempre querem, a hora nunca faz unanimidade

O Diário Oficial circulou esta semana com decreto da Prefeitura do Rio de Janeiro determinando a remoção de cerca de 480.000 postes fincados na Cidade Maravilhosa. A proposta tem como objetivo chegar em fevereiro de 2016 com o emaranhado de fios elétricos e cabos telefônicos da rede aérea embutido no subsolo do balneário carioca. Velha como o século XIX, a idéia além despoluir o visual da paisagem urbana, é medida preventiva adotada por grandes metrópoles contra acidentes e para melhor conservar os materiais condutores. Contudo, tão logo o decreto foi anunciado, alguns lembraram a falta de mapeamento completo e detalhado do subterrâneo da capital e de pontos da cidade inadequados para a instalação de dutos. Técnicos do setor dizem que nem sempre a rede subterrânea, a exemplo de Paris, Berlim e Londres, é a melhor solução.



Ou seja, o contrario da criação do estado nacional palestino. A ver.



Trata-se de quase uma unanimidade da diplomacia mundial a existência – reconhecida, segura e pacífica – de dois estados vizinhos como um passo para solução do velho conflito entre israelenses e palestinos. O princípio é aceito por Israel, embora não implementado, e endossado pelos principais mediadores do conflito, o Quarteto de Madri: ONU, Estados Unidos, União Européia, e Rússia. Crê-se com razoável chance de acerto de que a situação possa trazer benefícios mais amplos nas relações tumultuadas do Oriente Médio e mais profundamente, em um sentimento de injustiça, nem sempre justificado, sentido pela Rua Árabe. Prudentes não tem a ilusão de que quando este dia chegar, irá arrefecer espíritos mais radicais. O extremismo tem vida autônoma, qualquer motivo serve. Se não existem, são fabricados. Sucede que o momento da criação do estado nacional palestino parece ser sempre prematuro e a boa hora, uma quimera. Nem quando isto aconteça apenas no papel como é o caso agora que provoca nos corredores das Nações Unidas, uma excitação semelhante a disparo alarme contra incêndio no leste da ilha de Manhattan.



O obstáculo da vez, dizem, seria a divergência entre a corrupta Autoridade Palestina que governa a Cisjordânia e o grupo terrorista Hamas que toma conta da Faixa de Gaza. Mais uma vez as condições ideais não estariam reunidas. A sugestão é que, antes de tudo, eles se metam de acordo e saiam dali uníssonos para sentar a mesa de negociação com o primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu caso ele, finalmente, achar que a ocasião é propícia. Equivale a dizer que dois irmãos devem decidir entre si qual parte do terreno herdado podem reivindicar de direito enquanto o primo vai construindo sua casa em cima. Bizarro. A existência do estado nacional palestino independe dos seus governos provisórios. Que nação foi reconhecida em função de quem a governa? Reconhece-se sim, se um governo é legítimo para governar tal estado. Mas isso é questão interna a ser resolvida entre os cidadãos do estado em questão. A existência do estado em si, não. O Zimbaué é reconhecido como país a despeito de Robert Mugabe. O Irã deixou de ser Irã devido a dupla Ali Khamenei e Mahmoud Ahmadinejad? O Paquistão não é nação porque abriga e deu proteção a terroristas? Recomendável ler “O que é uma nação?”, de Ernest Renan.



É político e arriscado o pedido de Mahmoud Abbas para que se reconheça a Palestina – Cisjordânia e Faixa de Gaza – como estado-membro da ONU, encaminhado carta primeiro ao Conselho de Segurança (CS), onde os Estados Unidos prometem vetar. Se o pedido de adesão for aprovado por 9 votos entre os 15 membros, terá que ser obter, no mínimo, 97 entre 193 participantes da Assembléia Geral. Mas o que se espera dos palestinos? O presidente Barack Obama não quer melindrar o eleitorado judaico as vésperas de sua tentativa de reeleição. Direito dele. O presidente Nicolas Sarkozy com um índice de popularidade batendo nas canelas, também a um ano da eleição presidencial, não quer perder o eleitorado francês de crença muçulmana e judaica. Perfeitamente compreensível. Mas os honoráveis senhores querem também que os palestinos esperem eternamente o reconhecimento do seu estado e, entretanto, privem-se dos meios diplomáticos legítimos e pacíficos para que se chegue a ele?



É muito.



Por Antonio Ribeiro

Tags: Air France, Ali Khamenei, Barack Obama, Binyamin Netanyahu, Conselho de Segurança da ONU, Israel, Mahmoud Abbas, Mahmoud Ahmadinejad
Hugo Chávez presenteou Barack Obama como a edição em espanhol do ensaio As veias abertas da América Latina: Cinco séculos de pilhagem de um continente. O regalo foi autografado pelo autor uruguaio Eduardo Galeano. O livro foi publicado pela primeira vez em 1971. Além de mucho gusto, Obama não dominha muito mais do idioma de Cervantes. No entanto, é bom de bate-pronto. Perguntado sobre o agrado do venezuelano, ele disse: “Pensei que era um dos livros dele [Chávez], iria dar um dos meus.”




Esta semana, o presidente americano tornou público os últimos sete extratos de pagamento de imposto de renda dele e de sua mulher, Michele. Na declaração de 2007 há informação de que a renda foi de 4 milhões de dólares, quatro vezes maior do que no ano anterior. O contribuinte atribuiu o aumento à venda de seus livros. Não é muito se comparado com uma informação de Galeano no Veias abertas. A entrada semanal de ouro brasileiro na Inglaterra chegou atingir 50.000 libras por semana. Sem essa riqueza, ainda segundo o autor, os britânicos não teriam conseguido vencer Napoleão. Desarmar os bolivarianos parace custar bem menos. Um sorriso de JK e um mucho gusto paga.



Por Antonio Ribeiro

Tags: Barack Obama, Eduardo Galeano, Hugo Chavez, JK, Juscelino Kubitschek, Miguel de Cervantes, Napoleão Bonaparte
A Quinta Cúpula da Américas pode ter pavimentado o caminho para eventuais relações amenas entre os EUA e seus vizinhos ao sul do rio Grande. Mas em termos de resultados concretos, o vencedor foi o autor uruguaio Eduardo Galeano. Antes de Hugo Chavez presentear Barack Obama com o Veias abertas da América Latina, o livro ocupava a posição 60.280 em vendas no site www.amazon.com. Poucas horas depois do golpe marqueteiro do caudilho venezuelano diante das câmeras, o revisionismo de esquerda colegial passou a ser o décimo mais vendido. Obama achou normal receber um livro como regalo: “Eu sou um leitor.” O presidente americano declarou ter lido tudo de Garcia Márquez. Não se tem notícia sobre o que Lula lê. Seria ele capaz de aumentar as vendas da cartilha Caminho Suave, o método de alfabetização pela imagem? Desde a primeira edição, em 1948, a cartilha da educadora Branca Alves de Lima (1911-2001) serviu para ensinar a ler mais de 40 milhões de brasileiros.





Por Antonio Ribeiro

Tags: Barack Obama, Branca Alves de Lima, Eduardo Galeano, Garcia Márquez, Hugo Chavez, Lula

Antonio Ribeiro

País de forte tradição literária, a França asssiste nos meses próximos às eleições, politicos que se convertem em autores. Eles, normalmente, lançam livros autobiográficos, plataformas eleitorais ou qualquer outro assunto capaz de colocá-los em evidência. Na semana que vem, sem nenhuma eleição no horizonte, será diferente. O ex presidente francês Valéry Giscard d’Estaing vai lançar La Princesse et le Président – A Princesa e o Presidente. O romance, antes de chegar às livrarias, já provocou muita tinta no papel da imprensa francesa e britânica. Isto porque alguns acham que VGE, dono de título de nobreza comprada, sugere ter havido relação amorosa e erótica entre um presidente francês e a princesa Diana, morta junto com playboy milionário de origem egípcia, em um acidente de carro em Paris.






Quem pensa encontrar no romance o relato de mais uma conquista feminina de Nicolas Sarkozy, marido da bela Carla Bruni, pode ficar decepcionado, mas não menos surpreso. A personagem do presidente francês tem todas as características de… Valéry Giscard d’Estaing, o autor do livro e membro da Academia Francesa de Letras. A história acontece nos anos 80, precisamente, no período em que VGE deixou o Palácio do Elysée, meses depois do casamento de Lady Diana com o príncipe Charles da Inglaterra, na época, já apaixonado pela atual mulher, Camilla Parker Bowles. As personagens tem exatamente as idades de VGE e Diana na época, 58 e 23 anos respectivamente. O autor descreve sua namorada assim: “Muito atraente, sempre nas primeiras páginas dos jornais e infeliz no amor.” E mais adiante: “Descobri que ela era uma gata, uma felina.”



A passagem que inicia a aventura acontece durante as comemorações do aniversário de 40 anos do Dia D, o desembarque das tropas aliadas nas praias da Normandia. O presidente Henri beija, literalmente, a mão da princesa Patrícia, colocada estrategicamente, como rege o jogo de sedução britânico antigo, sobre a mesa de um trem. Considerando que na reverência à francesa, o homem deve apenas se inclinar sem tocar com os lábios na pele feminina, o presidente começou ultrapassar as fronteiras ali. Mais para frente há um fim de semana em um castelo francês e diversos encontros em palácios republicanos e reais.



No entanto, a leitura do livro não deixa dúvidas que Giscard, de 83 anos, confunde desejos com realidade. O presidente francês do romance, por exemplo, foi reeleito. VGE queria muito ter sido. Uma manobra política do ex-presidente Jacques Chirac, “alta traição imperdoável”, segundo Giscard, barrou sua candidatura. A leitura do livro vale não pela eventual confluência com a verdade, mas pela habilidade e elegância que o narrador descreve os cenários. VGE disputou, nas páginas da prensa de corazon dos fins da década de 70, o título de galante conquistador das altas esferas com o ex-secretário de estado americano Henry Kissinger.



La Princesse et le Président alinha a prosa do ex-presidente com bons autores libertinos franceses que já não se fabricam mais. Raro ler nos romances franceses atuais linhas tecidas assim, “Eu ainda a escuto dizer em inglês. Não é minha memória que me faz lembrar, mas o timbre da sua voz: ‘I wish that you love me’ ” No mínimo, é uma delicada tentativa de ser lembrado como um igual. Alguem que desejou uma princesa apagando o presidente que colocou anel de diamante no dedo de um canibal, o ditador africano Jean-Bédel Bokassa. Isso só VGE fez.



Por Antonio Ribeiro

Tags: Carla Bruni,

Reinaldo Azevedo

Policiais na UPA de Bonsucesso, fechada depois que um bandido tentou se esconder no prédio: segundo dia de tiroteio entre policiais e traficantes de Manguinhos (Palo Jacob/Ag.O Globo)


Na VEJA Online:

A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Maré, no Rio de Janeiro, foi fechada por motivos de segurança. A informação foi divulgada nesta segunda-feira pela secretaria estadual de Saúde. O pedido para que a UPA parasse de funcionar partiu do comando da Polícia Militar, por causa das operações realizadas no conjunto de favelas durante as últimas duas semanas.



Em nota, a secretaria afirma que a medida é uma forma de “preservar a população local e a equipe de profissionais da saúde que atua na unidade”. A orientação para quem precisar de atendimento médico é procurar o Hospital Geral de Bonsucesso, a UPA da Penha ou a UPA da Ilha do Governador.



As Unidades de Pronto Atendimento estão para a política de saúde do governo estadual como as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) estão para a política de segurança. Adotadas no primeiro governo de Sérgio Cabral, ambas foram fartamente utilizadas na campanha que resultou em sua reeleição. No segundo mandato, problemas de vários tipos mostraram que nenhuma das duas é, por si só, solução para os complexos desafios da saúde e da segurança no estado.



No caso do complexo da Maré, na zona Norte do Rio, a segurança é o foco do problema. O conjunto de favelas não foi pacificado e ainda serve de abrigo para traficantes venderem drogas e desfilares seus armamentos pesados. Não é raro a realização de operações da polícia na área. A cada ação policial na Maré fica evidente o poder de fogo dos criminosos. Na semana passada, foram apreendidos fuzis, uma metralhadora, duas pistolas e duas granadas.



No começo de setembro, outra operação realizada pelo 22º BPM (Maré) apreendeu armas e drogas. Na ocasião, foram encontrados 30 quilos de maconha, um quilo de pasta de cocaína e três mil pedras de crack. Mas, apesar de serem feitas operações, as apreensões e algumas prisões feitas pela polícia no Complexo da Maré acabam por enxugar gelo. O tráfico e as armas não diminuem e a polícia é, normalmente, recebida a tiros.



A retirada da UPA resolve o problema dos profissionais de saúde que atendiam ali. Mas para ter acesso a atendimento médico nos locais indicados pela secretaria de Saúde - e também para trabalhar, fazer compras ou estudar - os moradores da Maré continuarão a atravessar um campo de batalha.



Por Reinaldo Azevedo

Tags: Rio, Sérgio Cabral
Duplamente divertido ler o bordão “Paris é uma festa”, título recorrente de notas na coluna Ancelmo Gois, publicada pelo jornal O Globo inclusive aos domingos e dias santos. Acontece sempre que um brasileiro famoso desfruta de uma maneira não muito ortodoxa dos atributos generosos da capital francesa. Hoje, foi a vez de Lula ser o contemplado. Ele está concentrado em Paris há três dias para receber o título Doutor Honoris Causa da prestigiosa Universidade Sciences Po. A cerimônia acontece hoje. Mas o ex-presidente da República foi agraciado jocosamente pelo colunista porque é hóspede do luxuoso cinco estrelas Hotel Lutetia, sede da Gestapo durante a ocupação nazista nos anos 40. A tortura atual fica apenas nos preços das diárias que podem chegar ao requinte da crueldade: 3.500 euros, o equivalente a quase 9.000 reais.

“Paris é uma festa” é referencia à tradução do título “A Moveable Feast”, livro de reminiscências parisienses do escritor americano Ernest Hemingway que viveu por aqui nos anos 20. Mas o termo inglês moveable feast não é bem uma festa. São celebrações, sobretudo, cristãs que não ocorrem na mesma data do calendário. A Páscoa, por exemplo. O autor escolheu o título porque a narrativa não obedece ordem cronológica e é nebulosa, pouco precisa. Não necessariamente porque Paris era uma festa naqueles tempos. Na verdade, as condições de vida era precária para maioria dos habitantes e nem todos abastados tinham, por exemplo, água encanada em seus apartamentos. Contudo, não era obstáculo para se divertirem, só para uma frequência de banhos segundo o padrão, como diz outro bordão do colunista, “Lá na minha terra” que tampouco é assim tão terrível, segundo os nativos.

Leia o post do Blog de Paris: “Estado palestino: todos sempre querem, a hora nunca faz unanimidade”

Por Antonio Ribeiro
Tags: Ernest Hemingway, Gestapo, Hotel Lutetia, Lula, O Globo, Paris, Paris é uma festa, Universidade Sciences Po


Duplamente divertido ler o bordão “Paris é uma festa”, título recorrente de notas na coluna Ancelmo Gois, publicada pelo jornal O Globo inclusive aos domingos e dias santos. Acontece sempre que um brasileiro famoso desfruta de uma maneira não muito ortodoxa dos atributos generosos da capital francesa. Hoje, foi a vez de Lula ser o contemplado. Ele está concentrado em Paris há três dias para receber o título Doutor Honoris Causa da prestigiosa Universidade Sciences Po. A cerimônia acontece hoje. Mas o ex-presidente da República foi agraciado jocosamente pelo colunista porque é hóspede do luxuoso cinco estrelas Hotel Lutetia, sede da Gestapo durante a ocupação nazista nos anos 40. A tortura atual fica apenas nos preços das diárias que podem chegar ao requinte da crueldade: 3.500 euros, o equivalente a quase 9.000 reais.

“Paris é uma festa” é referencia à tradução do título “A Moveable Feast”, livro de reminiscências parisienses do escritor americano Ernest Hemingway que viveu por aqui nos anos 20. Mas o termo inglês moveable feast não é bem uma festa. São celebrações, sobretudo, cristãs que não ocorrem na mesma data do calendário. A Páscoa, por exemplo. O autor escolheu o título porque a narrativa não obedece ordem cronológica e é nebulosa, pouco precisa. Não necessariamente porque Paris era uma festa naqueles tempos. Na verdade, as condições de vida era precária para maioria dos habitantes e nem todos abastados tinham, por exemplo, água encanada em seus apartamentos. Contudo, não era obstáculo para se divertirem, só para uma frequência de banhos segundo o padrão, como diz outro bordão do colunista, “Lá na minha terra” que tampouco é assim tão terrível, segundo os nativos.

Leia o post do Blog de Paris: “Estado palestino: todos sempre querem, a hora nunca faz unanimidade”

Por Antonio Ribeiro
Tags: Ernest Hemingway, Gestapo, Hotel Lutetia, Lula, O Globo, Paris, Paris é uma festa, Universidade Sciences Po
27/09/2011
às 14:01
Marco Maia empolga empresários da Fiesp descendo o sarrafo na CPMF

Em 2003, acho, no primeiro ano do governo Lula, escrevi um texto para a revista da Fundação Teotônio Vilela em que afirmava que o PT ainda ocuparia todo o espectro ideológico da política; haveria, antevi, petismo para todos os gostos.

O neopeemedebista e ex-socialista Paulo Skaf, que é político como empresário e empresário como político, tomou posse ontem de um novo mandato na Fiesp. Boa parte do mundo político esteve presente à solenidade no Teatro Muncipal de São Paulo… Sabem quem desceu o sarrafo na CPF, orgulhando-se de o imposto ter sido sepultado na Câmara? O presidente da Casa, o petista Marco Maia (RS). E ele o fez no mesmo dia em que o Estadão publicou a entrevista em que Ideli Salvatti, do seu partido, ministra das Relações Institucionais, defendeu a criação do imposto.

Entenderam?

Por Reinaldo Azevedo

João Ubaldo Ribeiro

HomePolítica & CiaVasto MundoTema LivreBytes de MemóriaDisseramMúsica no BlogDica de Leitura26/09/2010
às 18:26 \ Política & Cia
Vocês acham que o João Ubaldo Ribeiro é golpista?

O escritor João Ubaldo Ribeiro, que a maioria de vocês, se não todos, conhece, é golpista? É um reacionário raivoso? É um troglodita político?

Qualquer pessoa de bom sendo que leia o João Ubaldo ou assista a suas entrevistas ou, mais ainda, tenha a sorte de conhecê-lo pessoalmente, sabe que não, que ele está a anos-luz disso.

Pois bem, vejam este trecho de seu artigo no Estadão de hoje, certamente escrito antes de o presidente Lula recuar em seus ataques à imprensa em seu discurso de Porto Alegre (leia o post abaixo):

“Um dos recentes pronunciamentos do presidente Lula sobre a imprensa mostrava uma animosidade truculenta comparável à de seu aliado Fernando Collor.

A imprensa é vista como inimiga da nação, praticamente a responsável por tudo o que de errado acontece entre nós. Os mais velhos já viram tudo isso. Os jornalistas mais velhos já viveram tudo isso. E tudo, afinal, passou, assim como também passará o que estamos presenciando agora.

As voltas que o mundo dá são tão prodigiosas que o presidente Lula, já ex-presidente, logo tornará a gostar da imprensa. E a precisar dela, como já precisou, pois que, no sábio dizer de nossos maiores, dor de barriga não dá uma vez só”.

João Ubaldo Ribeiro

16/07/2011
às 17:18 \ Disseram
Uma especiezinha muito criticável
“Não sou muito otimista quanto à humanidade. Somos uma especiezinha muito criticável.”
João Ubaldo Ribeiro, escritor.

Caio fernando Abreu

"E que uma palavra ou um gesto, seu ou meu, seria suficiente para modificar nossos roteiros."
(..)"´Podia ser só amizade, paixão, carinho, admiração, respeito, ternura, tesão. Com tantos sentimentos, (...) tinha de ser justo amor, meu Deus?´ (..) "
.....

Clarice Lispector

´Estou com saudade de mim. Ando pouco recolhida, atendendo demais ao telefone, escrevo depressa, vivo depressa. Onde está eu?´
Minha alma descansa na tua alma, onde a luz jamais desativada: é um navio de longo curso pela água. Redonda a luz e nós atracamos na foz com o fundo calmo. Em mim te almas. E te amando, eu almo.(Carlos Nejar)
Manifesto pelo direito igualitário ao surto
por Nina Lemos

Eu surto, sabia? Depois de um dia muito estressante de trabalho ás vezes eu fico meio louca. Sei que isso também acontece com você. Só que você bebe e fuma um baseado, que eu sei. O meu surto é um pouco diferente. Fico mal-humorada. Falo demais no telefone. Sou chata. Eu surto. Depois passa.

Se alguém combina uma coisa comigo e muda os planos, eu fico decepcionada. Se eu estiver surtada, fico mais decepcionada ainda. Aí eu não faço o que eu deveria fazer. Sim, na regra do mundo, uma mulher deve levar um bolo e aceitar isso placidamente. Olha, minha amiga, se você não fizer isso, o cara vai sair correndo de você, sabia? Então, é bom que você aprenda a fingir. Um bolo? Tudo bem, acontece, normal. Não perturbe o homem que pisou na bola. Senão ele não vai querer te ver de novo. É assim que a banda toca.

Não comigo. Mas assim os homens vão se espantar, diz meu amigo. Eu sei que vão. Mas espera aí. Se alguém me dá um bolo eu também me espanto com o cara. Eu também vou ter dúvidas do tipo: "Será que devo investir nele?".

Mas não adianta. Mulher não pode surtar. A gente tem que aturar tudo, porque sabe como é, falta homem no mercado e as moças estão todas com suas caras perfeitas, sorrindo ao levar um bolo, desculpando as babaquices alheias. Por que eles vão querer ficar com alguém que dá trabalho?

Se fossem menos covardes, iam querer. As melhores pessoas que eu conheço surtam. Todas elas. Meus amigos são as pessoas mais temperamentais que eu conheço. A gente até tenta melhorar, mas a gente é assim. E você também deve ser, sr Pretê. Mas você é homem, né? E segundo a hierarquia mundial, pode surtar à vontade. Pode ir embora da festa com cara de agoniado dizendo que está fora de controle. Eu vou perdoar. E todas as moças de sorrisos plácidos também.

Eu também vou continuar surtando. Surto porque a vida é dura, porque um dia eu vou morrer, porque eu trabalho muito, porque eu sou inteligente. Ou simplesmente porque eu surto. Só que eu não vou ter perdão. No mercado neo-liberal onde homens e mulheres convivem hoje é assim. Essa é a sua última chance, minha filha, aproveite. Uma pisada na boa e uma promessa de amor já era!

E você vai continuar fugindo. Tudo bem.

Surtos com direitos iguais. É essa a bandeira que eu estou levantando aqui.

Mas, meu deus, esse texto pode apavorar os homens! E agora? Será que depois de ler isso eles vão ficar com mais medo ainda de mim?

Problema meu. Eu que pague por ser uma socialista do surto.

E aí, vai encarar?



Escrito por Kyra às 00h24
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05/04/2005


Gavetas


Pio Muniz Falcão
O círculo...
Ana Hatherly


O círculo é a forma eleita
É ovo, é zero.
É ciclo, é ciência.
Nele se inclui todo o mistério
E toda a sapiência.
É o que está feito,
Perfeito e determinado,
É o que principia
No que está acabado.
A viagem que o meu ser empreende
Começa em mim,
E fora de mim,
Ainda a mim se prende.
A senda mais perigosa.
Em nós se consumando,
Passando a existência
Mil círculos concêntricos
Desenhando.




Tudo tem começo, meio e fim, que significa um novo recomeço.


Quantas oportunidades temos para fazer diferente? Como reagimos ás mudanças bruscas?


Estou como uma criança, encantada com um novo brinquedo, me deram um novo bloco de desenhos e muitos lápis coloridos.


Estou assustando as pessoas com minha calma..rs E devo confessar que isto me diverte muito, porque esperavam uma reação enlouquecida e eu simplesmente, abri mão do que não me servia mais. E abrir mão significa que não sofro mais pelo que chegou ao fim. Foi vivido intensamente, mas não mais me pertence. Eu estava fora do contexto, como se eu fosse uma peça de quebra-cabeça que se dilatou e não se encaixa mais no seu lugar.


Dia 14 de abril, o dia da libertação!


Acordo de manhã e encontro um telegrama que foi colocado embaixo da minha porta, era da imobiliária. O dono quer o apartamento, tenho 30 dias para sair. Fiquei aliviada, serviu para me livrar de uma situação que estava me incomodando muito e tirando a minha paz de espírito.


Me arrumo e vou trabalhar, o superintendente me chama, depois de 9 anos trabalhando na mesma empresa, sou demitida. Mas foi numa boa, vou conseguir colocar minha vida financeira em ordem. Saio da empresa, me sentindo leve.


Infelizmente no dia seguinte recebo a notícia do falecimento do meu amigo, isto sim, foi um choque tremendo! Mas tenho certeza de que ele está em um bom lugar, acredito firmemente nisto.


E agora?


Estou aberta as possibilidades, pela primeira vez na vida, não sinto medo, não me sinto frágil.


Reconquistei minha paz de espírito e isto vale muito!


Vou acertar minha vida, começar de novo e estou feliz com esta possibilidade, não existe pesar ou tristeza.


O saldo positivo foi saber o quanto algumas pessoas admiram o meu trabalho, e as mensagens que eu recebi, me mostraram o carinho e a preocupação legítimas. Esta é minha herança.


Que se inicie o novo círculo, estou pronta.







Escrito por Kyra às 22h34
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Erico Verissimo

Novela
Quando ligo a tevê às oito da noite
Vejo uma moça virar prostituta
O escravo negro levar um açoite
E como é párvula aquela matuta


A esposa é sempre do mal
Só a amante tem valor
E espere uma história do período imperial
Ou seja empregado da história, negro ator


Nesta arena de valores invertidos
Só os belos têm amores vividos
E ser prostituta é uma coisa honesta


Depois da novela o que vai passar?
Documentário e ciências, não dá para aguentar
Apartir deste horário nada mais presta




Publicado pelo Observador às 19h10
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Erico verissimo

Pensamento - "Sou uma bateria"
Sou como uma bateria.
Que se alimenta de sentimentos
Onde uma lágrima de tristeza torna-se meu alimento
Mais que um momento, um tormento
Por mais que forte seja o coração
O frio jamais pode congelar aquele que já está morto
E que um dia de Sol poderá aquecer e sustentar a vida
Um dia, Um dia.
Que fica na promessa de um novo dia.
Sou como uma bateria

Erico verissimo

Flutuar
Erguer os menbros e deixar o fluido sustentar o corpo
Precipitar os braços
Esperar que as mãos chamem todo o resto
Sentir o meio deslizando pelo rosto
Acomodar a cabeça e ver o chão
Perceber que se está suspenso
E continuar em frente
Deixar o corpo fluir com se dissolvesse
Sentir-se parte do todo
Voltar ao início
Reduzir-se ao primitivo, ao belo!
Ser o que se deve ser
Ser animal, respeitar a natureza
Continuar deslizando
Deixar os braços precipitarem - se
Esperar as mãos chamarem
E o corpo deslizar
Fluir...


Publicado pelo Observador às 09h23
[ (6) Me observam.] [ ]

Erico Verissimo

Tirando o pó: Vamos falar de futebol?
O assunto hoje é futebol. Quem me conhece sabe o quanto eu gosto de futebol (imagino que as pessoas calculem dinheiro de outra forma, mas o meu jeito é por ingressos de futebol ... por exemplo R$360,00 ... só consigo pensar que eu conseguiria ir em 12 jogos... Não faz muito sentido, mas vai entender...). E hoje quero fazer uma relação entre os livros e o futebol.

Me desculpem aqueles que pensam que o futebol é algo menor, mas eu não poderia discordar mais. Já tentei argumentar com várias pessoas, algumas vezes de forma racional e outra porção de vezes a paixão tomou conta e não foi muito bacana. Mas não é sobre paixões que vou falar hoje, acho que cada tem a sua e o respeito é algo fundamental.

Fiz uma pequena relação de livros e assuntos que envolvem o futebol em diversas áreas. Acho que de alguma forma, espero que seja uma surpresa boa.

Nos últimos anos foram aumentando livros sobre o assunto, expandindo de certa forma um universo que sempre foi muito falado, mas não me lembro de encontrar uma variedade tão grande de títulos.

Erico Veríssimo


" - Minha mãe diz que ler é pensar - disse Sofia - Não é que a gente leia e depois pense; ela acha que a gente pensa alguma coisa depois lê aquela coisa num livro que parece que foi escrita por nós, mas que alguém, em outro país, em outro lugar, no passado, escreveu como um pensamento ainda não pensado, até que, por acaso, sempre por acaso, descobrimos o livro onde está claramente expresso o que estivera, confusamente, ainda não pensado por nós. Nem todos nós, é claro, mas certos livros que parecem objetos de nosso pensamento e que nos estão destinados. Um livro para cada um de nós. Para encontrá-lo, requer-se uma série de acontecimentos encadeados acidentalmente para que afinal possamos ver a luz que, sem saber, estamos procurando. No meu caso foi o Me-ti ou o livro das transformações. Um livro de máximas. Amo a verdade porque sou mulher."

Pg 215





Devo confessar que só fui ouvir falar sobre Ricardo Piglia há 2 anos, quando trabalhei numa livraria. Mas só tive chance de ler algo dele com esse lançamento. Depois de tanto escutar sobre o autor, não foi surpresa que o livro era realmente muito bom. Um romance rico, que tem uma série de aspectos, que vai muito além do policial, que tantos lugares insistem em classificar. É bem mais que isso.



O livro se passa numa pequena cidade do interior da Argentina no final da década de 60. Naquele período em que há um abismo brutal entre campo e cidade (tecnologicamente, comportamentalmente, mentalmente). Neste ambiente um misterioso misterioso (e atraente) forasteiro aparece vira assunto da cidade inteira. Principalmente quando começa a aparecer em locais da alta sociedade acompanhado das gêmeas Belladona (de família tradicional na cidade).

josé Saramago

Blog tem destas coisas. Eu terminei de postar o texto anterior e me lembrei que esqueci de alguns detalhes. O mais importante deles é o traje do José que aparece na foto em questão. Saramago foi despreparado para uma celebração baiana, em pleno mês de fevereiro. O calor era tremendo e o nosso futuro Nobel só tinha calças compridas na mala, acompanhadas de camisas sociais. Quando chegamos de Brasília, onde José recebera das mãos de Fernando Henrique Cardoso o Prêmio Camões, e descarregamos nossas malas no pequeno hotel, que ficava no Morro da Paciência, atual casa de Gal Costa, vi Saramago se preparar para a tal feijoada, com belos sapatos, camisa e calça sociais, e tudo pelo social, dali para cima.



Demos boas risadas, Lili e eu, ao vê-lo, suando em bicas, já antes da festa começar. Fui para o quarto, catei meu calção e uma camiseta branca e ofereci ao nosso escritor. E também um par de havaianas, as primeiras a calçar um Nobel, talvez. Na casa de Caetano chegavam os futuros anfitriões, escolhidos por Jorge Amado, para os próximos almoços, além de personagens da vida cultural/pop baiana, como Gilberto Gil, muito calado na festa (andava muito interessado em conversar sobre ciência, seu xodó na época), Carlinhos Brown e muitos outros. Se não me engano Arnaldo Antunes esteve lá também.



Calazans Neto, o grande gravurista baiano, membro honorário do clã de artistas que produzia maravilhosas xilos, muitas delas inspiradas na obra amadiana, estava presente, e encabeçava a lista de anfitriões das casas que visitaríamos nos dias que se seguiram. Sua cozinheira era também uma artista, e nunca vou me esquecer da cara de José lambendo os beiços com os quitutes baianos da casa de Calazans. Carybé, outro dos artistas do tal clã, foi presença constante em todas as festividades. Sua simpatia era contagiante. Afro-argentino-baiano, também filho de Oxossi, inspirava em Jorge piadas carinhosas, e vice-versa. Era comovente a amizade dos dois, escritor e artista, que iluminaram-se mutuamente durante tantos anos.



No dia que Dadá foi escalada por Jorge e Zélia para cozinhar para todo o grupo — e fez deliciosas moquecas cheias de frutas e peixes —, fomos ao ateliê de Carybé e, num determinado momento, resolvemos presentear José e Pilar com uma aquarela. Surpreendemo-nos ao notar que José e Pilar haviam feito o mesmo, comprando outra como presente para nós. A esposa de Carybé perguntou gentilmente se permitiríamos que as tais aquarelas fossem exibidas numa exposição que se daria em Sevilha ou Córdoba, com o que concordamos imediatamente, ainda mais devido às origens andaluzes de Pilar. As pinturas nos seriam enviadas logo após. Nunca as recebemos, e José perguntou por elas para mim, sempre que esteve no Brasil.



O almoço no Tempero de Dadá, então no Pelourinho, foi tão tipicamente baiano que até o escritor local se irritou com a demora. Depois de horas a comida chegou deliciosa, mas antes disso Jorge Amado já havia dito a Dadá:



— Menina, eu sou baiano, mas a demora está demais até para mim. Até para os padrões do Caymmi essa espera está longa demais.



Foi curiosa a conversa de José e Jorge sobre o Prêmio Nobel, até então nunca concedido a um escritor de língua portuguesa, enquanto esperavam uma das refeições, nos banquetes daquela semana. Jorge se declarou eleitor de Saramago, se fosse da Academia Sueca. Saramago retrucou dizendo que fazia questão de ser o primeiro convidado à festa quando o prêmio fosse concedido ao amigo brasileiro. Falou que receberia Jorge Amado em Lanzarote para uma semana de festividades, com comida Ibérica de primeira qualidade. Acho que disse que seria difícil superar Jorge Amado como anfitrião, o que atesto e assino embaixo. Mesmo assim, divirto-me imaginando os festejos ainda mais fartos, do Prêmio concedido à Saramago, na Bahia com Jorge vivo – o que, todos sabemos, infelizmente não aconteceu. E o troco, alguns anos depois, Amado Nobel, e nós nos empanturrando com bacalhaus, paellas, cabritos, acordas…



A alegria em dobro, ou muito mais.

FRANÇOIS Fínelon

"Fuja do elogio,mas tente merecê-lo"

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Clarice Lispector

"Tudo no mundo começou com um sim, é preciso dizer sim para que algo aconteça."

Clarice Lispector

Colhendo Clarice


Colhendo Clarice Colheu uma flor

...

De repente as coisas não precisam mais fazer sentido. Satisfaço-me em ser. Tu és? Tenho certeza que sim. O não sentido das coisas me faz ter um sorriso de complacência. De certo tudo deve estar sendo o que é.

...
No meu jardim




No meu jardim aberto ao sol da vida,

Faltavas tu, humana flor da infância

Que não tive...

...

E o que revive

Agora

À volta da candura

Do teu rosto!



O recuado Agosto

Em que nasci

Parece o recomeço

Doutro destino:



Este, de ser menino

Ao pé de ti...



MIGUEL TORGA, in DIÁRIO VIII (1959), in ANTOLOGIA POÉTICA (Coimbra, 4ª ed., 1994)
"Olha, bem dentro de você e me diz em que esquina que você guarda o bem querer. Entre órgãos, nervos, células, vísceras, sangue, em que via o amor repousa? Alguns dizem que ele mora nos olhos. Se for, tá embaçado."


João Barbosa, escrivinhador de FATOS&FOTOS

Jeferson Luís da Silva

Snaptu é um aplicatico gratuito para celulares que permite conectar a grande maioria de aparelhos junto as redes sociais.


Com uma interface em java e baseado em Apps o aplicativo permite a instalação de diversos icones independentes. Através do site http://www.snaptu.com/ é possivel baixar o aplicativo e instalar em seu celular ferramentas de acesso ao FaceBook, Orkut, Twitter e muito mais.



Além de ser gratuito, o aplicativo tem a vantagem de ser instalado em quase todos os celulares, inclusive os de pouca memória. Para instala-lo é aconselhável acessar o site pelo navegador do celular.

Jeferson Luís da Silva

Jeferson Luís da Silva

BigDog usa um sistema de hiper-sensível de articulações hidráulica, sensores, acelerômetros e giroscópios para mantê-lo em suas quatro pernas.


Ele foi projetado para ir onde os seres humanos iriam, carregando a sua carga sem se queixar ou o desejo de cheirar o chão a cada seis polegadas. É uma projeto financiado pela DARPA.



O robô se destaca pelo equilíbrio, destreza e aparência assustadora.

Jeferson Luís da Silva


Pesquisadores japoneses desenvolveram uma maneira de deixar transparente o tecido biológico.

A técnica envolve modificar geneticamente o organismo adicionando proteínas fluorescentes em certas células. Estas proteínas trabalham com a luz.



Na foto abaixo são apresentados dois embriões de ratos, o embrião transparente foi modificado geneticamente.

BlogdoJsilva

O código é escrito para ser multi-plataforma e permite sobrepor qualquer rosto em tempo real. O aplicativo foi desenvolvido com OpenFrameworks em linguagem C + +.


O aplicativo esta em fase inicial e permite algumas interessantes experiências usando uma webcam e algumas fotos. O objetivo é chegar ao nível de sobreposição de imagem e tonalidade de cor da pela com precisão. Proporcionando uma troca de rostos em tempo real.







Fonte: physorg

Blogdojsilva

"Cientistas do Centro Europeu de Investigação Nuclear (CERN) afirmaram que conseguiram registrar partículas de neutrino em aceleração maior que a velocidade da Luz. A notícia foi recebida com ceticismo.


Segundo o porta-voz da European Organisation for Nuclear Research, James Gillies, os pesquisadores ficaram tão surpresos com esta descoberta que estão pedindo aos cientistas de outras partes do mundo para repetir as medições.





Se as medições foram confirmadas, um dos pilares da física será refutado. A teoria da relatividade de Albert Einstein criada em 1905 e representada pela equação E=mc2, onde a energia é igual à massa multiplicada pela velocidade da luz ao quadrado.



Uma conseqüência desta teoria é que nada no mundo pode viajar mais veloz que a velocidade da luz. Esta afirmação é base fundamental em muitas das teorias que estruturam os eventos e compreensão dos fenômenos da física teórica.



Se comprovado a refutação da teoria da relatividade, uma revolução estaria a caminho."
Eu quero é te amar sem fim.


Um amor com jeito de

crença na eternidade do

que se repete mesmo quando

almas se desencontram pela

vontade Divina...

Quero sempre o sopro de

ternura da tua vida em

cada vida minha...

Em cada certeza de te acolher

além de mim...

Além do que eu sou.



(Cida Luz)
Meu albergue é o coração de onde saem meus versos. Eu me acolho. (Martha Medeiros)
JOSÉ SIMÃO




Ueba! Tô com overdose de ONU!





E pra que o Brasil quer cadeira na ONU? Só se for pra se livrar do Sarney! Senta ele lá e esquece!











Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O Esculhambador Geral da República! E saiu a simpatia pra prender a pessoa amada: coloca um quilo de pó na mochila dela e chama a polícia. Rarará! E adorei essa faixa na Bahia: "Semana da Família! Paróquia de Pintadas!".

E a Grécia? Sabe por que a Grécia quebrou? De tanto quebrarem pratos. De tanto quebrarem pratos a economia ficou um caco! E sabe por que eles não se entendem? Porque falam grego! E como disse um amigo meu: "Agora que eles não terminam aquela Acrópole mesmo". Rarará! Só apelando para os deuses. Teseu, o deus do tesão. E Zorba, o deus da cueca! Rarará! E eu tô com overdose de ONU! Passei a semana inteira vendo a ONU! ONU por ONU, prefiro Honolulu!

Essa semana que passou foi da Dilma na ONU! Muita digna, muito inteligente, mas a estilista deve ser decoradora do Center Norte. Tudo forro de sofá! Dilma, a Mulher-Sofá! Eu acho que a Dilma devia ter feito o discurso na ONU com o macacão da Lilia Cabral! Combate a corrupção? Chama o Pereirão!

E pra que o Brasil quer cadeira na ONU? Só se for pra se livrar do Sarney! Senta ele lá e esquece! E eu já disse que a ONU só serve pra uma coisa: aquela bandeirinha pendurada na antena do carro que permite estacionar em qualquer lugar em Nova York.

A ONU só serve pra estacionar! O Brasil deveria querer uma cadeira em Honolulu, uma cadeira de praia!

E o Rock in Rio? Essa frase ainda é válida: "No céu estão Amy Winehouse, Freddie Mercury, Jim Morrison, Cobain, Cazuza, Cassia Eller, Renato Russo, Elvis e Michael Jackson! Tá valendo mais a pena morrer que ir pro Rock in Rio".

E adoro as exigências dos astros. Todos pedem a mesma coisa: 340 mil toalhas. O que eles tanto lavam? O que prova que não tem mais roqueiro. Roqueiro mesmo não toma banho! Se toma, não enxuga! E hoje é dia do Metallica. Trilha sonora da guerra do Iraque! Nós é que deveríamos fazer exigências pra ir ao Rock in Rio.

Um amigo meu vai exigir 2.648 toalhas brancas e uma noite de sexo selvagem com a Shakira. Ou então 2.648 noites de sexo selvagem com a Shakira e UMA toalha branca! Rarará!

E o Elton John é um fofo! Parece a Vovó Mafalda! Mas tem gente que acha o Elton John parecido com o Joelmir Betting. Rarará! Nóis sofre mas nóis goza.

Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno! simao@uol.com.br

@jose_simao
MÉIER, CACHAMBI E DEMAIS BAIRROS ABANDONADOS.






Aloísio Freitas (seu filho Rafael), Bencardino e S. Ferraz





Três Vereadores que foram eleitos pelos moradores dos bairros do Grande Méier para nos representar, e o que vemos deles é só decepção.





Três Vereadores ligados ao Prefeito Eduardo Paes, e o que que têm feito pelos bairros? NADA!!!





Votaram pela contribuição da taxa de iluminação que vem em nossas contas de luz, assim como os projetos de Eduardo Paes que prejudicaram os servidores, pensionistas e viúvas do Municipio do Rio.

Uma das funções dos Vereadores, é fiscalizar os gastos do Executivo, e o que têm fiscalizado? NADA!!!





Eduardo Paes gasta nosso dinheiro como bem entende, menos para os nossos principais problemas: SAÚDE E EDUCAÇÃO.





Prefere gastar com a imprensa, desfiles Gay (nada contra eles, mais deveriam ter apoio de seus simpatizantes, e não da Prefeitura), Rock in Rio, obras sem licitação, etc.





Ora, mais o povo os elegeram para defenderem e lutarem por eles, mais...NADA!!!





Há três anos não nos representam como deveriam, então o povo deve dar o troco no ano que vem, vamos trocar eles colocando novos Vereadores. Quem sabe, com essa atitude apareça uma luz no fim do túnel...





EM OUTROS BAIRROS NÃO É DIFERENTE





/Em Santa Cruz, tem o Elton Babú / Pilares, Fernado Moraes e Brazão ? Irajá, Vila da Penha e adjecências, Rosda Fernandes e seu filho / Zona Oeste em geral, Eduardo Moura, Dr. Jairinho, Brizola Neto, Rubens Andrade e Luis Carlos Ramos (este o autor da Lei da taxa de iluminação, atendendo a determinação de Eduardo Paes) / Madureira e adjacncia, Vera Lins^)



* * * *

VICENTE FREITAS
quinta-feira, 15 de setembro de 2011TRABALHO, LAZER E DESCANSO










TRABALHO, LAZER E DESCANSO

Pela industrialização e mecanização do trabalho, a sociedade contemporânea vem proporcionando redução progressiva do horário semanal e mais espaço ao descanso e lazer.

Não é mais aceitável a concepção que valoriza tão somente a produtividade. Tal noção encontra-se na base da visão marxista, redutora do homem à sua atividade material como também na visão capitalista liberal que avalia somente pelo rendimento material do indivíduo. A pessoa não vale apenas pelo que produz e nem tampouco pela sua atuação na realidade econômica da sociedade.

O trabalhador, independente da profissão que exerce, é uma pessoa e não uma máquina produtora de capital. É preciso recuperar o sentido humanista do trabalho e colocá-lo apenas como parte integrante da existência do ser humano.

Da mesma forma o descanso pelo esforço realizado, não é unicamente o repouso diário, semanal ou férias mais prolongadas. Ele é muito mais do que tudo isso. É a afirmação da dignidade humana, que não se esgota apenas no merecimento do trabalho. Como ser racional, o homem necessita de valores transcendentes que satisfaça as suas carências. Essas carências podem estar no campo da arte, da música, do contado com a natureza, do esporte, do convívio com outras pessoas e também no estado afetivo e espiritual. Dessa forma, a paralização do trabalho não deve ser vita apenas como algo próprio de alguém que, com o suor do rosto, completa a realização integral do seu ser. Ele ajuda o sadio desenvolvimento da personalidade, para que possamos executar todas as nossas ações de maneira harmoniosa e madura, atingindo a plenitude daquilo que somos.

O lazer pode assumir formas variadas. De uma simples leitura amena, uma pequena excursão, um exercício físico, a prática espiritual e a formação intelectual, tudo pode ser meio de distensão e de repouso. Portanto, ele é necessário a um digno padrão de vida em qualquer economia. Parecem estar perdendo a importância nestes atuais dias enlouquecidos, mas não devemos esquecer que o lazer e o descanso fazem bem e são vitais para o corpo e o espírito.

Nicéas Romeo Zanchett

http://gotasdeculturauniversal.blogspot.com/

domingo, 25 de setembro de 2011

clarice Lispector

Embora amor dentro de mim eu tenha. Só que não sei usar amor. Às vezes me arranha como se fossem farpas."

Clarice Lispector

"Eu sempre espero uma coisa nova de mim, eu sou um frisson de espera."

Clarice Lispector

Acho que devemos fazer coisa proibida - senão sufocamos. Mas sem sentimento de culpa e sim como aviso de que somos livres."
"A alma é uma borboleta...há um instante em que uma voz nos diz que chegou o momento de uma grande metamorfose".Rubens Alves
“Torre de Babel”, da artista Marta Minujin, com 30 mil livros, exposta em Buenos Aires





Esqueçam o cachorro. O livro é o melhor amigo do homem. Costumo levar livros comigo para tudo quanto é canto. O segredo é encontrar o livro certo para cada ocasião. Nesse sentido os livros são como roupas, há que existir uma adequação entre o livro e a situação em que será usado. Em consultórios médicos, recomenda-se uma leitura ligeira – tanto no sentido de conteúdo como no de tamanho mesmo -, e a definição engloba desde um Nero Wolfe básico ou uma das histórias do rabino David Small, até livros de poesia, como O ex-estranho, do Paulo Leminski, ou os poemas eróticos de John Donne.



Para almoços e jantares, aconselho livros de bolso, independente do título ou do autor. São de fácil manuseio e cabem em qualquer lugar, o que evita olhares irônicos e sussurros de “quem é o maluco?” quando você entra sozinho no restaurante carregando o Ulisses, de James Joyce, e puxa a cadeira para ele sentar (O Ulisses, não o James Joyce). Como livros de bolso são livros relativamente baratos, se um deles for esquecido no balcão de um sushi-bar ao lado de uma cumbuquinha vazia de saquê, não acarretará maiores prejuízos.



Para as viagens, principalmente as viagens longas, os grandes calhamaços são imprescindíveis. Um voo internacional é a oportunidade de encarar aquele 2666 do Bolaño que você vem adiando, ou o Submundo, do Don DeLillo, ou aquele Meus Lugares Escuros, do Ellroy, estacionado há anos na garagem vertical de seu criado-mudo. A vantagem é que você economiza o dinheiro do sonífero. Mas estas são situações corriqueiras, quando você para em frente à estante com o dedo no queixo sem conseguir se decidir por qual livro usar à noite.



Tudo muda de figura quando você está apaixonado por um livro específico. Pois nessa situação, você só terá olhos para ele, seja na sala de espera do urologista, na fila do ônibus ou na arquibancada do Pacaembu.



É o caso de Os detetives selvagens, de Roberto Bolaño, com o qual vivo um intenso caso de amor atualmente. Nossa relação começou há um mês mais ou menos, em meados de agosto, numa noite estranha aqui relatada numa crônica anterior, não por acaso intitulada Os detetives selvagens. Como toda a história de amor, minha relação com esse livro começou amena, como dois pugilistas que se observam no primeiro round e agora, passado um mês, estamos engalfinhados como dois lutadores de Ultimate Fighting, desses que sangram juntos e fazem confundir o telespectador, que não sabe se assiste a uma luta ou a um coito.



Comemoro há alguns dias a primeira mancha de shoyu no meu exemplar de Os detetives…, exatamente na página 421. Quando me apaixono por um livro, gosto de esmiuçá-lo e testá-lo em todas as situações possíveis: no banheiro (não só na óbvia privada, mas também na banheira e às vezes até no chuveiro), no camarim, no café da manhã, na praia e na aula de Pilates. E gosto também de descobrir seus defeitos e falhas de edição, sem os quais um amor não é completo.



Na página 417 da segunda reimpressão da edição da Companhia das Letras, encontro um erro na décima primeira linha, “…como seu eu aceitasse ser sua mulher…” . Há uma outra curiosidade – na verdade uma contradição -, e essa não saberemos jamais se proposital ou não, quando o personagem Jaume Planells narra, ao fim da página 491, “Às cinco e meia avistei Quima fumando um cigarro na esquina da praça Urquinaona com Pau Claris…”, e na página 496, transcorridas poucas horas após seu encontro com Quima, afirma “…tirei um cigarro do maço, não tinha fogo, procurei em todos os bolsos, então me levantei e me aproximei de Quima só para descobrir que ela tinha parado de fumar fazia tempo, um ano ou um século”. Pode se argumentar, claro, que era o próprio Jaume quem fumava quando avistou Quima na esquina da praça Urquinaona com Pau Claris, mas nesse caso um escritor minucioso como Bolaño com certeza redigiria algo como: “Às cinco e meia, enquanto fumava um cigarro, avistei Quima na esquina da praça Urquinaona com Pau Claris…”.



* * * * *

Tony Bellotto, além de escritor, é compositor e guitarrista da banda de rock Titãs. Seu livro mais recente, No buraco, foi lançado pela Companhia das Letras em setembro de 2010.
Um corte de cetim”


Por Xico Sá, inspirado em Folhetim.



Se o Paiva não me segura, essa história poderia ter sido bem mais trágica, embora eu só recorde, com alguma nitidez, do momento em que o palhaço adentrou o ambiente cantarolando uma marchinha ridícula:



Quem pintou o amor foi um ceguinho

mas não disse a cor que ele tem

Penso que só Deus dizer-nos vem

ensinando com carinho

a pura cor do querer bem…

[“Amar a uma só mulher”, Sinhô]



Braços dados com a inominável criatura, parecia caçoar das leis do cosmo.

Adentrou o botequim com aquele semirriso de galã da Sétimo Céu.

O perfeito canalha de fotonovela.

Quem via toda banca e moral era incapaz de saber os expedientes e o saldo negativo do sujeito. Pequenos golpes nas damas da noite, falsas rifas de instituições de caridade e obras completas, amigo, em se tratando de contos do vigário.

Fingia o rico de berço, mesmo sem um barão na carteira. Ao terceiro uísque era dono de meia Vieira Souto. Mais dois, incorporava a lagoa Rodrigo de Freitas, o Pão de Açúcar, o Cristo Redentor… Tudo lavrado em cartório.

Delirante no último, viajou mais do que o Jorginho Guinle, embora a milhagem realista — esta, sim, de fazer inveja a Mr. Gulliver, Júlio Verne e todos os navegadores épicos — tenha sido rodada apenas nos trens da Central do Brasil, um ser eminentemente ferroviário e suburbano.
Os fantasmas do massagista”


Por Mario Bellatin, inspirado em Construção.



Como algumas pessoas devem saber, de tempos em tempos viajo à cidade de São Paulo para submeter-me a determinado tratamento clínico. Entre os numerosos métodos terapêuticos a que costumo me submeter, no Brasil faço com que cuidem do desequilíbrio causado, especialmente em minhas costas, pela falta do antebraço direito. Para esse tipo de terapia vou a uma clínica especializada em pessoas que perderam ou estão prestes a perder algum membro. A instituição fica na Vila Madalena e conta com um andar exclusivo para esse tipo de paciente. Tem um tanque guarnecido de jatos subaquáticos que oferecem massagens potentes. É comum ver entrar ou sair desse tanque — às vezes com ajuda, às vezes sem — uma série de indivíduos com limitações físicas que parecem buscar nessas águas a paz que seus corpos dão a impressão de necessitar. Ocorre que muitas vezes a falta de um membro ou alguma deficiência física provoca uma espécie de tensão nos nervos daqueles que a padecem. Num outro canto desse andar ficam os consultórios equipados para as terapias individuais. São espaços pequenos com macas para massagem, separadas umas das outras apenas por algumas cortinas finas. Até seis pacientes podem ser atendidos simultaneamente nessa seção. E um único terapeuta é capaz de oferecer, ao mesmo tempo, seus serviços a todos os necessitados, indo de maca em maca em poucos minutos. O método empregado por esse especialista é um tanto peculiar, pois ele deixa para cada paciente, antes de passar ao próximo, alguns exercícios como tarefa, que o terapeuta sabe que o manterá entretido enquanto atende os outros cinco. Uma das particularidades desse tipo de consultório — curiosamente, não existe nada parecido na cidade onde vivo, motivo pelo qual aproveito para visitá-lo quando tenho de fazer uma viagem a São Paulo — é que através das cortinas é possível escutar parte do que se passa nas outras macas. Às vezes a sensação de ouvir é desconcertante, principalmente porque quase nunca dá para imaginar como é o físico da pessoa que está sendo atendida ao lado. De que tipo de corpo provêm os sons que esses mesmos corpos produzem. Além das queixas, dos lamentos, comentários e conversas dos outros pacientes, é comum ouvir o ruído de ossos estalando ou o som peculiar que se produz quando as carnes são massageadas pelas mãos dos especialistas.



“Um corte de cetim”

Luis fernando veríssimo

Feijoada completa”


Por Luis Fernando Verissimo, inspirado em Feijoada completa.



Carolina olha Pedro dormir. Está acordada há tempo. Tem dormido mal. Acorda várias vezes durante a noite. Está assim desde que tomou a decisão de deixar o Pedro. Não sabe como dizer que vai deixá-lo. Que não pode mais, que não aguenta, que chega.

— Pedro…

— Ahn.

Carolina não consegue ir adiante. Pedro está sorrindo. Dormindo e sorrindo. Até dormindo o filho da puta é simpático. Dizer o quê? “Pedro, acorda que eu quero te dizer uma coisa. Eu vou embora. Nosso casamento acabou, viu? Não deu certo. Ponto final. Agora pode voltar a dormir.”

Não. Melhor deixar para outro dia. Ou não dizer nada. Ir embora e pronto. Telefonar da casa da Milene, dizer pelo telefone. Isso. Sem precisar ver a cara dele, sem ele poder mexer com o cabelo dela e dizer “Carol, Carolzinha, o que é isso?” como sempre faz quando ela perde a paciência com ele. Com voz de injustiçado. Isso, melhor dizer pelo telefone. Sem remorso.

Não. Agora. Tem que ser agora.

— Pedro.

— Quê?

— Acorda.

Ele abre um olho.

— Que horas são?

— Não sei. Sete.

— Sete? Ó, Carol! Hoje é sábado!

É mesmo. Ela tinha esquecido. Sábado. Dia de acordar tarde. Dia do futebol dele. Dia de feijoada depois do futebol. Ela botara o feijão de molho na noite anterior, como fazia todas as sextas-feiras. Como podia ter esquecido? Era a falta de sono.

— Dorme, vai.
chico buarque


Nota sobre o Jabuti

24 novembro 2010, 2:21 pm

chico buarque, prêmio jabuti, prêmios Aos nossos leitores



1 – A imprensa está dando acolhida a uma petição que corre na internet tentando constranger Chico Buarque a devolver o Jabuti de Melhor Livro do Ano — prêmio conquistado de maneira legal e legítima, escolhido por um amplo corpo de jurados ligados à indústria do livro no Brasil.



2 – A petição tem, entre uma infinidade de nomes duvidosos e repetidos, as assinaturas de Dom Quixote de la Mancha, Jesus Cristo e Pedro Álvares Cabral. Até o nome do próprio Chico Buarque assina o documento.



Como a imprensa pode precisar o número correto de assinantes, se a lista foi propositalmente inflada por uma parcela imensa de nomes falsos e repetidos? Quais critérios teriam os jornais e as revistas para verificar, entre milhares de assinaturas, quais são as autênticas e quais são as falsas? Não é preciso muito para se concluir que esta é mais uma daquelas ações de baixa credibilidade tão comuns na internet.



4 – A ombudsman da Folha, Suzana Singer, e o jornalista Clóvis Rossi fizeram esta semana importante alerta sobre a necessidade de o jornalismo desenvolver mecanismos eficientes para separar informação fidedigna e verdadeira da avalanche de insultos, boatos, falsificações e mensagens apócrifas que a internet despeja todos os dias. O debate cultural sério não pode ser pautado por aqueles que se dedicam à difamação em tempo integral.



5 – Nos dezoito anos de vigência deste regulamento, o prêmio de Melhor Livro do Ano foi concedido por dezessete vezes a um livro que não estava em primeiro lugar nas categorias do Jabuti. A reação ao prêmio deste ano revela tanto desconhecimento da obra do escritor quanto das regras e histórico do prêmio Jabuti.



6 – A Companhia das Letras agradece a manifestação de solidariedade que vem recebendo de leitores, autores, editores, livreiros, jornalistas e agentes literários. Mantemos a nossa convicção de que a obra de Chico Buarque é maior do que este lamentável episódio e que ela ficará — assim como a nossa política editorial criteriosa e de sempre renovado compromisso com a qualidade.



Link
35 Comentários “Leite derramado” é o livro mais premiado de 2010

9 novembro 2010, 10:00 am

chico buarque, prêmio jabuti, prêmio portugal telecom de literatura, prêmios [Atualização em 9 de novembro]

Arnaldo jabor

A crise é sempre culpa do outro. Ninguém quer partilhar a crise. A crise provoca ciúmes. A crise é um latifúndio improdutivo que ninguém quer dividir. A crise pode ser uma atração turística, uma marca nacional. Uns países têm o urso cinzento, como os Estados Unidos, outros, a nouvelle cuisine, outros as estações de esqui, nós temos o erro permanente, o destino-pastelão. A crise demanda mais crise, como a heroína. A crise preenche nossas vidas. A crise é uma minissérie da Globo. Já há um certo carinho moderno pela crise. O dia em que a crise for embora, o que faremos? O que será de nós, sem assunto, sem tremor, relegados a tarefas menores como, digamos… trabalhar? Teremos então um intenso tédio conjugal pela Pátria.
E naquele instante percebi,




que meu coração passava



a bater fora de mim....



Patrícia Vicensotti
"Existem sonhos

que se tornam

realidade ...



Já outros a poesia

se encarrega de

eternizar ..."



Luna Lua
"Ouvir...



Como quem abraça e beija

a alma solitária dos que ninguém escuta.

Ouvir com o coração a confidência,

a queixa,a longa história,

dos isolados pela indiferença alheia.

Ouvir com os olhos e afirmar:

"eu compreendo..."



Nem é preciso dizer nada."
Quem tenta ajudar uma borboleta a sair do casulo a mata.


Quem tenta ajudar um broto a sair da semente o destrói.

Há certas coisas que não podem ser ajudadas.

Têm que acontecer de dentro para fora.



Rubens Alves
Comovo-me em excesso,


por natureza e por ofício.

Acho MEDONHO

alguém viver sem paixões."



Graciliano Ramos*
O quase

(Luiz Fernando Verissimo)



"Ainda pior que a convicção do não é a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase.

É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.

Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou..."
E sorrir sem remorso por ter tentado ser feliz


Vamos entoar um hino em homenagem à luz

E absorver seu brilho

Como uma planta sedenta acolhe

a água da chuva que cai a seus pés

Vamos fazer de cada espinho

A esperança de encontrar uma rosa

E de cada dor

A possibilidade de um sorriso...

(Clarice Lispector)
Noite







لا تخافوا، والاستماع :

فمن قصيدة

مزيج من الصلاة والإملائي...

دون أي التزام،

الاستماع اليه بانتباه،

يغسل القلب.

يمكنك تزيين

وتلاوته

عند النوم

عندما رفع،

أو في أوقات أخرى من الحزن.

في يقين آمنة

لا تجعلك سيئة.

وأنه قد يحدث أن تعطيك السلام...

(Miguel Torga )
"Eu sei, é lindo.


Mas logo em seguida,

quando penso em quão

longe você está sinto-me

despedaçar por inteira.

Sabe a sensação de arrancar

um doce de uma criança?

Pois é, sou essa criança.

E dói.

--((Caio Fernando Abreu))--
"Eu quero mesmo é alguém


que me faça mudar

completamente de opinião.

Que faça meu corpo querer

companhia nos momentos

em que minha mente

insiste pela solidão."

Caio Fernando Abreu

"...Sei que pretendia dizer alguma coisa muito especial pra você,alguma coisa que faria você largartudo e vir correndo me ver."

Caio Fernando de Abreu

"Venha quando quiser,ligue ,chame,escreva-tem espaço na casa e no coração.Só não se perca de mim""Quando você não tem amor,você ainda tem as estradas."
Meu coração é um poço de mel

no centro de um jardim encantado,

alimentando beija-flores que, depois de prová-lo,

transformam-se magicamente

em cavalos brancos alados que voam para longe,



em direção à estrela Vega.

Levam junto quem me ama,

me levam junto também.

Cascata de champanhe,

Púrpura Rosa do Cairo,

verso de Mário Quitana,

figo maduro, papel crepom,

cão uivando pra lua, varinha de incenso...

Acesa, aceso, vasto, vivo, meu coração

é teu.

Caio Fernando Abreu



.:
"Deixa eu te dizer ...

você cresceu em mim de um jeito completamente insuspeitado,

assim como se você fosse apenas uma semente

e eu plantasse você esperando ver nascer uma plantinha qualquer,

pequena, rala, uma avenca, talvez samambaia, roseira, mas nunca,

em nenhum momento essa coisa enorme que me obrigou

a abrir todas as janelas, e depois as portas,

e pouco a pouco derrubar todas as paredes

e arrancar o telhado...”



-Caio Fernando Abreu-





.
Boa Noite

"أنا مرعوبة الغزال
وفراشة صفراء.
إنني فقط فاصلة في الحياة.
انني نقطتين.
انت الفن تعجب بي.
أنا أتنفس لي ".
(Clarice Lispector)
☆≈≈≈☆≈≈≈☆≈≈≈☆≈≈≈☆≈≈≈☆
Relacionar-se é uma das maiores coisas da vida:
é amar, compartilhar.
Para amar é preciso transbordar de amor e para compartilhar é preciso ter (amor).
Quem se relaciona respeita e não possui.
A liberdade do outro não é invadida,
ele permanece independente.
Possuir é destruir todas as possibilidades de se relacionar.
Relacionar é um processo.
Relacionamento é diferente de relacionar-se:
é completo, fixo, morto.
Antes devemos nos relacionar conosco mesmos e escutar o coração para a vida ir além do intelecto, da lógica, da dialética e das discriminações.
É bom evitar substantivos e enfatizar os verbos.
A vida é feita de verbos:
amar, cantar, dançar, relacionar, viver.(OSHO)
☆≈≈≈☆≈≈≈☆≈≈≈☆≈≈≈☆≈≈≈☆
“Amar não é apoderar-se do outro
para completar-se,
mas dar-se ao outro
para completá-lo. ”
(Lao-Tsé)

sábado, 24 de setembro de 2011

Se avanço, o tanto me afasto
e encomendado que estou ao silêncio,
não incomodarei a sombra da manhã
que há pouco, ainda agora, foi inventada para o mundo.

Se avanço, o tanto me aproximo
da mão que soube compor os atalhos,
o gasto repouso onde acordo o meu passo
o pequeno decalque da torre ao céu, a árvore que
lacrimeja um sopro movediço, a folha, a mínima pele
que se detém suspensa, no ar
no canto breve da casa onde acorda o astro;
E se me detenho, sou do mundo a folha de papel,
a voz que se aclara, claro o detalhe e

Se avanço, estou e traço
e acordo o horizonte onde nada é definitivo,
onde no mundo, o centro é aqui ou ali,
e o todo é coisa que tanto faz,
e faz sentido,
até porque o mais alto dos lugares também pode ser profundo
e aqui, onde avanço o tanto que me afasto
me retorno à sombra que aguardou o [tanto] da manhã
que há pouco, um pouco antes do astro
ainda era do mundo mais um começo.

Se avanço,
o tanto que me aconteço.


Março 17, 2011
"Quando abro a cada manhã a janela do meu quarto,
É como se abrisse o mesmo livro
Numa página nova..."

(Mário Quintana)
Para ti criarei um dia puro
Livre como o vento e repetido
Como o florir das ondas ordenadas.»


Sophia de Mello Breyner Andersen


Como quem refaz o auto da criação do mundo,
recomecemos a escuridão
o evidente coração do tempo,
o que sobra da pedra escura que lateja no peito
por dentro, tosca circunferência
medida, lapso, o declinado compasso
da sobeja luz, a divisão
e abreviada história de cada movimento
meu,

que recomeço no cada passo, firme
da cada guardada fria sombra da nascente,
o arco quebrado em mapa das estrelas
cadentes, traços e eclipses do tempo primeiro,
este acontecido momento.

Entretanto, recomecemos
o grão da terra que tarda,
a brasa do astro que arde
a força do átomo, da sede por água
a partícula da tormenta, e no tanto
que nenhuma brisa nos perturbe
e recomecemos,
o mundo, pouco mais,

E como quem é capaz de inventar uma velha nuvem,
o trapo e arca de todo o céu,
queimemos o incenso, tomemos das cartas
as leituras do inacabado poema,
o lapso de tempo necessário
para que o coração continue
o incessante trabalho de viver,
o abreviado pulso de cada pouco momento.
No nosso desabrigo coronário
nesta terra imensa,
neste dia que se reinventa, possamos

recomeçando o cada passo, tão conciso
e secreto, tão pequeno
como a sombra matinal
que aguarda a noite tardia,
a anotação da estrela que se condiz nas tantas pontas
como as que nos haverão de guiar,
e que nenhuma letra cicatriz nos perturbe.
Por suficiente guardemos
da rouca voz, a matriz da página em branco
e da lua,
o luar e pouco mais.

Recomecemos
como céu e terra quase iguais
o corpo e vento, traço profundo
no tanto corpo ponto cardeal,
por finita evocação o esboço dos montes do mar.
Como frágil mão que nortes inventa,
e por dentro, tida por imperfeita ciência
no rudimentar dia puro que por refeito
façamos do coração evidência, essencial pulsação
e recomecemos
como quem refaz o auto evidente,
o livro primeiro da explicação, o claro manual
de exercícios do mundo, a rascunhada folha de papel
onde são os dias sempre iguais.

Recomecemos,
apenas,
a travessia, e em segredo
a manhã, o todo o tempo,
o mundo e pouco mais.



Abril 24, 2011


[breve aparte: este texto continua a ser, como sempre foi e continuará a ser, dedicado à Suely Duncan, com toda a estima, amizade e incondicional admiração]