Hugo Chávez presenteou Barack Obama como a edição em espanhol do ensaio As veias abertas da América Latina: Cinco séculos de pilhagem de um continente. O regalo foi autografado pelo autor uruguaio Eduardo Galeano. O livro foi publicado pela primeira vez em 1971. Além de mucho gusto, Obama não dominha muito mais do idioma de Cervantes. No entanto, é bom de bate-pronto. Perguntado sobre o agrado do venezuelano, ele disse: “Pensei que era um dos livros dele [Chávez], iria dar um dos meus.”
Esta semana, o presidente americano tornou público os últimos sete extratos de pagamento de imposto de renda dele e de sua mulher, Michele. Na declaração de 2007 há informação de que a renda foi de 4 milhões de dólares, quatro vezes maior do que no ano anterior. O contribuinte atribuiu o aumento à venda de seus livros. Não é muito se comparado com uma informação de Galeano no Veias abertas. A entrada semanal de ouro brasileiro na Inglaterra chegou atingir 50.000 libras por semana. Sem essa riqueza, ainda segundo o autor, os britânicos não teriam conseguido vencer Napoleão. Desarmar os bolivarianos parace custar bem menos. Um sorriso de JK e um mucho gusto paga.
Por Antonio Ribeiro
Tags: Barack Obama, Eduardo Galeano, Hugo Chavez, JK, Juscelino Kubitschek, Miguel de Cervantes, Napoleão Bonaparte
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