terça-feira, 27 de setembro de 2011

Duplamente divertido ler o bordão “Paris é uma festa”, título recorrente de notas na coluna Ancelmo Gois, publicada pelo jornal O Globo inclusive aos domingos e dias santos. Acontece sempre que um brasileiro famoso desfruta de uma maneira não muito ortodoxa dos atributos generosos da capital francesa. Hoje, foi a vez de Lula ser o contemplado. Ele está concentrado em Paris há três dias para receber o título Doutor Honoris Causa da prestigiosa Universidade Sciences Po. A cerimônia acontece hoje. Mas o ex-presidente da República foi agraciado jocosamente pelo colunista porque é hóspede do luxuoso cinco estrelas Hotel Lutetia, sede da Gestapo durante a ocupação nazista nos anos 40. A tortura atual fica apenas nos preços das diárias que podem chegar ao requinte da crueldade: 3.500 euros, o equivalente a quase 9.000 reais.

“Paris é uma festa” é referencia à tradução do título “A Moveable Feast”, livro de reminiscências parisienses do escritor americano Ernest Hemingway que viveu por aqui nos anos 20. Mas o termo inglês moveable feast não é bem uma festa. São celebrações, sobretudo, cristãs que não ocorrem na mesma data do calendário. A Páscoa, por exemplo. O autor escolheu o título porque a narrativa não obedece ordem cronológica e é nebulosa, pouco precisa. Não necessariamente porque Paris era uma festa naqueles tempos. Na verdade, as condições de vida era precária para maioria dos habitantes e nem todos abastados tinham, por exemplo, água encanada em seus apartamentos. Contudo, não era obstáculo para se divertirem, só para uma frequência de banhos segundo o padrão, como diz outro bordão do colunista, “Lá na minha terra” que tampouco é assim tão terrível, segundo os nativos.

Leia o post do Blog de Paris: “Estado palestino: todos sempre querem, a hora nunca faz unanimidade”

Por Antonio Ribeiro
Tags: Ernest Hemingway, Gestapo, Hotel Lutetia, Lula, O Globo, Paris, Paris é uma festa, Universidade Sciences Po


Duplamente divertido ler o bordão “Paris é uma festa”, título recorrente de notas na coluna Ancelmo Gois, publicada pelo jornal O Globo inclusive aos domingos e dias santos. Acontece sempre que um brasileiro famoso desfruta de uma maneira não muito ortodoxa dos atributos generosos da capital francesa. Hoje, foi a vez de Lula ser o contemplado. Ele está concentrado em Paris há três dias para receber o título Doutor Honoris Causa da prestigiosa Universidade Sciences Po. A cerimônia acontece hoje. Mas o ex-presidente da República foi agraciado jocosamente pelo colunista porque é hóspede do luxuoso cinco estrelas Hotel Lutetia, sede da Gestapo durante a ocupação nazista nos anos 40. A tortura atual fica apenas nos preços das diárias que podem chegar ao requinte da crueldade: 3.500 euros, o equivalente a quase 9.000 reais.

“Paris é uma festa” é referencia à tradução do título “A Moveable Feast”, livro de reminiscências parisienses do escritor americano Ernest Hemingway que viveu por aqui nos anos 20. Mas o termo inglês moveable feast não é bem uma festa. São celebrações, sobretudo, cristãs que não ocorrem na mesma data do calendário. A Páscoa, por exemplo. O autor escolheu o título porque a narrativa não obedece ordem cronológica e é nebulosa, pouco precisa. Não necessariamente porque Paris era uma festa naqueles tempos. Na verdade, as condições de vida era precária para maioria dos habitantes e nem todos abastados tinham, por exemplo, água encanada em seus apartamentos. Contudo, não era obstáculo para se divertirem, só para uma frequência de banhos segundo o padrão, como diz outro bordão do colunista, “Lá na minha terra” que tampouco é assim tão terrível, segundo os nativos.

Leia o post do Blog de Paris: “Estado palestino: todos sempre querem, a hora nunca faz unanimidade”

Por Antonio Ribeiro
Tags: Ernest Hemingway, Gestapo, Hotel Lutetia, Lula, O Globo, Paris, Paris é uma festa, Universidade Sciences Po

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