A explosão monetária na Europa

Por Assis Ribeiro
No Resistir.info

A divergência crescente das taxas aplicadas pelos mercados às dívidas dos diferentes países da zona euro assinala o fracasso brutal da utopia e prenuncia a explosão monetária

por François Asselineau [*]

As taxas aplicadas à dívida alemã pelos mercados financeiros são cada vez mais baixas , ao passo que aquelas aplicadas à Itália e à Espanha, que recentemente haviam recuado, estão novamente em forte alta. 
Este fenómeno é a priori incompreensível para todos os pseudo-peritos e os políticos profissionais (sra. Le Pen, sr. Mélenchon e sr. Dupont-Aignan à cabeça) que nada sabem do euro e que ainda acreditam que é "uma moeda única". 
Mas para os nossos leitores é perfeitamente compreensível: o euro é uma moeda COMUM e cada euro é um crédito sobre o banco central respectivo de um Estado da zona. 
A partir daí, tudo se esclarece: esta divergência crescente das taxas de remuneração exigidas pelos mercados financeiros é uma boa medida do grau de confiança em cada euro nacional. Quanto mais a divergência de taxas aumenta, maior é a prova de que os mercados financeiros antecipam uma explosão a prazo do euro. 
E eles preferem ter um "euro alemão", crédito sobre o Bundesbank, que a prazo tornará ser um Deutsche Mark destinado a valorizar-se nos mercados de câmbio, do que um "euro italiano" ou um "euro espanhol", créditos sobre os bancos centrais italiano ou espanhol, que estarão destinado a uma desvalorização nos mercados de câmbio.
CONCLUSÃO 
A questão não é saber se é preciso ou não sair do euro. 
A questão é: uma vez que o euro acabará necessariamente por explodir, com uma probabilidade de 100% a prazo, é perverso liquidar o património, o nível de vida e as conquistas sociais dos franceses para manter esta utopia monetária em sobrevivência artificial ou será melhor sair rapidamente? 
Único entre todos os movimentos políticos franceses, a UPR analisa e propõe sair do euro o mais rapidamente possível. 
Único entre todos os candidatos declarados à eleição presidencial, eu o propunha sem ambiguidade e de modo jurídico e sereno, aplicando o artigo 50 do Tratado da União Europeia (TUE). 
Somos não só os únicos a dizê-lo mas também os únicos cujo movimento foi criado para este objectivo, o único a considerar que todos os outros assuntos são acessórios, o único a jamais ter variado um jota sobre esta questão desde há cinco anos. 
Em resumo, os acontecimentos nos dão razão, mesmo que sejamos os únicos contra todos. Sem dúvida é por isso que cada vez mais franceses, cansados da incompetência e da traição dos outros movimentos políticos, se voltam para nós: registámos mais 11 novas adesões no decorrer das últimas 48 horas. 
[*] Asselineau , fundador do partido francês Union Populaire Républicaine.

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