Os vazamentos do depoimento secreto

Do G1

Delegado depõe por seis horas na CPI que investiga Carlos Cachoeira

Raul Alexandre de Souza disse aos senadores que atitudes desastradas de assessor de bicheiro facilitaram a investigação. 

Camila Bomfim
Em seis horas de depoimento na CPI que investiga a quadrilha comandada por Carlinhos Cachoeira, o primeiro a ser ouvido, o delegado federal, Raul Alexandre de Souza, contou aos senadores e deputados que atitudes desastradas de um assessor do bicheiro facilitaram a investigação.
Raul Alexandre de Souza, o delegado que comandou a operação que abriu caminho para a prisão do bicheiro Carlinhos Cachoeira, foi o primeiro a ser ouvido pela CPI. “Tudo que aqui for falado vai vazar. Seria melhor que fosse em sessão pública, porque sairia a verdade. Sairão versões. Vai ser um pavor”, fala o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ).
Jornal da Globo teve acesso ao depoimento do delegado. Ele contou como a ação desastrada de Rogério Diniz, um assessor de Carlinhos Cachoeira, foi determinante para chegar ao bicheiro. Primeiro, pela frustrada tentativa de suborno de um delegado da Polícia Federal, dentro de uma boate em Goiânia.
Depois, por ter usado um celular comum para falar com Carlinhos Cachoeira, permitindo que a polícia interceptasse as conversas telefônicas da quadrilha. Cachoeira e colaboradoo rastreamento das ligações.
Bastidores das investigações à parte, deputados e senadores, que participaram da sessão secreta, voltaram às atenções ao Ministério Público Federal, que recebeu o inquérito da operação Vegas, em setembro de 2009, e só pediu providências este ano, depois de outra operação: a Monte Carlo.
“É urgente agora uma explicação por parte da Procuradoria-Geral da República”, fala o deputado Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).
Antes da sessão da CPI, o Conselho de Ética, aprovou por unanimidade o relatório que pede abertura de processo contra o senador Demóstenes Torres, por quebra de decoro parlamentar, e que pode terminar em cassação.
“Nós vamos começar a juntada de provas, vamos começar a ouvir os depoimentos das testemunhas indicadas, ser for necessária a realização de acareação, também isso será feito”, diz o relator, senador Humberto Costa (PT-PE).
O relatório final deve ser votado até junho.res só se falavam por aparelhos comprados e habilitados nos Estados Unidos. O que dificultava o rastreamento das ligações.
Bastidores das investigações à parte, deputados e senadores, que participaram da sessão secreta, voltaram às atenções ao Ministério Público Federal, que recebeu o inquérito da operação Vegas, em setembro de 2009, e só pediu providências este ano, depois de outra operação: a Monte Carlo.
“É urgente agora uma explicação por parte da Procuradoria-Geral da República”, fala o deputado Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).
Antes da sessão da CPI, o Conselho de Ética, aprovou por unanimidade o relatório que pede abertura de processo contra o senador Demóstenes Torres, por quebra de decoro parlamentar, e que pode terminar em cassação.
“Nós vamos começar a juntada de provas, vamos começar a ouvir os depoimentos das testemunhas indicadas, ser for necessária a realização de acareação, também isso será feito”, diz o relator, senador Humberto Costa (PT-PE).
O relatório final deve ser votado até junho.