terça-feira, 15 de maio de 2012



  1. Renuncio às palavras
    e às explicações.
    Ando pelos contornos,
    onde todos os significados
    são sutis, são mortais.
    Não quero perder o momento
    ... belo. Quero vivê-lo mais,
    com a intensidade que exige a vida:
    desgarramento e fulguração.
    Então me corto ao meio e me solto
    de mim:
    a que se prende e a que voa,
    a que vive e a que se inventa.
    Duplo coração:
    a que se contempla e a que nunca
    se entende,
    a que viaja sem saber se chega
    - mas não desiste jamais...

    (Lya Luft)

Nenhum comentário:

Postar um comentário