domingo, 18 de dezembro de 2011

.Band fala da "Privataria Tucana"


Enviado por luisnassif, dom, 18/12/2011 - 06:43

“Tenho material para mais um livro”

Amaury Ribeiro, autor de "A Privataria Tucana", diz que tem mais documentos contra integrantes do PSDBFábio Mendes noticias@band.com.br



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O jornalista Amaury Ribeiro Júnior se tornou o nome mais comentado do mercado editorial e do jornalismo dos últimos dias no Brasil. Autor do livro "A Privataria Tucana", ele faz denúncias contra alguns dos mais conhecidos políticos brasileiros, ao escrever sobre um suposto esquema de lavagem de dinheiro na época das privatizações de empresas estatais brasileiras. Ele afirmou ao Portal da Band que possui ainda mais material, suficiente para lançar uma nova obra.



"Tenho tema para outros livros, inclusive sobre a criação de um grupo de inteligência para investigar adversários bancado com dinheiro do governo do Estado de São Paulo", afirma o jornalista. Parte desta denúncia já consta de "A Privataria Tucana", mas ele garante que há mais informações.



"É um soco na cara", diz editor sobre livro



Jornalista premiado – ele já recebeu três vezes o Prêmio Esso e outras quatro vezes o Wladimir Herzog de Jornalismo – Ribeiro diz que o lançamento do livro foi uma forma de autodefesa. "Lancei para mostrar que eu não fugi do assunto".



Acusações



A defesa a que se refere o jornalista é a acusação de que ele teria participado de um esquema de espionagem contra o comitê de campanha de José Serra durante as eleições presidenciais do ano passado. Ribeiro diz que o livro derruba todas estas acusações.



"Primeiro, me acusaram de criar um grupo de inteligência. Agora, mostro que esse grupo de inteligência foi contratado por uma empresa do governo do Estado".



Ribeiro foi indiciado no ano passado, mas ele alega que todas as acusações contra ele são contraditórias. "Eu estou mostrando documentos que derrubam esses depoimentos. E posso lançar outro livro, apenas sobre este assunto, que vai trazer muito mais surpresas".



Privataria



O livro "A Privataria Tucana" denuncia um suposto esquema de pagamento de propina - feito por representantes de empresas que participaram do processo de privatização das estatais brasileiras - durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).



A documentação apresentada por Ribeiro seria a comprovação de que estes recursos foram entregues a integrantes do PSDB e pessoas próximas, inclusive familiares.



Boa parte dos documentos tem origem na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) criada em 2003 para investigar um alegado esquema de lavagem de dinheiro. O empresário Gregório Marin Preciado supostamente utilizou-se de uma conta em Nova York para enviar US$ 1,2 milhão para a Franton Interprises. A empresa seria ligada ao ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio de Oliveira.



Ainda no livro, Ricardo Sérgio é apontado como responsável pela criação de vários consórcios empresariais que participaram do processo de privatização.



Ligados a Serra



Os dois citados têm fortes ligações com José Serra. Preciado é casado com uma prima do ex-governador de São Paulo, enquanto Oliveira teria sido indicado pelo tucano para um cargo no Banco do Brasil, durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso.



As denúncias também chegam a Verônica Serra, filha do ex-governador paulista, e Verônica Dantas, irmã do empresário Daniel Dantas, ambas sócias da Decidir.com. Segundo o livro, a empresa firmou um suposto contrato com o Banco do Brasil, oferecendo acesso ilegal a cadastros bancários e fiscais em poder da instituição financeira.



Outro lado



O presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, divulgou nota oficial em que repudia as acusações feitas por Ribeiro. "Todo o processo foi exaustivamente auditado pelo Tribunal de Contas da União, Ministério Público Federal e outros órgãos de controle, e nenhuma irregularidade foi constatada".



Ainda segundo a nota, o livro é uma "nova investida" contra o PSDB, e "ocorre num momento em que o PT está atolado em denúncias de corrupção que já derrubaram seis ministros, e aguarda ansiosamente o julgamento do mensalão".



O presidente do PSDB afirma ainda que "serão tomadas medidas judiciais cabíveis contra o autor e os associados às calúnias desse livro".



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