Os EUA e a crise na zona do euro

Por Vânia
Por CartaMaior
Obama pressiona Europa por medidas pró-crescimento
A mensagem emitida pela cúpula do G-8 refletiu as próprias preocupações do anfitrião, o presidente dos EUA, Barack Obama, de que um contágio da zona euro – que ameaça o futuro do bloco monetário único de 17 países – possa afetar a frágil recuperação estadunidense e suas possibilidades de ser reeleito nas eleições presidenciais de novembro. “Nos comprometemos a dar todos os passos necessários para reforçar e revigorar nossas economias e para combater as tensões financeiras”, disseram os líderes no comunicado final.
La Jornada
Os líderes do G-8 (grupo que reúne os oito países mais poderosos do mundo) definiram como prioridade para a saída da crise a promoção do crescimento e a criação de empregos, além da estabilização fiscal. Além disso, manifestaram o interesse em que a Grécia permaneça dentro da zona euro, desde que respeite seus compromissos. “Coincidimos no reconhecimento da importância para a estabilidade e recuperação global de uma zona euro forte e coesa e afirmamos nosso interesse em que a Grécia permaneça na eurozona desde que respeite seus compromissos”, disseram os líderes do G-8 ao término das sessões de trabalho, centradas na economia em geral e na crise da eurozona em particular.
O comunicado final do G-8 – que frequentemente resulta em documentos anódinos – não foi usual ao mencionar uma nação pequena. Mas o temor da situação política na Grécia, que poderia levar o país do Mediterrâneo a deixar a união monetária da Europa com efeitos imprevisíveis para o sistema financeiro, tem aterrorizado os mercados globais. A declaração final também expressou as diferenças de estratégias entre os países do G-8. As medidas necessárias (para implementar o crescimento e abater o déficit) não são as mesmas para cada um dos países, reconheceram os líderes. A cúpula do G-8 – que agrupa os maiores economias do mundo: Estados Unidos, Alemanha, Japão, Canadá, Grã-Bretanha, França, Itália e Rússia – foi realizada em Camp David, a residência de repouso do presidente dos EUA, situada a 100 quilômetros de Washington.
O tema da dívida na Europa foi o primeiro assunto abordado no segundo e último dia de encontros que concluíram a favor de um impulso para equilibrar a austeridade europeia – uma postura defendida a longo tempo pela chanceler alemã, Ângela Merkel – com uma nova dose de estímulo ao estilo estadunidense considerado vital para sanear as combalidas economias europeias.
Ao concluir a reunião de cúpula, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que a crise da dívida da zona euro ameaça a economia mundial. Obama, que pressionou a Europa por mais medidas promotoras do crescimento como aqueles que ele aplicou nos EUA, lembrou aos líderes da zona euro que há muito em jogo e que se eles fracassarem isso pode significar custos enormes para a economia global. O crescimento e os empregos devem ser nossa máxima prioridade, comentou Obama, reafirmando sua visão de que a Europa tem a capacidade de enfrentar esse desafio.
No entanto, ficou claro que permanecem algumas divisões. “Nos comprometemos a tomar todas as medidas necessárias para fortalecer e revigorar nossas economias e combater as tensões financeiras, reconhecendo que não são as mesmas para todos nós”, disseram os líderes em um comunicado conjunto.
A mensagem emitida pela cúpula refletiu as próprias preocupações do anfitrião, o presidente dos EUA, Barack Obama, de que um contágio da zona euro – que ameaça o futuro do bloco monetário único de 17 países – possa afetar a frágil recuperação estadunidense e suas possibilidades de ser reeleito nas eleições presidenciais de novembro. “Nos comprometemos a dar todos os passos necessários para reforçar e revigorar nossas economias e para combater as tensões financeiras”, acrescentaram.
Tradução: Katarina Peixoto