O lançamento do programa Melhoria do Gasto Público de SP

De Agência Estado

Alckmin dá bronca em secretários em lançamento de programa

Diante de cadeiras vazias no Bandeirantes, o governador criticou a ausência de representantes estaduais ao anunciar plano de economia de dinheiro público: 'Se fosse para gastar, estaria lotado'

 
estadão.com.br e rádio Estadão ESPN
O governador de São Paulo Geraldo Alckmin se irritou com a ausência de representantes das secretarias estaduais em evento nesta sexta-feira, 2, para lançar programa de economia de gastos públicos. O bom humor habitual do governador em cerimônias oficias deu lugar a uma bronca coletiva.
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"Quem não veio nem na reunião de lançamento, não vai economizar nada. Pode trocar já de cara" - Andre Lessa/AE
Andre Lessa/AE
"Quem não veio nem na reunião de lançamento, não vai economizar nada. Pode trocar já de cara"
"Se nós fizéssemos uma reunião para gastar, estaria lotado. Mas como é para cortar gastos, nem os secretários vieram. Lamentavelmente", disse Alckmin.
O programa Melhoria do Gasto Público, ligado à Secretaria de Gestão Pública, foi criado com objetivo de reduzir despesas em novas aquisições e gastos cotidianos, como energia e telefonia. Cada secretaria e órgão estadual deveriam indicar os chamados "guardiães da economia". No evento, porém, alguns órgãos sequer indicaram o representante.
Irritado com as cadeiras vazias durante a solenidade no Palácio dos Bandeirantes, Alckmin fez uma chamada oral dos 107 guardiães para checar a presença. "Ou tem um guardião ou não assume. E quem não veio nem na reunião de lançamento, não vai economizar nada. Pode trocar já de cara. É coisa séria", afirmou. A "checagem" durou quase vinte minutos. "Aqui não tem nem o nome do titular (...) Tão indicando chefe de gabinete. Tem que ser outra pessoa. Chefe de gabinete é para acumular mais uma função", criticou.
De acordo com a Secretaria de Gestão Pública, caberá aos guardiães identificar possíveis focos de redução de despesas e estabelecer metas internas. Alckmin apresentou como meta geral do governo a redução de 5% em gastos, por exemplo, de diárias, passagens e materiais de consumo.