Portugal quer Brasil como principal parceiro fora da Europa
Enviado por luisnassif, sex, 02/03/2012 - 09:53
Do Negócios Online
PME são as empresas portuguesas que mais querem expandir-se para o Brasil
As PME são actualmente as empresas portuguesas que mais apostam em entrar no mercado brasileiro, disse à Lusa o presidente da Câmara de Comércio Luso-Brasileira, que hoje entrega o prémio "Personalidade do Ano" a Faria de Oliveira.
Depois do 'boom' de investimentos de grandes empresas portuguesas no Brasil, no final dos anos de 1990 (Portugal Telecom, EDP, Sonae Cimpor), aproveitando o processo de reprivatizações levado a cabo no país, agora são sobretudo as pequenas e médias empresas (PME) que querem entrar no mercado brasileiro.
p>As PME portuguesas querem aproveitar o forte crescimento do mercado interno de um país com mais de 190 milhões de pessoas, diz António Bustorff, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira, afirmando que actualmente há "centenas ou mesmo milhares de PME que estão numa fase de prospecção de oportunidades de investimento e encontram no Brasil um mercado alternativo para o escoamento de produtos".
Sectores como turismo, extracção mineira ou indústria de transformação estão entre aqueles que têm grandes potencialidades para as empresas portuguesas, afirma Bustorff, que antecipa mesmo que até final da década o ritmo de exportações para o Brasil se vai intensificar em força.
"Esta década não terminará sem que o Brasil passe a ser o primeiro parceiro comercial de Portugal fora da Europa, ultrapassando Angola e os Estados Unidos", prevê.
No ano passado, fora da Europa, o Brasil posicionou-se como o terceiro maior destino de bens e serviços portugueses.
Além do fluxo de Portugal para o Brasil, é também cada vez mais notória a aposta de empresas brasileiras em Portugal. Neste caso já de grandes grupos.
Para António Bustorff, a ANA -- Aeroportos de Portugal e a TAP são empresas que podem estar na mira de grandes grupos brasileiros.
"O momento é muito oportuno para os grandes grupos económicos brasileiros, o real está valorizado, as empresas brasileiras estão capitalizadas e reconhecem a importância de estar diversificadas em termos geográficos", argumentou.
O responsável pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira considera ainda que também ser irá intensificar o fluxo de trabalhadores portugueses para o Brasil, já que o país "não produz mão de obra qualificada ao ritmo de que precisa". Em 2011, afirmou, 10 por cento dos vistos dados a cidadãos estrangeiros para trabalhar no Brasil foram para portugueses.
A entrega do prémio "Personalidade do Ano" pela Câmara de Comércio e Indústria Luso Brasileira acontece hoje, pelas 13:30, no Hotel Ritz. Como habitualmente, serão distinguidos um português e um brasileiro.
Este ano, a associação homenageia o presidente executivo do grupo brasileiro Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, e o presidente do conselho de administração da Caixa Geral de Depósitos, Faria de Oliveira.
António Bustorff justificou a escolha de Faria de Oliveira tanto pelo seu percurso, que "em muitas situações se cruzou com o Brasil", como por uma "questão de justiça" com a Caixa Geral de Depósitos que, disse, está no Brasil desde século o XIX.
PME são as empresas portuguesas que mais querem expandir-se para o Brasil
As PME são actualmente as empresas portuguesas que mais apostam em entrar no mercado brasileiro, disse à Lusa o presidente da Câmara de Comércio Luso-Brasileira, que hoje entrega o prémio "Personalidade do Ano" a Faria de Oliveira.
Depois do 'boom' de investimentos de grandes empresas portuguesas no Brasil, no final dos anos de 1990 (Portugal Telecom, EDP, Sonae Cimpor), aproveitando o processo de reprivatizações levado a cabo no país, agora são sobretudo as pequenas e médias empresas (PME) que querem entrar no mercado brasileiro.
p>As PME portuguesas querem aproveitar o forte crescimento do mercado interno de um país com mais de 190 milhões de pessoas, diz António Bustorff, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira, afirmando que actualmente há "centenas ou mesmo milhares de PME que estão numa fase de prospecção de oportunidades de investimento e encontram no Brasil um mercado alternativo para o escoamento de produtos".
Sectores como turismo, extracção mineira ou indústria de transformação estão entre aqueles que têm grandes potencialidades para as empresas portuguesas, afirma Bustorff, que antecipa mesmo que até final da década o ritmo de exportações para o Brasil se vai intensificar em força.
"Esta década não terminará sem que o Brasil passe a ser o primeiro parceiro comercial de Portugal fora da Europa, ultrapassando Angola e os Estados Unidos", prevê.
No ano passado, fora da Europa, o Brasil posicionou-se como o terceiro maior destino de bens e serviços portugueses.
Além do fluxo de Portugal para o Brasil, é também cada vez mais notória a aposta de empresas brasileiras em Portugal. Neste caso já de grandes grupos.
Para António Bustorff, a ANA -- Aeroportos de Portugal e a TAP são empresas que podem estar na mira de grandes grupos brasileiros.
"O momento é muito oportuno para os grandes grupos económicos brasileiros, o real está valorizado, as empresas brasileiras estão capitalizadas e reconhecem a importância de estar diversificadas em termos geográficos", argumentou.
O responsável pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira considera ainda que também ser irá intensificar o fluxo de trabalhadores portugueses para o Brasil, já que o país "não produz mão de obra qualificada ao ritmo de que precisa". Em 2011, afirmou, 10 por cento dos vistos dados a cidadãos estrangeiros para trabalhar no Brasil foram para portugueses.
A entrega do prémio "Personalidade do Ano" pela Câmara de Comércio e Indústria Luso Brasileira acontece hoje, pelas 13:30, no Hotel Ritz. Como habitualmente, serão distinguidos um português e um brasileiro.
Este ano, a associação homenageia o presidente executivo do grupo brasileiro Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, e o presidente do conselho de administração da Caixa Geral de Depósitos, Faria de Oliveira.
António Bustorff justificou a escolha de Faria de Oliveira tanto pelo seu percurso, que "em muitas situações se cruzou com o Brasil", como por uma "questão de justiça" com a Caixa Geral de Depósitos que, disse, está no Brasil desde século o XIX.
Nenhum comentário:
Postar um comentário