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A Embraer na lista das maiores empresas de defesa
Enviado por luisnassif, sex, 02/03/2012 - 09:44
Por Marco Antonio L.
No Democracia e Política
EMBRAER NO RANKING DAS MAIORES DO MUNDO EM DEFESA
Aviões militares da FAB de produção ou modernização (o F-5M) da Embraer
PELA PRIMEIRA VEZ, GRUPO BRASILEIRO ENTRA NA LISTA DOS 100 MAIORES DO SETOR NO MUNDO
Por Jamil Chade, de “O Estado de S. Paulo”
“GENEBRA - A Embraer entrou, pela primeira vez, na lista das cem maiores empresas militares e de armamentos do mundo. Dados publicados esta semana pela entidade sueca “Stockholm International Peace Research Institute” (SIPRI) apontam a empresa brasileira no 94º posto, em classificação dominada por companhias americanas e europeias.
Apesar da crise mundial, o comércio de armamentos continua em expansão, ainda que de forma bem mais modesta que nos anos anteriores. “As ambições de países emergentes mantiveram o mercado aquecido, apesar de cortes de orçamentos militares nos países ricos”.
[OBS deste blog ‘democracia&política’: Essa frase, que põe a culpa do crescimento dos gastos em guerras e material de defesa nas “ambições dos emergentes”, é camuflagem norte-americana muito utilizada para esconder o fato que os gastos militares dos Estados Unidos, com cortes ou sem cortes, são gigantescamente maiores que os de todos os demais países, maiores até que o conjunto de aquisições do mundo inteiro somadas, exceto EUA. O ‘Estadão’ faz, nesta sua reportagem, o seu papel tradicional. Sempre contribui prioritariamente para satisfazer interesses norte-americanos]
A liderança mundial continua com a americana Lockheed Martin, com US$ 35,7 bilhões em vendas de armamento apenas no ano de 2010. No total, a companhia emprega 132 mil funcionários.
No caso da Embraer, a empresa entra pela primeira vez na seleta lista, depois de salto importante nos últimos anos nas vendas de aeronaves para fins militares. A lista, porém, não inclui empresas chinesas, por conta da falta de informações confiáveis sobre as vendas das empresas militares de Pequim. Entre 2009 e 2010, as vendas da empresa brasileira no setor aumentaram de US$ 470 milhões para US$ 670 milhões. Hoje, 12% de todas as vendas da Embraer vêm do setor militar.
Desde 2005, as vendas da empresa brasileira praticamente dobraram, em taxa de expansão superior ao da média mundial [Contudo, os US$ 670 milhões vendidos pela EMBRAER ainda somente representam 0,1% das vendas mundiais em 2010 (US$ 640 bilhões)]. Segundo o SIPRI, as vendas militares no mundo tiveram incremento de 60% entre 2002 e 2010, mas de apenas 1% entre 2009 e 2010. No total, o setor foi responsável por vendas de US$ 640 bilhões em 2010. Em 2002, o movimento chegou a US$ 280 bilhões.
Outra constatação é que há número cada vez maior de empresas de países emergentes na lista até hoje dominada pelos países ricos. Das cem empresas, três são indianas, uma de Cingapura, duas da Coreia do Sul, além de empresas do Kuwait e da Turquia. Na Ásia e Oriente Médio, empresas locais já representam US$ 24 bilhões em vendas [mas somente 3,7% do total mundial].
Ainda assim, o controle do setor militar está mesmo nas mãos de países europeus e dos Estados Unidos, com concentração alta do poder bélico nas mãos de poucas indústrias. Dos Estados Unidos, há nada menos que 44 empresas entre as cem maiores, representando 60% das vendas. Também fazem parte da lista 29 grupos europeus.
Ainda assim, o controle do setor militar está mesmo nas mãos de países europeus e dos Estados Unidos, com concentração alta do poder bélico nas mãos de poucas indústrias. Dos Estados Unidos, há nada menos que 44 empresas entre as cem maiores, representando 60% das vendas. Também fazem parte da lista 29 grupos europeus.
A grande máquina de guerra dos EUA custa 1,5 trilhão de dólares ao ano (equivalente ao PIB brasileiro) As dez maiores produtoras de armas do mundo representaram 56% das vendas internacionais em 2010, ou cerca de US$ 230 bilhões. Juntas, as empresas europeias e americanas controlam 91% das vendas mundiais. "Os dados demonstram mais uma vez a habilidade do setor de continuar vendendo armas, apesar da crise internacional", declarou Susan Jackson, especialista da entidade.”
FONTE: reportagem de Jamil Chade, de “O Estado de S. Paulo” (http://www.fab.mil.br/portal/capa/index.php?datan=28/02/2012&page=mostra_notimpol) [Imagens do google e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].
No Democracia e Política
EMBRAER NO RANKING DAS MAIORES DO MUNDO EM DEFESA
Aviões militares da FAB de produção ou modernização (o F-5M) da Embraer
PELA PRIMEIRA VEZ, GRUPO BRASILEIRO ENTRA NA LISTA DOS 100 MAIORES DO SETOR NO MUNDO
Por Jamil Chade, de “O Estado de S. Paulo”
“GENEBRA - A Embraer entrou, pela primeira vez, na lista das cem maiores empresas militares e de armamentos do mundo. Dados publicados esta semana pela entidade sueca “Stockholm International Peace Research Institute” (SIPRI) apontam a empresa brasileira no 94º posto, em classificação dominada por companhias americanas e europeias.
Apesar da crise mundial, o comércio de armamentos continua em expansão, ainda que de forma bem mais modesta que nos anos anteriores. “As ambições de países emergentes mantiveram o mercado aquecido, apesar de cortes de orçamentos militares nos países ricos”.
[OBS deste blog ‘democracia&política’: Essa frase, que põe a culpa do crescimento dos gastos em guerras e material de defesa nas “ambições dos emergentes”, é camuflagem norte-americana muito utilizada para esconder o fato que os gastos militares dos Estados Unidos, com cortes ou sem cortes, são gigantescamente maiores que os de todos os demais países, maiores até que o conjunto de aquisições do mundo inteiro somadas, exceto EUA. O ‘Estadão’ faz, nesta sua reportagem, o seu papel tradicional. Sempre contribui prioritariamente para satisfazer interesses norte-americanos]
A liderança mundial continua com a americana Lockheed Martin, com US$ 35,7 bilhões em vendas de armamento apenas no ano de 2010. No total, a companhia emprega 132 mil funcionários.
No caso da Embraer, a empresa entra pela primeira vez na seleta lista, depois de salto importante nos últimos anos nas vendas de aeronaves para fins militares. A lista, porém, não inclui empresas chinesas, por conta da falta de informações confiáveis sobre as vendas das empresas militares de Pequim. Entre 2009 e 2010, as vendas da empresa brasileira no setor aumentaram de US$ 470 milhões para US$ 670 milhões. Hoje, 12% de todas as vendas da Embraer vêm do setor militar.
Desde 2005, as vendas da empresa brasileira praticamente dobraram, em taxa de expansão superior ao da média mundial [Contudo, os US$ 670 milhões vendidos pela EMBRAER ainda somente representam 0,1% das vendas mundiais em 2010 (US$ 640 bilhões)]. Segundo o SIPRI, as vendas militares no mundo tiveram incremento de 60% entre 2002 e 2010, mas de apenas 1% entre 2009 e 2010. No total, o setor foi responsável por vendas de US$ 640 bilhões em 2010. Em 2002, o movimento chegou a US$ 280 bilhões.
Outra constatação é que há número cada vez maior de empresas de países emergentes na lista até hoje dominada pelos países ricos. Das cem empresas, três são indianas, uma de Cingapura, duas da Coreia do Sul, além de empresas do Kuwait e da Turquia. Na Ásia e Oriente Médio, empresas locais já representam US$ 24 bilhões em vendas [mas somente 3,7% do total mundial].
Ainda assim, o controle do setor militar está mesmo nas mãos de países europeus e dos Estados Unidos, com concentração alta do poder bélico nas mãos de poucas indústrias. Dos Estados Unidos, há nada menos que 44 empresas entre as cem maiores, representando 60% das vendas. Também fazem parte da lista 29 grupos europeus.
Ainda assim, o controle do setor militar está mesmo nas mãos de países europeus e dos Estados Unidos, com concentração alta do poder bélico nas mãos de poucas indústrias. Dos Estados Unidos, há nada menos que 44 empresas entre as cem maiores, representando 60% das vendas. Também fazem parte da lista 29 grupos europeus.
A grande máquina de guerra dos EUA custa 1,5 trilhão de dólares ao ano (equivalente ao PIB brasileiro) As dez maiores produtoras de armas do mundo representaram 56% das vendas internacionais em 2010, ou cerca de US$ 230 bilhões. Juntas, as empresas europeias e americanas controlam 91% das vendas mundiais. "Os dados demonstram mais uma vez a habilidade do setor de continuar vendendo armas, apesar da crise internacional", declarou Susan Jackson, especialista da entidade.”
FONTE: reportagem de Jamil Chade, de “O Estado de S. Paulo” (http://www.fab.mil.br/portal/capa/index.php?datan=28/02/2012&page=mostra_notimpol) [Imagens do google e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].
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