sábado, 30 de junho de 2012

Os cartazes do ilustrador José Luiz Benício

Por Vaas
Benício - cartazes de filmes brasileiros
José Luiz Benício, gaúcho, nascido na cidade de Rio Pardo, iniciou sua carreira de ilustrador aos 16 anos como aprendiz de desenhista. No Rio de Janeiro, trabalhou em editoras onde criou capas e ilustrações para livros de bolso. No mercado publicitário, realizou trabalhos para marcas conhecidas como Esso, Banco do Brasil e Coca-Cola. No final dos anos 60 da início à criação de mais de 300 cartazes para filmes brasileiros, onde se destacam A Super Fêmea, que mostra toda a exuberância de Vera Fisher, Dona Flor e Seus Dois Maridose os cartazes dos 30 filmes estrelados pelos Trapalhões. Ganham destaque também em seu universo criativo as pin-ups sensuais e voluptuosas, estampadas em livros, nas páginas da revista Playboy e peças publicitárias. Agora editora Reference Press lança o livro "Sex & Crime - The Book Cover  Art of Benicio", dedicado à obra sensual do ilustrador.

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 (352×515)1981http://www.benicioilustrador.com.br/ -Via: http://zoonzum.blogspot.com.br/

A Marvada Carne


Autor: 
A vontade de Carula (Fernanda Torres), em se casar, é tanta que sobra também para Santo Antonio....
Vídeos: 

Lula e Civita: a solidariedade no câncer

No Sirio, em tratamento, Lula soube que seu arquiinimigo, Roberto Civita, também estava internado, só que em situação bem mais grave. Assim que foi informado, decidiu visitá-lo, apesar da resistência de dona Marisa.
Desceram ao apartamento de Roberto Civita acompanhado do oncologista de Lula, Roberto Kalil. Civita se emocionou com a visita e pediu desculpas pelos ataques a Lula e ao filho. Lula lhe disse para não se emocionar muito para não atrapalhar o tratamento.
Kalil viu sinais de ironia no alerta de Lula. Quem o conhece, viu a solidariedade para com o próximo.
A visita foi para a pessoa de Roberto Civita. Mas em nada mudou o julgamento de Lula sobre o publisher Roberto Civita.

Os dados do IBGE sobre os espíritas

Por Braw
Comentário ao post "A diminuição do número de católicos"
Dados do Censo Demográfico 2010, divulgados nesta sexta-feira (29), mostram que a população que se autodeclara espírita tem os melhores indicadores de educação e renda em relação às demais representações religiosas no país.
Espíritas no Brasil
31,5%
têm nível superior
15%
têm ensino fundamental incompleto
1,8%
não têm instrução
1,4%
não são alfabetizados
Os espíritas têm a maior proporção de pessoas com nível superior (31,5%) e os menores índices de brasileiros sem instrução (1,8%) e com ensino fundamental incompleto (15%). Apenas 1,4% das pessoas que se declararam adeptas desse grupo religioso não são alfabetizadas.
 

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Bette Davis Eyes, de Kim Carnes


Por Zuraya
Kim Carnes - Bette Davis Eyes

Ordem e Progresso

[ou, porque sou da oposição]
O problema
As propostas para atualização do Código Penal foram encaminhadas ao Congresso. Entre elas a classificação da homofobia como crime inafiançável e imprescritível.
Isto é óbvio e necessário, como diz Mair Pena Neto em http://bit.ly/LxeuNj Mas ele também salienta que a mudança “não será aprovada facilmente pelo Senado e pela Câmara."
Por que o Senado e a Câmara não aprovariam? Porque estão esperando, praticamente desejando, que ocorram mais tragédias como esta   http://glo.bo/NduaWp, esta http://glo.bo/LBKLY0 ou esta http://glo.bo/NGbDDd              
Ou seja, não se trata mais de um crime cruel a cada 2 dias, que em 2006 motivou a redação do PLC 122, que chegou a ser aprovado na Câmara em 2009, quando as bancadas evangélicas não eram tão cortejadas pelos políticos. Os homofóbicos agora se sentem tão encorajados no seu fanatismo delirante que já vamos para 1 crime por dia. Depois iremos para 2 por dia. Segundo pesquisa Fapesp de 2009, 27% dos maiores de 16 anos NÃO SE SENTEM constrangidos em se declarar explicitamente homofóbicos.
Entretanto, graças à criminalização do racismo em 1989, a taxa de pessoas que se  autodeclara racista caiu de 10% para 4% em 20 anos (segundo a apresentação do estudo em questão.) Se é certo que a homofobia não desaparecerá por decreto (além da criminalização é importante o investimento pedagógico e um discurso inclusivo por parte de autoridades), assim como o racismo não desapareceu, é também certo que a Lei 7716/89 trouxe muitos benefícios.
A omissão
Mas a grande maioria hoje se sente muito feliz com economia crescendo, desemprego caindo, elevadas popularidades dos governos nos três níveis. E enquanto a homofobia não atingir fisicamente um parente próximo (digo fisicamente, por que moralmente atinge diuturnamente a todos os LGBTs) as pessoas não se sentem responsáveis. Isso não é apenas em relação à homofobia, claro, há outras coisas nas quais não se mexe por insensibilidade social ou preconceito. Brasileiro é mais omisso que “cordial”. Mas a homofobia é das poucas causas do atraso que conta com apoio político aberto, apesar da constante presença na imprensa de suas consequências.  Ao contrário do trabalho escravo e da depredação do meio-ambiente, conta inclusive com a complacência de setores que se dizem “progressistas” ou “de esquerda”.
A não ser interesse eleitoral, não há nenhuma explicação para que os Poderes Executivo e Legislativo não atuem o quanto antes. Os legisladores em si não são homofóbicos em sua maioria, seria irracional imaginar isso de pessoas tão experientes e em contato com a realidade, mas são cruelmente omissos. O mesmo podemos dizer de seus eleitores, quando conscientes do problema mas fingindo que não é importante, tão somente porque não são as vítimas do momento.
Vemos, às vezes, tentativas de justificar esta situação (a não-criminalização da homofobia) com os hipotéticos benefícios para a sociedade que adviriam com o apoio eleitoral de líderes fundamentalistas. Todo tipo de tergiversação e sofisma é usado por fundamentalistas e políticos. Isso quando não ocorrem acusações bisonhas do tipo “combater homofobia é discurso da imprensa golpista” (acredite-se, já vi isso escrito em uma discussão em um blog.) Ou, além, que precisamos esperar que a maioria dos eleitores (a “sociedade”) pressione por um novo discurso, numa clara estratégia de procrastinação. Mas, ora, educar não é papel também dos poderes (e líderes) políticos?
A indignação
Nenhum desses argumentos me convence, definitivamente. Não há benefício algum que justifique compactuar com o preconceito, não há defesa racional para a manutenção de legislações anacrônicas e omissas. Se isso for idealismo ingênuo, eu sou um idealista ingênuo com muito orgulho de sê-lo. Direitos humanos são INEGOCIÁVEIS. A atualização da legislação não requer recursos além da consciência dos indivíduos com poder para mudá-la, qualquer argumentação que diga que é necessário cuidar de outras carências primeiro, quer se trate de educação e saúde, é falaciosa. Não há nem bolo para repartir nem tempo para esperar.
Parcela cada vez maior da comunidade LGBT se percebe abandonada, usada como moeda de troca eleitoral (o mecanismo como isso se dá pode ser intuído por todos, assim como os interesses envolvidos.) Vemos isso na eleição para prefeito de São Paulo, onde a maioria dos principais candidatos corre com grande desenvoltura a cultos e igrejas, mas foge como o Diabo da cruz de aparecer em um evento como a Parada Gay (que de desimportante não tem nada.) Exceções apenas Russomano, Soninha e Giannazi.
Políticos brasileiros têm medo de se declararem favoráveis ao Casamento Igualitário, mesmo que intimamente o sejam. Mais ou menos como ocorre com outras questões, como a descriminalização do aborto e da maconha. Alguém acredita que pessoas que chegam ao ponto de disputar cargos majoritários possam sinceramente acreditar que LGBTs não devem ter os mesmos direitos que os demais? E devemos votar em político medroso? Muito importante, neste ponto, será que a imprensa não “facilite” para políticos, que estes sejam continuamente questionados em relação a suas posições sobre direitos civis LGBT e sobre como combater a homofobia. É possível que, pressionados e temerosos, em um primeiro momento se declarem “conservadores”. Pois bem, pelo menos que isso fique bem registrado e sem reservas. Chegará o momento em que as pessoas lembrarão. Do mesmo modo que pessoas se engajam nos direitos de palestinos e tibetanos, ou nas questões envolvendo touros ibéricos e sacolinhas plásticas paulistas, um dia lembrarão dos direitos do gay, da lésbica ou d@ trans da rua de trás.
Eu prefiro ser oposição, defendendo ideias e discursos evolutivos e inclusivos, que compactuar com a encenação do Brasil atual. Mesmo que os políticos que façam tais discursos ainda não tenham chance de chegar ao poder executivo (federal, estadual ou municipal.) Podem ser de direita, de centro ou de esquerda. Isso não importa porque a igualdade de direitos civis e a proteção contra discriminações devem ser bandeira prioritária de todos. Bom, deveriam ser. Daqui a uma geração olharemos para trás e veremos como nossos tempos atuais são absurdos. E eu não gosto de me arrepender por votos passados nem de ser conduzido.
E também acho que o governo federal atual (poder Executivo, Ministérios, bancada governista) é tão exageradamente condescendente com qualquer discurso fundamentalista, quer seja feito no Congresso ou em partidos de apoio, que me coloco inequivocamente nos 8% que consideram o governo “ruim”. Os governos estaduais e municipais de todo o país também merecem ser frequentemente condenados, especialmente por não fazerem NADA em relação à epidemia de assédio (bullying) nas escolas (entre outras mazelas a seus respectivos alcances.) Pior: surgem políticos que pretendem reinstituir a educação religiosa oficial e ainda banir a menção a homossexualidade em escolas. O Irã é aqui.
O moralismo
Qual a diferença entre o discurso de preconceito e ódio que gera essa mortandade toda (o Brasil é apontado como pátria-mãe gentil de 40% dos crimes homofóbicos fatais mundiais, sem contar adolescentes expulsos de casa, pessoas reprimidas nos empregos, agressões no comércio, insultos e ofensas em escolas e em todo tipo de lugar), com o discurso preconceituoso em relação a idealistas de esquerda, que fez tanta gente perder o emprego nos anos 1960/70, que fazia as pessoas se reunirem escondidas para conversar ou emigrarem para respirar ares menos opressivos? Sem contar as repressões e torturas injustificáveis que levaram a tantas mortes e dor. A obrigação de ter que votar sem saber em quem...
Censurar homossexuais é mais correto que censurar comunistas? O beijo de pessoas do mesmo sexo é mais perigoso que a reunião de 3 pessoas na calçada?
O discurso moralista-conservador que busca justificar, hoje em dia, o fechar de olhos de tantas pessoas à homofobia, é mais benéfico para a sociedade que o discurso moralista-conservador que, nos anos de chumbo, buscava validar a censura à imprensa e a proibição de greves?
Dizer que a maioria da população é religiosa é mais justificável, para os efeitos de análise do Código Penal, que, antanho, dizer que a maioria da população queria saber de Ordem e Progresso?
Há discursos moralistas melhores que os outros? Nos anos 1970 a maioria também não se mobilizava se não tivesse um parente próximo envolvido

Gregory Isaacs, ao vivo em Londres, 1984


Por Marco St.
Rastafari.............
O Grande Gregory Isaacs botando todo mundo para dançar

O preço do Kindle para o Brasil

Por Vinicius Carioca
Comentário ao post "Amazon pretende abrir loja digital no Brasil"
Eu fiz um teste há pouco no site da Amazon para a compra de um Kindle.
O Kindle mais barato que pode ser importado custa US$109, o preço promocional de 79 dólares não se aplica ao Brasil. Na finalização da compra a Amazon calcula o custo do frete e as taxas de importação.
O frete cobrado é de US$21.98. E, por fim, são cobrados inacreditáveis US$124.59 em taxas de importação. Ou seja, o imposto é maior do que o valor do produto (alguma novidade?!). O total fica em US$255.57, ou seja 500 reais. Não vejo como vender o Kindle no Brasil por 500 reais é subsidiar o produto.
Uma imprecisão no texto é afirmar que o preço seris o triplo do que é vendido nos EUA, na verdade é o dobro. E aí sim, devido a impostos. Mas repito, a Amazon não dá como opção o preço promocional de US$79 para o Brasil.
Confiram abaixo.

 

Mozart: Die Entführung aus dem Serail

Por Sublimação da Arte
Mozart: "Die Entführung aus dem Serail 2": Belmonte: Anders Dahlin (tenor);  Pedrillo:  Marcel Beekman (tenor);  Osmin:  Michael Tews, (bas);  Blondchen:  Cyndia Sieden (sopraan);  Konstanze:  Lenneke Ruiten, (sopraan),  Bassa Selim: Sabri Saad el Hamus (spreekstem) - Orkest van de 18e Eeuw & Cappella Amsterdam o.l.v. Frans Brüggen - Opgenomen in de Grote Zaal Muziekgebouw Frits Philips in Eindhoven op 9 november 2011.
PROMESSA DE VEREADOR SABE COMO É, NÉ?

Um derterminado Vereador prometeu há três anos atrás, que iria construir uma UPA na Piedade, mais precisamente na rua Ana Quintão. Os moradores acreditaram pois afinal, naquela época ele ainda tinha alguma credibilidade.
Na verdade ele fez uma promessa maldosa, achando que votariam em seu filho, que no ano seguinte tentaria concorrer a uma vaga de Deputado.
E...le não foi eleito e a UPA também não foi construida.

Após a eleição, em 2011, este Vereador começou a passar um abaixo assinado junto aos moradores, dizendo que em 2012 as obras começariam e lançou o nome do filho que não havia sido eleito, como candidato a Vereador em substituição a ele.

Estamos no início de Julho, e até agora nem um sinal da prometida UPA.
Os moradores que colocaram seus nomes no abaixo assinado, deveriam ir em seu escritório e cobrar a promessa feita.

Será que terão a cara de pau de iram lá pedir votos ainda? Será que o povo irá acretidar que se ele for eleito fará a tal UPA?

É uma pena que talvez não tenha moradores de Piedade aqui para comentar, mais quem sabe se todos compartilharem encontremos alguns para relatarem a situação atual?

Político que promete e não faz, não merece confiança.

O crescimento do PIB no Brasil em 2012

Creio que a economia já está acelerando o ritmo de crescimento do PIB no Brasil, e a maior parte da grande mídia em função das preferências e das disputas políticas, está deixando de realizar o seu principal papel, que é o de informar.
Creio que esta falha está ocorrendo por falta de conferir as informações e análises dos principais economistas consultados pela grande mídia, faltou ir a campo, realizar o trabalho jornalístico e confirmar ou não, as teses dos economistas consultados, deixando os agentes econômicos sem a preciosa informação, afetando a própria credibilidade da grande mídia, que já havia falhado no final de 2008, após a quebra do Lehman Brothers.

Creio que apesar dos números consolidados do crédito indicarem uma lenta recuperação, uma avaliação mais detalhada dos dados do setor de crédito principalmente do Banco Central do Brasil, indicam que a recuperação já se iniciou de forma significativa, o que será confirmado nos próximos meses, no inicio da próxima semana sairá os dados do setor automobilístico.
Creio que um trabalho jornalistico, junto as montadoras, fornecedores, concessionárias e financeiras, já permitiria uma avaliação mais correta da recuperação do ritmo de crescimento do PIB no Brasil.

Creio que no início de 2012 os financiamentos de veículos estão sendo realizado apenas com entrada acima de 20%, basicamente em função da Medidas Macroprudenciais implementadas desde do final de 2010, além disso com a redução do IPI e a queda nas vendas,  também ocorreu uma queda no preço do veículo, reduzindo o valor financiado, principalmente em relação ao inicio de 2011, onde ainda havia  financiamento de veículo  sem entrada.
Creio que o fato de estar havendo entrada nos financiamento de veículos está reduzindo o capital disponível das famílias, o que mais do que será compensado nos próximos meses, em função da significativa redução das prestações,  provocado pela redução do valor financiado e pela redução do spread,  o que explica em parte a menor pressão do setor de serviços nos índices de inflação no início de 2012.
Os dados do Banco Central já demonstram um grande aumento no volume financiamentos de aquisição de bens pela pessoa física, excluindo veículos, o volume está quase o dobro em relação ao início de 2011, o que possibilitado o crescimento das novas concessões, mesmo com a queda nas concessões de financiamento destinado a aquisição de veículo.

Creio que o processo de redução do spread iniciado pelo bancos públicos em abril de 20120, já está refletindo no aumento das concessões de crédito, principalmente do empréstimo consignado e  do capital de giro, além disso a atual correção do câmbio, ao aumentar o valor em reais dos produtos exportados provoca um aumento em reais dos contratos de crédito voltado aos exportadores(ACC), o que também aumenta o volume de capital na economia.

anexo
Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro
Banco Central do Brasil...NOTA... PARA A IMPRENSA - 26.6.2012
arquivo da planilhas completas....ZIP - 325 Kb
Histórico...Notas econômico-financeiras para a imprensa(desde jan/1998)
clique nas imagens para ampliar
planilha 33...Saldo total por modalidade – Pessoa física1/
         34...Operações de crédito consignado em folha de pagamento
         36...Concessões acumuladas no mês – Pessoa jurídica..
         37...Concessões acumuladas no mês – Pessoa física..
         38...Média diária das concessões – Pessoa jurídica e pessoa física..
         39...Média diária das concessões – Pessoa jurídica...
         40...Média diária das concessões – Pessoa física
         41...Taxas de juros e spread1/
Imagens: 
33...Saldo total por modalidade – Pessoa física1/
34...Operações de crédito consignado em folha de pagamento
36...Concessões acumuladas no mês – Pessoa jurídica..
37...Concessões acumuladas no mês – Pessoa física..
39...Média diária das concessões – Pessoa jurídica...

Lula, cidadão ilustre do Mercosul

Por Marco Antonio L.
Do O Outro Lado da Notícia
Lula recebe denominação de cidadão ilustre do Mercosul
 AP
As presidentes Cristina Kirchner e Dilma Rousseff seguram uma pintura com o rosto do ex-presidente Lula
O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva foi declarado "cidadão ilustre do Mercosul" durante a cúpula de chefes de Estado realizada em Mendoza, na Argentina, nesta sexta-feira. "Concordamos em reconhecer como cidadão ilustre do Mercosul nosso querido amigo e companheiro Luiz Inácio lula da Silva", anunciou a presidente argentina, Cristina Kirchner, ao término do encontro.
"Um presidente nunca deixa de ser presidente, e, para mim, a figura de Lula está indissoluvelmente unida a de meu companheiro de toda a vida", disse a presidente argentina em referência a se marido, Néstor Kirchner, que morreu em outubro de 2010.
A presidente Dilma Rousseff, que assumiu hoje a presidência temporária do Mercosul, agradeceu "em nome do povo brasileiro" a homenagem a seu antecessor, amigo e companheiro do Partido dos Trabalhadores. A imprensa local chegou a especular nos últimos dias sobre uma possível viagem de Lula a Mendoza, coincidindo com a cúpula do Mercosul.
Cristina, Dilma e o presidente uruguaio, José Mujica, acordaram em Mendoza suspender temporariamente o Paraguai do Mercosul após a destituição do presidente Fernando Lugo e a posse de seu vice, Federico Franco. Além disso, decidiram incorporar a Venezuela como membro de pleno direito.
Com agências

O ritmo das obras no Maracanã

Por Marco Antonio L.
Da Istoé
Por dentro da maior obra da copa
Como é o dia a dia no canteiro onde ocorre a reforma do Maracanã, cuja construção está 60% pronta
Wilson Aquino, na IstoÉ
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O sentimento é de emoção misturado à estranheza. Visitar o Maracanã, o famoso estádio de futebol do Rio de Janeiro fechado há dois anos para reforma, é como entrar em uma sala onde se realiza uma cirurgia plástica e testemunhar a transformação em curso. Retroescavadeiras, guindastes e caminhões com material de construção dominam o espaço. Uma viga de pelo menos 20 metros em forma de escada que parece voar captura o olhar enquanto é içada. A atenção à cena é interrompida pelo som de apitos. Para quem ainda se lembra que aquele canteiro de obras é o Maraca, como é conhecido, o susto é inevitável. Porém, não é um juiz que marca faltas em jogo, e, sim, um operário avisando que caminhões estão adentrando e todos devem ter cuidado. Impressiona o tamanho da arquibancada que, agora, termina quase dentro do gramado, a apenas cinco metros do campo e dos jogadores. A marquise que ficava no alto da nave também não existe mais. Em seu lugar, uma estrutura moderna, de membrana tensionada de fibra de vidro translúcida, vai proteger a torcida em dias de chuva e sol forte, além de oferecer mais luminosidade. O Maracanã, hoje, é literalmente uma obra aberta para o céu.

Para entrar no local é necessário usar paramentação própria: bota com biqueira de aço, calça comprida e capacete. São muitas gruas, estruturas metálicas empilhadas e vários tipos de máquinas em meio a 5.200 pessoas trabalhando no local, entre engenheiros, técnicos e operários. Do velho estádio, o maior do Brasil, pouco vai restar, além da arquitetura externa, tombada pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Praticamente, só as duas monumentais rampas de acesso continuarão lá, além do nome de batismo na entrada, Estádio Mário Filho – em homenagem ao jornalista irmão do dramaturgo Nelson Rodrigues. Com 60% dos trabalhos concluídos e previsão de conclusão da reforma em fevereiro, terá menos lugares nas arquibancadas do que antes: de 83 mil para pouco mais de 79 mil, além de 110 camarotes.

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NOVO ESTÁDIO
A inauguração está prevista para fevereiro de 2013: 5.200 pessoas trabalham no local



Mesmo no improviso das obras é possível perceber que as cadeiras da arquibancada serão mais confortáveis. A distância entre elas passou de 48 para 50 centímetros, ao estilo retrátil, garantindo uma melhor mobilidade dos torcedores no acesso e na saída das arquibancadas. Os assentos, em tons amarelo, azul e branco, vão compor, com o gramado verde, as cores da bandeira nacional. Ao ver a reportagem de ISTOÉ, muitos funcionários pediam para ser fotografados, dizendo que têm conhecimento de que participam de um momento histórico. A jovem Aline Paiva, 23 anos, que nunca tinha pisado no estádio antes de ser contratada como auxiliar de produção, fala do orgulho que sente: “Também faço parte do novo Maracanã, meu suor e minhas digitais vão ficar marcados aqui para sempre.” Apelidada de Bonequinha, ela conhecia apenas a fama do lendário templo.

Foi lá que Pelé fez seu milésimo gol em 1969. Foi lá que a massa de 200 mil pessoas assistiu à derrota do time canarinho para o Uruguai na final da Copa de 1950 e eclodiu num inesquecível choro coletivo. “O Maraca pode não ser o maior estádio do mundo, mas vai passar a ser o mais bonito”, afirma o líder de manutenção de máquinas Edwin Aldrin Linhares de Paula, 42 anos, responsável por mais de 80 delas na obra. Ao contrário de Aline, trabalhar naquele lugar tem significado especial para ele, que queria ser jogador de futebol. Chegou a treinar na Associação Atlética Portuguesa, do Rio, aos 16 anos, mas não conseguiu concretizar o sonho de entrar no Maracanã de chuteira e uniforme.

“Reformar um patrimônio dessa importância, adaptando para as exigências de grandes estádios, para sediar a Copa, é um tremendo desafio. Mas o resultado será o estádio mais moderno do mundo”, aposta o vice-governador do Estado do Rio, Luiz Fernando de Souza, conhecido como Pezão, uma espécie de gerentão da obra. O novo Maracanã também será palco de espetáculos culturais. Para que o estádio receba a certificação ambiental, todas as melhorias são baseadas no sistema LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), do Green Building Council Brasil, selo concedido a empreendimentos com alto desempenho ecológico. Além de verde, será mais seguro: um sistema de controle de imagem vai monitorar cada torcedor da entrada na roleta eletrônica até ele chegar à cadeira, em qualquer parte do Maracanã.

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TRABALHADORES
Aline Paiva nunca havia pisado no estádio e Edwin Linhares
foi jogador de futebol, mas nunca jogou no Maracanã

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A execução da reforma enfrentou polêmicas e atrasos. Os operários fizeram greve por 13 dias no ano passado reivindicando direitos trabalhistas, e a Construtora Delta, que integrava o Consórcio Maracanã Rio 2014, junto com a Odebrecht e Andrade Gutierrez, saiu do projeto em abril, depois de flagrada como integrante do esquema criminoso do contraventor Carlinhos Cachoeira. “Foi como se tivéssemos deslocado o início das obras para maio deste ano”, explica o engenheiro Carlos Berardo Zaeyen, gerente do consórcio. Segundo ele, quando foi definida a retirada da cobertura, após muita polêmica, foram necessários dez meses somente para se conhecer melhor o desafio, e, por conta disso, a construção progrediu minguados 10% no período. “Hoje temos um avanço físico médio de 6% ao mês, demonstrando que vamos atingir nossa meta”, diz ele.
A cirurgia plástica é elogiada por craques. “Do jeito que estava ultrapassado, a gente perdia o prazer de frequentar o estádio. Não dava nem para ir ao banheiro, de tão fedorento”, afirma Carlos Alberto Torres, o capitão da Seleção tricampeã de 1970. Os torcedores estão ansiosos para que o velho Maracanã ressurja logo novinho em folha e dê muitas alegrias aos brasileiros.
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Lewandowski e o Mensalão

Por Marco Antonio L.
Da Istoé
Revisor deve dizer que Mensalão era só caixa eleitoral
Mesma tese defendida por Lula e pelo PT pode chegar ao STF com o relatório do ministro Ricardo Lewandowski. Assim, José Dirceu estaria livre do crime de formação de quadrilha
Izabelle Torres
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COERÊNCIA
Ministro Ricardo Lewandowski deve repetir argumentos
apresentados em 2007, quando o STF apreciou a denúncia

No dia 2 de agosto, o Brasil começa a acompanhar o julgamento no Supremo Tribunal Federal de um dos maiores casos de corrupção da história do País. Com a corte completa com seus 11 integrantes e a tendência anunciada de condenar os personagens do escândalo, poucos votos vão chamar tanto a atenção como o do ministro-revisor Ricardo Lewandowski. Conforme apurou ISTOÉ com pessoas próximas ao revisor, os argumentos do seu relatório estão afinados com a defesa de petistas acusados de participar do esquema e com o discurso do ex-presidente Lula. Por isso, a tendência é de que Lewandowski diga que não houve compra sistemática de apoio de deputados ao governo Lula, e, sim, crime de caixa 2.

O texto concluído pelo revisor na terça-feira 26 é um contraponto ao voto do relator Joaquim Barbosa. Vai trazer observações sobre falhas pontuais de procedimento que podem ter restringido o direito à defesa dos réus. Também irá tratar algumas acusações como genéricas, classificando-as de incapazes de especificar como alguns mensaleiros teriam cometido os crimes atribuídos a eles. Apesar de evitar falar sobre o assunto, Lewandowski tem dito que é um juiz coerente e que seu relatório segue a “congruência dos seus posicionamentos”. A autodefinição do ministro significa um sinal ainda mais favorável aos réus, tendo em vista a sequência de críticas que ele lançou contra o Ministério Público durante o julgamento que recebeu a denúncia, em agosto de 2007.
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ANTÍTESE
Relatório do ministro Ricardo Lewandowski será
um contraponto ao voto de Joaquim Barbosa

No julgamento de 2007, Lewandowski foi o único a reclamar da insistência da acusação em dizer que os réus formavam uma quadrilha. Na época, ele ainda alegou que não existiam provas para enquadrar o ex-ministro José Dirceu e o ex-deputado José Genoino nesse crime, tampouco para afirmar que Dirceu era o chefe do grupo. Por coincidência, esse foi o mesmo argumento usado pela defesa do ex-ministro no ano passado nas alegações finais apresentadas ao STF. Quando analisou a denúncia, Lewandowski também disse acreditar que o então procurador Antonio Fernando de Souza havia imputado ao próprio Dirceu, assim como a José Genoino, Delúbio Soares, Silvio Pereira e Rogério Tolentino, acusações de peculato sem descrever detalhes sobre como o crime fora cometido. Um dos ministros lembra que a posição do revisor sobre as falhas da acusação acirrou os debates na sessão. Especialmente quando ele defendeu que o procurador havia confundido quadrilha com associação criminosa e afirmou que o equívoco demonstrava confusão de conteúdo e tornava a denúncia inepta. “Lembro que, naquele dia, muitos de nós alegamos que se tratava apenas de uma expressão formal usada para enfatizar os ilícitos e que os termos não interferiam na prática delituosa. Mas ele não aceitou os argumentos e foi o único a dizer que não havia provas”, relembra um ministro.

Nos últimos dias, no entanto, o conteúdo do relatório do revisor era o que menos preocupava os ministros do Supremo. O maior temor era de que Lewandowski atrasasse a conclusão da análise do caso e colocasse em risco o cronograma elaborado pelos ministros durante uma reunião administrativa no início de junho, na qual ele foi o único ausente. Para evitar que o revisor jogasse uma pá de cal nos planos do STF de realizar o julgamento do século sob sua presidência, Carlos Ayres Britto iniciou uma ofensiva sem precedentes: marcou a data da sessão antes da conclusão do relatório do revisor, divulgou um cronograma para a sociedade com detalhes dos procedimentos e encaminhou um ofício a Lewandowski pedindo seu empenho e rapidez. Pressionado pelos colegas e também por movimentos da sociedade civil, que organizaram passeatas nas ruas e campanhas nas redes sociais, o revisor desistiu da ideia inicial de entregar o processo somente depois das eleições de outubro, o que evitaria que os efeitos do julgamento interferissem nas disputas partidárias.

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CONFIRMADO
Confirmação do julgamento para o dia 2 garante a participação do ministro Cezar Peluso

Na terça-feira 26, ele entregou o relatório e afastou a responsabilidade por um eventual atraso do começo do julgamento. “Fui rápido e analisei tudo em seis meses desde o dia em que tive acesso ao relatório. Minha experiência garante um voto sem atropelos. Agora vão poder cumprir o cronograma inicial”, disse ele. Apesar do discurso público de resignação, Lewandowski está irritado e protagoniza uma guerra interna com o presidente da corte. Nos bastidores, ele reclama das pressões e da tentativa de interferências no seu trabalho. Tem ido além em suas críticas. Acusa Ayres Britto e outros três ministros defensores da celeridade do processo de dar tratamento diferenciado ao caso para atender à opinião pública e aos interesses da imprensa. “Não se pode agir de forma a possibilitar a abertura de exceções em relação a determinados processos”, diz.

Do outro lado, seus próprios colegas o acusam de trabalhar para retardar o julgamento e estão certos de que, não fosse a onda de pressões que recaiu sobre ele, os mensaleiros poderiam se beneficiar da morosidade e sair impunes. “Entendo as reclamações, mas é preciso perceber que os tempos são outros e a transparência democrática traz consigo a luz sobre as condutas”, analisa um experiente integrante do STF. Certo mesmo é que, apesar do clima pouco amistoso entre os próprios ministros, o anúncio de que o julgamento histórico começará a tempo de evitar a prescrição dos crimes conta muitos pontos a favor do Judiciário.

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Julgamento de Protógenes no Conselho de Ética

Por Marco Antonio L.
Do Vermelho
Conselho de Ética julga Protógenes com dois votos diferentes
O Conselho de Ética analisa, na quarta-feira (4), a representação do PSDB contra o deputado Delegado Protógenes (PCdoB-SP). O relatório do deputado Amauri Teixeira (PT-BA) pede o aprofundamento das investigações. O deputado Sibá Machado (PT-AC) vai apresentar um voto em separado pedindo o arquivamento da denúncia. O deputado do PCdoB é acusado pelos tucanos de ter relações com a organização do contraventor Carlinhos Cachoeira.
O deputado delegado Protógenes afirma que a denúncia do PSDB contra ele é uma represália pela proposta dele de instalação da CPI da Privataria Tucana. E destacou ainda como poderia estar envolvido no esquema do contraventor de Goiás se ele foi o autor original da CPI do caso Cachoeira.  O PSDB acusa Protógenes de ter ligações com Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, ex-sargento da aeronáutica e suposto integrante da organização da Cachoeira.

O deputado Sibá Machado diz que, apesar do relator ter apresentado voto pela admissibilidade da investigação , ele apresentará voto em separado porque acredita que a representação dos tucanos se baseou somente em matérias jornalísticas e tentam criminalizar “o mero fato de o parlamentar ter mantido conversação com pessoa objeto de investigação policial”.

Amauri Teixeira, contrariando o próprio líder do seu Partido, deputado Jilmar Tatto (PT-SP), que já se manifestou pelo arquivamento da denúncia, admite que não há clareza nas denúncias, mas que vai pedir aprofundamento das investigações. “Opinei pelo aprofundamento da investigação. Por enquanto, não está claramente caracterizada a quebra do decoro, mas temos que dar sequência à investigação”, afirmou o parlamentar.

Somente se o relatório de Amauri Teixeira for aprovado é que será aberto o processo por quebra de decoro parlamentar contra Protógenes no Conselho de Ética. O julgamento estava previsto para o dia 13 de junho, mas foi adiado por pedido de vista de vários deputados. Os tucanos tem interesse em adiar a votação para que ao assunto seja explorado pela mídia.

Opiniões da mídia

Em seu voto em separado, Sibá diz ainda que “em nenhum momento as referidas reportagens indicadas na Representação apontam qualquer conduta capaz de caracterizar alguma exorbitância, abuso ou menoscabo do regular exercício da atividade parlamentar do Representado, dentro e fora do Congresso Nacional”.

E explica ainda que “a Representação, a nosso ver, é inepta pois não está robustecida com provas ou indícios que lhe dê chance de viabilidade jurídica e/ou política para mobilizar na Câmara dos Deputados qualquer investigação, já que os trechos descritos nas conversações telefônicas mencionadas pelas matérias jornalísticas não tem o condão de tornar tais diálogos uma conduta que tenha causado ou contribuído, direta, indireta ou de modo reflexo, para a prática de crimes ou abusos das prerrogativas parlamentares do Deputado Representado”.

Desejo da sociedade

Para Sibá, “a sociedade brasileira tem plena compreensão de que o Congresso Nacional, de forma primordial e os demais Poderes e instituições democráticas tem um compromisso inarredável com a ética, com a moral e com o respeito às leis e à Constituição Federal, mas compreende também perfeitamente que uma das conquistas fundamentais do Estado Democrático é os direitos e garantias fundamentais insculpidos no texto da Carta Cidadã”.

A rejeição da denúncia, segundo ele ainda, “longe de macular os desejos da sociedade brasileira, representa uma garantia e uma sinalização do Parlamento Brasileiro, no sentido de que os tempos de exceção outrora vigentes em nosso País não encontram mais espaço no Estado Democrático de Direito, razão pela qual não se atentará contra direitos e garantias fundamentais de cidadãos, quando ausentes quaisquer indícios ou provas aptas a mobilizar qualquer aparado de investigação”.

De Brasília
Márcia Xavier

José Luís Fiori e o nacionalismo

Por Marco Antonio L.
Do Valor
Nacionalismo e desenvolvimento (I)
Por José Luís Fiori
"A dificuldade da "economia política clássica" foi reconhecer o significado econômico das nações, não apenas na prática mas também na teoria". Eric Hobsbawm, "Nações e Nacionalismo desde 1780", Paz e Terra, 1990, p: 37
Desde a Revolução Francesa, a palavra "nacionalismo" teve várias definições e conotações políticas e emocionais, variando segundo o tempo e o lugar, e aparecendo ora como uma ideologia ou sentimento, ora como um movimento social ou estratégia política. Na sua origem histórica, sobretudo na França e nos Estados Unidos, foi um movimento revolucionário, democrático e cidadão, depois passou a ter uma conotação predominantemente cultural e etnolinguística, sobretudo na Europa Central, para se transformar, finalmente, num projeto político de construção e/ou fortalecimento dos Estados nacionais que nasceram - dentro e fora do continente europeu - a partir das independências americanas. Mas foi só na segunda metade do século XIX que o nacionalismo adquiriu uma face e uma formulação explicitamente econômica e se transformou num instrumento de luta dos países "atrasados" contra a supremacia inglesa.
É bem verdade que depois do século XVI o desenvolvimento econômico capitalista se deu sempre com base em Estados territoriais que praticaram políticas mercantilistas de defesa de suas economias nacionais, e nesse sentido se pode dizer que sempre existiu algum tipo de nacionalismo econômico "primitivo", desde a origem do sistema estatal europeu. Mas foi só na Alemanha, no século XIX, que se formulou uma teoria e uma estratégia nacionalista consistente de desenvolvimento econômico, a partir de objetivos geopolíticos explícitos. Na sua obra mais importante, publicada em 1841, o economista alemão Friedrich List criticava a "economia política clássica" por condenar as nações menos desenvolvidas a "rolar eternamente a pedra de Sísifo" do atraso, exatamente porque havia "excluído completamente a política da ciência econômica, ignorado a existência da nacionalidade, e desconhecido completamente os efeitos da guerra sobre o comércio entre as nações" (1986, p:128). Depois da morte de List e da primeira unificação alemã, em 1871, estas ideias contribuíram decisivamente para o desenho de uma estratégia consciente de desenvolvimento e industrialização, combinada com uma visão ufanista da cultura germânica e com um projeto geopolítico de unificação e expansão do poder alemão, em direta competição com o poder comercial e naval da Grã-Bretanha.
Por que os sucessos econômicos do passado foram interrompidos por retumbantes fracassos políticos?
Desde então, o sucesso econômico da Alemanha se transformou no paradigma de referência do nacionalismo econômico, em todo mundo, e teve uma importância particular na história da Rússia e do Japão, países que têm várias semelhanças geopolíticas com a Alemanha. Entre o fim da "Guerra dos 30 Anos", em 1648, e a unificação de 1871, o território atual da Alemanha foi dividido e "balcanizado", de forma ativa e conivente, pelas grandes potências europeias, e só conseguiu se unificar depois de três guerras sucessivas e vitoriosas, da Prússia contra a Dinamarca, a Áustria e a França, na década de 1860.
Mas mesmo depois da unificação, a Alemanha sempre se sentiu um país cercado e pressionado, carregando um enorme atraso político e econômico e um profundo ressentimento com relação às "grande potências" responsáveis pela criação do sistema inter-estatal e do capitalismo europeu, e pela liderança da conquista europeia do "resto do mundo". É neste contexto de atraso, cerco e ressentimento nacional, que se deve situar a permanente preocupação defensivo-expansionista da Alemanha, dentro de um "espaço vital" supra-nacional a ser conquistado e preservado. É neste contexto também que se deve situar o "intense commitment" de suas elites civis, militares e intelectuais, que teve um papel decisivo no desempenho econômico do nacionalismo alemão. Em maior ou menor medida, se pode reencontrar muitas destas características na história da Rússia/URSS e do Japão, e nos seus grandes ciclos de intenso crescimento econômico, desde o século XIX, e mesmo entre 1950 e 1991, apesar de que neste período o Japão e a Alemanha fossem transformados em "protetorados militares" a serviço da estratégia militar global dos EUA.
Agora de novo, neste início do século XXI, Alemanha, Rússia e Japão estão seguindo estratégias econômicas nacionalistas, orientadas por seus grandes objetivos estratégicos nacionais permanentes, de defesa e luta pelas suas hegemonias regionais. Para pensar o futuro ou tirar lições, entretanto, seria importante primeiro entender porque os seus grandes sucessos econômicos e tecnológicos do passado acabaram sendo interrompidos por retumbantes fracassos políticos e/ou geopolíticos.
José Luís Fiori é professor titular do Programa de Pós-Graduação em Economia Política Internacional da UFRJ, e autor do livro "O Poder Global", da Editora Boitempo, 2007

O cotidiano da Porto Alegre antiga

Por Vaas
Porto Alegre antiga, um Cotidiano - Joseph Lutzenberger
O artista, arquiteto e professor Joseph Franz Seraph Lutzenberger nasceu na cidade bávara de Altoettg em 1882. Formou-se engenheiro-arquiteto pela Universidade Técnica Real da Baviera de Munique, em 1906.  Foi morar em Porto Alegre em 1920 para trabalhar como arquiteto e acabou registrando o dia a dia da capital gaúcha e seus tipos, cenas da Guerra dos Farrapos e lendas do folclore brasileiro em detalhadas aquarelas e bicos de pena. No post, aquarelas que mostram o cotidiano nas ruas de Porto Alegre, na primeira metade do Século XX, com toques de humor.
http://www.lutzenberger.com.br/    
 face_carreto_g.jpg (352×420) conversa de comadres_g.jpg (422×420) paquera_na_janela_g.jpg (293×420)  gordona_na_janela_g.jpg (200×420) mendigo_brigando_com_cachorros_g.jpg (455×420) procissao igreja espirito santo_g.jpg (594×420) reuniao_junto_a_csbre_urbano_g.jpg (299×420)  verdureiro_g.jpg (281×420) jornaleiros_meninos_g.jpg (328×420)  mendigo_com_manequim_g.jpg (269×420) despedida no trem_g.jpg (691×335) conversa de lavadeiras_g.jpg (631×420)
 

A questão do transporte em Curitiba

Por Marco Antonio L.
Do Valor
Cidade-modelo no transporte público rendeu-se ao carro
Por Marli Lima | De Curitiba
Se, no passado, a fama do sistema do transporte curitibano rompeu fronteiras, nos últimos anos tornou-se alvo de críticas por parte da população, que cada vez mais tem optado pelo uso do automóvel nos deslocamentos. Em 2002, por exemplo, o índice de motorização na cidade estava em 2,1 habitantes por veículos, agora está em 1,4. Em dezembro foi criada a Secretaria Municipal de Trânsito.
Os congestionamentos cresceram e a opção de metrô, que já foi abordada em campanhas anteriores e atualmente tem até parte do financiamento garantido pelo governo federal, voltará a ser tratada, especialmente no que diz respeito ao modelo, se deve ser suspenso ou enterrado. O incentivo ao uso de bicicletas também vai ser defendido, especialmente por Greca.
"Hoje estamos longe de ser modelos", diz a professora do Departamento de Transporte da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Márcia Pereira. Ela argumenta que o preço da passagem de ônibus não oferece atrativo para o cidadão deixar o carro em casa. Ela defende o estímulo ao pedestre e o ciclista, acrescenta. "A situação aqui está tão complicada quanto em outras capitais. Está mais do que na hora de Curitiba ter metrô, mas não para substituir o atual modelo e sim para complementá-lo."
A necessidade de melhorar o transporte público estará nos discursos dos candidatos à sucessão curitibana que começa oficialmente neste fim de semana com o término das convenções.
O prefeito Luciano Ducci (PSB), que era vice do atual governador Beto Richa (PSDB) e herdou o cargo, vai disputar a vaga com o ex-prefeito, Rafael Greca de Macedo (PMDB), o ex-deputado federal, Gustavo Fruet (PDT), e o atual Carlos Roberto Massa Junior, o Ratinho Junior (PSC).
Além do transporte, a violência também promete polemizar a campanha, a despeito de ser um tema da alçada estadual.
O Mapa da Violência 2012, feito pelo Instituto Sangari, mostra que o número de homicídios mais que duplicou na última década. A cidade pulou da 20ª posição em violência, em 2000, para a 6ª colocação, em 2010, ficando atrás apenas de Maceió, João Pessoa, Vitória, Recife e São Luís.
Algumas propostas para mudar o quadro começaram a aparecer. Ratinho fala, por exemplo, em melhorar a iluminação e as calçadas e na criação da academia da guarda municipal. Fruet propõe a ampliação do efetivo da guarda municipal e diz que é preciso ter ousadia no combate às drogas e no tratamento de usuários.
Luciano Ducci (PSB), passou os últimos dias dando explicações sobre seu patrimônio e chegou a entregar cópias do seu Imposto de Renda ao Ministério Público, para livrar-se de suspeitas de enriquecimento repentino. Ele é dono de fazendas e mora em apartamento de luxo, mas afirma que os bens são herança de sua esposa.
Muita coisa ainda vai ser decidida nos próximos dias, como nomes de alguns vices e o fechamento de alianças, mas o cenário atual já permite a visualização de tendências. "Pela primeira vez em muitos anos é possível enxergar a possibilidade de a disputa não ficar polarizada entre os herdeiros dos ex-governadores Jaime Lerner e Roberto Requião", opina o cientista político Adriano Codato, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Desta vez, a presença desses grupos não está tão clara. Ducci pode ser apontado como representante do "lernismo", pois trabalhou com dois de seus herdeiros - o ex-prefeito Cassio Taniguchi e Beto Richa. Greca também foi aliado de Lerner, quando estava na prefeitura. Mas só conseguiu sua aprovação na convenção do fim de semana porque teve o apoio de Requião.
Agora, as correntes mais tradicionais encontraram novos desafiantes. "Há uma terceira força que corre o risco de ser viável, que é o candidato do PT, que não é petista", acrescenta Codato, citando Fruet, um ex-tucano que não encontrou espaço no partido pra tentar a prefeitura, foi para o PDT e ganhou o apoio do PT mesmo depois de ter sido um dos maiores críticos do mensalão. Ao contrário de anos anteriores, o PT não terá candidato próprio em Curitiba e o interesse maior do partido está em viabilizar-se para o governo em 2014.
Os ministros Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, e Paulo Bernardo, das Comunicações, atuaram pessoalmente para derrubar a candidatura petista e sacramentar o nome de Fruet. Se ele for eleito, Gleisi poderá ter apoio para enfrentar Richa daqui a dois anos, quando o tucano deve buscar a reeleição. "A eleição de 2012 vai ser mais disputada que as outras", diz o cientista político Sérgio Braga, da UFPR. Segundo ele, se há quatro anos Richa conseguiu ser eleito com facilidade agora seu candidato tem três fortes opositores.
Na conta de Braga, além de Fruet e Greca, entra Ratinho Junior, que chegou a ser sondado para ser vice tanto de Ducci como de Fruet, mas optou por testar as urnas. Com 31 anos de idade, ele é o candidato mais jovem - Ducci está com 57, Greca tem 56 e Fruet, 49 - e tem dinheiro e o apoio do pai, o apresentador de televisão Carlos Roberto Massa.
Tanto Codato como Braga acreditam na ocorrência de segundo turno em Curitiba. Os números, até agora, confirmam isso. Pesquisa divulgada em abril pelo Ibope, a única até o momento, mostrou Fruet com 26% das intenções de voto, seguido de Ratinho (24%), Ducci (16%) e Greca (7%). Num segundo turno entre os dois primeiros, haveria empate técnico no limite da margem de erro de três pontos para mais ou para menos - 42% a 36% para Fruet. Caso a disputa ficasse entre Fruet e Ducci, o pedetista venceria com 46% dos votos, contra 27% do atual prefeito.
Por enquanto, duas mulheres vão sair como vices - o PT indicou Mirian Gonçalves para Fruet e Greca terá como vice uma colega de partido, Marinalva Silva. Ducci escolheu o deputado federal Rubens Bueno (PPS). Ratinho ainda não definiu.
Os discursos que serão usados na campanha já começaram a ser demonstrados em entrevistas. Ducci vai dizer que tem trabalho para terminar (ele só assumiu em 2010). Greca tem repetido que é o mais experiente. Fruet e Ratinho vão bater na oportunidade de renovação.

O envolvimento do irmão do radialista Mução com pedofilia

Por Arguto
Do NE10
Após irmão assumir a culpa, Mução deixa sede da PF-PE
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Carro particular que deixou a sede da PF-PE conduzindo o humorista Fotos: Bernardo Soares/JC Imagem
Horas depois de o irmão de Mução assumir a culpa pelo envolvimento no esquema investigado pela Operação Dirty-Net, o radialista teve o pedido de prisão temporária revogado e deixou a sede da Polícia Federal de Pernambuco, no Cais do Apolo, Bairro do Recife, em um carro particular, na noite dessa sexta-feira (29), por volta das 22h. Ele deverá falar com a imprensa neste sábado.

» Irmão de Mução pode pegar até dez anos de prisão
De acordo com a Polícia Federal, o irmão do radialista, cujo nome não foi divulgado, teria confirmado que utilizava os computadores e dispositivos eletrônicos de Rodrigo Vieira Emerenciano, de 35 anos, o Mução, para criar perfis de usuários, contas de e-mails e transferir dados.
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Desde o início da operação, os advogados Waldir Xavier e Bruno Coelho alegaram inocência de Mução

A delegada que investiga o caso, Kilma Caminha, disse que Mução ficou bastante emocionado ao saber que o irmão confessou o crime. A suspeita de que uma outra pessoa utilizava os computadores do radialista para o envio de vídeos e imagens contendo pornografia infantil surgiu durante o depoimento de Mução.
"Diante dos fatos, ele [Rodrigo Vieira] chegou à conclusão de que a única pessoa que teria acesso às residências e ao escritório dele seria o irmão", afirmou. A partir disso, segundo Kilma, foram realizadas buscas e verificou-se a possibilidade de que o novo suspeito tenha criado perfis falsos com dados do irmão e acessado conteúdos de pedofilia na internet.
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Os delegados Nilson Antunes e Kilma Caminha investigam o caso
O conteúdo do iPhone e de um tablet apreendidos em Fortaleza com o radialista serão analisados no Recife. Mídias como CDs, DVDs, e HD também foram recolhidas do escritório do humorista na capital pernambucana para a investigação.
Em depoimento à PF, o irmão do radialista, que trabalhava na produção do Programa do Mução, assumiu a responsabilidade pela participação no esquema que conta com envolvidos em 11 estados e no Distrito Federal.
A delegada Kilma Caminha informou que o irmão do comunicador pode pegar de quatro a dez anos de reclusão por disponibilizar imagens de crianças e adolescentes na internet, segundo o artigo 241 B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Ao todo, a Operação Dirty-Net cumpriu quatro mandados de busca e apreensão, três sendo da Justiça Federal do Ceará e um da Justiça Federal de Pernambuco. Os outros dois presos no Ceará, que não tiveram seu nomes divulgados assim como o pernambucano, também foram encaminhados à sede da Polícia Federal no Recife.
A OPERAÇÃO - As prisões fazem parte da Operação Dirty-Net, da Polícia Federal, que foi deflagrada na quinta em 11 estados brasileiros, além do Distrito Federal, para cumprir 50 mandados de busca e apreensão e 15 de prisão. Segundo a PF, integrantes do grupo trocavam arquivos contendo cenas degradantes de adolescentes, crianças e até bebês em contexto de abuso sexual.
Se condenados, os presos podem ter pena de 4 a 10 anos de reclusão, pela Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente), que criminaliza quem “possuir ou disponibilizar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente”.
LEIA MAIS
 

A diminuição do número de católicos

Por anarquista sério
Interessante e instigante esta coluna sobre o assunto do post.
Da Folha
Revolução quase silenciosa
Hélio Schwartsman
SÃO PAULO - Dados do IBGE mostram que a proporção de católicos no Brasil continuou caindo entre 2000 e 2010 e que, pela primeira vez, verificou-se também uma redução em seu número absoluto. Isso tudo era mais ou menos esperado. A questão que intriga os especialistas é saber se há ou não um fundo do poço, um piso abaixo do qual os católicos não despencam.
E uma análise dos números de 2010 sugere que não. No ainda inédito artigo acadêmico "A dinâmica das filiações religiosas no Brasil entre 2000 e 2010", os demógrafos José Eustáquio Diniz Alves, Luiz Felipe Walter Barros e Suzana Cavenaghi mostram que a população evangélica tem proporcionalmente mais mulheres e jovens, e menos idosos. Isso significa que apenas pelo efeito da inércia demográfica, ou seja, mesmo que não houvesse novas conversões, o rebanho evangélico já cresceria mais do que o católico.
Mais interessante ainda, o texto mostra que o colar da região metropolitana do Rio de Janeiro, excluída a capital, funciona como uma espécie de "eu sou você amanhã" para o Brasil. O que ocorre nessa área em termos de religião acaba se repetindo no país 20 ou 30 anos depois.
E, olhado para esse conurbado, verificamos que os católicos são só 39%, enquanto os evangélicos já chegam a 34%. Mantidas as tendências atuais, no Brasil, até 2030, os católicos serão menos de 50% e, até 2040, deverá haver empate entre as filiações de católicos e evangélicos. Detalhe importante: os católicos caem com mais rapidez onde é maior a pluralidade de denominações. Ou seja, diversidade gera diversidade.
Ao que tudo indica, o Brasil caminha para um feito relativamente raro na história das nações, que é o de mudar sua religião hegemônica. E deve fazê-lo sem derramamento de sangue ou autos de fé. Só não será uma revolução silenciosa, brincam os autores, porque evangélicos não costumam respeitar a lei do silêncio

Suprema Corte mantém proibição contra concentração na mídia

Por Alex Gonçalves
Do MSNBC.com
Suprema Corte nega pedido de empresas de mídia
(Tradução Bing)(29/06/12)
WASHINGTON- A Suprema Corte recusou o pedido de empresas de mídia para suspender a proibição de possuir um jornal e uma emissora de televisão no mesmo mercado.
Os juízes na sexta-feira negaram apelação das empresas sem comentário. Os meios de comunicação dizem que as restrições já não fazem sentido na era da Internet.
O recurso também tentou tirar outros limites de propriedade, incluindo quantas estações de TV locais uma empresa pode controlar.
As empresas dizem que as regras tornarão mais difícil para as emissoras e jornais fazer negócios e responder aos concorrentes na Internet, televisão por satélite e a cabo — entidades que não enfrentam as mesmas restrições.
Críticos da consolidação de mídia têm alertado sobre os perigos de muitos meios de comunicação caindo sob a posse de um punhado de grandes corporações.

Ministra Campello responde às críticas aos programas sociais


Por Oswaldo Alves
Nassif,
li o seu post questionando as críticas ao Brasil Sem Miséria, o caso da família com 19 membros. Nesta fala, que a príncípio deveria centrar-se no problema dos impactos da seca, a ministra do MDS, Teresa Campello, responde às críticas. Aliás, responde de forma muito combativa. A Teresa é uma economista, talvez não tenha 1/10 de visibilidade dos ministros que foram defenestrados, entretanto, está sempre dialogando, apresentando planejamentos, ações, resultados, autocríticas e críticas. Nunca a vi com um discurso vazio, eleitoreiro, apenas ocupando espaço em qualquer palanque. Nesta fala ela critica veementemente o enfoque do jornal O Globo, o preconceito recrudescente contra os pobres. Vai o link:

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As pesquisas para a 'vacina contra o fumo'

Por zanuja castelo branco
Da BBC Brasil
'Vacina contra o cigarro' bloqueia a nicotina no cérebro de ratos
James Gallagher
Correspondente de Saúde, BBC News
Fumantes poderão um dia ser imunizados contra a nicotina para que deixem de sentir prazer com o hábito, segundo pesquisadores nos Estados Unidos.
Os especialistas do Weill Cornell Medical College, em Nova York, criaram uma vacina que leva o organismo do vacinado a produzir anticorpo que atacam a nicotina.
Serão necessários anos de pesquisa antes que a vacina possa ser testada em humanos. Entretanto, o coordenador do estudo, Ronald Crystal, está convencido de que haverá benefícios.O estudo, feito com ratos de laboratório e publicado na revista científica Science Translational Medicine, mostrou que os índices da nicotina no cérebro dos animais foram reduzidos em 85% após a vacinação.
"Parece-nos que a melhor forma de tratar a dependência crônica por nicotina associada ao fumo é ter esses anticorpos fazendo patrulha, limpando o sangue antes que a nicotina possa ter qualquer efeito biológico", ele disse.
Nova abordagem
Outras "vacinas contra o fumo", que treinam o sistema imunológico para produzir anticorpos que se acoplam à nicotina, foram desenvolvidas no passado. Esse é o mesmo método usado em vacinações contra doenças.
O desafio até agora tem sido conseguir produzir anticorpos suficientes para impedir que a droga entre no cérebro e produza a sensação de prazer.
Os cientistas do Weill Cornell Medical College, no entanto, usaram um caminho completamente diferente: eles optaram por criar uma vacina baseada em terapia genética que, segundo eles, é mais promissora.
Um vírus geneticamente modificado contendo instruções para a fabricação de anticorpos de nicotina é usado para infectar o fígado do vacinado. Isso transforma o órgão em uma fábrica desses anticorpos.
Após receber injeções de nicotina, ratos que haviam sido imunizados apresentaram 85% menos nicotina em seus cérebros do que um outro grupo de ratos que não havia sido vacinado.
Não se sabe se isso pode ser repetido em humanos ou se esse índice de redução seria suficiente para ajudar fumantes a abandonar o hábito.
Crystal disse que se tal vacina puder ser criada, "as pessoas saberão que se começarem a fumar novamente, não vão sentir prazer devido à vacina contra a nicotina e isso pode ajudá-las a abandonar o hábito".
"Temos muita esperança de que esse tipo de estratégia (de desenvolvimento da) vacina possa finalmente ajudar milhões de fumantes que tentaram parar, tentaram todos os métodos existentes no mercado hoje, mas sentem que a dependência por nicotina é tão grande que acaba derrotando todas essas abordagens atuais."
'Impressionante'
Também há questões relacionadas à segurança de terapias genéticas em humanos que precisarão ser respondidas.
Darren Griffin, professor de genética da University of Kent, na Inglaterra, disse que os resultados do estudo são "impressionantes e intrigantes, com grande potencial", mas avisou que ainda há muitas questões que precisam ser resolvidas.
Para ele, a questão principal é saber "se os efeitos bioquímicos nos ratos de laboratório se traduziriam em uma dependência reduzida em humanos, uma vez que essas dependências podem ser tanto físicas como psicológicas".
Simon Waddington, do University College London, disse: "A tecnologia em que se baseia a terapia genética está melhorando o tempo todo e é animador ver esses resultados preliminares sugerindo que (a terapia genética) poderia ser usada para resolver o problema da dependência por nicotina".
Se tal vacina fosse criada, poderia haver também questões éticas. Por exemplo, em relação à vacinação de pessoas na infância, antes de que começassem a fumar.