O caso Collor

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Muitos dos que passaram a me acompanhar na blogosfera não tomaram conhecimento da grande discussão que se abriu em meados dos anos 90 sobre o papel e o impeachment de Fernando Collor.
No seu período, fui dos mais ácidos críticos. Consegui processos de seu irmão, Leopoldo, de Marco Antonio Castello Branco, presidente da Telesp, e outros membros do grupo Collor. Meu programa saiu do ar, primeiro na TV Nacional e TV Educativa do Rio (controladas pelo MEC), depois na TV Gazeta, em São Paulo, mediante um acordo de Collor-irmãos Martines e a TV Globo - a Globo repassou à CNT um pacote expressivo de filmes para serem exibidos à meia noite. A condição é que tirassem meu programa do ar.
Quando começou a campanha do impeachment, fui o primeiro a prever o resultado final - conforme narro no capítulo abaixo.E minhas primeiras interpretações endossavam a tese do clamor popular.
A partir de um certo momento, pulei fora, tal o nível de manipulação da mídia. Com o tempo, percebi aspectos positivos em Collor, que passaram despercebidos na época da bazófia dele. Em 1994 escrevi as primeiras colunas revisando alguns pontos.
Narrei essa história em meu livro "O jornalismo dos anos 90", de 2002.