Enviado por Demétrio Weber - 24.9.2011
6h09m.
Elite da rede pública tira quase a mesma nota que rede privada no Enem
A nota média dos concluintes do ensino médio de escolas públicas no país, no último Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2010), foi 95,56 pontos menor do que a média dos estudantes da rede privada.
Os resultados, que dizem respeito apenas às provas objetivas, foram divulgados ontem pelo Ministério da Educação (MEC).
No Enem 2009, a distância havia ficado em 100 pontos, ou seja, ligeiramente maior.
A nota média da rede pública no ano passado foi 490,28, ante 585,84 na rede privada. A escala vai até 1.000.
Há duas semanas, o MEC já havia divulgado a nota média conjunta das redes públicas e privadas, que ficou em 511,21 pontos.
Não foram divulgados os resultados, por rede, da redação.
Na comparação com o Enem de 2009, a nota média dos concluintes em escolas públicas subiu 11 pontos; nas escolas privadas, o aumento foi de 6 pontos.
Do total de concluintes que fizeram o exame em 2010, 221 mil eram de escolas privadas — o equivalente a 22% do total —-, enquanto 790 mil (78%) eram alunos de escolas públicas.
O MEC divulgou também a nota média dos 221 mil alunos de escolas públicas com melhores resultados: 578,21, apenas sete pontos menor do que a nota média dos concluintes da rede privada.
O objetivo do ministério foi mostrar que, no universo da rede pública, há estudantes com pontuação mais alta.
Esse recorte faz crescer o peso das escolas técnicas federais, dos colégios de aplicação e militares no resultado final, uma vez que exclui a maioria dos estudantes da rede pública que fizeram o Enem.
Essa fatia de escolas federais e de aplicação difere do restante da rede pública, porque seleciona seus estudantes por meio dos chamados vestibulinhos, garantindo assim o atendimento somente dos melhores alunos.
Em entrevista à Agência Brasil, o ministro Fernando Haddad destacou o bom desempenho dessa parcela de alunos da rede pública.
Ele lembrou que a nota do Enem abre portas nas universidades federais, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu):
— Isso é importante para sabermos se temos um exército na rede pública em condições competitivas — disse Haddad à Agência Brasil.
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