O caso de Michel Silveira, preso sem provas

Por Fabio (o outro)
Comentário do post "RJ terá que indenizar homem preso por 11 anos injustamente"
Nem se cogita em fazer com que os responsáveis por essa arbitrariedade percam seus cargos e sejam punidos igualmente com prisão.
É tudo muito simples : algum agente público comete um abuso (policial , delegado , juiz , promotor , etc) prejudica alguém , e depois tudo bem , os cofres públicos são obrigados a arcar com indenizacão ao prejudicado e o agente público delinquente continua na sua funcão , certamente cometendo os mesmos delitos. É exatamente isso que faz com que esses casos sejam recorrentes , esses agentes sabem que podem cometer abusos e nada lhes acontecem .


Por exemplo , esse caso que ocorreu no fim do ano passado , alguém sabe se os investigadores , o delegado ou o juiz responderam a processo na corregedoria ?

Preso sem provas em SP passa festas de fim de ano longe da família
03/01/2012 19h36 - Atualizado em 03/01/2012 19h51

Do G1
Prisão aconteceu há mais de dois meses.
Secretaria da Segurança diz que ação da polícia foi aprovada pela Justiça.
Uma prisão em flagrante irregular impediu o agente de saúde Michel Silveira, de 26 anos, de passar as festas de fim de ano com a família em São Paulo. Ele está preso há mais de dois meses sem provas. O crime do qual ele é acusado aconteceu no dia 19 de outubro.
O motorista de um carro que fazia entregas de eletrônicos disse à polícia que foi abordado em uma rua do bairro de Perus. Ele contou que, 15 minutos depois do roubo, o carro foi devolvido pelo ladrão com parte da carga.
Três dias depois do assalto, a vítima viu Michel passando de carro pelo bairro e o reconheceu como um dos autores do crime. O rapaz anotou a placa e o modelo do veículo e avisou a polícia. No dia 28 de outubro, Michel foi abordado. Ele está preso desde então.
As imagens das câmeras de segurança da UBS mostram que, no dia do roubo, Michel foi trabalhar. Ele assinou a ficha de frequência, depois seguiu para um curso fora da unidade e também assinou a lista de presença. O agente estava acompanhado por algumas colegas de trabalho que dizem que o rapaz não deixou o local.
“Nós somos prova, nós estávamos presente neste evento com ele do lado, não tinha como ele estar presente nesse assalto”, diz a colega de trabalho Rogéria Vasconcelos.
No boletim de ocorrência, consta que Michel foi preso em flagrante, mesmo nove dias após o crime. O boletim, registrado no 33º Distrito Policial, é assinado pelo delegado Marcos Antônio Santanieli. Ele não quis gravar entrevista. Em nota, a Secretaria da Segurança negou a informação e disse que Michel não foi preso em flagrante.
“O caso inteiro está girando em torno de suposições e um suposto reconhecimento”, afirmou o advogado Sidney José Santos de Souza. Até agora, a Justiça negou dois pedidos de liberdade a Michel.
A Secretaria da Segurança Pública informou que a ação da Polícia Civil neste caso foi aprovada pela Justiça, que aceitou o pedido de prisão de Michel. A secretaria disse ainda que, na fase do inquérito policial, o agente de saúde não apresentou provas de que estava trabalhando no momento do crime. A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça disse que não pode comentar o caso porque o tribunal está em recesso.