A necessidade do financiamento público de campanha

Por alfredo machado
Comentário no post "As denúncias de Pagot"
Nassif,
O bloco de entrevistas de Luiz Antonio Pagot deixa nítida a necessidade de um modelo de financiamento publico para campanhas políticas, inteiramente livre de $$$ privado.
O modelo atual é bastante perverso, qualquer funcionário público que esteja diretamente ligado a situações cotidianas que dêem margem a recursos “por fora” prá alimentar a máquina das campanhas políticas que, ainda por cima, ocorrem a cada dois ao invés de a cada quatro anos, um calendário absurdo e inconsequente que facilita bastante a permanente pressão dos partidos políticos por $$$ que assegure $$$ para horizonte tão curto.
Qualquer obra pública de relativo vulto demanda, em tese, um período superior a dois anos entre a sua contratação e o seu término, ou seja, a combinação deste atual calendário eleitoral com o financiamento privado de campanhas políticas assegura, sem possibilidade de falha, uma roda viva perene de situações com as enfrentadas pelo ex-diretor do Dnit. Sobre os reais desdobramentos desta patranha permanente, já comentei em mais de uma oportunidade.
Enquanto esta realidade hipócrita permanecer, será sempre muito cômodo esticar o dedo na direção de qualquer administrador público, agente menor desta gigantesca engrenagem que funciona durante as vinte e cinco horas do dia no patropi.
Enquanto esta realidade hipócrita permanecer, sempre haverá uma lista de políticos para serem denunciados, pois esta é regra do jogo – sem recursos suficientes, qualquer político corre o risco de perder o seu mandato para um novato endinheirado. São incontáveis, os casos de personagens que só conseguiram grande número de votos pelo fato de terem $$$ suficiente prá alimentar a investida por um mandato parlamentar, personagens cujo comprometimento com suas bases é nenhum, abaixo de zero até a época da campanha para a própria reeleição.  
Enquanto esta realidade hipócrita permanecer, de nada adianta criticar A ou B, Ideli, Alckmin ou qualquer outro, pois o tumor não está localizado no político, mas no modelo existente que, como eu entendo, funciona ininterruptamente de norte a sul do país.
Enquanto esta realidade hipócrita permanecer, serão $$$$$$ em direção ao ralo.
E viva o brasilsil hipócrita prá xuxu