O modelo de crescimento com inclusão social

Por Roberto São Paulo-SP 2012
Em sua apresentação, Márcio Holland ressaltou que o assunto deve ser discutido de forma ampla, pois, há várias etapas que não podem ser dissociadas. O crescimento é uma delas. “Primeiramente, para se discutir o desenvolvimento econômico sustentável, é preciso um ambiente econômico adequado, com crescimento. Além disso, deve-se considerar a manutenção de políticas de inclusão social, pois, é intolerável falar em crescimento com pobreza”, ressaltou. 

Do Ministério da Fazenda
Holland defende modelo de sustentabilidade, alinhando crescimento econômico e inclusão social
Em audiência na Câmara dos Deputados, secretário enfatizou que é intolerável falar em crescimento com pobreza.

Economia verde depende de resultados macroeconômicos, diz Holland.  Dados ambientais mostram que o país está no caminho da sustentabilidade

O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, disse, nesta quinta-feira, que o Brasil escolheu de forma adequada o modelo de desenvolvimento econômico sustentável, aliando crescimento e inclusão social. 
“O crescimento econômico entrou definitivamente na agenda de governo, após de 30 anos de frágil crescimento econômico. Essa agenda de crescimento veio com aumento de investimentos, emprego, igualdade social e oportunidade”, comentou o secretário, durante audiência pública na Câmara dos Deputados, na qual se debateu o tema "Economia Verde e Tributação". 

Em sua apresentação, Márcio Holland ressaltou que o assunto deve ser discutido de forma ampla, pois, há várias etapas que não podem ser dissociadas. O crescimento é uma delas. “Primeiramente, para se discutir o desenvolvimento econômico sustentável, é preciso um ambiente econômico adequado, com crescimento. Além disso, deve-se considerar a manutenção de políticas de inclusão social, pois, é intolerável falar em crescimento com pobreza”, ressaltou. 

Para o secretário, o governo incluiu milhares de brasileiros no mercado de trabalho de bens e serviços. Programas foram desenhados, como  o Água para todos e o Energia elétrica para todos. “Isso é inclusão social, com inclusão produtiva. Estamos tendo resultados importantes em termos de redução da desigualdade social, que acontece de forma consistente, continuada e independente das adversidades”, explicou. 

Em sua participação, Holland enfatizou o papel do Estado como indutor do desenvolvimento. A atuação do governo serve, por exemplo, para impulsionar os sistemas financeiro (com estímulo ao mercado de crédito) e produtivo (com incentivo à produção de bens com maior eficiência energética e menos impacto ambiental). 

O secretário ainda apresentou dados ambientais, demonstrando que o país está no caminho da sustentabilidade. Os números podem ser encontrados na publicação “Economia Brasileira em Perspectiva”, , na “Seção Especial Economia Verde”.

 Em sua conclusão, Marcio Holland frisou que os resultados macroeconômicos são importantes para dar continuidade à agenda da economia verde. “Se hoje estamos discutindo essa questão é porque temos uma agenda de crescimento bem direcionada: a estabilidade macroeconômica está garantida; o Brasil está com inflação estável; estamos com níveis baixos de desemprego; e uma situação fiscal sólida”, concluiu.

anexo

Economia Brasileira em Perspectiva”, -Seção Especial Economia Verde”.(PDF)
  • 12% da quantidade de água doce superficial do mundo. (ANA, 2007)
  • 70% do país ainda está coberto com vegetação original. (MMA, 2011)
  • 30% das florestas tropicais remanescentes no mundo (SFB / MMA, 2010)
  • Cerca de 90% da geração de eletricidade e 45% do total da demanda energética brasileira são atendidas por fontes renováveis de energia. (MME, 2011)
  • 95% dos carros novos vendidos são flex fuel (gasolina + etanol). (Anfavea, 2011)
  • Mais de 97% das latas de alumínio recicladas. (ABAL, 2010)

A matriz energética brasileira e o desenvolvimento sustentável
Cerca de 45% da matriz energética brasileira é constituída por fontes renováveis, muito acima da média mundial, que é inferior a 20%. Em termos de eletricidade, a participação de fontes renováveis sobe para quase 90% no Brasil, diante da média mundial de 13%, pois sua geração baseia-se essencialmente em hidrelétricas.



Eletricidade de fontes renováveis
O planejamento para a geração de eletricidade em 2020 prioriza o uso de fontes renováveis para suprir a crescente demanda por energia no Brasil. A capacidade instalada deve aumentar cerca de 56,2% em relação a 2010, enquanto o percentual de participação de fontes renováveis deve permanecer acima de 80%.


PAC 2 e fontes alternativas de energia
A segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) também está investindo fortemente em fontes alternativas de energia. Várias usinas térmicas a biomassa e eólicas estão sendo construídas em todo o país.
O Rio Grande do Norte é o estado onde a energia elétrica gerada pelo vento tem o maior número de projetos em fase de implantação ou concluídos,
enquanto São Paulo concentra a maioria das usinas térmicas a biomassa.


Proteção da vegetação natural
O Brasil detém impressionantes 75% de todas as áreas protegidas criadas no mundo desde 2003. Essasáreas dentro do país correspondem a total de 2.635.912 km2 – maior, por exemplo, do que a do território mexicano -, sendo elemento central da estratégia nacional para reduzir o desmatamento e proteger os recursos naturais. Além disso, a legislação brasileira estabelece a obrigação de preservar, pelo menos, 20% da área de todos os imóveis rurais, chegando a 80% para aqueles situados na Amazonia.