O HOMEM CAMINHOFÓBICO
“...e este viver que agora tenho na carne, tenho-o pela fé no Filho de Deus, que me amou, e a Si mesmo se entregou por mim”.
Houve um viver-existir na carne para Paulo. E, sinceramente, Paulo deve ter sido um sujeitinho insuportável antes de encontrar Aquele que Vive.
Sim! Seu surto era tamanho que ele julgava poder ser a severidade de Deus encarnada em ódio e perseguição a todos os que eram do Caminho.
Saulo, se islâmico fosse hoje, não teria deixado espaço para o Bin Laden ser o “Bin Laden”. Com certeza teríamos o Bin Saulo. Esse era o nível da loucura.
“Respirava ameaças...” contra os do Caminho.
A expressão que Lucas usa em Atos a fim de descrever o estado de espírito de Paulo, ainda Saulo, em relação ao Caminho, era a de uma besta raivosa e faminta desejando tragar discípulos.
Ele andava resfolegante de ódio seduzido por algo que ele odiava por pavor de amar.
Por isso queria eliminar aquele fascínio que, por exemplo, corrompera seu primo Barnabé, que vendera uma propriedade e doara os recursos para as necessidades dos do Caminho.
Há quem ache que a conversão de Barnabé pode ter sido o que faltava para fazer de Saulo o pitbul caminhofóbico no qual ele se tornara.
Entretanto, a descrição que ele faz de si mesmo, dizendo que se haviam razões para alguém se gloriar na carne, ele as tinha de sobra: hebreu de hebreus, da tribo de Benjamin, fariseu por escolha de radicalidade, e perseguidor da Igreja de Deus com os ânimos de um campeão da verdade tateando cego em seu ódio apaixonado — revelam seu espírito e sua vida na carne antes de Jesus nele.
Quem odeia demais está pra se entregar!
Disse ele:
“Transbordou a Graça”, como uma represa arrebentada... — disse ele escrevendo a Tito.
“De Trevas houve luz!” — contou ele aos discípulos em Corinto o significado de “início do mundo” que sua conversão carregava para ele. Antes sem forma e vazio de amor. Então Deus diz: “Haja Luz”. E houve Paulo!
“Fui arrancado em trauma, como um nascido fora de tempo” — conta ele numa outra ocasião aos de Corinto também.
Um viver... Saulo.
Outro viver... Paulo.
De perseguidor a perseguido...
De inquisidor a inquirido...
De fariseu a discípulo da Graça...
De etnicista a um vira-lata do amor por todos os homens...
De seguidor da Lei da morte em caminhante na Lei do Amor...
De total justiça-própria à absoluta dependência e confiança na justiça da Cruz...
De blasfemador oficial contra o Caminho a sacrifício vivo e agradável a Deus enquanto sofria com os que antes matava...
De fera faminta, acuada e raivosa..., em homem despojado e que se entregava aos homens em amor.
Saulo era o homem possível... — sendo o que era.
Paulo se tornou o homem impossível... — tornando-se quem se tornou.
Sim! Quem imaginaria tal coisa?
Imagine. Pense na pessoa mais hostil à Graça de Deus e ao Caminho do Evangelho que você conhece. Pensou? Pode vê-lo (a) pregando a Graça com mais intensidade de amor do que você o vê hoje em intensidade de ódio?
Muitos nomes vieram à sua mente?
Agora imagine os ser mais impossível... Sim! impossível por ser possível demais como ente existente — existe de modo insuportável para muitos; porém, inegável.
Imaginou?
Ora, tal pessoa é ainda o gandula da arena na qual Saulo era a fera de tudo e todos!
Jesus escolheu o pior... o impossível.
Saulo era possível como Saulo, mas como Paulo ele era uma total impossibilidade para a imaginação de todos — por isso, os judeus amigos de antes o perseguiam, e os discípulos antes por ele perseguidos nele não criam.
“Eu vou mostrar a você o quanto importa sofrer pelo meu nome!” — disse Jesus a ele.
Um viver... Outro viver...
Agora... — descrido, oprimido aonde ia, seguido por cães raivosos, molestado pelos que se dedicavam à causa da fimose [circuncisão] como salvação, traído muitas vezes, desconhecido, ignorado, e desprezado; enquanto as ações dos que sobre ele incidiam declaravam a ele, pelo ódio, o mesmo tipo de angustia que antes o habitava.
Agora... — de campeão da lei se torna o “supremo transgressor” dela, não porque a transgredisse, mas porque dela não precisava para mais nada, pois, descobrira que somente o amor cumpre a lei sem justiça-própria.
Agora... — nada mais lhe interessa além do Evangelho de Deus que lhe fora confiado como bom deposito a ser aberto em todas as cidades, guetos e praças do mundo... E distribuído de Graça.
Agora... — quanto mais serve, mais acidentes lhe acontecem..., mas ele nunca pára. Por amor a Jesus nem “deus”, nem o “destino”, nem a “ira”, e nem a “justiça divina” o param em nada — pois, para ele, todo acidente era desígnio de Jesus: um novo lugar para o “Boy de Deus” levar recado de amor aos homens, como aos maravilhosos “bárbaros” de Malta.
Sim! É o tal viver que agora ele tem na carne, no corpo, no ser que se movia ante a percepção geral, que o põe adiante contra todo desprezo, perseguição, indiferença, traições, e ataques de morte, dos homens e do diabo.
Ele simplifica: “... esse viver... vivo-o pela fé no Filho de Deus que me amou...”
É vida movida a amor!
Sim! Amor — o único combustível existencial
“...e este viver que agora tenho na carne, tenho-o pela fé no Filho de Deus, que me amou, e a Si mesmo se entregou por mim”.
Houve um viver-existir na carne para Paulo. E, sinceramente, Paulo deve ter sido um sujeitinho insuportável antes de encontrar Aquele que Vive.
Sim! Seu surto era tamanho que ele julgava poder ser a severidade de Deus encarnada em ódio e perseguição a todos os que eram do Caminho.
Saulo, se islâmico fosse hoje, não teria deixado espaço para o Bin Laden ser o “Bin Laden”. Com certeza teríamos o Bin Saulo. Esse era o nível da loucura.
“Respirava ameaças...” contra os do Caminho.
A expressão que Lucas usa em Atos a fim de descrever o estado de espírito de Paulo, ainda Saulo, em relação ao Caminho, era a de uma besta raivosa e faminta desejando tragar discípulos.
Ele andava resfolegante de ódio seduzido por algo que ele odiava por pavor de amar.
Por isso queria eliminar aquele fascínio que, por exemplo, corrompera seu primo Barnabé, que vendera uma propriedade e doara os recursos para as necessidades dos do Caminho.
Há quem ache que a conversão de Barnabé pode ter sido o que faltava para fazer de Saulo o pitbul caminhofóbico no qual ele se tornara.
Entretanto, a descrição que ele faz de si mesmo, dizendo que se haviam razões para alguém se gloriar na carne, ele as tinha de sobra: hebreu de hebreus, da tribo de Benjamin, fariseu por escolha de radicalidade, e perseguidor da Igreja de Deus com os ânimos de um campeão da verdade tateando cego em seu ódio apaixonado — revelam seu espírito e sua vida na carne antes de Jesus nele.
Quem odeia demais está pra se entregar!
Disse ele:
“Transbordou a Graça”, como uma represa arrebentada... — disse ele escrevendo a Tito.
“De Trevas houve luz!” — contou ele aos discípulos em Corinto o significado de “início do mundo” que sua conversão carregava para ele. Antes sem forma e vazio de amor. Então Deus diz: “Haja Luz”. E houve Paulo!
“Fui arrancado em trauma, como um nascido fora de tempo” — conta ele numa outra ocasião aos de Corinto também.
Um viver... Saulo.
Outro viver... Paulo.
De perseguidor a perseguido...
De inquisidor a inquirido...
De fariseu a discípulo da Graça...
De etnicista a um vira-lata do amor por todos os homens...
De seguidor da Lei da morte em caminhante na Lei do Amor...
De total justiça-própria à absoluta dependência e confiança na justiça da Cruz...
De blasfemador oficial contra o Caminho a sacrifício vivo e agradável a Deus enquanto sofria com os que antes matava...
De fera faminta, acuada e raivosa..., em homem despojado e que se entregava aos homens em amor.
Saulo era o homem possível... — sendo o que era.
Paulo se tornou o homem impossível... — tornando-se quem se tornou.
Sim! Quem imaginaria tal coisa?
Imagine. Pense na pessoa mais hostil à Graça de Deus e ao Caminho do Evangelho que você conhece. Pensou? Pode vê-lo (a) pregando a Graça com mais intensidade de amor do que você o vê hoje em intensidade de ódio?
Muitos nomes vieram à sua mente?
Agora imagine os ser mais impossível... Sim! impossível por ser possível demais como ente existente — existe de modo insuportável para muitos; porém, inegável.
Imaginou?
Ora, tal pessoa é ainda o gandula da arena na qual Saulo era a fera de tudo e todos!
Jesus escolheu o pior... o impossível.
Saulo era possível como Saulo, mas como Paulo ele era uma total impossibilidade para a imaginação de todos — por isso, os judeus amigos de antes o perseguiam, e os discípulos antes por ele perseguidos nele não criam.
“Eu vou mostrar a você o quanto importa sofrer pelo meu nome!” — disse Jesus a ele.
Um viver... Outro viver...
Agora... — descrido, oprimido aonde ia, seguido por cães raivosos, molestado pelos que se dedicavam à causa da fimose [circuncisão] como salvação, traído muitas vezes, desconhecido, ignorado, e desprezado; enquanto as ações dos que sobre ele incidiam declaravam a ele, pelo ódio, o mesmo tipo de angustia que antes o habitava.
Agora... — de campeão da lei se torna o “supremo transgressor” dela, não porque a transgredisse, mas porque dela não precisava para mais nada, pois, descobrira que somente o amor cumpre a lei sem justiça-própria.
Agora... — nada mais lhe interessa além do Evangelho de Deus que lhe fora confiado como bom deposito a ser aberto em todas as cidades, guetos e praças do mundo... E distribuído de Graça.
Agora... — quanto mais serve, mais acidentes lhe acontecem..., mas ele nunca pára. Por amor a Jesus nem “deus”, nem o “destino”, nem a “ira”, e nem a “justiça divina” o param em nada — pois, para ele, todo acidente era desígnio de Jesus: um novo lugar para o “Boy de Deus” levar recado de amor aos homens, como aos maravilhosos “bárbaros” de Malta.
Sim! É o tal viver que agora ele tem na carne, no corpo, no ser que se movia ante a percepção geral, que o põe adiante contra todo desprezo, perseguição, indiferença, traições, e ataques de morte, dos homens e do diabo.
Ele simplifica: “... esse viver... vivo-o pela fé no Filho de Deus que me amou...”
É vida movida a amor!
Sim! Amor — o único combustível existencial
Nenhum comentário:
Postar um comentário