Professora da PUC-SP Rita Alves. Fonte: Acampa Sampa
A docente explicou que, atualmente, os espaços públicos se transformaram em apenas espaços de passagens que não favorecem as relações entre pessoas, sendo que “a ocupação feita dessa maneira [se referindo às acampadas de Wall Street, Londres e São Paulo] significa uma resistência a essa tendência contemporânea de transformação dos espaços públicos em não lugares”.
Sobre a ideia de formação de uma universidade livre, Rita analisou que, nos últimos séculos, a atividade do professor em sala de aula não acompanhou a evolução da sociedade humana.
“Se um médico do século XIX entrasse hoje numa sala de cirurgia, provavelmente não saberia nem onde está o paciente, muito menos como começar a trabalhar. No entanto, um professor do século XIX que entrasse numa sala de aula atual daria a mesma aula, no máximo com um datashow ou Power Point”, argumentou, apontando para a necessidade de se reinventar os espaços de aprendizagem, no sentido de uma construção conjunta de conhecimentos e troca de informações.
Caio Castro, 28, estudante de arquitetura, e um dos acampados, declarou durante o debate que o grupo já tem uma comissão formada para planejar as aulas “que pode vir a ser a Universidade Livre do Anhangabaú”, completou.
Brasil
No Brasil, o principal motivo dos acampamentos de protesto, que ocorrem nas cidades de Belém, Salvador, Porto Alegre, São Paulo e Campinas, é a baixa participação popular nas decisões políticas. Dentro do movimento discute-se uma série de pautas e as principais, segundo Carmen Sampaio, do coletivo Brasil pelas Florestas, são:
1 – A construção de uma nova cultura política;
2 – A construção da hidrelétrica de Belo Monte;
3 – O novo Código Florestal, em votação no Senado;
4 – Tarifa zero no transporte público;
5 – 10% do PIB do país para a educação;
6 – Fim do uso de quaisquer armamentos para uso em manifestações;
7 – O cumprimento da sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos pela desobstrução da justiça nos casos de militantes torturados no período da ditadura militar brasileira, e a entrega de todos os corpos da guerrilha do Araguaia;
8 – Aprovação da PLC 122, projeto de lei por um Brasil sem homofobia.
“O acampamento é permanente e só dialoga com o governante quando ele vier para nossa assembléia”, completou Carmen. No momento, cerca de 150 pessoas ocupam o Viaduto do Chá em São Paulo.
A docente explicou que, atualmente, os espaços públicos se transformaram em apenas espaços de passagens que não favorecem as relações entre pessoas, sendo que “a ocupação feita dessa maneira [se referindo às acampadas de Wall Street, Londres e São Paulo] significa uma resistência a essa tendência contemporânea de transformação dos espaços públicos em não lugares”.
Sobre a ideia de formação de uma universidade livre, Rita analisou que, nos últimos séculos, a atividade do professor em sala de aula não acompanhou a evolução da sociedade humana.
“Se um médico do século XIX entrasse hoje numa sala de cirurgia, provavelmente não saberia nem onde está o paciente, muito menos como começar a trabalhar. No entanto, um professor do século XIX que entrasse numa sala de aula atual daria a mesma aula, no máximo com um datashow ou Power Point”, argumentou, apontando para a necessidade de se reinventar os espaços de aprendizagem, no sentido de uma construção conjunta de conhecimentos e troca de informações.
Caio Castro, 28, estudante de arquitetura, e um dos acampados, declarou durante o debate que o grupo já tem uma comissão formada para planejar as aulas “que pode vir a ser a Universidade Livre do Anhangabaú”, completou.
Brasil
No Brasil, o principal motivo dos acampamentos de protesto, que ocorrem nas cidades de Belém, Salvador, Porto Alegre, São Paulo e Campinas, é a baixa participação popular nas decisões políticas. Dentro do movimento discute-se uma série de pautas e as principais, segundo Carmen Sampaio, do coletivo Brasil pelas Florestas, são:
1 – A construção de uma nova cultura política;
2 – A construção da hidrelétrica de Belo Monte;
3 – O novo Código Florestal, em votação no Senado;
4 – Tarifa zero no transporte público;
5 – 10% do PIB do país para a educação;
6 – Fim do uso de quaisquer armamentos para uso em manifestações;
7 – O cumprimento da sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos pela desobstrução da justiça nos casos de militantes torturados no período da ditadura militar brasileira, e a entrega de todos os corpos da guerrilha do Araguaia;
8 – Aprovação da PLC 122, projeto de lei por um Brasil sem homofobia.
“O acampamento é permanente e só dialoga com o governante quando ele vier para nossa assembléia”, completou Carmen. No momento, cerca de 150 pessoas ocupam o Viaduto do Chá em São Paulo.
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