A alteração dos planos da Oi

Da Folha
Oi quer alterar todos os planos que são oferecidos aos usuários
JULIA BORBA
A Oi pretende alterar todos os pacotes de telefonia móvel que são oferecidos aos usuários. A criação de novos planos serviria para atender a perfis diferentes de clientes, segundo o diretor de planejamento executivo da empresa, João de Deus.
"Parece que é bom para a empresa que o cliente compre um pacote de dados menor do que ele precisa de verdade, porque assim a conta sairia mais cara. Mas não é verdade. O plano precisa se adequar à renda da pessoa também, ao que ela consegue pagar", disse.
A empresa entregou nesta quarta-feira um plano, com cerca de 300 páginas, para melhoria dos serviços à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Ao ser informado de que o plano entregue pela TIM teria aproximadamente 500 páginas a mais, o diretor brincou: "Tem gente que precisa explicar muito."
A Oi pretende marcar uma nova reunião com técnicos da agência no início da próxima semana, para saber se ainda há ajustes a fazer para conseguir retomar as vendas nos Estados em que foi punida.
Logo após sair da Anatel, representantes da companhia se encontraram com o Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, para mostrá-lo as pretensões da empresa para os próximos dois anos.
COPA DO MUNDO
João de Deus destacou que a empresa pretende ampliar a cobertura de voz e dados nos estádios durante a realização dos jogos esportivos, como Copa do Mundo e das Confederações.
A Oi anunciou também que deve investir R$ 24 bilhões para aprimorar o funcionamento da companhia até 2014. A verba servirá tanto para os serviços de banda larga, quanto para telefonia móvel e fixa.
Em 2012, a telefonia móvel deve receber investimentos de R$ 2 bilhões. O valor vai financiar 10 mil projetos para melhoria da infraestrura, como troca de antenas e ampliação da capacidade.
O diretor de planejamento executivo da empresa disse ainda que considera a suspensão das vendas pela Anatel como uma ação legítima e diz que não questiona os indicadores que levaram à decisão, porque a Oi não questiona a competência da agência reguladora.