Os conceitos de lazer
Enviado por luisnassif, dom, 01/07/2012 - 12:49
Comentário ao post "O
sentido do lazer e o lazer sem sentido no curta 'Leisure"
Por ZazoF
Lazer é um tema interessantíssimo. Aristóteles o relacionava à paz: o oposto de guerra. Sebastian de Grazia, em 1962, lançou o seu Of Time, Work and Leisure (Sobre Tempo, Trabalho e Lazer), onde ele defende que saber o que fazer no tempo livre é fundamental para uma sociedade. As mulheres espartanas em períodos de paz, diz ele, podiam causar mais problemas do que nações rivais em guerra.
Interessante é que o conceito de desenvolvimento que optamos no Brasil, seguindo o modelo dos países do norte, nos faz já saber o que teremos no futuro: exatamente o que eles têm. Altíssimos níveis de desemprego e ao mesmo tempo atmosféricos níveis de estresse. Saber o que fazer com o tempo livre é uma obrigação para quem quer repensar o conceito de desenvolvimento.
Numa breve análise etimológica do termo ‘lazer’, temos que ele vem do latim licere, que por sua vez vem da escola de Aristóteles, o Liceu. Interessante que, em grego, lazer é scholé: um termo que dá origem à ‘escola’ em diversas línguas: school em inglês, Schule em alemão. Tudo indica que num passado longínquo, lazer englobava o aprendizado e as descobertas. (para quem quiser se divertir com estudos de etimologia, há um ótimo dicionário online: http://www.etymonline.com/).
Minha filha de dois anos adora ler seus livrinhos de figuras. Uma de suas brincadeiras preferidas é ir à sua mini biblioteca, escolher o livrinho e trazer para que eu, ou a mãe, o leia. Morro de medo de não a deixarem escolher o livrinho na escola: “Tem que ler este livro aqui!” Se isso acontecer, ela vai parar de gostar de livros. Livros, que são seu lazer hoje, se tornariam seu trabalho. Ah! E a propósito, trabalho vem do latimtripalium: um instrumento de tortura romano.
Por ZazoF
Lazer é um tema interessantíssimo. Aristóteles o relacionava à paz: o oposto de guerra. Sebastian de Grazia, em 1962, lançou o seu Of Time, Work and Leisure (Sobre Tempo, Trabalho e Lazer), onde ele defende que saber o que fazer no tempo livre é fundamental para uma sociedade. As mulheres espartanas em períodos de paz, diz ele, podiam causar mais problemas do que nações rivais em guerra.
Interessante é que o conceito de desenvolvimento que optamos no Brasil, seguindo o modelo dos países do norte, nos faz já saber o que teremos no futuro: exatamente o que eles têm. Altíssimos níveis de desemprego e ao mesmo tempo atmosféricos níveis de estresse. Saber o que fazer com o tempo livre é uma obrigação para quem quer repensar o conceito de desenvolvimento.
Numa breve análise etimológica do termo ‘lazer’, temos que ele vem do latim licere, que por sua vez vem da escola de Aristóteles, o Liceu. Interessante que, em grego, lazer é scholé: um termo que dá origem à ‘escola’ em diversas línguas: school em inglês, Schule em alemão. Tudo indica que num passado longínquo, lazer englobava o aprendizado e as descobertas. (para quem quiser se divertir com estudos de etimologia, há um ótimo dicionário online: http://www.etymonline.com/).
Minha filha de dois anos adora ler seus livrinhos de figuras. Uma de suas brincadeiras preferidas é ir à sua mini biblioteca, escolher o livrinho e trazer para que eu, ou a mãe, o leia. Morro de medo de não a deixarem escolher o livrinho na escola: “Tem que ler este livro aqui!” Se isso acontecer, ela vai parar de gostar de livros. Livros, que são seu lazer hoje, se tornariam seu trabalho. Ah! E a propósito, trabalho vem do latimtripalium: um instrumento de tortura romano.
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