quarta-feira, 29 de agosto de 2012


A negociação de reajustes salariais dos bancários

Por Marco Antonio L.
Da Rede Brasil Atual
Oferta representa 0,7% de aumento real e não atende à reivindicação da categoria de 10,25%, sendo 5% de ganho
São Paulo – Depois de quatro semanas de negociação, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou hoje (28) uma proposta de reajuste salarial de 6% para os bancários de todo o país. Descontando a inflação acumulada, a oferta prevê ganho real de 0,7%. As discussões continuam amanhã, a partir das 10h. A categoria, com data-base em 1º de setembro, reivindica 10,25%, sendo 5% de aumento real e reposição da inflação (projetada em 5%). Os bancários também querem Participação nos Lucros ou Resultados (PRL) de três salários mais R$ 4.961,25 e o piso com o salário mínimo do Dieese (R$ 2.416,38). 
Para a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, a proposta dos bancos não atende às reivindicações. "Com lucro líquido de bilhões de reais eles têm de dividir esses resultados, pagando melhores salários, PLR e tíquetes com valores maiores, contratando mais funcionários para melhorar as condições de trabalho e de atendimento à população”, disse.
O lucro líquido dos sete principais bancos do país somou R$ 25,8 bilhões no primeiro semestre deste ano, representado aumento de 1,13% em relação ao mesmo período de 2011.
"Pelos lucros fantásticos que o sistema financeiro continua produzindo, graças principalmente ao aumento da produtividade dos bancários, há condições objetivas para atender às nossas reivindicações”, disse o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Carlos Cordeiro.
Segundo o sindicato, houve alguns avanços nas negociações, entre eles a implementação de um projeto piloto em uma região do país, com medidas de segurança efetivas – com a instalação de portas de segurança, instalação de biombos entre os caixas e as filas, cameras de segurança nas áreas internas e externas das agências, entre outros, em local a ser estudado pela Fenaban.
A categoria também luta por piso salarial de R$ 2.416,38, mais contratações, fim da rotatividade, combate ao assédio moral e reajuste dos benefícios.

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