O fiasco da doutrina da austeridade, por Krugman
Enviado por luisnassif, sex, 27/04/2012 - 10:53
De Paul Krugman / Blogs
Estadão
E agora os resultados são que os keynesianos estavam totalmente certos, e os “austerianos” totalmente errados – com enorme custo humano.
Gostaria de poder acreditar que isso realmente seria suficiente para prosseguirmos e analisarmos o que pode ser feito, agora que sabemos que as ideias por trás da política recente estavam todas erradas. Mas isso é otimismo injustificado, imagino. Ninguém admite que esteve errado, e as ideias “austerianas” têm um claro apelo político e emocional à prova de qualquer evidência.
Não sabes, meu filho, com quão pouca sabedoria o mundo é governado.
O grande erro
Paul Krugman
É “Oficial: Keynes Estava Certo”, diz Henry
Blodget. Os resultados eleitorais recentes na Europa parecem ter elevado a
consciência de uma maneira que literalmente anos de dados econômicos não
conseguiram: a doutrina da austeridade que regeu a polícia europeia é um grande
fiasco.
Eu poderia ter-lhes dito que isso ocorreria, e com certeza, o fiz.Então não mencionei que após três anos de advertências sombrias de que os vigilantes de bônus estão atacando, a taxa de juros de títulos americanos de 10 anos continua abaixo de 2%.
mportante compreender que o que estamos vendo não
é uma falência da economia ortodoxa. A economia padrão neste caso – isto é, a
economia baseada no que a profissão aprendeu nessas três últimas gerações, e
quanto a isso, na maioria dos manuais – era a posição keynesiana. Essa coisa de
austeridade foi inventada do nada e de alguns exemplos históricos duvidosos para
servir os preconceitos da elite.
Eu poderia ter-lhes dito que isso ocorreria, e com certeza, o fiz.Então não mencionei que após três anos de advertências sombrias de que os vigilantes de bônus estão atacando, a taxa de juros de títulos americanos de 10 anos continua abaixo de 2%.
E agora os resultados são que os keynesianos estavam totalmente certos, e os “austerianos” totalmente errados – com enorme custo humano.
Gostaria de poder acreditar que isso realmente seria suficiente para prosseguirmos e analisarmos o que pode ser feito, agora que sabemos que as ideias por trás da política recente estavam todas erradas. Mas isso é otimismo injustificado, imagino. Ninguém admite que esteve errado, e as ideias “austerianas” têm um claro apelo político e emocional à prova de qualquer evidência.
Não sabes, meu filho, com quão pouca sabedoria o mundo é governado.
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