Pesquisa revela baixa credibilidade do legislativoEnviado por luisnassif, seg, 30/04/2012 - 13:51
Por Marco Antonio
L.
A CPI do Cachoeira e a credibilidade do Legislativo Por Leonardo Avritzer, Da Carta Maior A instalação pelo Congresso Nacional da CPI para investigar os negócios do contraventor Carlinhos Cachoeira com o sistema político e também outros atores privados é bem-vinda e pode significar um papel ativo do Legislativo no processo de combate à corrupção no Brasil. No entanto, dado o histórico das CPIs é interessante tomar alguns cuidados para que, ao final, ela não signifique mais um episódio de desgaste do Legislativo. Nas duas pesquisas sobre corrupção feitas pelo Centro de Referência do Interesse Público da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o CRIP, apareceram dois dados preocupantes em relação ao papel do Congresso Nacional no combate ao problema. /> Quando perguntamos aos entrevistados se conheciam as iniciativas de combate à corrupção do Congresso, 61% responderam positivamente. Elas eram mais conhecidas, por exemplo, que as ações do Judiciário e de órgãos de controle como a Controladoria Geral da União (CGU). Mas quando perguntamos sobre a efetividade das ações do Legislativo no combate à corrupção, elas ocupavam o último lugar, atrás da Polícia Federal, Judiciário e da CGU. A percepção da opinião pública sobre as investigações de corrupção do Congresso Nacional é que as CPIs não são efetivas. Quando nos perguntamos qual é o motivo desta disparidade entre conhecimento das CPIs e a baixa credibilidade da opinião pública quanto à sua efetividade, a resposta que parece expressar melhor esta atitude seria a da parcialidade das CPIs, constituídas pelo Congresso Nacional com base na representação dos partidos na Câmara e no Senado. Até aí nada de errado, na medida em que o princípio da soberania e do voto da maioria constitui o Legislativo e não se poderia esperar que não houvesse maiorias e minorias nas CPIs. No entanto, o problema das CPIs é que, em vez de investigar escândalos relevantes e apresentar relatórios bem fundamentados à opinião pública para propiciar a punição de malfeitos, elas rapidamente se transformam em espaços de disputas de poder entre governo e oposição. O governo quer investigar a oposição e a oposição quer investigar o governo. Além disso, há um insuportável processo de vazamento de informações que, frequentemente, atrapalha as investigações ainda em curso. No final, o Congresso tem a sua credibilidade manchada por estes comportamentos. Este é o risco da CPI do Cachoeira. O que a opinião pública espera, é que ela utilize os instrumentos da legislação, a convocação, a quebra de sigilo bancário e até mesmo o uso de dados coletados pela Policia Federal, para explicar duas coisas: a influência do crime organizado no Congresso Nacional e a triangulação entre escutas telefônicas, imprensa e tráfico de influência em Brasília. Estes são os dois objetos que se espera sejam apurados em todas a sua extensão pela CPI. É verdade que a grande imprensa já apontou um outro foco para a comissão, a relação específica entre alguns políticos do governo e da oposição e o contraventor Carlinhos Cachoeira. Limitar a CPI a este foco certamente terá consequências bastante deletérias para a reputação do Congresso Nacional. A primeira delas é despertar um movimento de defesa e ataque entre governo e a oposição no momento em que forem examinadas as situações de políticos como Demóstenes Torres (ex-DEM, agora sem partido), de um lado, e Agnelo Queiroz (PT) de outro. Essa é a falsa polarização que a grande imprensa gostaria que ocorresse. De um lado, essa polarização dará visibilidade à CPI, mas às custas da perda ainda maior de credibilidade do Congresso. De outro lado, há em parte da grande imprensa a tentativa de retirar as relações entre a revista Veja e Carlinhos Cachoeira do foco da CPI. Acho extremamente importante evitarmos a polarização entre governo e oposição para não perdermos o foco da CPI. A verdadeira questão desta comissão de inquérito é como o crime organizado se articula, em especial, quais são os seus tentáculos no Congresso Nacional. Sabemos muito pouco sobre a relação entre o crime organizado e sistema político no Brasil, ainda que seja bastante comentada a informação de que o crime organizado é um dos grandes financiadores de campanhas pelo sistema político. É preciso investigar a veracidade destas informações e tornar o Legislativo menos vulnerável às incursões do crime organizado. Em segundo lugar, interessa à opinião pública e à democracia no Brasil saber quais eram (ou são) as relações entre a revista semanal Veja e o esquema de escutas ilegais em Brasília. Interessa à opinião pública saber se esse era um lobby, se o lobby era apenas político ou também econômico. Interessa saber se escutas que foram publicadas pelo semanário paulista e que derrubaram administradores públicos que cobravam da construtora Delta revisões em obras mal feitas foram ou não remuneradas pela mesma construtora. E, se foram remuneradas, quem foi pago. A resposta a esta questão irá determinar a maneira como se entenderá a relação entre imprensa, transparência e democracia no Brasil. Se o Legislativo for capaz de responder a essas perguntas com coerência e transparência, ele tem toda a condição de recuperar parte da sua credibilidade e da credibilidade das CPIs.
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segunda-feira, 30 de abril de 2012
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Além de envolvido com o crime organizado, o cara não tem senso do ridículo.
Do Amigos do Presidente Lulasábado, 28 de abril de 2012'Chanceler' Cachoeira mediou para Berlusconi receber Demóstenes na Itália Demóstenes Torres deveria pedir desculpas "em nome do povo brasileiro", no encontro, pela não extradição de Cesare Battisti.
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O bicheiro Carlinhos Cachoeira também atuou como uma espécie de "Chanceler" informal do DEM (ministro informal das relações exteriores para o senador Demóstenes Torres).
Em junho de 2011, através de uma conhecida, o bicheiro articulou um convite do então primeiro-ministro Silvio Berlusconi para receber Demóstenes Torres (ex-DEM) na Itália
O deferência teria uma contrapartida imprópria para a soberania nacional: Demóstenes se abaixaria" diante de Berlusconi para pedir desculpas "em nome do povo brasileiro", pela não extradição de Cesare Battisti. O senador concordou e disse: "Faço isso com o maior prazer".
O plano de Cachoeira previa avisar a velha imprensa brasileira, para ampla cobertura:
Poucos dias antes deste telefonema, Demóstenes havia feito um discurso na tribuna do Senado bajulando Berlusconi: Pediu desculpas à nação italiana pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de não extraditar Cesare Battisti.
SAI DAI AGORA E JA, CANALHA. E LEVE SEU GILMARZINHO TAMBEM.
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Do Brasil247
“Vítimas” de arapongas eram os espiões do DFFoto: Edição/247INQUÉRITO REVELA ÍNTIMO RELACIONAMENTO ENTRE O DEPUTADO FERNANDO FRANCISCHINI (PSDB/PR) E O SARGENTO DADÁ; PARLAMENTAR TUCANO, QUE PEDIU A PRISÃO DE AGNELO QUEIROZ, EM RAZÃO DO ESCÂNDALO DA ARAPONGAGEM, PRETENDIA ATÉ TRAZER SEU TÍTULO DE ELEITOR PARA O DF, ONDE CONCORRERIA AO BURITI
30 de Abril de 2012 às 13:04
247 – Não faltará assunto para a CPI da Arapongagem, instalada no Distrito Federal, para investigar um suposto Watergate que teria sido montado no Palácio do Buriti, por aliados do governador Agnelo Queiroz, para investigar políticos, empresários e jornalistas.
Na noite deste domingo,
...Ver mais reportagem do 247 revelou que um dos supostos alvos da arapongagem, o vice-governador do Distrito Federal, o peemedebista Tadeu Filipelli, tramava contra o governador. E, segundo o inquérito, remunerava jornalistas, como Mino Pedrosa e Edson Sombra, para provocar o impeachment de Agnelo Queiroz. A mesada de Mino, segundo uma conversa gravada do sargento Idalberto Matias, o Dadá, seria de R$ 100 mil.
Agora, surgem fatos novos, ainda mais estarrecedores, que envolvem outra autointitulada vítima da arapongagem: o deputado Fernando Francischini (PSDB/PR). Em 16 de abril deste ano, quando Veja publicou a reportagem “Espiões vermelhos”, sobre o suposto núcleo de arapongagem no DF, Francischini anunciou que pediria a prisão do governador Agnelo Queiroz.
O que o inquérito revela, no entanto, é bem mais grave. Francischini, que é membro da CPI do Cachoeira, mantinha íntimo relacionamento com os espiões da quadrilha de Carlos Cachoeira – a mesma que, associada à construtora Delta, pretendia se infiltrar no Distrito Federal.
No anexo 7 do inquérito (leia mais aqui), há várias menções ao nome de Francischini – e todas elas, anteriores à publicação da reportagem de Veja sobre os “espiões vermelhos”.
No dia 31 de janeiro, Dadá faz referência a uma mensagem enviada por Francischini. Dadá se refere ainda a um contrato na Polícia Civil do Distrito Federal e a um encontro com o parlamentar tucano.
No dia 4 de fevereiro, Dadá telefona para o bicheiro Carlos Cachoeira e revela que vem sendo ajudado por Francischini. Diz até que o parlamentar tucano estaria trazendo seu título de eleitor do Paraná para o Distrito Federal, onde tentaria ser candidato a governador.
- Quem me falou foi um cara que tá ajudando a gente... é, montando um escritório aí, com aquele delegado Francischini, bancando pra fuder o governador... e o Francischini tá trazendo – é deputado federal que é delegado – tá trazendo o título dele para ser candidato a governador.
No dia 16 de abril, Veja publicou a reportagem sobre os espiões vermelhos. No dia 17, Francischini representou à procuradoria-geral da República, solicitando a prisão de Agnelo Queiroz alegando que o governador teria promovido uma devassa em sua vida. Só não contou que, três meses antes, reunia-se com o araponga Dadá, que espionava o Buriti.
Leia, abaixo, a reportagem “Espiões Vermelhos”, publicada por Veja em 16 de abril deste ano.
VEJA: Espiões vermelhos
16/04/2012
O Ministério Público descobre que o governo petista de Brasília criou uma repartição para investigar aliados, adversários políticos, promotores e jornalistas
Rodrigo Rangel
Desde que assumiu o cargo, no ano passado, o governador do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz, vive enredado em denúncias. Já vieram à tona irregularidades dos tempos em que era ministro do Esporte do governo Lula, acusações de cobrança de propina quando era diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, agora, conluio entre seu gabinete e os negócios do contraventor Carlinhos Cachoeira. Agnelo é investigado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em todos os casos, ele jura inocência e repete que tudo não passa de perseguição política, porque estaria tentando livrar a capital do país de uma rede de corrupção montada por antecessores. O esforço do governador para se afastar dos problemas, no entanto, parece ter extrapolado muito qualquer tática defensiva. Agnelo resolveu investigar clandestinamente seus acusadores, um velho hábito do PT para tentar se safar de denúncias de corrupção a partir da destruição do acusador. Estão no rol do governador políticos, promotores e jornalistas.
A ação ilegal de arapongas a serviço do governador está sob investigação do Ministério Público do Distrito Federal. Policiais militares formalmente lotados no palácio do governo, a poucos metros de seu gabinete, violaram sistemas oficiais de informações, inclusive da Receita Federal, para levantar dados sobre alvos escolhidos pelo gabinete do governador. A bisbilhotagem, até onde os investigadores já descobriram, começou no fim do ano passado e teve como vítima o deputado Federal Fernando Francischini, do PSDB do Paraná. Delegado da Polícia Federal, Francischini tornou-se inimigo de Agnelo depois de defender publicamente a prisão do governador com base em documentos que comprovariam uma evolução patrimonial incompatível com os vencimentos do petista. A partir daí, começaram a circular em Brasília dossiês com detalhes da vida privada do deputado, que registrou queixa na policia. O Ministério Público, então, passou a investigar a origem das informações que constavam nos dossiês. Para identificar os responsáveis, foram feitos pedidos de informações a órgãos que gerenciam os bancos de dados oficiais.
As primeiras respostas vieram do Ministério da Justiça, que mantém sob sua guarda o Infoseg, sistema que reúne informações sobre todos os brasileiros - desde números de documentos pessoais até endereços e pendengas com a Justiça. Abastecido pelas Polícias do país e protegido por sigilo, o sistema só pode ser aberto por funcionários autorizados em investigações formais. Cada acesso deixa registrada a senha de quem fez a consulta. Seguindo esse rastro, os investigadores descobriram o nome de dois policiais militares de Brasília que haviam consultado informações sobre o deputado Francischini no fim do ano passado, justamente no período em que o parlamentar fez as denúncias contra o governador. Responsáveis pela arapongagem, o subtenente Leonel Saraiva e o sargento Itaelson Rodrigues estavam lotados na Casa Militar do Palácio do Buriti, a sede do governo do Distrito Federal. Detalhe: as consultas haviam sido feitas a partir de computadores do governo localizados dentro do palácio.
Identificados os dois militares, o passo seguinte foi conferir no sistema as outras fichas consultadas por eles. Descobriu-se que os policiais haviam violado informações sobre mais de vinte indivíduos, todos desafetos do governador. Uma das vítimas foi o promotor de Justiça Wilton Queiroz de Lima, coordenador do Núcleo de Inteligência do Ministério Público de Brasília e responsável por algumas das principais investigações que envolvem a gestão de Agnelo. A lista inclui jornalistas cujas reportagens descontentaram o governador. Para surpresa dos investigadores, os arapongas violaram dados até de aliados, como os do vice de Agnelo, o peemedebista Tadeu Filippelli. A mesma sorte teve o chefe de Polícia da capital, Jorge Xavier, que foi seguido e filmado pelos arapongas. No caso do deputado Francischini, a investigação indica que as violações se estenderam aos sistemas da Receita Federal. Dados cadastrais do parlamentar guardados nos arquivos do Fisco foram consultados, no mesmo período, a partir de uma senha de uso exclusivo do governo do Distrito Federal.
Na quinta-feira, VEJA localizou um dos arapongas em pleno expediente no palácio. Ao ser indagado sobre a função que exerce no governo, o subtenente Saraiva silenciou. Sobre os dados pesquisados ilegalmente, saiu pela tangente: "Eu nem tenho acesso a isso". Já o sargento Itaelson não foi localizado. Coube a outro policial militar, lotado numa das entradas do palácio e conhecido dos arapongas, a confidência sobre a real atividade da área em que trabalham: "É o setor de inteligência". Os dois militares foram nomeados no fim do ano passado, em atos assinados pelo próprio Agnelo para cargos comissionados na Subsecretaria de Operações da Casa Militar do governo. Eles obedecem ao comando do coronel Rogério Leão, especialista em inteligência, que trocou a área de segurança da Presidência da República pelo governo do Distrito Federal assim que Agnelo tomou posse. O coronel Leão é apontado pelos investigadores como um dos chefes do grupo de espionagem, ao lado de Cláudio Monteiro, agente aposentado da Polícia Civil que era chefe de gabinete de Agnelo até terça-feira. Monteiro foi afastado após virem a público suspeitas de que ele mantinha relações heterodoxas com o grupo de Carlinhos Cachoeira.
A VEJA, o coronel Leão admitiu que foram feitas pesquisas sobre Francischini e as atribui uma norma que ele próprio baixou: "A ordem aqui é para levantar informações sobre todas as pessoas, independentemente de quem sejam, que atentam contra a integridade do governador". O coronel diz que, no caso do deputado, os dados foram levantados porque ele teria convocado uma manifestação contra Agnelo num shopping de Brasília. "A gente pesquisa pessoas e não sabe se é deputado ou não. Afinal, são mais de 500 deputados federais em Brasília. Nesse caso, não havia informação de que ele é deputado", afirmou. Ele negou ter conhecimento de relatórios sobre promotores e, a respeito de jornalistas, disse saber apenas de algumas "pesquisas" acerca de Edson Sombra, um dos pivôs da queda de José Roberto Arruda e titular de um blog com críticas ferrenhas a Agnelo. O vice-governador Filippelli disse que nunca soube da existência do grupo de inteligência e que pedirá "esclarecimentos oficiais" sobre o assunto. Já o governador Agnelo declarou que nunca foi informado sobre pesquisas envolvendo políticos, promotores e jornalistas. O governador afirmou ainda que, se houve violação das normas dos serviços de inteligência, ele tomará as providências cabíveis.
Acho que podemos pensar seriamente em um projeto de democracia direta a longo prazo. O único motivo pelo qual foi feito um Poder Legislativo foi a inviabilidade de os cidadãos votarem diretamente, uma vez que estes moram longe do centro político. Contudo, pensemos em um horizonte de 50 anos. Como será a tecnologia até lá? Não daria para usarmos isso em prol de uma
...Ver mais democracia direta? O que vocês acham?
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http://tvuol.uol.com.br/assistir.htm?video=socialites-de-sp-se-dizem-tra...
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...Ver mais um grande serviço a nação.
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