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Práticas comuns
Enviado por luisnassif, seg, 14/01/2013 - 10:23
Por IV Avatar do Rio OOOOOOooo
Do Recanto das Letras
Faça o que eu digo, mas não o que eu faço?
Edison Evaristo Vieira Junior
Um certo dia recebi uma mensagem eletrônica via Internet que listava uma série de práticas comuns no Brasil, que por muitos, são práticas vistas como sinal de esperteza, e não de desonestidade que minam o bem estar social como um todo.
Eis a lista de práticas nada aceitáveis em uma sociedade que visa se estabelecer com justiça e honestidade:
- Coloca nome em trabalho que não fez.
- Coloca nome de colega que faltou em lista de presença.
- Paga para alguém fazer seus trabalhos.
- Saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas.
- Estaciona nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas.
- Suborna ou tenta subornar quando é pego cometendo infração.
- Troca voto por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, e até dentadura.
- Fala no celular enquanto dirige.
- Usa o telefone da empresa onde trabalha para ligar para o celular dos amigos (me dá um toque que eu retorno...) - assim o amigo não gasta nada.
- Trafega pela direita nos acostamentos num congestionamento.
- Para em filas duplas, triplas, em frente às escolas.
- Viola a lei do silêncio.
- Dirige após consumir bebida alcoólica.
- Fura filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas.
- Espalha churrasqueira, mesas, nas calçadas.
- Pega atestado médico sem estar doente, só para faltar ao trabalho.
- Faz "gato " de luz, de água e de tv a cabo.
- Registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos.
- Compra recibo para abater na declaração de renda para pagar menos imposto.
- Muda a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas.
- Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10, pede nota fiscal de 20.
- Comercializa objetos doados nas campanhas de catástrofes.
- Estaciona em vagas exclusivas para deficientes.
- Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se fosse pouco rodado.
- Compra produtos pirata com a plena consciência de que são pirata.
- Substitui o catalisador do carro por um que só tem a casca.
- Diminui a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar passagem.
- Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA.
- Leva das empresas onde trabalha, pequenos objetos, como clipes, envelopes, canetas, lápis... como se isso não fosse roubo.
- Comercializa os vales-transporte e vales-refeição que recebe das empresas onde trabalha.
- Falsifica tudo, tudo mesmo... só não falsifica aquilo que ainda não foi inventado.
- Quando volta do exterior, nunca diz a verdade quando o fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem.
- Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolve.
Infelizmente muitas destas práticas são generalizadas, enquanto outras são esporádicas. Mas de qualquer forma são práticas que estão presentes no comportamento do brasileiro como uma espécie de cultura e poucos se escandalizam com estas atitudes. E o pior, muitos, se pudessem, as praticariam sem nenhum problema.
Outra questão é que estas práticas vão sendo ensinadas às crianças, através do exemplo que observam nos adultos.
O paradigmático de toda esta questão é que muitos destes que praticam estes atos são os mesmos que cobram melhores condições de ensino nas escolas públicas, cobram por melhores hospitais e o mais intrigante, reclamam da desonestidade dos políticos. Ora, como cobrar honestidade de políticos se o cidadão comum também não pratica a honestidade em seu cotidiano? Como difundir a honestidade se esta não é transmitida? Como valorizar a honestidade se esta é vista como esperteza e a honestidade como um insulto a inteligência?
Os políticos nada mais são do que o extrato da maioria.
Cabe aos cidadãos decentes e honestos difundirem sua honestidade e não se calarem diante das práticas que levam a um verdadeiro colapso da paz social, como se vê nos dias atuais.
A mudança de uma sociedade começa através dos pequenos atos e não nas grandes revoluções.
No dia em que nossa sociedade for composta por uma maioria honesta, a minoria desonesta não terá vez nem voz, mas o que se vê hoje é exatamente o contrário.
Definitivamente o “faça o que eu digo, mas não o que eu faço", não funciona.
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