Os integrantes da CPI do Cachoeira
Enviado por luisnassif, qua, 25/04/2012 - 10:42
Da CartaCapital
ongresso tornou oficial, na noite desta
terça-feira 24, os nomes dos integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito
que vai investigar os negócios do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos
Cachoeira, com agentes públicos e privados. São 64 parlamentares, 32 titulares e
32 suplentes. Eles terão seis meses para verificar como atuava a quadrilha que,
segundo investigações da Polícia Federal, mantinha um esquema de exploração de
jogos ilícitos.
O PT, dono da maior bancada da Câmara, indicou como relator da CPI o deputado Odair Cunha (MG). Sua posição é estratégica, uma vez que o relator coordena as investigações da comissão. Nesta terça, Cunha prometeu conduzir uma investigação “séria e serena” e que produza resultados “doa a quem doer”. É uma tentativa de indicar que a CPI será isenta e não tentará proteger aliados do governo.
A oposição, da mesma forma, tenta mostrar coragem diante da CPI. Nesta terça, o líder do PSDB na Câmara, Bruno Araújo (PE), afirmou que seu partido apoia a ida do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), à CPI. “O governador Marconi Perillo virá e tem todo o apoio do PSDB para participar com esclarecimentos na CPMI. Esperamos que o PT tenha o mesmo desprendimento”, disse. Perillo é um dos políticos com mais problemas diante de sua relação com Cachoeira. A investigação da PF mostrou, por exemplo, que sua ex-chefe de gabinete, usando informação passada por Cachoeira, avisou um prefeito aliado de Perillo sobre uma operação da PF.
O comentário do líder do PSDB sobre o PT é uma óbvia referência ao governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. O petista também aparece nas gravações das operações da Polícia Federal. A quadrilha de Cachoeira tem tantos tentáculos nos Estados que nenhum grupo político está a salvo de polêmicas. Além de Perillo e Agnelo, outros governadores que podem ser investigados são Beto Richa (PSDB-PR), Silval Barbosa (PMDB-MT) e Raimundo Colombo (PSD-SC).
O alvo principal da CPI, entretanto, deve ser o senador Demóstenes Torres, de Goiás. Ele é o personagem público mais comprometido com Cachoeira. Demóstenes deixou o DEM para não ser expulso do partido, está sendo investigado pelo Conselho de Ética do Senado e pode ter seu mandato cassado por conta das relações com Cachoeira. Famoso por bater duramente nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff, Demóstenes passou a surgir de forma apenas esporádica no Congresso desde o surgimento do escândalo. Com a CPI, é provável que sua situação se torne insustentável.
O grande desafio da CPI será provar sua capacidade de investigar e punir os culpados por corrupção. É isso o que a sociedade brasileira espera.
Confira abaixo os integrantes da CPI do Cachoeira:
No Senado, a representação foi feita conforme os blocos. O maior, formado por PMDB, PP e PV ficou com cinco vagas, incluindo a presidência da CPMI. O bloco do governo também teve cinco vagas. O bloco da minoria ficou com três vagas e o bloco União e Força (PR e PTB) com outras duas. O PSD recebeu a vaga extra.
Na Câmara, a divisão das vagas foi feita de acordo com a
representação de cada partido na Casa. O PT ficou com três vagas, incluindo a do
relator. O PMDB e o PSDB ficaram com duas vagas e outros nove partidos obtiveram
uma única vaga.
Congresso confirma os nomes dos integrantes da CPMI do Cachoeira
O PT, dono da maior bancada da Câmara, indicou como relator da CPI o deputado Odair Cunha (MG). Sua posição é estratégica, uma vez que o relator coordena as investigações da comissão. Nesta terça, Cunha prometeu conduzir uma investigação “séria e serena” e que produza resultados “doa a quem doer”. É uma tentativa de indicar que a CPI será isenta e não tentará proteger aliados do governo.
A oposição, da mesma forma, tenta mostrar coragem diante da CPI. Nesta terça, o líder do PSDB na Câmara, Bruno Araújo (PE), afirmou que seu partido apoia a ida do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), à CPI. “O governador Marconi Perillo virá e tem todo o apoio do PSDB para participar com esclarecimentos na CPMI. Esperamos que o PT tenha o mesmo desprendimento”, disse. Perillo é um dos políticos com mais problemas diante de sua relação com Cachoeira. A investigação da PF mostrou, por exemplo, que sua ex-chefe de gabinete, usando informação passada por Cachoeira, avisou um prefeito aliado de Perillo sobre uma operação da PF.
O comentário do líder do PSDB sobre o PT é uma óbvia referência ao governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. O petista também aparece nas gravações das operações da Polícia Federal. A quadrilha de Cachoeira tem tantos tentáculos nos Estados que nenhum grupo político está a salvo de polêmicas. Além de Perillo e Agnelo, outros governadores que podem ser investigados são Beto Richa (PSDB-PR), Silval Barbosa (PMDB-MT) e Raimundo Colombo (PSD-SC).
O alvo principal da CPI, entretanto, deve ser o senador Demóstenes Torres, de Goiás. Ele é o personagem público mais comprometido com Cachoeira. Demóstenes deixou o DEM para não ser expulso do partido, está sendo investigado pelo Conselho de Ética do Senado e pode ter seu mandato cassado por conta das relações com Cachoeira. Famoso por bater duramente nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff, Demóstenes passou a surgir de forma apenas esporádica no Congresso desde o surgimento do escândalo. Com a CPI, é provável que sua situação se torne insustentável.
O grande desafio da CPI será provar sua capacidade de investigar e punir os culpados por corrupção. É isso o que a sociedade brasileira espera.
Confira abaixo os integrantes da CPI do Cachoeira:
No Senado, a representação foi feita conforme os blocos. O maior, formado por PMDB, PP e PV ficou com cinco vagas, incluindo a presidência da CPMI. O bloco do governo também teve cinco vagas. O bloco da minoria ficou com três vagas e o bloco União e Força (PR e PTB) com outras duas. O PSD recebeu a vaga extra.
Titulares | Suplentes |
Vital do Rêgo (PMDB-PB) – PRESIDENTE | Benedito de Lira (PP-AL) |
Ricardo Ferraço (PMDB-ES) | não indicado |
Sérgio Souza (PMDB-PR) | não indicado |
Ciro Nogueira (PP-PI) | não indicado |
Paulo Davim (PV-RN) | não indicado |
José Pimentel (PT-CE) | Jorge Viana (PT-AC) |
Lídice da Mata (PCdoB-BA) | Delcídio Amaral (PT-MS) |
Humberto Costa (PT-PE) | Walter Pinheiro (PT-BA) |
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) | Wellington Dias (PT-PI) |
Pedro Taques (PDT-MT) | Acir Gurgacz (PDT-RO) |
Álvaro Dias (PSDB-PR) | Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) |
Jayme Campos (DEM-MT) | Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) |
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) | Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE) |
Fernando Collor (PTB-AL) | não indicado |
Vicentinho Alves (PR-TO) | não indicado |
Kátia Abreu (PSD-TO) | Sérgio Petecão (PSD-AC) |
Titulares | Suplentes |
Odair Cunha (PT-MG) – RELATOR | Sibá Machado (PT-AC) |
Paulo Teixeira (PT-SP) | Dr. Rosinha (PT-PR) |
Cândido Vaccarezza (PT-SP) | Luiz Sérgio (PT-RJ) |
Luiz Pitiman (PMDB-DF) | Edio Lopes (PMDB-PR) |
Íris de Araújo (PMDB-GO) | João Magalhães (PMDB-MG) |
Carlos Sampaio (PSDB-SP) | Domingos Sávio (PSDB-MG) |
Fernando Franceschini (PSDB-SP) | Rogério Marinho (PSDB-RN) |
Onyx Lorenzoni (DEM-RS) | Mendonça Prado (DEM-SE) |
Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) | Osmar Júnior (PCdoB-PI) |
Miro Teixeira (PDT-RJ) | Vieira da Cunha (PDT-RS) |
Gladson Camelli (PP-AC) | Iracema Portella (PP-PI) |
Rubens Bueno (PPS-PR) | Sarney Filho (PV-MA) |
Maurício Quintella Lessa (PR-AL) | Ronaldo Fonseca (PR-DF) |
Paulo Foletto (PSB-ES) | Gláuber Braga (PSB-RJ) |
Felipe Pereira (PSC-RJ) | Hugo Leal (PSC-RJ) |
Silvio Costa (PTB-PE) | Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP |
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