O controle dos oligopólios na cadeia do agronegócio
Enviado por luisnassif, ter, 25/09/2012 - 08:24
Por Marroni
Comentário ao post "Brasil vai assumir liderança na produção de soja"
Evidentemente existem empresários rurais que têm consciência e responsabilidade. O que não os torna automaticamente livres das cadeias que cercam suas atividades. As duas pontas do negócio são controladas por oligopólios, do lado dos insumos e por oligopônios, do lado da vendas.
Mesmo aqueles que primam pela melhor gestão responsável do negócio estão submetidos as pressões destas duas pontas.
Ademais, a intensificação de tecnologia na plantation promove uma corrida pela produtividade que estabelece os patamares mínimos da rentabilidade. Vale dizer, qualquer recurso que aumente a produtividade - lícito ou não, saudável ou não - será empregado por que, quem não o fizer, perderá sua rentabilidade, não pagará seus financiamentos e corre o risco de perder suas terras.
Não é uma questão de simples escolha. O se joga o jogo ou fica de fora. A lógica do capitalismo é implacável com quem relaxa em seu ramo. Todos se submetem a ela, independentemente de qualquer traço pessoal. A tendência geral é que os trapaceiros e desonestos, por burlarem as regras e as leis, saiam-se melhores que os demais. Isto vale para todos os ramos que você citou.
O agronegócio é hoje um ramo da indústria. Com sazonalidade. Segue a lógica do capitalismo industrial controlado pelo capital financeiro. E o que importa é o lucro. Sobre este, fico devendo uma longa explicação que não cabe aqui. Apenas para indicar o tema, afirmo que lucro e sustentabilidade são radicalmente incompatíveis.
Não é uma crítica pessoal. É a percepção de como os negócios funcionam.
Enviado por luisnassif, ter, 25/09/2012 - 08:24
Por Marroni
Comentário ao post "Brasil vai assumir liderança na produção de soja"
Evidentemente existem empresários rurais que têm consciência e responsabilidade. O que não os torna automaticamente livres das cadeias que cercam suas atividades. As duas pontas do negócio são controladas por oligopólios, do lado dos insumos e por oligopônios, do lado da vendas.
Mesmo aqueles que primam pela melhor gestão responsável do negócio estão submetidos as pressões destas duas pontas.
Ademais, a intensificação de tecnologia na plantation promove uma corrida pela produtividade que estabelece os patamares mínimos da rentabilidade. Vale dizer, qualquer recurso que aumente a produtividade - lícito ou não, saudável ou não - será empregado por que, quem não o fizer, perderá sua rentabilidade, não pagará seus financiamentos e corre o risco de perder suas terras.
Não é uma questão de simples escolha. O se joga o jogo ou fica de fora. A lógica do capitalismo é implacável com quem relaxa em seu ramo. Todos se submetem a ela, independentemente de qualquer traço pessoal. A tendência geral é que os trapaceiros e desonestos, por burlarem as regras e as leis, saiam-se melhores que os demais. Isto vale para todos os ramos que você citou.
O agronegócio é hoje um ramo da indústria. Com sazonalidade. Segue a lógica do capitalismo industrial controlado pelo capital financeiro. E o que importa é o lucro. Sobre este, fico devendo uma longa explicação que não cabe aqui. Apenas para indicar o tema, afirmo que lucro e sustentabilidade são radicalmente incompatíveis.
Não é uma crítica pessoal. É a percepção de como os negócios funcionam.
Nenhum comentário:
Postar um comentário