segunda-feira, 5 de novembro de 2012








































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Prefeitos da Grande SP pedem aumento do efetivo da PM
Enviado por luisnassif, seg, 05/11/2012 - 10:40

Por Marco Antonio L.

Da Rede Brasil Atual

Prefeitos da Grande SP querem ajudar PM, 'mas precisam saber o que está ocorrendo'

Ouvidos pela RBA, futuros administradores de Osasco, Embu das Artes e São Caetano do Sul falam em 'apoio total' à polícia, criticam política de segurança pública e dizem o que pretendem fazer para auxiliar na redução do crime

Por: Tadeu Breda

São Paulo – Diante da nova onda de violência que ganhou as ruas de São Paulo, com execuções de policiais e aumento no índice de homicídios, prefeitos eleitos para administrar municípios da região metropolitana disseram à RBA que estão dispostos a colaborar com o governo estadual para reduzir as áreas de atuação do crime organizado. Porém, não pretendem assumir a responsabilidade pelo combate ao crime. "Segurança pública é atribuição constitucional do estado", previne Chico Brito, prefeito reeleito da cidade de Embu das Artes, que faz divisa com o sudeste da capital. "Não temos competência para enfrentar essa briga de facções."

Embu é uma das cidades que sofre diretamente com o surto de assassinatos. No último dia 9 de outubro, o soldado Helio Miguel Gomes de Barros, de 36 anos, foi morto a tiros dentro de um posto de gasolina no Jardim Panorama, no município vizinho de Taboão da Serra. Na mesma noite, duas pessoas foram assassinadas pela PM em Embu. Na noite da última quinta-feira (1º), homens da corporação trocaram tiros e mataram um suspeito na cidade depois que dois policiais foram executados na favela de Heliópolis, zona sul da capital.

"Tudo o que podemos fazer para combater a violência, estamos fazendo", explica Chico Brito. "Urbanizamos áreas públicas, democratizamos o acesso da população aos serviços de saúde e educação, temos ampliado a iluminação de praças, ruas e vielas." O prefeito de Embu das Artes diz ainda que 88 guardas municipais foram contratados pela atual gestão. "Buscamos recursos estaduais e federais para instalar câmeras de vigilância no centro da cidade, e no próximo mandato iremos levá-las para os centros de bairro e para a porta das escolas."

O videomonitoramento também está na mira do futuro prefeito de Osasco, Jorge Lapas, que pretende aumentar para 90 o número desses equipamentos de segurança em operação na cidade. O município de 670 mil habitantes também tem registrado mortes devido à "guerra" entre policiais e criminosos. Em 12 de julho, por exemplo, oito execuções e duas tentativas de assassinado ocorreram em Osasco, que faz divisa com a zona oeste de São Paulo – dois policiais foram presos por suspeita de participação nos crimes. Os mesmos homicídios de PMs que desencadearam respostas violentas em Embu, na última quinta, fizeram ainda uma vítima na cidade.

Mais polícia

"Precisamos de um maior efetivo da Polícia Militar e gostaríamos que o comando do batalhão que serve à cidade não passasse por tantas trocas", indica Jorge Lapas. "O comandante da PM em Osasco fica pouco tempo no cargo. Quando começa a conhecer a cidade e seus problemas, é transferido para outro lugar. Com os delegados da Polícia Civil, acontece ainda mais. Isso prejudica o estabelecimento de uma estratégia para combater o crime no município."

Outra queixa do prefeito de Osasco é a falta de informação. "Eu gostaria de saber o que realmente está ocorrendo, até para poder atuar em conjunto com o governo do estado", explica Lapas. "Posso ajudar com a guarda municipal e as câmeras de vigilância." O ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, que governará a capital a partir do próximo 1° de janeiro, também considera que a troca de informações é essencial para a cooperação dos prefeitos com o Palácio dos Bandeirantes. "Vamos colaborar com o governador, mas preciso de um diagnóstico claro sobre o que está ocorrendo", disse em entrevista à Rádio Estadão ESPN dois dias após as eleições. "Assim poderemos atuar com ações sociais para a juventude, guarda civil, câmeras, há muita coisa a ser feita em parceria."

O prefeito de Embu, Chico Brito, afirma que em nenhum momento foi procurado pela Secretaria estadual de Segurança Pública ou pelo comando da PM desde o início da onda de violência. "Nem o delegado me ligou", lamenta. "Isso indica que eles estão o tempo inteiro negando que exista um problema com o crime organizado no estado de São Paulo." Chico Brito explica que o governo deve fazer sua parte melhorando as condições de trabalho dos policiais – e não vê sentido na diferença salarial que existe entre PMs que trabalham na capital e nas cidades do entorno. "O policial que atua em Embu ganha R$ 300 a menos que o policial que trabalha do outro lado da rua, no Jardim Macedônia, em São Paulo."

Recursos municipais

A condição salarial dos PMs também preocupa o futuro prefeito de São Caetano do Sul, Paulo Pinheiro, que pretende retomar um antigo projeto da administração municipal para recompensar o ordenado reduzido dos policiais que trabalham na cidade. "Antigamente, a prefeitura dava um pró-labore para estimular o PM a continuar na cidade", propõe. "A gestão atual retirou esse complemento e os policiais começaram a pedir transferência para outros lugares. Vamos retomá-lo."

Destinar recursos municipais à manutenção da estrutura das polícias civil e militar tem sido uma prática em Embu das Artes. De acordo com o prefeito Chico Brito, parte do orçamento embuense vem sendo destinada a pagar aluguel de delegacias e contas de água, luz e telefone, além da reforma e ampliação das instalações policiais. "Também deslocamos funcionários da prefeitura para assumir funções burocráticas dentro das delegacias, para que os investigadores possam ir às ruas."

A parceria entre cidades vizinhas é outra estratégia apontada pelos prefeitos de Embu e São Caetano do Sul como parte do combate à violência. "Os municípios do ABC precisam do auxílio uns dos outros”, conta Paulo Pinheiro. "Somos cidades pequenas, e não podem tomar decisões isoladas, porque afetam os vizinhos." Chico Brito propõe que algumas ações – como a decretação da Lei Seca, que determina o fechamento de bares durante a madrugada – sejam tomadas conjuntamente. Caso contrário, podem não funcionar. "“Não adianta aprovarmos uma legislação dessas apenas em Embu. É tudo colado

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