sábado, 13 de abril de 2013


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A sinceridade de Pedro Corrêa, réu do mensalão
 Enviado por luisnassif, sab, 13/04/2013 - 14:41



Por Assis Ribeiro

Do Correio Braziliense

A sinceridade do mensaleiro

Discreto durante a convenção que elegeu o senador Ciro Nogueira (PI) presidente do PP pelos próximos dois anos, o ex-presidente da legenda Pedro Corrêa (PE), condenado a sete anos e dois meses de prisão no julgamento do mensalão, afirmou que a relação dos partidos com o governo, no modelo político atual, é uma grande hipocrisia. "Quando você é nomeado diretor de estatal, presidente de banco público ou ministro, você não está pensando em administrar. Você quer se aproximar dos empresários para, lá na frente, durante as eleições, ter dinheiro para financiar as campanhas", disse ao Correio.

No comando do Ministério das Cidades, um dos mais rentáveis da Esplanada, o PP promete fazer um debate interno para saber se apoia a presidente Dilma Rousseff ou outra candidatura ao Palácio do Planalto. Para Corrêa, um dos três parlamentares cassados pelo Congresso em 2005 devido ao mensalão, ao lado de José Dirceu (PT-SP) e Roberto Jefferson (PTB-RJ), o atual modelo de eleição está falido. "Quando eu cheguei ao Congresso, médicos e engenheiros se elegiam deputado. Hoje, se você não tiver uma empresário, um sindicato ou uma igreja por trás, não se elege."

Propina
Corrêa estava acompanhado do ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti (PP-PE), que concordou com o correligionário: "Sem apoio financeiro, você não se elege para nada não". Ex-prefeito de João Alfredo (PE), Severino teve a candidatura à reeleição cassada, no ano passado, com base na Lei da Ficha Limpa. Em 2005, renunciou ao mandato de deputado ao ser acusado de cobrar propina para garantir o funcionamento de um restaurante na Câmara.

Além de Corrêa e Severino, estavam presentes o deputado Paulo Maluf (PP-SP), que teve R$ 519,7 milhões de uma empresa bloqueados esta semana, e o ex-ministro das Cidades Mário Negromonte (BA), um dos exonerados por Dilma durante a "faxina ministerial" de 2011, por suspeita de celebração de convênios ilegais com ONGs.

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