domingo, 21 de outubro de 2012



Quando o PSDB saiu do centro e posicionou-se à direita
Enviado por luisnassif, dom, 21/10/2012 - 12:23
Po Assis Ribeiro

Comentário do post "A nova oposição"

Todo partido quando se mantém no poder por determinado tempo tende a guinar para o centro. O PSDB, apenas pela teoria e ainda apenas na época de sua fundação, se considerava de esquerda; mas, como um partido sem bases populares pode ser efetivamente considerado de esquerda?

Para chegar ao poder o PSDB se aliou ao PFL (mais tarde DEM), e a partir daí saiu do centro e descambou para a direita. O momento dele no poder, a grande propaganda do mainstream sobre os benefícios das privatizações, as imensas possibilidades de reforçar o caixa dois, a corrupção, com a transferência de empresas públicas para o setor privado, foram sedutores para o partido, que além de não ter apelo popular, assistiu os seus verdadeiros lideres falecerem. A sua derrocada advém dessas circunstâncias.

Totalmente guinado à direita, não sobrou possibilidade de discurso diverso do que Serra profere. Sobrou  a honestidade de se querer agradar aqueles que defendem o medo como arma de vitória, e assim surge, e bem de acordo ao próprio temperamento de Serra, a intolerância, a agressividade, o radicalismo.

O novo governo do PT, ainda não conseguiu musculatura para quebrar definitivamente a coluna do neoliberalismo. As mudanças de estrutura ainda são tímidas. Não se criou condições de se diminuir os grandes conglomerados, como o da mídia, por exemplo.

As transferências, via concessão, cada vez maiores, são igualmente preocupante, quando se percebe de forma reincidente os maus serviços prestados, os preços caros e a insatisfação da população.

O Estado em décadas teve a sua infraestrutura sucateada, e como reorganizar este setor que demanda altos investimentos de forma diversa?

Por outro lado, o governo terá que priorizar o surgimento de pequenas e médias empresas para que gerem maior necessidade de mão de obra,  dentro do atual paradigma, mas que sua ineficiência se torna cada vez mais visível, e alimentar o próprio consumo. O Brasil de população ainda majoritariamente pobre ainda tem campo de avançar neste modelo.

Portanto, que conseguir concatenar o discurso de crescimento e de desenvolvimento,aqui dentro do apelo de uma grande massa e cada vez aumentando e  suas preocupações ecológicas, por um mundo sustentável, será o que terá maiores condições de alcançar o poder na próxima década.

 
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