A investigação do vazamento de dados sigilosos da PM em SP

Da Agência Brasil
Corregedoria da PM investiga vazamento de dados sigilosos em São Paulo
Camila Maciel
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – A Corregedoria da Polícia Militar (PM) de São Paulo investiga se houve vazamento de informações sigilosas do 35º Batalhão de Itaquaquecetuba. A suspeita é que dados pessoais de policiais militares, como telefones e endereços, tenham sido repassados ou até mesmo vendidos para o crime organizado. A corregedoria instaurou inquérito para apurar o caso.
Nessa terça-feira (13) à noite, mais um policial militar foi morto, em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, onde foram registradas três mortes e seis tentativas de homicídio entre a noite do último domingo (11) e a madrugada de segunda-feira (12). Com mais esse caso, aumenta para 94 o número de policiais militares assassinados este ano no estado. O número já é bem superior ao que foi registrado em todo o ano passado (56). O PM assassinado ontem, Edgar Lavado, 43, trabalhava na Corregedoria da PM. Ele foi baleado quando chegava em casa por volta das 21h, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública.
O policial foi levado por vizinhos ao Hospital Alvorada, mas chegou morto ao local. Testemunhas disseram à polícia que ele foi abordado por três homens em um carro prata, que fizeram disparos e fugiram em seguida. Nenhum objeto foi levado.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse ontem (14), na capital paulista, que nos próximos dias será iniciado o plano de contenção nas divisas do estado com o objetivo de combater o tráfico de drogas na região. Essa é uma das ações firmadas por meio de parceria dos governos federal e estadual para conter a onda de violência em São Paulo.
Cardozo disse que haverá um reforço da fiscalização nos limites terrestres do estado, além do controle no Porto de Santos e nos aeroportos. Uma operação conjunta envolvendo a Polícia Rodoviária Federal e Estadual, Polícia Federal, Força Nacional, Polícia Civil, Polícia Militar, Receita Federal e Secretaria da Fazenda deve atacar pontos vulneráveis, onde entram drogas e armas que abastecem as organizações criminosas.
Edição: Graça Adjuto