sábado, 13 de outubro de 2012





















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Os diferentes tipos de protestos
Enviado por luisnassif, sab, 13/10/2012 - 14:44
Por Assis Ribeiro

Protestos e Revoluções

Por Antonio, no Memento

Esse movimento de Occuppy Wallstreet que começou no centro financeiro de Nova York e se espalhoupor várias outras localidades me motivou a escrever esse post. A ideia é classificar o que eu entendo serem os diferentes tipos de protestos:

Por Poder

O mais terrível de todos, mas às vezes um mal necessário. O objetivo é simples: definir quem manda. O que vai determinar se o resultado será positivo ou não é basicamente a nova mão para qual o bastão irá passar.
A África com suas constantes guerras civis tem dezenas de exemplos de fracasso, onde o povo vai as ruas e simplesmente troca um ditador por outro. No Irã de 1979 o povo trocou uma monarquia autocrática por uma teocracia, para melhor ou pior. Se em algum momento o objetivo foi liberdade para o povo isso certamente não foi alcançado.

Para citar algumas revoluções bem sucedidas podemos começar pela Índia de Ganhdi, que através da desobediência civil e protestos pacíficos ajudou a tirar de vez os ingleses das terras do oriente.

Outro bom exemplo é a África do Sul, que conseguiu transacionar de uma terra dividida pelo apartheid a uma democracia governada pelo Morgan Freeman.

O futuro de outros protestos que se tornaram revoluções só o tempo dirá: o que será de Egito e Líbia?
No Brasil o povo foi às ruas para tirar os militares do poder e restaurar a democracia. Mas como diz o subtítulo, esses são protestos por poder, de maneira que os mesmos jovens que lideraram essa revolução ocupam hoje cadeiras no legislativo e executivo. O poder revela as pessoas, e muitos dos que antes lutaram pelo bem coletivo, são os primeiros a enriquecer ilicitamente e legislar em causa própria.


Por Direitos e liberdades

O melhor exemplo é sem dúvida as marchas contra segregação negra nos Estados Unidos (lideradas,entre outros, por Martin Luther King e Malcon X) e os movimentos Gays na Califórnia. Ambos os movimentos reforçaram a democracia dos EUA e reverteram leis preconceituosas. Depois de vencida essa etapa esse tipo de protesto migra para protestos de conscientização (como a Parada Gay de São Paulo).

Atualmente vemos, ainda que tímida, a marcha da maconha tomando forma, na busca de liberdade para os usuários.
 

Por conscientização

Esse tipo de protesto acontece para todo tipo de causa, já que cada grupo quer espalhar seu ponto de vista para o mundo. Em uma ponta do espectro temos a paraday gay e no outro a Igreja Batista de Westboro que faz protestos em enterros de militares americanos com placas escritas: “Deus odeia os viados”, “Obrigado pela Aids”. Muitas igrejas e congregações fazem todo tipo de marcha para pregar suas crenças e valores.

Parada gay em Varsovia
Por frustração

Esse tipo de protesto pode acontecer por vários motivos, mas o que todos eles têm em comum é o fato de em geral trazerem a tona problemas e reinvindicações, mas não apresentarem claramente nenhuma proposta ou solução.

Esse, a meu ver, é o caso do Ocuppy Wallstreet. Não existe ali uma posição unânime, as pessoas estão reclamando de todo tipo de coisas (eu vi placas contra os Ilumminati e a favor de espécies em extinção) e não sabem exatamente o que querem.


Anti-protestos

Geralmente é um protesto contra outro protesto. Durante minha viagem a Europa eu passei por Varsóvia (capital da Polônia) bem no dia de uma parada gay. Enquanto ela acontecia de um lado da rua, do outro (em uma quantidade infinitamente menor) várias pessoas seguravam cartazes contra homossexuais.

O meu anti-protesto favorito é organizado pela Igreja do Monstro do Spagueti Voador, para avacalhar a pregação homofóbica da Igreja Batista de Westboro: eles simplesmente se infiltram no meio do protesto com cartazes dizendo todo tipo de besteira possível, transformando em piada a passeata da oposição

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