quinta-feira, 18 de outubro de 2012








































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Seade: metade dos domicílios paulistas são de classe média
Enviado por luisnassif, qui, 18/10/2012 - 08:28



Por IV Avatar do Rio Meia Ponte

Da Rede Brasil Atual

Estudo identifica metade dos domicílios paulistas ligados à classe média

Vitor Nuzzi

São Paulo – Estudo divulgado hoje (17) pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), ligada à Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional paulista, aponta praticamente metade (49,2%) dos domicílios do estado como sendo de classe média. Outros 34,3% são de classe alta, enquanto os demais 16,5% são de domicílios considerados pobres ou vulneráveis – um universo de 2,1 milhões. “Em média, a proporção de domicílios de classe média nos municípios paulistas corresponde a 59%, o que indica que o fenômeno da classe média não está concentrado geograficamente no Estado, mas distribuído por quase todas as regiões”, diz o Seade.

Para fazer a análise, o instituto usou dados do Censo de 2010, do IBGE, e uma classificação sobre grupos sociais proposta pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), do governo federal. “Vale notar que nem todos os municípios com proporção de classe média inferior a 50% são pobres. Alguns deles, como São Paulo, encontram-se nesse grupo porque também agregam proporção mais elevada de domicílios ricos.”


Pelo mapeamento, há sete municípios com predomínio de municípios pobres, especialmente no sul do estado, na região do Vale do Ribeira. E 11 cidades, incluindo a capital e cidades próximas, mostram proporcionalmente mais domicílios de classe alta. “Esses resultados sugerem que se o fenômeno da nova classe média é um processo de consolidação no conjunto do Brasil, no Estado de São Paulo ele está plenamente consolidado, com distribuição generalizada por todas as regiões e municípios do Estado”, afirma o instituto.

O estudo considera de classe baixa os domicílios com renda familiar per capita de R$ 261 – esse universo corresponde a 12% do total (1,542 milhão), que se une aos 573 mil sem renda (4,5%). Na faixa de R$ 261 a 396, classificada como baixa classe média, ficam 11% (1,408 milhão); de R$ 396 a R$ 576 (média classe média), 18,1% (2,319 milhões); de R$ 576 a R$ 914 (alta classe média), 20,2% (2,584 milhões); e de R$ 914 em diante (classe alta), 34,3% (4,4 milhões).

O Seade identifica uma população emergente com novas necessidades relacionadas a maior acesso a produtos, serviços e mecanismos de crédito. “Por um lado, serviços oferecidos via internet e telefone celular, por exemplo, tornam-se muito mais importantes. Isso exige que o Estado aprofunde as estratégias de atendimento à distância. Por outro, o crescimento do endividamento desse segmento exige o desenvolvimento de estratégias que auxilie o consumidor com responsabilidade e a poupar para o futuro. A crise do subprime nos Estados Unidos é um exemplo de que o tema da educação financeira precisa ser colocado na agenda do setor público.” Segundo conclui o instituto, mesmo tendo saído de uma situação de pobreza, os domicílios da chamada nova classe média “continuam a demandar de modo variado diferentes serviços públicos”.

Quanto aos estratos mais baixos da classe média, o Seade diz que o estado deve ficar atento à necessidade de proteção social “devido ao risco de esses domicílios voltarem à situação de pobreza e vulnerabilidade”. A maioria dos ocupados nesses domicílios (82,2%) é formada por assalariados, e 21,3% não têm carteira assinada


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