quinta-feira, 18 de outubro de 2012








































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A lições de ética dos ministros do STF
Enviado por luisnassif, qui, 18/10/2012 - 10:56

Por Márcia Reis

Comentário ao post "A decepção com Ayres Brito"

Gostei da analogia. Muito bem colocada. Eu faço outra: as lições de ética do Celso de Mello e outros ministros são tão deslocadas ali, naquele tribunal, quanto seriam aulas de Direito Processual em uma faculdade de Filosofia. Ética é uma coisa que se discute há milênios, mas há pessoas que acham que podem ainda dar lições de 'Ética Universal' ou de moralismo ético em uma Corte de Justiça, falando em abstrato. Dou um exemplo simbólico disso tudo:

- Imagine que você tem duas escolhas possíveis: pagar o pedágio que te exigem indevidamente para poder chegar ao hospital e salvar o paciente em estado grave, ou não pagar o pedágio e perder o paciente. Observo que sem os cuidados médicos especializados o paciente terá enormes chances de ter seu quadro clínico agravado, podendo chegar a situações difíceis de reverter ou a óbito, e que não há paliativos, caminhos alternativos ou modo de passar sem pagar o tal pedágio exorbitante, exigido indevidamente.

Outra sinuca de bico: um orçamento público com inúmeras prioridades inelutáveis e um grupo preexistente te cobrando um tipo qualquer de pedágio irregular para aprová-lo ... ou paga, ou trava a máquina e não se produz nada.

Ética em abstrato é tão fácil! Difícil é optar entre duas ou mais escolhas igualmente éticas, ou entre uma escolha ética com empecilhos e outras escolhas menos éticas sem problemas (não fazer nada, por exemplo, deixar rolar e não se comprometer

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